• Nenhum resultado encontrado

em molde

A reticulação com glutaraldeído tornou as partículas resistentes a valores de pH nos quais elas eram previamente solúveis. Esta é a razão porque os experimentos de adsorção foram realizados com essas partículas.

4.6.1

Isotermas de adsorção

A Figura 4.11 mostra a densidade de adsorção da albumina, Γ, em função da concentra-

ção de equilíbrio da albumina no sobrenadante, CE, para a adsorção de albumina nos com- plexos com rCOOH/NH2 = 5, 6 e pH = 3,04. Pode-se observar que há um máximo com

Γmax ≈ 0,28 g m−2 em C

E ≈1 g dm−3. Um comportamento similar foi descrito em al- guns modelos que relacionam a adsorção de fluidos supercríticos em óxidos, usando siste- mas à base de pseudo-látices envolvendo a energia de interação adsorbato-adsorbato, ε, e

adsorbato-superfície, εs.136, 137 Uma vez que, neste pH, a quitosana está altamente proto- nada e o PMAA não está ionizado, em termos eletrostáticos, há repulsão entre as partículas carregadas positivamente e a albumina carregada positivamente. A adsorção ocorrerá princi- palmente por meio de ligações hidrogênio e/ou interações de van der Waals. Por outro lado, a diminuição em Γ pode ser analisada como uma conseqüência da existência de espécies

polivalentes carregadas negativamente (e.g. fosfato e citrato, do tampão), na fase contínua, o que aumenta a possibilidade de interação adsorvente-adsorvente (por meio de formação de uma ponte interparticular), quando a concentração de proteína foi aumentada. Uma outra possibilidade é a ocorrência de floculação por depleção,124 como resultado do aumento da concentração de proteína.

Aumentando o pH para 5,07 não houve um efeito marcante na isoterma, como pode- se confirmar pela análise da Figura 4.12 que mostra a isoterma para as partículas com

rCOOH/NH2 = 5, 6 e pH = 5,07. O máximo na adsorção ainda se encontra em 1 g dm

−3;

Γmax, entretanto, está em torno de 0,55 g m−2, indicando que a adsorção foi muito mais

efetiva quando o pH foi aumentado. O ponto isoelétrico da albumina se encontra na faixa de pH 4, 7 − 5, 0,14, 23, 138 o que significa que, a respeito desses experimentos, a diminuição na carga superficial da proteína resultou em maior adsorção. Peng et al.102 encontraram que a adsorção máxima de albumina nas partículas de magnetita carregadas positivamente ocorreu no ponto isoelétrico da albumina. Roach et al.139, 140 encontraram que a adsorção da albu- mina em superfície hidrofóbica (rica em CH3) é maior do que em superfície hidrofílica (rica

Figura 4.11: Curva de isoterma de adsorção em pH 3,04 para a albumina adsorvida nos complexos de CS/PMAA. rCOOH/NH2 = 5, 6.

Figura 4.12: Curva de isoterma de adsorção em pH 5,07 para a albumina adsorvida nos complexos de CS/PMAA. rCOOH/NH2 = 5, 6.

Figura 4.13: Curva de isoterma de adsorção em pH 3,04 para a albumina adsorvida nos complexos de CS/PMAA. rCOOH/NH2 = 11, 1.

drofílicas. Esse trabalho, entretanto, foi realizado em pH = 7,4 (a albumina estava carregada negativamente, ao contrário das condições do presente trabalho) e não havia dados de carga superficial da superfície sólida (por meio da formação de uma dupla camada). Em outras palavras, há a possibilidade de que a maior adsorção em uma superfície menos hidrofílica tenha sido, na verdade, uma maior adsorção de uma partícula carregada negativamente em uma superfície menos negativa. Apesar disso, usando os mesmos argumentos apontados por Roach et al., o aumento na adsorção da albumina, no presente trabalho, poderia se dever à formação de uma superfície menos hidrofílica, já que o NH+3 seria desprotonado pelo au- mento do pH. Mas, por outro lado, novos grupos COOH da superfície da partícula seriam neutralizados, resultando em uma superfície mais hidrofílica: neste caso, entretanto, a inte- ração com regiões carregadas positivamente da albumina (embora a carga da albumina seja zero) com a estrutura gerada pela neutralização dos grupos carboxila poderiam aumentar a adsorção.

