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ANVISA 142 ANEXO D – PIRÂMIDE DE ORIENTAÇÕES AO USO DE LUVAS DA OMS

2 REVISÃO DA LITERATURA

5.3 ADESÃO ÀS PRÁTICAS DE HIGIENE DAS MÃOS

Foram monitoradas 516 oportunidades de higiene das mãos, em 43 sessões. Ocorreram 337 ações de higiene das mãos, o que representa adesão média de 65,31%. A TABELA 13 traz o número de oportunidades observadas e a taxa de adesão à higiene das mãos por categoria profissional, e a FIGURA 3 mostra a taxa de adesão com destaque para a linha da média. Ficou evidente que os técnicos de enfermagem tiveram adesão abaixo da média.

TABELA 13 – NÚMERO DE OPORTUNIDADES PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS OBSERVADAS E TAXA DE ADESÃO POR CATEGORIAS DOS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

Categoria profissional Nº de oportunidades observadas (n) realizadas (n) Nº de HM Taxa de adesão à HM (%)

Fisioterapeuta 65 48 73,84

Médico 68 53 77,94

Enfermeiro 104 75 72,11

Técnico de enfermagem 279 161 57,70

FIGURA 3 –TAXA DE ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR CATEGORIAS DOS

PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

FONTE: A autora (2016).

A adesão e o tipo de higiene das mãos foram avaliados e estão apresentados na FIGURA 4. Predominantemente, a higiene das mãos foi realizada com água e sabonete. Ressalta-se que os médicos apresentaram a melhor adesão ao uso das preparações alcoólicas dentre todas as categorias profissionais.

FIGURA 4 –TAXA DE ADESÃO AO TIPO DE HIGIENE DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO, POR CATEGORIAS. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

A taxa de adesão à higiene das mãos foi calculada com relação às indicações para concretizar a ação ou aos cinco momentos, considerados como oportunidades de fazer a higiene das mãos, que são: (1) antes do contato com o paciente; (2) antes de procedimento asséptico; (3) após risco de exposição ou contato com fluidos corporais; (4) após contato com paciente; e (5) após contato com ambiente ou unidade do paciente. Os momentos um e dois apresentaram menor taxa de adesão quando comparados aos momentos três, quatro e cinco. O número de oportunidades observadas e a taxa de adesão a cada um dos cinco momentos indicados para a necessária higiene das mãos são mostrados na TABELA 14. A seguir, na FIGURA 5, em que aparece a linha média de adesão, destaca-se a baixa adesão aos momentos um e dois.

TABELA 14 – TAXA DE ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR INDICAÇÕES (5 MOMENTOS) DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

Indicações para HM Nº de oportunidades observadas (n) realizadas (n) Nº de HM Taxa de adesão à HM (%)

Antes do contato com o paciente 117 47 40,17

Antes de procedimento asséptico 77 22 28,57

Após risco/contato com fluidos biológicos 148 129 87,16

Após contato com paciente 136 114 83,82

Após contato com ambiente 73 48 65,75

FONTE: A autora (2016).

FIGURA 5 – TAXA DE ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS POR INDICAÇÕES (5 MOMENTOS) DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

A frequência dos tipos de higiene das mãos que foram realizadas por indicações também foi calculada. Predominantemente, água e sabonete foram mais usados em todas as ações de higiene das mãos e as preparações alcoólicas foram mais usadas nos momentos um e quatro. Os dados estão apresentados na FIGURA 6.

FIGURA 6 –TIPO DE HIGIENE DAS MÃOS POR INDICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO.

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

FONTE: A autora (2016).

O teste Qui-quadrado de independência foi aplicado e os resultados obtidos são mostrados na TABELA 15. Obteve-se p<0,01 em duas situações. Isso significa que se pode afirmar que existe dependência entre a taxa de adesão e as indicações (cinco momentos) de higiene das mãos. O mesmo pode ser afirmado em relação às categorias profissionais. Entretanto, com relação aos dias da semana e ao turno de serviço, a diferença não foi significativa.

