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3.3 Materiais e Sistemas construtivos

3.3.1 Materiais

4.2.1.1 Academia de Música de Lagos

Histórico

A Academia de Música de Lagos é uma associação de utilidade pública, sem fins lucrativos, fundada em 27 de Maio de 1986 por D. Maria Boulain Fogaça. Iniciou a sua atividade cultural e pedagógica em 1988. Em Abril de 1990 abriu uma Secção de Música em Portimão, atualmente, Conservatório de Portimão - Joly Braga Santos e a funcionar com autonomia pedagógica. Em Novembro de 2003, abriu a Secção de Música de Lagoa – Conservatório de Música de Lagoa. As Escolas de Música funcionam com autorização definitiva concedida pelo Ministério de Educação e Certificação pela Direção Regional de Educação do Algarve, desde 1 Setembro de 2001. Estão autorizados os Cursos de Acordeão, Canto, Clarinete, Fagote, Flauta Transversal, Guitarra clássica (viola dedilhada), Percussão, Piano, Saxofone, Trombone, Trompa, Tuba, Trompete, Viola d’Arco, Violino e Violoncelo. Para além do ensino dos instrumentos constantes do plano curricular, também são oferecidos em regime de curso livre, Canto, Contrabaixo, Flauta de Bisel, Guitarra Portuguesa, Oboé, Piano e Violino.

A Academia de Música de Lagos oferece o curso completo do ensino vocacional da música do Conservatório Nacional e a secção de Lagoa, em parceria com a Escola Secundária Padre António Martins Oliveira – Lagoa e a Câmara Municipal de Lagoa, oferece Cursos Profissionais Nível III (equivalência ao 12.º ano do ensino regular), de instrumentos de cordas, teclas, percussão e sopros.

Já realizou mais de 2255 concertos, 37 Seminários, 38 Workshops, 13 Master classes, 6 conferências, 10 Concursos, 17 Cursos, 3 Exposições, 3 Estágios para Orquestra de Sopros e Percussão e 2 Estágios para Orquestra de Cordas.

Instalações

A Academia de Música de Lagos encontra-se no Barlavento Algarvio, num edifício antigo e isolado no centro histórico da cidade, mais concretamente na Rua Dr. José Cabrita – Rossio de São João, junto ao Terminal Rodoviário da EVA e perto da zona de comércio.

Em 2008, o edifício foi alvo de obras de alteração e ampliação. O estudo arquitetónico foi da autoria dos arquitetos Rui Mateus e Armando Pais, da ARQA, as especialidades da autoria do

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engenheiro Abílio Candeias e a execução das obras da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA.

As intervenções consistiram na recuperação e alteração do piso existente e na construção de um novo piso, duplicando o espaço destinado ao fim proposto e contribuindo para a dignificação desta vertente de ensino, oferecendo mais e melhores condições para o exercício didático, visto antes ser um hospital.

Mesmo assim, a classe de percussão do 1º piso foi alvo de reclamações visto interferir nas outras aulas do edifício. A solução passou pela mobilização da sala para um módulo pré-fabricado em betão leve colocado no logradouro do alçado tardoz do edifício.

Hoje o edifício é composto por 2 pisos. O piso 0 possui cinco salas de aula, um auditório, uma sala de professores, uma sala de direção, uma sala de convívio de alunos, uma secretaria, uma receção, quatro casas de banho, uma sala de reuniões, uma biblioteca, um economato, uma casa de arrumação e um átrio. Já o piso 1 possui cinco salas de aula, uma sala polivalente, quatro casas de banho, uma casa de arrumação e um átrio.

Figura 4.1 Academia de Lagos.

Sala de aula

As salas destinadas somente ao ensino instrumental (salsa 3, 4, 8, 10 e 11) com exceção da sala 2 são salas individuais, sem assistência, com formas retangulares, pés-direitos inferiores a 3 m e áreas na ordem dos 10 m2. No que diz respeito ao mobiliário, as salas possuem uma ou duas cadeiras simples de madeira, um espelho, uma estante para pautas e um quadro escolar.

As outras salas destinadas não só ao ensino musical mas também ao ensino teórico (sala 1, 5, 6, 7, 9 e 11 e estúdio) são coletivas, com formas retangulares, pés-direitos inferiores a 3 m e áreas na ordem dos 26 ou mais m2. Para além do mobiliário já referido para as salas individuais,

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algumas destas salas possuem ainda mesas de madeira e instrumentos (como é o caso do piano e dos instrumentos de percussão).

Todas as salas possuem envidraçados.

Nas salas destinadas ao ensino de piano também são dadas aulas de formação musical, cenas de ópera, canto, conjunto de flautas e coro.

Materiais e Soluções Construtivas

Tabela 4.1 Registo de materiais e sistemas construtivos observados na Academia de Música de Lagos.

Paredes Exteriores

Piso 0 – Parede de alvenaria de pedra rebocada.

Piso 1 – Parede de alvenaria de tijolo rebocada pelo exterior e revestida com lã de rocha e gesso cartonado pelo interior.

Paredes Interiores Piso 0 e Piso 1 – Parede de alvenaria de tijolo revestida em ambos os lados com lã de rocha e gesso cartonado.

Tetos Piso 0 - Teto rebocado.

Piso 1 – Teto falso composto por painéis de gesso cartonado.

Pavimentos Piso 0 e Piso 1- Pavimento de betão armado revestido a parquet de madeira.

Envidraçados

Piso 0 – Envidraçado simples, fixo e giratório, caixilharia em madeira, vidro simples e proteção interior (cortinas opacas de cor clara).

Piso 1 - Envidraçado simples, fixo e giratório, caixilharia metálica, vidro duplo e proteção interior (cortinas opacas de cor clara).

Portas Piso 0 e Piso 1 – Portas simples de uma folha em madeira.

Outros

Módulo pré-fabricado em betão revestido nas paredes e teto por painéis ressonantes de gesso cartonado com perfurações de 5x5 mm confinando camada de ar preenchida por lã de rocha. Pavimento em betão leve revestido com material sintético.

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Qualidade acústica

Tabela 4.2 Qualidade acústica das salas de aulas da Academia de Música de Lagos.

Isolamento

Os sons que se revelaram mais incomodativos foram os sons oriundos dos espaços de circulação (corredores e átrios) e das salas de música adjacentes.

Condicionamento

As salas destinadas ao ensino de instrumentos nomeadamente as individuais mostraram-se mais secas do que as destinadas ao coro, formação musical, piano e canto.

Outros

Segundo a administração e o corpo docente a unidade necessita de substituição das portas simples por outras com requisitos acústicos que permitam aumentar o isolamento sonoro a sons de condução aérea entre compartimentos, fixação de um teto falso de modo a tornar as salas mais secas, dotação de uma comunicação vertical (elevador) e um espaço para ensaios e criação de uma Rock School em parceria com a Universidade de Cambridge e a Rolland's - instrumentos e equipamentos musicais.

Registo fotográfico

Figura 4.2 Sala de percussão.

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