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O conceito de farmácia clínica coloca o foco da intervenção farmacêutica no doente e na melhor maneira de lhe disponibilizar os cuidados necessários com o menor risco possível, alterando assim a visão de farmácia hospitalar como apenas fabricante e dispensadora de medicamentos [3].

O farmacêutico passa então a integrar a equipa clínica, acompanhando a evolução dos doentes nos serviços, e contribuindo para a tomada de decisões da equipa médica. No CHMT, estas equipas são geralmente constituídas por médicos, enfermeiros e farmacêuticos podendo, em algumas situações especiais, haver outros profissionais de saúde a constitui-las. O papel do farmacêutico clínico é confirmar que a farmacoterapia instituída a cada doente é a mais indicada. Além deste enorme papel, o farmacêutico deve também ter sempre controlado o tempo de antibioterapia decorrido para cada doente e perceber quando pode ser feita a transição de fármacos que estão a ser administrados por via intravenosa para a via oral.

Durante o meu estágio no CHMT, tive a oportunidade de participar numa visita médica no serviço de Nefrologia do hospital de Torres Novas.

8 - Farmacovigilância

A farmacovigilância tem como objetivo a melhoria da qualidade e segurança dos medicamentos, defendendo o doente e a saúde pública, através da prevenção, avaliação e deteção de reações adversas a medicamentos [18]. Assim sendo, todos os profissionais de saúde têm como obrigação reportar ao INFARMED reações adversas que decorram do uso de medicamentos, pois são parte integrante do Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF) [3]. Durante o meu estágio curricular não decorreram notificações de reações adversas ao INFARMED.

9 - Conclusão

Tendo integrado a equipa do CHMT durante 8 semanas, consegui perceber o grande esforço e dedicação que os elementos dos SF empregam diariamente, de forma a garantir que os interesses do doente sejam postos em primeiro plano. Além do compromisso para com o doente, existe também um compromisso para com o próprio Centro Hospitalar, pois um dos principais objetivos da equipa é conseguir ter um SF de qualidade, merecedor de confiança em qualquer uma das unidades.

A nível pessoal, além de colocar à prova os conhecimentos obtidos durante os 5 anos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, adquiri novas competências que se adivinham de extrema importância no exercício da profissão.

Assim sendo, e dando por terminado o estágio curricular em farmácia hospitalar, o balanço das semanas de intensa aprendizagem e trabalho é extremamente positivo, sendo um marco no meu percurso enquanto futura farmacêutica.

10 - Referências

1

1. Decreto-Lei n.º 44204/62, de 2 de Fevereiro. Regulamento geral da Farmácia hospitalar. INFARMED, Gabinete Jurídico e Contencioso.

2. Despacho n.o 2061-C/2013, de 4 de Fevereiro. Ministério da Saúde. Diário da

República, 2ª série, Nº24, de 4 de Fevereiro de 2013.

3. Conselho Executivo da Farmácia Hospitalar. Manual da Farmácia Hospitalar. 2005. 4. Deliberação n.o 105/CA/2007, de 1 de Março. Regulamento sobre Autorizações de

Utilização Especial e Excepcional de Medicamentos. INFARMED, Gabinete Jurídico e Contencioso.

5. Autorização de Utilização Especial (AUE) e Autorização Excecional (AEX) [Internet]. INFARMED. [acedido a 20 de Maio de 2015]. Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMA NO/AUTORIZACAO_DE_INTRODUCAO_NO_MERCADO/AUTORIZACAO_DE_UTILIZACAO_ES PECIAL.

6. Portaria n.o 53/71, de 3 de Fevereiro. Ministério da Economia das Corporações e

Previdência Social e da Saúde e Assistência. Diário da República, 1ª série, Nº28, de 1971.

7. Normas conjuntas FIP/OMS para as boas práticas de farmácia: diretrizes para a qualidade dos serviços farmacêuticos. Federação Internacional Farmacêutica (FIP). 2010.

8. Juvany Roig R, Sevilla Sánchez D, de la Peña Oliete MD, Leiva Badosa E, Perayre Badia M, Jódar Masanés R. Optimising the quality of the unit dose dispensing process through the implementation of the semi-automated Kardex system. Farm Hosp. 2007 Jan-Feb;31(1):38-42.

9. Dispensa exclusiva em Farmácia Hospitalar [Internet]. INFARMED. [acedido a 6 de Junho de 2015]. Disponível em: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMA NO/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_AMBULATORI O/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/Dispensa_exclusiva_em_Farmacia_Hospitalar. 10. Circular Normativa no 01/CD/2012, de 30 de Novembro de 2012. Procedimentos de

cedência de medicamentos no ambulatório hospitalar. INFARMED.

11. Braga F. Boletim do CIM: Medicamentos Derivados do Plasma Humano . Revista da Ordem dos Farmacêuticos. 2013 Abr-Jun;107:1–2.

12. Despacho conjunto n.o 1051/2000, de 14 de Setembro. Registo de medicamentos

derivados de plasma. INFARMED, Gabinete Jurídico e Contencioso.

1 Norma utilizada para a elaboração das referências – Patrias K. Citing Medicine: The National Library of

13. Saiba mais sobre: Psicotrópicos e estupefacientes [Internet]. INFARMED. 2010 [acedido a 7 de Junho de 2015]. Disponível em: https://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/TEMATICOS/S AIBA_MAIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/22_Psicotropicos_Estupefacientes.pdf. 14. Portaria n.o 981/98, de 8 de Junho. Execução das medidas de controlo de

estupefacientes e psicotrópicos. INFARMED, Gabinete Jurídico e Contencioso.

15. Paiva M. Implementação de uma Unidade Centralizada de Preparação de Citotóxicos num Hospital Central Universitário [Internet]. Portal da Saúde. 2008 [acedido a 20 de Junho de 2015]. Disponível em: http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/84DD04DA-403B-4536-83D8-

4BFF1ABEEF47/0/20080702125109546969.pdf.

16. British Columbia Cancer Agency. BCCA Protocol Summary for Palliative Chemotherapy for Metastatic Colorectal Cancer Using Irinotecan [Internet]. 2011. [acedido a 20 de Junho de 2015]. Disponível em: http://www.bccancer.bc.ca/chemotherapy- protocols-site/Documents/Gastrointestinal/GIIR_Protocol_1Jun2011.pdf.

17. Portaria no 594/2004, de 2 de junho. Aprova as boas práticas a observar na preparação

de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar. INFARMED, Gabinete Jurídico e Contencioso.

18. Farmacovigilância [Internet]. INFARMED. [acedido a 14 de Julho de 2015]. Disponível em:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PERGUNTAS_FREQUENTES/M EDICAMENTOS_USO_HUMANO/MUH_FARMACOVIGILANCIA#P2.

Capítulo II – Relatório de Estágio em

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