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Em 2010, o mercado segurador nacional apresentou um acréscimo na sua actividade, registando um montante de Prémios de Seguro Directo (incluindo a captação de recursos através de Contratos de Investimento), de 16,3 mil milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 12,5%.

Os ramos Vida, com um volume de prémios de 12,2 mil milhões de euros, evidenciaram um acréscimo de 17,2% face ao período homólogo, sobretudo resultante do forte crescimento registado ao nível dos Produtos de Capitalização e PPR’s.

O conjunto dos ramos Não Vida, com uma produção de aproximadamente 4,2 mil milhões de euros, registou um crescimento de 0,7%, apesar do contexto macroeconómico desfavorável e de um nível de preços ainda degradado, em especial nos ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho.

O Sector continua a ser liderado pela Caixa Seguros e Saúde, que alcançou, no final de 2010, uma Quota de Mercado global de 34,5%, sendo líder nas Actividades Vida e Não Vida (com quotas de 37,0% e de 27,1%, respectivamente).

A Caixa Seguros e Saúde reforçou a liderança no mercado segurador nacional, ocupando, de forma destacada, o lugar de topo, com uma quota de mercado global de 34,5%, desagregada pelos ramos Vida (37,0%) e Não Vida (27,1%) – neste último, mantendo igualmente a liderança em todos os seus principais ramos.

Em 2010, a Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. (CSS) apresentou, de acordo com as normas contabilísticas do Grupo CGD, um resultado líquido de 66,9 milhões de euros, o que representa um substancial aumento face ao período homólogo (7,2 milhões de euros).

As Seguradoras da Caixa Seguros e Saúde continuaram a manter elevados níveis de solvência, apresentando em Dezembro de 2010 uma taxa de cobertura consolidada da margem de solvência de 157,9%, nível confortável e que transmite um elevado grau de segurança a todos os clientes e agentes económicos que se relacionam com as Seguradoras do Grupo.

Actividade Seguradora do Grupo CGD

A área seguradora apresentou uma melhoria significativa face a igual período do ano anterior, contribuindo para o resultado líquido consolidado da Caixa Seguros e Saúde com um montante

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de 90,9 milhões de euros (39,5 milhões de euros em 2009), facto que fica a dever-se, essencialmente, ao efeito combinado da recuperação do resultado financeiro, da gradual melhoria dos resultados técnicos e da redução dos custos de funcionamento.

Os Prémios de Seguro Directo (incluindo recursos captados através de contratos de investimento), incluindo a actividade no Estrangeiro, totalizaram 5,7 mil milhões de euros.

ÁREA SEGURADORA DA CAIXA SEGUROS E SAÚDE, SGPS, SA

(milhões de euros)

Actividade em Portugal

2009 2010

Quota de Mercado Total 30,3% 34,5%

Ramos Vida 31,2% 37,0%

Ramos Não Vida 28,0% 27,1%

Prémios de Seguro Directo 4 396 5 633

Ramos Vida 3 237 4 502

Ramos Não Vida 1 159 1 131

Combined ratio líquido de resseguro (Não Vida) 106,3% 104,6%

Loss ratio líquido de resseguro (Não Vida)* 71,1% 69,7%

Expense ratio líquido de resseguro (Não Vida) 35,2% 34,8%

Actividade no Estrangeiro

Prémios de Seguro Directo 74 81

Ramos Vida 43 43

Ramos Não Vida 31 38

* Excluindo Rendimento Técnico das Provisões Matemáticas de Acidentes de Trabalho

No conjunto da actividade em Portugal, a Produção atingiu cerca de 5,6 mil milhões de euros, aumentando 28,1% face a igual período do ano anterior. Este crescimento teve origem nos ramos Vida (+39,1%), com a comercialização dos Produtos de Capitalização e PPR’s.

O conjunto dos ramos Não Vida sofreu uma redução de 2,5% no montante de Prémios, centrada nos ramos Automóvel, Transportes e, sobretudo, nos Acidentes de Trabalho, em consequência, essencialmente, do abrandamento económico registado.

A quota de mercado global na actividade em Portugal (34,5%) cresceu face ao período homólogo (30,3%), por via do aumento da quota de mercado no ramo Vida (37,0% face a 31,2% em 2009), o que possibilitou compensar a redução nos ramos Não Vida (de 28,0% em 2009, para 27,1% em 2010).

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A margem técnica agregada dos ramos Vida apresentou uma melhoria de 15,9 milhões de euros, quando comparada com 2009, situando-se em 115,2 milhões de euros, o que traduz, essencialmente, a evolução favorável da actividade financeira, onde se fizeram notar o menor impacto das imparidades face a 2009 e o menor montante de atribuição a clientes, este último decorrente do efeito da descida das taxas de juro e dos rendimentos dos activos.

Nos ramos Não Vida, a margem técnica situou-se em 277,9 milhões de euros, um acréscimo de 8,3 milhões de euros face ao período homólogo, que fica também a dever-se, essencialmente, à melhoria da sinistralidade. Em termos técnicos, o Combined ratio líquido de resseguro foi de 104,6%, menos 1,7 p.p. que no ano anterior, tendo beneficiado, sobretudo, da redução do Loss ratio.

Os Custos de Estrutura ascenderam a 337 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 4,1% face ao período homólogo, com origem na generalidade das rubricas.

