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Na afectação do recluso a um estabelecimento devem ter-se em conta o sexo, a idade, a sua situação jurídica (preventivo, condenado, delinquente primário,

TÍTULO II Principios gerais

1- Na afectação do recluso a um estabelecimento devem ter-se em conta o sexo, a idade, a sua situação jurídica (preventivo, condenado, delinquente primário,

reincidente), a duração da pena a cumprir, o seu estado de saúde física e mental, as particulares necessidades do seu tratamento, a proximidade da residência familiar,

bem como razões de segurança, de ordem escolar e laboral que possam ser relevantes para a sua reinserção social.

2- Na afectação do recluso a um estabelecimento devem ainda ter-se em consideração as possibilidades de realizar um programa de tratamento comum e a

necessidade de evitar influências nocivas. Artigo 12.º(*)

Separação dos reclusos

(*) Alterado pelo D.L. nº 49/80, de 22 de Março.

1- Deve promover-se a completa separação dos reclusos, em função do sexo, idade e situação jurídica, em estabelecimentos próprios ou, quando isso não for

possível, em secções separadas dentro do estabelecimento.

2- Deve promover-se a separação entre os reclusos primários e reincidentes. 3- Consideram-se reincidentes para efeito do número anterior os reclusos que

tenham cumprido anteriormente uma pena privativa de liberdade. 4- Serão admitidas excepções ao disposto nos números anteriores a fim de tornar possível a participação do recluso nas medidas de tratamento, noutro estabelecimento ou secção, que forem consideradas imprescindíveis à sua reinserção

social. Artigo 13.º

Transferências

1- O recluso pode ser transferido para estabelecimento diferente do previsto no plano individual de readaptação quando desse modo se favoreçam o seu tratamento

ou a sua reinserção social, quando a organização da execução o exigir e ainda quando motivos ponderosos o imponham.

2- Na falta de plano individual de readaptação, pode o recluso ser transferido para um estabelecimento adequado à execução da medida privativa de liberdade, nos

casos previstos pelo presente diploma ou quando motivos ponderosos assim o requeiram.

3- Compete à Direcção-Geral dos Serviços Prisionais ordenar as transferências a que se referem os n.os 1 e 2; as transferências devem ser sempre motivadas e

cumpridas com o conveniente resguardo. _________________

A Circular nº 67, de 20/02/1979, estipula procedimentos para as transferências de reclusos.

A Circular nº 3045/5.3/80, de 19/05/1980, criou o Serviço de Remoções, antecessor do GISP, e estipula os procedimentos nas remoções de reclusos. O Ofício-Circular nº

4, Proc. GA-4, de 03/05/1993, esclarece que o pessoal do Serviço de Remoções dentro dos E.P.´s fica na dependência hierárquica do Director e da Chefia, estipulando

procedimentos na remoção de reclusos.

Posteriormente o Serviço de Remoções foi substituído nas suas atribuições e competências pelo Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), criado pelo

Despacho 120/MJ/96, de 03/05/1996, do Ministro da Justiça, publicado no D.R. II série nº 115, de 17/05/1996, sendo alterado pelo Despacho nº 494/97 (2ª série), de 03/04/1997, do Ministro da Justiça, publicado no D.R. II série nº 113, de 16/05/1997. O

Despacho nº 11045/97 (2ª série), de 29/10/1997, do Director-Geral, publicado no D.R. II série nº 263, de 13/11/1997, criou o Regulamento do GISP, sendo alterado pela

Rectificação nº 45/98, publicada no D.R. II série nº 9, de 12/01/1998 e pelo Despacho nº 6154/2000 (2ª série), de 10/02/2000, do Director-Geral, publicado no

D.R. II série nº 66, de 18/03/2000.

O Ofício-circular n.º 17/911-25/84, de 7/12, determina que os reclusos devem permanecer pelo menos um ano no estabelecimento para que foram destinados pela

Direcção--Geral.

O Ofício-Circular nº 11, Proc. GA-3.2, de 30/05/1990, determina a proibição de transporte de dinheiro de reclusos, durante a remoção dos mesmos. Atenção : não

confundir com o artigo 76º, Dinheiro de bolso.

O Ofício-Circular nº 0560/1.2, de 21/04/1992, estipula procedimentos no transporte de objectos de reclusos em viaturas celulares, durante a remoção dos mesmos. O Fax nº 342, de 28/06/1999, da DSVASP, solicita o cumprimento de algumas disposições da Circular nº 3045/5.3/80, nomeadamente evitar atrasos na entrega dos

reclusos a remover.

O Fax nº 352, de 09/07/1999, da DSVASP, solicita um maior cuidado na revista de reclusos transportados pelo GISP, tendo em conta o estipulado no Ofício-Circular nº

4, Proc. GA-4.

A Proposta nº 17/02, de 08/03/2002, obteve o despacho favorável do Director-Geral, relativamente à remoção de reclusos do Continente/Ilhas/Continente, por parte do

pessoal do GISP.