TABELA 15 – TESTE QUI-QUADRADO DE INDEPENDÊNCIA DAS OBSERVAÇÕES DE ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015 Variáveis oportunidades Nº de

(n) HM (n) Nº de

Taxa de adesão

(%) quadrado P-valor Qui-

Indicações (oportunidades)

Antes do contato com paciente 117 47 40,17 130,33 <0,0001 Antes de procedimento asséptico 77 22 28,57

Após risco/contato com fluidos biológicos 148 129 87,16 Após contato com paciente 136 114 83,82

Após contato com ambiente 73 48 65,75

Categoria profissional Técnico de enfermagem 279 161 57,70 16,13 0,0011 Enfermeiro 104 75 72,11 Médico 68 53 77,94 Fisioterapeuta 65 48 73,84 Dias da semana Segunda-feira 103 65 63,10 3,82 0,2812 Terça-feira 73 42 57,53 Quinta-feira 225 156 69,33 Sexta-feira 115 74 64,34 Turno Manhã 187 133 71,12 4,52 0,1043 Tarde 209 128 61,24 Noite 120 76 63,33 Total 516 337 65,31 FONTE: A autora (2016).

Como a adesão por categoria profissional tem taxas variadas e significativas para α = 1% e por turnos de trabalho não apresentou significância, optou-se por analisar separadamente a adesão de cada categoria profissional por turno de trabalho. Após aplicação do Teste Qui- quadrado de independência com correção de Yates, verificou-se correlação significativa ao nível de 0,01 para os turnos da tarde e noite, devido à muito baixa adesão dos técnicos de enfermagem nesses turnos, conforme apresentado na TABELA 16.

TABELA 16 – TESTE QUI-QUADRADO DE INDEPENDÊNCIA DAS OBSERVAÇÕES DE ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS DOS PROFISSIONAIS, POR TURNO DE TRABALHO, DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

Categoria profissional por turno Nº de oportunidades (n) Nº de HM (n) Taxa de adesão

(%) quadrado Qui- P-valor

Manhã Fisioterapeuta 21 14 66,66 0,64 0,8867 Médico 34 23 67,65 Enfermeiro 24 18 75,00 Técnico de enfermagem 108 78 72,22 Tarde Fisioterapeuta 32 25 78,12 13,57* 0,0036 Médico 20 18 90,00 Enfermeiro 54 33 61,11 Técnico de enfermagem 103 52 50,48 Noite Fisioterapeuta 12 9 75,00 19,09* 0,0003 Médico 14 12 85,71 Enfermeiro 26 24 92,30 Técnico de enfermagem 68 31 45,59 FONTE: A autora (2016).

NOTA: *Qui-quadrado com correção de Yates por conter células menores que 5

Para aumentar a sensibilidade e complementar as análises, o Teste Qui-quadrado de independência com correção de Yates foi novamente aplicado aos turnos de trabalho individualmente por categorias profissionais, cujos dados se encontram na TABELA 17. Nesse caso, pode-se afirmar que existe dependência (p<0,05), entre os enfermeiros e os turnos de trabalho.

TABELA 17 – TESTE QUI-QUADRADO DE INDEPENDÊNCIA DAS OBSERVAÇÕES DE ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS POR TURNO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA DIRETA AOS PACIENTES, NA UTI DO HOSPITAL DE ENSINO. BRASÍLIA, DF, BRASIL, 2015

Turno por categoria profissional Nº de oportunidades (n) HM (n) Nº de adesão (%) Taxa de Qui- quadrado P-valor Fisioterapeuta Manhã 21 14 66,66 0,87 0,6466 Tarde 32 25 78,12 Noite 12 9 75,00 Médico Manhã 34 23 67,65 4,28 0,1177 Tarde 20 18 90,00 Noite 14 12 85,71 Enfermeiro Manhã 24 18 75,00 7,05* 0,0294 Tarde 54 33 61,11 Noite 26 24 92,30 Técnico de enfermagem Manhã 108 78 72,22 15,62 0,0004 Tarde 103 52 50,48 Noite 68 31 45,59 FONTE: A autora (2016).

NOTA: *Qui-quadrado com correção de Yates por conter células menores que 5

Na avaliação da adesão à higiene das mãos, considerou-se a seguinte regra de decisão: 1) realizada – quando o profissional de saúde cumpriu todas as etapas da técnica da higiene das mãos de forma correta; 2) não realizada – em caso contrário. No entanto, a presença do adorno nas mãos do profissional de saúde não influenciou esse critério de decisão.