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CICLO 1: NASCIMENTO DA OXIOT EM UM HACKATHON

4.2.2 AGIR & OBSERVAR

Esta seção relata do desenvolvimento do Ciclo 1, relativo ao nascimento da Oxiot no Hackathon.

A FORMAÇÃO DO TIME: OS TRÊS PRÍNCIPES DE SERENDIP

Em 19 de setembro de 2015, a organização do Hack4Health me adicionou a um grupo de WhatsApp que reunia os inscritos à maratona e no qual, as pessoas se apresentavam, colocavam suas ideias e buscavam formar times.

O Andre Franco também foi adicionado no dia 19 de setembro e se apresentou da seguinte maneira: “Eu também não tenho time e minha prototipação envolve hardware, mas ajudo muito em Modelo de negócio. O meu projeto é hardware para auxiliar idosos”

O Rogério Rodrigues, desenvolvedor que viria a se tornar parceiro da Oxiot, respondeu: “André tenho um projeto de software que envolve o assunto”

O André replicou: “Tenho um já impresso em circuito e busco ainda parceiro para elevar isso a uma inovação maior, que realmente vai romper o que já existe. Acho complicado usar hardware em 2 dias, porque o ciclo de maturidade é maior, mas se puder usar a plataforma que tenho já, seria uma boa. Mas não vou iludir ninguém não, prototipei em Arduino e paguei um técnico para desenvolver o projeto no Eagle e imprimir as placas, por que não tenho base para chegar tão longe, mas eu também não arrumo desculpa para a falta de resultado, eu procuro sempre entregar”

Chamei o André em uma conversa privada no WhatsApp, comentei que meu projeto era com idosos e que havia uma sinergia em potencial. Marcamos uma call para o dia 23/09.

No dia seguinte, apresentei-me como profissional de “Negócios. Formado em Relações Internacionais e Mestrando em Empreendedorismo. Trabalhei como consultor para planejamento estratégico com 7 Hospitais Universitários Federais pelo Brasil. Passei pelo Startup Chile em 2011. Retomei os projetos de empreender agora em 2015. Participei do HackathonFIESP e estou no Lab da Fundação Estudar. Pretendo atuar no tema da Desospitalização, mais com foco em uma solução voltada para a cadeia de valor, não muito para processo clínico”.

Ainda no dia 20/09, a organização colocou como “Meta: Até quinta-feira (24/09) com o time formado e uma ideia na cabeça! ”. No dia 21 de setembro, um dos integrantes do grupo criou uma planilha para compartilharmos ideias e formarmos grupo. Logo na sequência, o Eduardo entrou no grupo, saudou a todos, mas não se apresentou.

No dia 22, coloquei uma ideia no grupo de plataforma online de contratação de cuidadores de idoso, que eu vinha pesquisando desde o início do mês. No dia seguinte, lembrei do projeto de faturamento e cobrança que havia feito em um Hospital, no qual observei perdas no faturamento devido a erros de lançamento de consumo de oxigênio no prontuário do paciente, que alimentava a cobrança às fontes pagadoras. No entanto, não anotei essa ideia na planilha de imediato. Falei com a organização, e apoiaram seguir com este protótipo.

No dia 23/09, falei com o André por WhatsApp em particular. Remarcamos a call e expus a ideia: “estava pensando em usar sensores para monitorar os gases nos hospitais. São

cobrados particular ou do plano e é motivo de glosa. A ideia é automatizar o monitoramento do consumo e integrar com o faturamento”.

“Massa, deve ter algum sensor que conta metros cúbicos de gás já, a ideia seria só saber a quantidade e cobrar por isso. Eu estou lembrado dos manômetros. Mas existe esse tipo de contador compatível com Arduino? ”. “Tem um fluxometro que os hospitais usam, sem conexão à internet. Tem que fazer uma gambiarra”. “Medo dessa gambiarra! ” “É um hackathon. Tem que ser uma gambiarra! ” “Massa, gosto das coisas nessa linha. Vou procurar sobre os sensores aqui”

Já éramos um profissional de negócios e um de hardware. Falta alguém de software e um designer. A princípio, não procuramos um profissional de saúde. Chamei desenvolvedores colegas do hackathon e dos cursos que acabara de participar. Não obtive sucesso. Falei com um programador dentre os inscritos, que estava junto com sua namorada, enfermeira auditora. No entanto, em seguida, eles fecharam com outro time.

Então, entrei em contato com o Eduardo, que se apresentou como designer de produtos, estava sem time, demonstrou interesse em desenvolver o projeto em gases medicinais, pois sua avó ficara internada em um Hospital e praticamente nenhum profissional acompanhou quanto de oxigênio ela consumia. Comentei sobre a potencial parceria com o André e combinamos de fechar definitivamente o time no sábado.

Neste ínterim, liguei para o Engenheiro Clínico de um dos Hospitais para os quais trabalhei para levantar ideias. Sem sucesso. A noite em casa, pensei em capturar por um LED infravermelho, igual ao do controle remoto da TV com o qual passeava pelos canais sentado no sofá, a movimentação da bilha no fluxometro, que indicava o volume de vazão do gás, e emitir esse sinal à internet.

Retornei ao André naquela noite com a ideia e acertamos detalhes para comprar os insumos para prototipação. Na sexta, véspera do evento, ele se encarregou de levar o Arduino e materiais de microeletrônica, e eu comprei um fluxometro – um dos principais fornecedores do Brasil tem uma fábrica a algumas quadras da minha casa - e três pares de LEDs infravermelhos.