A Figura 4.13 mostra os dados relacionados à adsorção de albumina em pH = 3,04 e rCOOH/NH2 = 11, 1. Ao compará-la à Figura 4.11, pode-se notar que o aumento em

rCOOH/NH2 modificou a forma da isoterma: há um aumento mais pronunciado na adsorção a baixas concentrações e a ocorrência de um plateau entre CE = 0, 1 e 0,6 g dm−3. Por outro lado, há também um máximo em CE = 1 g dm−3, o valor deΓmax sendo 0,35 g m−2, que

é maior do que o valor encontrado para rCOOH/NH2 = 5, 6. O aumento em rCOOH/NH2 resultou na possibilidade de ocorrência de estruturas em forma de “escova”,75, 141obtidas a partir das cadeias de PMAA: essas estruturas aumentariam a adsorção da albumina por meio de ligações de hidrogêno e interações de van der Waals. As estruturas em forma de ”escova” estão representadas na Figura 4.14. A adsorção de albumina em partículas de látex com superfícies estruturadas em ”escova” já tem sido reportado na literatura.142

A fim de se averiguar o papel das interações eletrostáticas no processo de adsorção da albumina, uma análise da carga superficial das partículas durante o processo de adsorção deve ser realizada de modo a se obter um mecanismo mais definido de adsorção. Tal análise será feita na seção a seguir.

Figura 4.14: Esquema representado a superfície das partículas e a estrutura em forma de ”escova”.

Figura 4.15: Potencial zeta, ζ, em pH 3,04 para a albumina adsorvida nos complexos de

Figura 4.16: Potencial zeta, ζ, em pH 5,07 para a albumina adsorvida nos complexos de

Figura 4.17: Esquema representando uma possível interação por meio de ligações hidrogê- nio entre um grupo carbonila da albumina e um grupo carboxila de uma partícula de PEC. Como resultado desta interação, o equilíbrio é deslocado na direção da protonação dos gru- pos carboxílicos das partículas de PEC.

Figura 4.18: Potencial zeta, ζ, em pH 3,04 para a albumina adsorvida nos complexos de

4.6.2

Análise da carga superficial

A Figura 4.15 mostra o potencial zeta, ζ, em função de CE para a adsorção da albumina em pH 3,04. Pode-se ver que as partículas apresentaram carga positiva neste pH, o que era esperado, já que a quitosana se encontra completamente protonada e a ionização no PMAA era mínima (de acordo com o apontado na Seção 4.6.1). Como a albumina foi adsorvida na superfície das partículas, a carga superficial tendeu a valores mais positivos, o que é consistente com a carga positiva da albumina neste pH.

O efeito do aumento do pH na carga superficial pode ser visto na Figura 4.16, que mostra os valores de potencial zeta,ζ, em função de CE para a adsorção de albumina em pH = 5,07 e

rCOOH/NH2 = 5, 6. Pode-se notar que a superfície das partículas agora se tornou negativa, o que é consistente com a ionização dos grupos COOH que se apresentavam externamente. O potencial zeta se tornou menos negativo quando a albumina foi adsorvida, de modo que duas hipóteses puderam ser esboçadas:

1. A albumina estava carregada positivamente neste pH. Isso não pareceu ser o caso, haja visto que a albumina estava muito próximo de seu ponto isoelétrico;

2. A albumina interagiu por meio de ligações de hidrogênio com os grupos carboxila não- ionizados do PMAA, resultando em uma diminuição na concentração de carboxilato. A Figura 4.17 mostra a possibilidade de interação entre os grupos carbonila da albu- mina e os grupos carboxila das partículas de PECs: como resultado desta interação, a superfície das partículas de PECs se tornaria menos negativa.

A Figura 4.18 mostra o resultado do aumento de rCOOH/NH2para 11,1 (pH = 3,04) sobre o potencial zeta,ζ. Pode-se notar que, antes da adsorção de albumina (CE = 0), as partículas estavam em torno de seu ponto isoelétrico, em oposição à situação na qual rCOOH/NH2 = 5, 6, em que as partículas estavam carregadas positivamente. A razão para a diminuição

na carga foi o aumento dos grupos carboxila do PMAA: a diminuição na carga aumentaria a adsorção não-eletrostática da albumina, além da ocorrência das estruturas em “escova”, como já observado na última seção.

