• Nenhum resultado encontrado

3.4 PROCEDIMENTOS REALIZADOS

3.4.3 Realização dos ensaios

3.4.3.3 Absorção por capilaridade

A realização do ensaio de absorção por capilaridade, prescrito pela NBR 9779 (ABNT, 1995), foi realizado em 3 corpos-de-prova cilíndricos 10x20cm, na idade de 28 dias, para cada traço, onde que os mesmos foram esta estabilizados em estufa em uma temperatura de 100°C, com o intuito de retirar toda sua água livre contida, como mostra na figura 28.

Figura 28: Estabilização dos cps para o ensaio de absorção por capilaridade

Fonte: Autoria própria (2018)

Após sua estabilização, passou-se um disco abrasivo áspero para deixar a face que foi posta em contato com a água rugosa, demostrado na figura 29(A), e pesou-se os corpos-de-prova, como mostra na figura 29(B), para determinar o peso seco do mesmo, sendo que, após, esses foram postos em um recipiente com água, ficando submersos à 5mm de sua altura, como mostra na figura 29(C), permitindo, assim, que a água adentre na sua estrutura por ascensão capilar, como demostra na figura 29(D).

Figura 29: Procedimentos realizados no ensaio de absorção por capilaridade

Fonte: Autoria própria (2018)

Pesou-se novamente os corpos-de-prova nos tempos de 3, 6, 24, 48 e 72h, onde no tempo de 72h transcorrido de ensaio, os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de tração por compressão diametral para medir a altura de absorção, como mostra na figura 30.

Figura 30: Altura de ascensão da água de absorção

Fonte: Autoria própria (2018)

Determinado as massas secas dos cps, bem como suas massas nas leituras pré-estabelecidas realizadas, e a área do corpo-de-prova absorvida, realizou o cálculo de absorção de água pela equação 3.

Equação 3: Equação do cálculo da absorção por capilaridade

Fonte: NBR 9779 (1995) modificado

Onde:

C = Absorção de água por capilaridade (g/cm²); A = Massa do CP nas leituras realizadas (g);

B = Massa do CP seco com temperatura de (23 ± 2)ºC (g); S = Área da seção transversal (cm²).

3.4.3.4 Carbonatação

Para a realização dos procedimentos, utilizou-se 3 corpos-de-prova cilíndricos 10x20cm em cada traço, onde que os mesmos foram cortados, com o auxílio de uma máquina de policorte, em três partes de iguais alturas e deixados no meio natural para perda de umidade livre por 28 dias, como mostra na figura 31.

Figura 31: Estabilização dos corpos-de-prova

Fonte: Autoria própria (2018)

Após esse período de perda de umidade para o meio, os corpos de prova foram postos em uma câmara de carbonatação, com concentração, no seu interior, de CO2 de 5% ± 1%, umidade

relativa do ar 60% ± 5% e temperatura de 23 °C ± 3°C, como mostra na figura 32.

Figura 32: Câmera de carbonatação

A escolha de utilizar uma câmara de carbonatação para realizar o ensaio remete-se ao fato de que a concentração do CO2 no interior da câmara é maior que a concentração no meio ambiente,

nesse sendo inferior a 1% e precisando de mais tempo para medir uma mesma carbonatação quando a mesma for realizada em câmara acelerada.

Os corpos de prova ficaram no interior da câmera por 21 e 28 dias, após esses períodos então, retirou-os do seu interior e foram rompidos com auxílio de marreta de 1 Kg e talhadeira. Após, aspergiu solução em álcool de fenolftaleína, de concentração de 1%, na parte interna do concreto, para, assim, avaliar a profundidade de penetração do CO2 em cada corpo-de-prova.

Para realizar a medição da profundidade de carbonatação utilizou o software Autocad, onde através de imagens realizadas no dia do ensaio, foram colocadas em tamanho real tendo como referência uma régua e mediu-se a cota da espessura incolor do concreto, como mostra na figura 33.

