PARÂMETROS MÍNIMOS – ACOLHIMENTO FAMILIAR
4. ACOMPANHAMENTO NO ACOLHIMENTO FAMILIAR
LEMBRAR
dos princípios da provisoriedade e da excepcionalidade base das medidas aplicadas aos serviços de
alta complexidade - SUAS
Imprescindível trabalho articulado envolvendo atores do Sistema de Garantia de Direitos (*)
(*) Ações articuladas de Promoção (União, Estados e Municipios
Defesa (MP, JIJ, CT, CDD, FDCA) Controle (cmdca, condeca, conanda)
PARÂMETROS MÍNIMOS – ACOLHIMENTO FAMILIAR
Processo de acompanhamento psicossocial do caso pela equipe
• envolve a família acolhedora, a família de origem e a criança ou o adolescente acolhido, assim como a rede de apoio comunitário
• é um processo evolutivo
• articula os atores do Sistema de Garantia de Direitos, com maior ou menor envolvimento, dependendo do período do acolhimento.
A equipe técnica deve estar atenta para as peculiaridades em jogo durante todo o período do acolhimento,
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a) Fase do pré-acolhimento e o acolhimento propriamente dito
É quando se processa a entrada da criança na família acolhedora.
O trabalho psicossocial tem início a partir do momento em que a criança é encaminhada para o programa/projeto de acolhimento familiar. Família acolhedora Família de origem Criança e ou Adolescente Sistema de Garantia de Direitos Rede
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Família acolhedora
• preparar a família acolhedora para recepção • preparar os encontros com família de origem
• informar situação sócio-jurídica da criança e da sua família de origem • informar, se possível, previsão do tempo do acolhimento
• quando for o caso, promover encontro da família de origem com criança/adolescente e família acolhedora antes do acolhimento • realizar a aproximação da família acolhedora com a criança
• estabelecer contrato com família acolhedora acerca do acolhimento • verificar necessidades da criança ou adolescente e encaminhar as providências
• encaminhar providências jurídico-administrativas: documentação para acolhimento, solicitação do Termo de Guarda e Responsabilidade;
• realizar entrevistas individual, visita domiciliar - foco na adaptação da família
Importante a equipe estar próxima e disponível integralmente (via telefone, por exemplo) para acompanhar e contribuir com essa adaptação. Nesse momento inicial podem surgir dificuldades, tendo em vista que representa uma mudança significativa na rotina da família e com isso, necessário rearranjo para todos os envolvidos.
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Família de origem
• preparar a família de origem para entrada no programa, leia-se, para retirada da criança e/ou do adolescente;
• realizar contato para esclarecimento da situação, a não ser que haja impedimento judicial. Esclarecer direitos;
• a família deve ser convidada a participar na adaptação da criança na família acolhedora, fornecendo informações sobre as suas necessidades, hábitos e costumes;
• esclarecer sobre termos e regras do acolhimento. Momento de se estabelecer confiança e expor as questões com clareza e objetividade;
• elaborar plano de ação (intervenção) junto com a família de origem para o tempo de acolhimento;
• realizar entrevistas individuais;
• realizar visitas domiciliares semanais com foco no rearranjo familiar.
É fundamental incluí-la nas decisões de modo que se implique no processo, uma vez que é parte fundamental dele.
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Criança / adolescente
• preparar a criança e/ou do adolescente para entrada no programa (para o afastamento da sua família);
• conversar com a criança ou adolescente para explicar a situação e as mudanças que irão ocorrer, com clareza e objetividade;
• esclarecer termos e regras do acolhimento. Momento de se estabelecer confiança;
• realizar a aproximação da criança ou adolescente com a família acolhedora;
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• mapear, mobilizar e articular a rede de apoio social e comunitária das famílias acolhedoras e de origem.
Rede
CADA FAMILIA DEMANDARÁ UM PLANO DE AÇÃO E O ESTABELECIMENTO DE UMA REDE ESPECIFICA
IMPORTANTE
• o processo de reintegração deve começar na saída da criança e/ou do adolescente da família de origem;
• não se trata de um momento isolado às vésperas do retorno da criança;
• o trabalho de preparação de todos os envolvidos para a reintegração familiar deve perpassar todo o acolhimento; • se intensifica no processo final do acompanhamento.
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b) Fase intermediária do acolhimento
Ultrapassada a fase inicial de adaptação, começa a
Fase intermediária do acolhimento.
Nessa etapa é realizado o trabalho mais intensivo com a família de origem, acompanhadas as mudanças e
planejados os próximos passos.
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Família acolhedora
• construir plano de acompanhamento; • dar continuidade ao acompanhamento,
percebendo o desenvolvimento da criança e/ou do adolescente naquele ambiente familiar;
• realização de entrevistas individuais;
• realização de visitas domiciliares periódicas; • combinar encontros com a família de origem; • realizar encontros periódicos com a família acolhedora.
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Família acolhedora
• acompanhamento semanal FO X FA;
• respeitar a família acolhedora no que se refere à família de origem;
• incluir a família acolhedora como parceira no programa; • analisar vínculo família acolhedora com
família de origem.
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Família de
origem • construir plano de acompanhamento; • realizar entrevistas individuais;
• realizar visitas domiciliares periódicas; • levantar história familiar e de pessoas significativas;
• aprofundar histórico;
• interessante buscar informações em espaços diferentes, junto aos subsistemas;
• viabilizar encontro semanal com cr/ad; • acompanhar os encontros com a cr/ad; • incluir em grupos a partir do 2o mês,
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Criança e Adolescente
• realizar entrevistas individuais; • esclarecer através de diálogo; • proporcionar escuta individual;
• identificar como percebe seu afastamento da família de origem;
• viabilizar encontro com outras crianças do programa;
• acompanhar o seu rendimento escolar ; • estar atento aos problemas de saúde.
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Rede
• monitorar a rede de apoio social e comunitária das famílias de origem e Acolhedora;
• aproximação FA e FO com a rede; • realizar o acompanhamento do processo judicial.
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c) Fase final do acolhimento / desligamento / pós-reintegração
A saída da criança da família acolhedora e o retorno ao seu meio familiar e comunitário se revela um momento delicado, que deve ser trabalhado com os envolvidos de forma clara, gradativa e sistemática. ATENÇÃO
Nesse momento também devem ser incluídos outros atores do Sistema de Garantia de Direitos, como o Conselho Tutelar e o Juízo da Infância e