Capítulo 5

Conclusões

Os complexos polieletrolíticos de CS/PMAA foram o resultado da reação de complexação entre os grupos carboxílicos dissociados do PMAA e os grupos amino protonados da qui- tosana por meio de interações eletrostáticas. As partículas obtidas por ambos os métodos apresentaram uma morfologia do tipo core-shell.

As dispersões aquosas de CS/PMAA obtidas pelo método de gotejamento, tiveram algu- mas de suas propriedades influenciadas pela massa molar do PMAA e pela força iônica.

O aumento da massa molar do PMAA pareceu aumentar a solubilidade dos complexos macromoleculares. Este aumento na solubilidade deve ser o resultado de uma menor pre- sença de grupos carboxílicos nas partes mais externas dos novelos macromoleculares do PMAA (mais facilmente ionizados do que aqueles presentes no interior dos novelos) como resultado do aumento da massa molar. As estruturas macromoleculares obtidas a partir do PMAA de maior massa molar apresentaram maiores dimensões. A ocorrência de uma su- perfície carregada mais negativamente na partícula pode também aumentar a formação de partículas de complexos por meio de floculação por formação de ponte interparticular dire- cionada pelos complexos solubilizados.

O aumento da força iônica apresentou dois efeitos na formação dos complexos inso- lúveis: a baixas concentrações, ele favoreceu a formação desses complexos através da di- minuição nas dimensões das moléculas dos polieletrólitos (aumento da densidade de carga superficial); a altas concentrações, ele inibiu a formação desses complexos, possivelmente

devido ao efeito de blindagem da atração eletrostática entre o COO−e o NH+3.

As partículas CS/PMAA reticuladas obtidas por polimerização em molde, foram resisten- tes à solubilização mesmo em pH em torno de 3. As medidas de potencial zeta das partículas antes do processo de reticulação mostraram que as partículas tinham suas camadas externas ricas em PMAA.

A albumina bovina sérica foi adsorvida nas partículas de CS/PMAA reticuladas quando a albumina estava carregada tanto positivamente como próximo de seu ponto isoelétrico. A adsorção ocorreu independente das partículas de CS/PMAA serem carregadas negativamente ou positivamente, mostrando a importância das interações não-eletrostáticas no processo de adsorção da albumina nessas partículas. O aumento na quantidade de PMAA nas partículas, que favoreceu a ocorrência de estruturas em forma de “escova” nelas, também favoreceu a adsorção da albumina. A adsorção diminuiu com o aumento da concentração de albumina como resultado da existência de espécies polivalentes carregadas negativamente na fase con- tínua e/ou da ocorrência de floculação por depleção.

Referências Bibliográficas

[1] D. J. Shaw. Introduction to colloid and surface chemistry, chapter 7, pages 174–189. Butterworth-Heinemann Ltd, London, 4 edition (1991).

[2] P. C. Hiemenz. Principles of Colloid and Surface Chemistry, chapter 12, pages 677– 735. Marcel Dekker, Inc., New York, 2 edition (1986).

[3] L. Becherán-Marón, C. Peniche, W. Argüelles-Monal. Study of the interpolyelec- trolyte reaction between chitosan and alginate: influence of alginate composition and chitosan molecular weight. Int. J. Biol. Macromol., 34:127–133 (2004).

[4] K. A. Janes, M. J. Alonso. Depolymerized chitosan nanoparticles for protein delivery: preparation and characterization. J. Appl. Polym. Sci., 88:2769–2776 (2003).

[5] J. A. Ko, H. J. Park, S. J. Hwang, J. B. Park, J. S. Lee. Preparation and characteriza- tion of chitosan microparticles intended for controlled drug delivery. Int. J. Pharm., 249:165–174 (2002).

[6] F. Bouyer, A. Robben, W. L. Yu, M. Borkovec. Aggregation of colloidal particles in the presence of oppositely charged polyelectrolytes: effect of surface charge hetero- geneities. Langmuir, 17:5225–5231 (2001).

[7] H. Dautzenberg. Polyelectrolyte complex formation in highly aggregating systems. 1.Effect of salt: polyelectrolyte complex formation in the presence of NaCl. Macro-

molecules, 30:7810–7815 (1997).