O D.L. nº 244/98, publicado no D.R. I Série – A, nº 182, de 08/08/1998, alterado pela Lei nº 97/99, publicada no D.R. I Série – A, nº 172, de 26/07/1999, pelo D.L. nº

4/2001, publicado no D.R. I Série – A, nº 8, de 10/01/2001, pela Declaração de Rectificação nº 3-A/2001, publicada no D.R. I Série – A, nº 26, de 31/01/2001, pelo

D.L. nº 34/2003, publicado no D.R. I Série – A, nº 47, de 25/02/2003, e pela Declaração de Rectificação nº 2-D/2003, publicada no D.R. I Série – A, nº 76, de 31/03/2003, regula as condições de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional. O Decreto-Regulamentar nº 6/2004, publicado no

D.R. I Série – A, nº 98, de 26/04/2004, regulamenta o D.L. nº 244/98 (com as respectivas alterações).

A Lei nº 144/99, publicada no D.R. I Série – A, nº 203, de 31/08/1999, alterada pela Lei nº 104/2001, publicada no D.R. I Série – A, nº 197, de 25/08/2001 e pela Lei nº

48/2003, publicada no D.R. I Série – A, nº 193, de 22/08/2003, aprova a lei da cooperação judiciária em matéria penal.

O Despacho de 09/04/2003, do Director-Geral, determina a criação de um núcleo de guardas do GISP, para efectuarem transferências internacionais, de condenados portugueses do estrangeiro para Portugal e de condenados estrangeiros para o país

de origem. O Despacho de 23/04/2003, do Director-Geral, autoriza a composição desse núcleo.

O Ofício nº 65/SDG/04, de 23/02/2004, determina que o estabelecimento de trânsito para os reclusos a extraditar, expulsar ou transferir para o País de origem é o E.P.

Lisboa.

O Ofício-Circular nº 1/SDG/04, de 27/02/2004, determina que os reclusos em trânsito na região de Lisboa, devem ficar alojados no E.P. Lisboa.

Artigo 14.º

Estabelecimentos abertos e fechados

1- O recluso que não reúna as condições referidas no n.º 2 é internado em estabelecimento fechado.

2- O recluso pode ser internado, com o seu consentimento, num estabelecimento ou secção de regime aberto, quando estejam preenchidos os pressupostos deste, isto é, quando não seja de recear que ele se subtraia à execução da pena ou que se aproveite das possibilidades que tal regime lhe proporciona para

delinquir.

3- O recluso pode também ser internado num estabelecimento de regime fechado, ou regressar a este, quando isso se revelar necessário ao seu tratamento ou

regime aberto.

4- O internamento em regime fechado é executado em condições de segurança capazes de prevenir o perigo de evasão dos reclusos.

5- O internamento em regime aberto é executado prescindindo-se, total ou parcialmente, de medidas contra o perigo de evasão dos reclusos.

_________________

O Ofício-circular n.º 49/86, de 3/10, divulga o despacho do Ministério da Justiça de 25 de Setembro de 1986, sobre a classificação dos estabelecimentos prisionais. O Despacho do Ministro da Justiça de 26/07/2001, publicado pelo Despacho nº 20119/2001 (2ª série) no D.R. II Série nº 223, de 25/09/2001, procede à classificação

dos Estabelecimentos Prisionais e criação de secções de segurança. O Despacho nº 15/DGSP/2001, de 24/09/2001, tendo por base o despacho supracitado, manda proceder a reafectação dos reclusos em regime aberto nos E.P.´s que passaram a ser

de regime fechado.

Artigo 15.º(*)

Preparação para a liberdade

(*) Alterado pelo D.L. nº 49/80, de 22 de Março. 1- A fim de preparar a libertação, pode:

a) Transferir-se o recluso para um estabelecimento ou secção de regime aberto;

b) Recorrer-se às medidas de flexibilidade na execução previstas no artigo 58.º;

c) Autorizar-se o recluso a sair do estabelecimento pelo período máximo de oito dias, sem custódia, durante os últimos três meses do

cumprimento da pena;

d) Autorizar-se o recluso que trabalhe ou frequente locais de ensino no exterior a sair do estabelecimento seis dias por mês, seguidos ou interpolados, sem custódia, nos últimos nove meses do cumprimento da

pena.

2- Os reclusos condenados a pena de prisão superior a seis anos que ainda não tenham beneficiado do regime de liberdade condicional serão colocados neste

regime quando tenham cumprido cinco sextos da pena. Artigo 16.º

Momento da libertação

1- O recluso deve sempre ser libertado durante a manhã do último dia do cumprimento da pena.

domingo ou um feriado nacional, o recluso pode ser libertado no dia útil imediatamente anterior a esses dias, quando a duração da pena o justifique e a isso não se oponham

razões de assistência.

3- Quando as razões referidas no número anterior o permitam e o feriado nacional referido nesse número for o dia 25 de Dezembro, deve o recluso ser libertado

durante a manhã do dia 23.

4- O momento da libertação pode ser antecipado até dois dias quando razões