Figura 33: Medição da profundidade de carbonatação

Fonte: Autoria própria (2018)

A solução em álcool de fenolftaleína medirá o pH do concreto, sendo que quando apresentar coloração vermelho carmin, o mesmo se encontra em estado básico, logo, não apresentando carbonatação. Porém, se não apresentar coloração, o estado do concreto estará ácido, indicando que houve carbonatação.

4 RESULTADOS

No presente item será abordado os resultados obtidos nos ensaios propostos de resistência à compressão simples, aderência aço-concreto, absorção por capilaridade e carbonatação acelerada, bem como a discussões dos mesmos, justificando o resultado em questão com a revisão bibliográfica realizada.

4.1 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

Foi realizado o ensaio de resistência à compressão simples em 3 corpos-de-prova para cada um dos traços, totalizando em 36 corpos-de-prova ensaiados, sendo que o resultado apresentado é a média aritmética. Os resultados obtidos são demostrados na tabela 11 e no gráfico 5.

Tabela 11: Resultados do ensaio de resistência à compressão simples

Traço Idade (dias)

Resistência à compressão média (Mpa) Ref. 7 34,92 28 48,05 56 54,71 10% 7 34,06 28 44,41 56 47,68 20% 7 31,29 28 37,22 56 44,85 30% 7 30,93 28 33,46 56 41,33

Gráfico 5: Resultados do ensaio de resistência à compressão simples

Fonte: Autoria própria (2018)

Na tabela 12 e no gráfico 5, ao analisar os resultados obtidos na idade de 7 dias, verificou- se que o traço referência obteve maior resistência, sendo essa de 34,92 MPa, quando comparado com os demais traços. Essa tendência seguiu para as demais idades analisadas, sendo que na idade de 28 dias a resistência do concreto referência foi de 48,05 MPa e na idade de 56 dias, o mesmo traço obteve 54,71 MPa.

Na idade de 7 dias, a resistência obtida no concreto referência foi de 2,46% a mais quando comparado com o concreto com traço de 10% de substituição parcial, 11,43% com o concreto com traço de 20% de substituição parcial e 10,40% com concreto de 20% de substituição parcial.

Já na idade de 28 dias, a diferença foi de 7,58% com o concreto de 10%, 22,54% com o concreto de 20% e 30,36% com o concreto de 30% de substituição parcial. Na idade de 56 dias,

25 30 35 40 45 50 55 60 7 14 21 28 35 42 49 56 Re sis tên cia à comp re ss ão s im p le s (MPa) Idade (dias) Ref. 10% 20% 30%

essa diferença foi de 12,85% com o concreto de 10%, 18,02% com o concreto de 20% e 24,56% com o concreto de 30% de substituição.

O traço com substituição parcial que obteve melhores resultados, em todas as idades analisadas, é o de 10% de substituição, sendo que essa diferença, aos 7 dias, é de 9,19% com o concreto de 20% e 8,13% com o concreto de 30%, porém, na idade de 28 dias a diferença aumenta para 16,19% com o concreto de 20% e 24,66% com o concreto de 30%. Já na idade de 56 dias, a diferença diminuiu, sendo essas de 5,94% com o concreto de 20% e 13,32% com o concreto de 30% de substituição parcial.

Referente à porcentagem de diferença de resultados obtidos, nota-se que essa aumenta da idade de 7 dias para 28 dias e depois vem a diminuir da idade de 28 dias para a idade de 56 dias, sendo que esse fato pode ser justificado pela estabilização das reações de hidratação.

Também nota-se que nos resultados obtidos nos traços referência e 10% de substituição parcial formaram uma curva parabólica, já nos traços de 20 e 30% de substituição parcial, na idade de 28 para a idade de 56 dias, os resultados obtidos foram mais acentuados.

O resultados obtidos foram influenciados pelo fator a/c, sendo que o menor fator a/c encontrado foi o do traço referência, seguindo do de 10, 20 e 30%, pois quanto maior esse valor, mais poroso será o concreto e menos resistência terá o mesmo.

Outro fato a comentar sobre a diminuição da resistência à compressão com o aumento da substituição parcial, é que os agregados graúdos reciclados são mais porosos que os convencionais, fazendo com que, então, seja produzido um concreto mais poroso, diminuindo, assim, sua resistência.

Documentos relacionados