[8] S. G. Starodubtsev, A. T. Dembo, K. A. Dembo. Effect of polymer charge den- sity and ionic strength on the formation of complexes between sodium arylamido-2-

methyl-1-propane-sulfonate-co-acrylamide gels and cetylpyridinium chloride. Lang-

muir, 20:6599–6604 (2004).

[9] S. Dragan, M. Cristea. Polyelectrolyte complexes IV. Interpolyelectrolyte complexes between some polycations with N, N-dimethyl-2-hydroxypropyleneammonium chlo-

ride units and poly(sodium styrenesulfonate) in dilute aqueous solution. Polymer, 43:55–62 (2002).

[10] H. Wang, W. Li, Y. Lu, Z. Wang. Studies on chitosan and poly(acrylic acid) interpoly- mer complex. I. Preparation, structure, pH-sensitivity, and salt sensitivity of complex- forming poly(acrylic acid): chitosan semi-interpenetrating polymer network. J. Appl.

Polym. Sci., 65:1445–1450 (1997).

[11] S. A. Agnihotri, N. N. Mallikarjuna, T. M. Aminabhavi. Recent advances on chitosan- based micro- and nanoparticles in drug delivery. J. Control. Release, 100:5–28 (2004). [12] T. T. Nge, M. Yamaguchi, N. Hori, A. Takemura, H. Ono. Synthesis and characte- rization of chitosan/poly(acrylic acid) polyelectrolyte complex. J. Appl. Polym. Sci., 83:1025–1035 (2002).

[13] H. Wang, W. Li, Y. Lu, Z. Wang, W. Zhong. Studies on chitosan and poly(acrylic acid) interpolymer complex. II. Solution behaviors of the mixture of water-soluble chitosan and poly(acrylic acid). J. Appl. Polym. Sci., 61:2221–2224 (1996).

[14] K. Rezwan, A. R. Studart, J. Vörös, L. J. Gauckler. Change of ζ potential of bio-

compatible colloidal oxide particles upon adsorption of bovine serum albumin and lysozyme. J. Phys. Chem. B, 109:14469–14474 (2005).

[15] K. Kandori, K. Miyagawa, T. Ishikawa. Adsorption of immunogamma globulin onto various synthetic calcium hydroxyapatite particles. J. Colloid Interface Sci., 273:406– 413 (2004).

[16] Z. G. Peng, K. Hidajat, M. S. Uddin. Adsorption and desorption of lysozime on nano- sized magnetic particles and its conformational changes. Colloids Surf. B, 35:169–174 (2004).

[17] K. Kandori, M. Mukai, A. Yasukawa, T. Ishikawa. Competitive and cooperative ad- sorptions of bovine serum albumin and lysozyme to synthetic calcium hydroxiapatites.

Langmuir, 16:2301–2305 (2000).

[18] Y. Zhang, Y. Fung, H. Sun, D. Zhu, S. Yao. Study of protein adsorption on poly- mer coatings surface by combining quartz crystal microbalance with electrochemical impedance methods. Sens. Actuators B, 108:933–942 (2005).

[19] S. J. McClellan, E. I. Franses. Mechanisms of competitive adsorption of albumin and sodium myristate at the silicon oxide/aqueous interface. Langmuir, 21:10148–10153 (2005).

[20] S. J. McClellan, E. I. Franses. Adsorption of bovine serum albumin at solid/aqueous interfaces. Colloid Surface A Physicochem Eng Aspects, 260:265–275 (2005).

[21] P. Ying, Y. Yu, G. Jin, Z. Tao. Competitive protein adsorption studied with atomic force microscopy and imaging ellipsometry. Colloids Surf. B, 32:1–10 (2003). [22] S. S. Vaidya, R. Y. Ofoli. Adsorption and interaction of fibronectin and human serum

albumin at the liquid-liquid interface. Langmuir, 21:5852–5858 (2005).

[23] K. Rezwan, L. P. Meier, M. Rezwan, J. Vörös, M. Textor, L. J. Gauckler. Bovine serum albumin adsorption onto colloidal Al2O3particles: A new model based on zeta

potential and uv-vis measurements. Langmuir, 20:10055–10061 (2004).

[24] M.-K. Lee, S.-K. Chun, W.-J. Choi, J.-K. Kim, S.-H. Choi, A. Kim, K. Oungbho, J.-S. Park, W. S. Ahn, C.-K. Kim. The use of chitosan as a condensing agent to enhance emulsion-mediated gene transfer. Biomaterials, 26:2147–2156 (2005).