Consequentemente, o conjunto das Seguradoras da Caixa Seguros e Saúde registou, nas suas contas estatutárias, um Resultado Líquido agregado de 93,4 milhões de euros (23,7 milhões de euros em 2009).

O contributo da área sob gestão Seguradora para o resultado líquido estatutário da Caixa Seguros e Saúde foi de 73,9 milhões de euros, face a 27,8 milhões de euros em 2009, diferindo do respectivo resultado estatutário agregado das seguradoras por incluir adicionalmente os resultados dum conjunto de empresas instrumentais, bem como variados ajustamentos de consolidação.

Actividade Hospitalar do Grupo CGD

Apesar da crise global a HPP Saúde conseguiu manter e consolidar a sua estratégia de crescimento, destacando-se a evolução do Hospital dos Lusíadas, do Hospital da Boavista e do Hospital de Cascais, evidenciando a sua capacidade para atrair e fidelizar clientes.

O ano de 2010 fica marcado pela abertura do novo Hospital de Cascais em Parceria Público Privada e alargamento do âmbito dos serviços prestados, após um ano de gestão nas antigas instalações.

A Norte, destaca-se a conclusão das obras da área de Obstetrícia Ginecologia do Hospital da Boavista e da instalação de mais um novo equipamento de Ressonância Magnética bem como a dinamização da actividade operatória do Hospital de Sangalhos.

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Na Grande Lisboa, o Hospital dos Lusíadas consolidou o crescimento já iniciado no ano anterior, aumentado a sua quota de mercado.

No Sul do país, as unidades de Faro e de Lagos atingiram performances alinhadas com os objectivos definidos. O projecto de construção do novo Hospital de Faro, por substituição do actual, deu entrada nos serviços da Câmara Municipal de Faro.

Em termos consolidados a empresa apresenta uma variação positiva, em relação ao período homólogo, de 12,1% no total de rendimentos operacionais (163,4 milhões de euros) e um resultado líquido acumulado de -23,9 milhões de euros.

Na vertente de produção clínica registam-se igualmente crescimentos significativos entre 2009 e 2010, tendo-se verificado um incremento de 21% nas consultas, de 24% nos atendimentos urgentes, 21% nas cirurgias, 11% nas diárias de internamento, 24% nos exames de imagiologia e 88,5% nos partos.

Outros factos que merecem destaque no ano que findou são:

• Continuação da implementação do processo de acreditação dos hospitais do grupo junto da Joint Commission International;

• Aquisição da totalidade da participação na Carlton Life em Outubro de 2010, empresa que oferece soluções abrangentes e especializadas nas áreas da avaliação geriátrica, dos cuidados de longo prazo e do alojamento para seniores e que possibilitará a expansão da actividade dos Hospitais da Boavista e dos Lusíadas.

Para continuar a dar resposta ao novo contexto competitivo e aos cenários macroeconómicos actuais a HPP Saúde continuará a desenvolver uma politica de crescimento sustentado, optimizando processos e recursos, tendo como objectivos principais a melhoria dos seus indicadores e a criação de valor para clientes, parceiros e accionista.

Síntese da Actividade Consolidada da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. é a holding do Grupo CGD que congrega as participações da área seguradora, as participações da área hospitalar, agrupadas na holding HPP – Hospitais Privados de Portugal e ainda um conjunto de empresas instrumentais.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. obteve, em 2010, de acordo com as normas IAS/IFRS do Grupo CGD, um Resultado Líquido de 66,9 milhões de euros (face a 7,2 milhões de euros no ano anterior), desdobrado num resultado positivo de 90,7 milhões de euros na Área

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Seguradora (39,5 milhões no período homólogo) e num resultado negativo de 23,8 milhões de euros na Actividade Hospitalar (-32,3 milhões no período homólogo).

De referir, igualmente, que devido à eliminação de algumas transacções intragrupo, a apropriação líquida, em termos consolidados, pela CGD, do resultado da CSS foi de 35,6 milhões de euros.

CAIXA SEGUROS E SAÚDE, SGPS, SA (a) - INDICADORES

(milhões de euros) 2009 2010

Activo líquido 15 763 15 965

Capitais próprios 1 162 1 064

Propriedades de Investimento, Carteira de Títulos, Depósitos Bancários e Caixa

14 127 14 405

Provisões técnicas líquidas de resseguro 6 174 5 473

Responsab. com Recursos de Clientes e Out. Empréstimos 6 860 7 944

Resultado líquido 7 67

2009 2010

Elementos Constitutivos Margem de Solvência 1 299 1 166

Margem de Solvência requerida 740 738

Excesso da Margem de Solvência 559 428

Taxa de Cobertura da Margem de Solvência 175,5% 157,9%

(a) Valores em consonância com as normas relativas à apresentação das demonstrações financeiras no formato IAS/IFRS (Grupo CGD) e correspondem às contas consolidadas.

O produto da actividade da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. atingiu 745 milhões de euros, um acréscimo de 123 milhões de euros face a 2009, sendo 505 milhões de euros provenientes da margem técnica da actividade de seguros e 240 milhões de euros provenientes do produto da actividade financeira.

A situação líquida consolidada da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, ascende, em Dezembro de 2010, a 1 064 milhões de euros, inferior em 98 milhões de euros face a Dezembro de 2009, resultante do efeito da desvalorização da carteira de investimentos com impacto na Reserva de Justo Valor. De referir, ainda, a existência de passivos subordinados no montante de 436,5 milhões de euros.

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. 11 de Fevereiro de 2011

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