[25] S. Dumitriu, E. Chornet. Inclusion and release of proteins from polysaccharide-based polyion complexes. Adv. Drug Deliv. Rev., 31:223–246 (1998).

[26] A. N. L. Rocha, T. N. C. Dantas, J. L. C. Fonseca, M. R. Pereira. Permeation of drugs in chitosan membranes. J. Appl. Polym. Sci., 84:44–49 (2002).

[27] C. L. de Vasconcelos, M. R. Pereira, J. L. C. Fonseca. Electrolyte difusion in a chito- san membrane. Polym. Int., 50:309–312 (2001).

[28] H.-H. Schwarz, J. Lukás, K. Richau. Surface and permeability properties of mem- branes from polyelectrolyte complexes and polyelectrolyte surfactant complexes. J.

Membr. Sci., 218:1–9 (2003).

[29] M. Tiitu, J. Laine, R. Serimaa, O. Ikkala. Ionically self-assembled carboxymethyl cellulose/surfactant complexes for antistatic paper coatings. J. Colloid Interface Sci., 301:92–97 (2006).

[30] A. Haisch, A. Gröger, C. Radke, J. Ebmeyer, H. Sudhoff, G. Grasnick, V. Jahnke, G. R. Burmester, M. Sittinger. Macroencapsulation of human cartilage implants: pilot study with polyelectrolyte complex membrane encapsulation. Biomaterials, 21:1561– 1566 (2000).

[31] A. Bartkowiak, D. Hunkeler. Carrageenan-oligochitosan microcapsules: optimization of the formation process. Colloids Surf. B, 21:285–298 (2001).

[32] I.-C. Liao, A. C. A. Wan, E. K. F. Yim, K. W. Leong. Controlled release from fibers of polyelectrolyte complexes. J. Control. Release, 104:347–358 (2005).

[33] M. B. Dainiak, V. I. Muronetz, V. A. Izumrudov, I. Y. Galaev, B. Mattiasson. Pro- duction of Fab fragments of monoclonal antibodies using polyelectrolyte complexes.

Anal. Biochem., 277:58–66 (2000).

[34] R. Veyret, A. Elaissari, T. Delair. Polyelectrolyte functionalized magnetic emulsion for specific isolation of nucleic acids. Colloids Surf. B, 53:78–86 (2006).

[35] E. Dickinson. Hydrocolloids at interfaces and the influence on the properties of dis- persed systems. Food Hydrocolloid, 17:25–39 (2003).

[36] N. Shahidi, F. Teymour, H. Arastoopour. Amphiphilic particulate phase semi- interpenetrating polymer networks based on recycled rubber matrix. Polymer,

45:5183–5190 (2004).

[37] M. Tarvainen, S. Peltonen, H. Mikkonen, M. Elovaara, M. Tuunainen, P. Paronen, J. Ketolainen, R. Sutinen. Aqueous starch acetate dispersion as a novel coating mate- rial for controlled release products. J. Control. Release, 96:179–191 (2004).

[38] L. Wagberg, I. Nygren. The use of stagnation point adsorption reflectometry to study molecular interactions relevant to papermaking chemistry. Colloid Surface A Physi-

cochem Eng Aspects, 159:3–15 (1999).

[39] A. G. A. Coombes, V. Breeze, W. Lin, T. Gray, K. G. Parker, T. Parker. Lactic acid- stabilised albumin for microsphere formulation and biomedical coatings. Biomateri-

als, 22:1–8 (2001).

[40] C. L. de Vasconcelos, D. W. O. de Medeiros, K. T. de Moura, W. Acchar, T. N. C. Dantas, M. R. Pereira, J. L. C. Fonseca. Polyelectrolyte effect and settling of alumina dispersions. Powder Technol., 133:164–170 (2003).

[41] C. L. de Vasconcelos, K. T. de Moura, W. A. Morais, T. N. C. Dantas, M. R. Pe- reira, J. L. C. Fonseca. Dispersing phase viscometry and zeta potential in alumina dispersions. Colloid Polym. Sci., 283:413–420 (2005).

[42] C. L. de Vasconcelos, T. N. C. Dantas, M. R. Pereira, J. L. C. Fonseca. Rheology of concentrated alumina-polyelectrolyte systems. Colloid Polym. Sci., 282:596–601 (2004).

[43] J. M. Peula-García, J. A. Molina-Bolivar, J. Velasco, A. Rojas, F. Galisteo-González. Interaction of bacterial endotoxine (lipopolysaccharide) with latex particles: appli- cation to latex agglutination immunoassays. J. Colloid Interface Sci., 245:230–236 (2002).

[44] X. Qiu, S. Leporatti, E. Donath, H. Möhwald. Studies on the drug release proper- ties of polysaccharide multilayers encapsulated ibuprofen microparticles. Langmuir, 17:5375–5380 (2001).

[45] N. Shimono, T. Takatori, M. Ueda, M. Mori, Y. Higashi, Y. Nakamura. Chitosan dispersed system for colon-specific drug delivery. Int. J. Pharm., 245:45–54 (2002). [46] I. M. van der Lubben, J. C. Verhoef, G. Borchard, H. E. Junginger. Chitosan for

mucosal vaccination. Adv. Drug Deliv. Rev., 52:139–144 (2001).

[47] M. L. Hans, A. M. Lowman. Biodegradable nanoparticles for drug delivery and tar- geting. Curr. Opin. Solid. St. M., 6:319–327 (2002).

[48] A. B. Kayitmazer, E. Seyrek, P. L. Dubin, B. A. Staggemeier. Influence of chain stiffness on the interaction of polyelectrolytes with oppositely charged micelles and proteins. J. Phys. Chem. B, 107:8158–8165 (2003).

[49] H. W. Zhang, J. Ray, G. S. Manning, C. N. Morrefield, G. R. Newkome, P. L. Dubin. Interaction of a polycation with small oppositely charged dendrimers. J. Phys. Chem.

B, 103:2347–2354 (1999).

[50] S. Ulrich, M. Seijo, S. Stoll. The many facets of polyelectrolytes and oppositely charged macroions complex formation. Curr. Opin. Colloid Interface Sci., 11:268– 272 (2006).

[51] C. L. Cooper, A. Goulding, A. B. Kayitmazer, S. Ulrich, S. Stoll, S. Turksen. Effects of polyelectrolyte chain stiffness, charge mobility, and charge sequences on binding to proteins and micelles. Biomacromolecules, 7:1025–1035 (2006).

[52] C. L. Cooper, P. L. Dubin, A. B. Kayitmazer, S. Turksen. Polyelectrolyte-protein complexes. Curr. Opin. Colloid Interface Sci., 10:52–78 (2005).

[53] P. A. Sandford. Chitosan: commercial uses and potential application. In G. Skjah, T. Anthonsen, P. Sandford (editors), Chitin and Chitosan: Sources, Chemistry, Bi-

ochemistry, Physical Properties and Applications, pages 51–69. Elsevier, New York

(1988).

[54] C. Rosca, M. I. Popa, G. Lisa, G. C. Chitanu. Interaction of chitosan with natural or synthetic anionic polyelectrolytes. 1. The chitosan-carboxymethylcellulose complex.

Carbohydr. Polym., 62:35–41 (2005).

[55] C. J. Knill, J. F. Kennedy, J. Mistry, M. Miraftab, G. Smart, M. R. Groocock, H. J. Williams. Alginate fibres modified with unhydrolysed and hydrolysed chitosans for wound dressings. Carbohydr. Polym., 55:65–76 (2004).

[56] W. Tiyaboonchai, N. Limpeanchob. Formulation and characterization of amphotericin B-chitosan-dextran sulfate nanoparticles. Int. J. Pharm., 329:142–149 (2007).

[57] M. Andersson, J.-E. Löfroth. Small particles of a heparin/chitosan complex prepa- red from a pharmaceutically acceptable microemulsion. Int. J. Pharm., 257:305–309 (2003).

[58] C. Tapia, Z. Escobar, E. Costa, J. Sapag-Hagar, F. Venezuela, C. Basualto, M. N. Gai, M. Yazdani-Pedram. Comparative studies on polyelectrolyte complexes and mixtu- res of chitosan-alginate and chitosan-carrageenan as prolonged diltiazem clorhydrate release systems. Eur. J. Pharm. Biopharm., 57:65–75 (2004).

[59] T. H. Kim, Y. H. Park, K. J. Kim, C. S. Cho. Release of albumin from chitosan-coated pectin beads in vitro. Int. J. Pharm., 250:371–383 (2003).

[60] A. Martínez-Ruvalcaba, E. Chornet, D. Rodrigues. Viscoelastic properties of disper- sed chitosan/xanthan hydrogels. Carbohydr. Polym., 67:586–595 (2007).

[61] I. V. der Plancken, A. V. Loey, M. E. Hendrickx. Foaming properties of egg white proteins affected by heat or high pressure treatment. J. Food Eng., 78:1410–1426 (2007).

[62] A. J. Vasbinder, A. C. Alting, K. G. de Kruif. Quantification of heat-induced casein- whey protein interactions in milk and its relation to gelation kinetics. Colloids Surf.

B, 31:115–123 (2003).

[63] F. F. Shih. Interaction of soy isolate with polysaccharide and its effect on film proper- ties. J. Amer. Oil Chem. Soc., 71:1281–1285 (1994).

[64] W.-S. Kim, I. Hirasawa, W.-S. Kim. Effects of experimental conditions on the mecha- nism of particle aggregation in protein precipitation by polyelectrolytes with a high molecular weight. Chem. Eng. Sci., 56:6525–6534 (2001).

[65] A. A. Vaidya, B. S. Lele, M. G. Kulkarni, R. A. Mashelkar. Thermoprecipitation of lysozyme from egg white using copolymers of N-isopropylacrylamide and acidic monomers. J. Biotechnol., 87:95–107 (2001).

[66] M. Ruponen, S. Ylä-Herttuala, A. Urtti. Interactions of polymeric and liposomal gene delivery systems with extracellular glycosaminoglycans: physicochemical and transfection studies. Biochim. Biophys. Acta, 1415:331–341 (1999).

[67] J. M. Park, B. B. Muhoberac, P. L. Dubin, J. Xia. Effects of protein charge heteroge- neity in protein-polyelectrolyte complexation. Macromolecules, 25:290–295 (1992). [68] P. M. de la Torre, S. Torrado, S. Torrado. Interpolymer complexes of poly(acrylic

acid) and chitosan: influence of the ionic hydrogel-forming medium. Biomaterials, 24:1459–1468 (2003).

[69] Q. Gan, T. Wang, C. Cochrane, P. McCarron. Modulation of surface charge, particle size and morphological properties of chitosan-TPP nanoparticles intended for gene delivery. Colloids Surf. B, 44:65–73 (2005).

[70] P. Calvo, C. Remuñán-Lopez, J. L. Vila-Jato, M. J. Alonso. Novel hydrophilic chitosan-polyethylene oxide nanoparticles as protein carriers. J. Appl. Polym. Sci., 63:125–132 (1997).

[71] P. Calvo, C. Remuñán-Lopez, J. L. Vila-Jato, M. J. Alonso. Chitosan and chito- san/ethylene oxide-propylene oxide block copolymer nanoparticles as novel carriers for protein and vaccines. Pharm. Res., 14:1431–1436 (1997).

[72] C. Prego, D. Torres, E. Fernandez-Megia, R. Novoa-Carballal, E. Quiñoá, M. J. Alonso. Chitosan-PEG nanocapsules as new carriers for oral peptide delivery. Effect of chitosan pegylation degree. J. Control. Release, 111:299–308 (2006).

[73] Y. Xu, Y. Du. Effect of molecular structure of chitosan on protein delivery properties of chitosan nanoparticles. Int. J. Pharm., 250:215–226 (2003).

[74] A. Vila, A. Sánchez, K. Janes, I. Behrens, T. Kissel, J. L. V. Jato, M. J. Alonso. Low molecular weight chitosan nanoparticles as new carriers for nasal vaccine delivery in mice. Eur. J. Pharm. Biopharm., 57:123–131 (2004).

[75] Y. Zhou, B. Liedberg, N. Gorochovceva, RicardasMakuska, A. Dedinaite, P. M. Claes- son. Chitosan-N-poly(ethylene oxide) brush polymers for reduced nonspecific protein adsorption. J. Colloid Interface Sci., 305:62–71 (2007).

[76] R. Fernandez-Urrusuno, P. Calvo, C. Remuñan-López, J. L. Vila-Jato, M. J. Alonso. Enhancement of nasal absorption of insulin using chitosan nanoparticles. Pharm. Res.,

Documentos relacionados