Quase na madrugada de sexta para sábado, a organização divulgou algumas regras:  “A solução a ser desenvolvida no final de semana não pode já existir parcial ou

totalmente no mercado”;

 “O que estará sendo avaliado é o que DE FATO foi desenvolvido durante a Hackathon”;

 “Será permitido o uso de IDE (inclusive comerciais) e bibliotecas de código- aberto”;

 “O horário de chegada amanhã, 26/09, é às 08:00 pois já daremos início à dinâmica de formação de grupos, com o objetivo de nos conhecermos, as pessoas falarem sobre seus possíveis projetos e fecharmos os grupos até o horário do almoço”;

 “No domingo à tarde vai ser avaliado um protótipo e um plano de negócios simples, imperfeições são esperadas, o que é esperado é um overview da solução e constatar o que vocês foram capazes de realizar num curto período de tempo”.

O INÍCIO DO HACKATHON

“Você deve ser o André! ” “Sim” Procurei-o no café da manhã, logo no início do evento, após ter encontrado o Eduardo. “Este é o Eduardo, eu sou o Edson”. Conversamos brevemente sobre as ideias dos cuidadores de idosos e do oxigênio. Durante as palestras iniciais, procuramos por programadores e não obtivemos sucesso.

Os trechos de destaque das primeiras palestras foram: “Temos discutido a rastreabilidade de medicamentos no HC. Conseguir seguir esse recurso realmente é um desafio”. "O desafio principal da Desospitalização é a logística" "O Setor que precisa ser repensado. Os sistemas são altamente dependentes do hospital. O que dá para a gente parar de fazer no hospital, que tem um altíssimo custo e a Desospitalização pode ser uma possível solução. E como podemos ser mais produtivos?" (SaudeBusiness, 2015)

No final da manhã, pedi a opinião de um dos palestrantes, que apontou como principais fatores associados ao aumento de custos na saúde a “Longevidade e envelhecimento populacional, a Incorporação tecnológica, a Ineficiências na concepção e gestão de sistemas de saúde e Problemas de segurança do paciente” (Pedroso, 2015). Sua opinião é

que tais fatores favoreciam ambas ideias. Discutimos nós três durante o almoço. Sem o time completo, optamos por Gases Medicinais, pois teria maior aderência aos desafios e também por já ser 14h, o momento de iniciar o desenvolvimento dos protótipos.

Figura 31 Início dos trabalhos no Hack4Health 2015

Fonte: (Saude Business, 2015)

Os papéis no time foram definidos em grandes áreas e as atividades, conforme executávamos o protótipo e íamos descobrindo as tarefas a serem feitas. De modo geral, eu fiquei responsável por negócios, incluindo, mas não se limitando, ao Modelo de negócios, análise de mercado e pitch. O André, por montar o protótipo eletrônico e um código simples para demonstrar no computador a vazão do gás. O Eduardo, por auxiliar o André a montar a parte física do protótipo e a desenhar uma visão do seria o produto final. Era cerca de 14h. Estabelecemos um checkpoint do time a cada 2h.

Por volta das 16h, fizemos nosso primeiro status de time. Apesar de outras possíveis técnicas e várias dúvidas, o protótipo caminhava para ser um conjunto de pares de LEDs dispostos na lateral do fluxometro. Conforme a bilha movimentava, interrompia o sinal infravermelho dos pares, e inferia-se sua altura na escala do medidor, que significava a

vazão do oxigênio em Litros/Minuto. No entanto, havia questões de como determinar se a bilha estava subindo ou descendo, de como medir o zero e os valores entre escalas.

O design do produto tendia a ser uma espécie de capacete a ser acoplado ao fluxometro e o protótipo seria feito com uma massa Modelável vermelha. No entanto, havia questões sobre o capacete atrapalhar a visualização da medição analógica, sobre o tamanho deste devido ao processador, sobre a alimentação de energia e sobre conexão à internet.

A pesquisa de mercado tinha evoluído com a identificação de alguns custos de Gases Medicinais em Hospitais, sobre um fluxometro digital que dizia economizar e evitar desperdícios, sobre as modalidades de faturamento dos Gases Medicinais pelos Hospitais e com uma estrutura básica do pitch. No entanto, havia questões sobre se o custo da solução seria menor que o benefício gerado, como as operadoras de saúde reagiriam e se o Hospital realmente tinha esta dor.

Adicionalmente, discutimos o nome da equipe. Sugeri dois nomes para o produto. Oxiot, como uma ligação entre Oxigênio e Internet of Things, ou “Oxito”, pela sonoridade. Mantivemos a primeira opção, mesmo nos confundindo algumas vezes, pois era mais apelativo o IoT. Sabíamos que em algumas décadas dizer Internet das Coisas seria o mesmo que dizer “Rádio” atualmente, mas ainda assim, era interessante na competição. O André sugeriu que o produto e a equipe tivessem o mesmo nome, para facilitar a comunicação.

Naquele período da tarde do primeiro dia, estava planejada uma série de visitas de mentores às equipes e aproveitamos para tirar dúvidas. Falamos com um Engenheiro Elétrico do time da GE Healthcare que trabalhava com programação. A orientação dele foi de avaliar combinadamente a passagem da bilha nos sensores para inferir se estava “ligada”, subindo ou descendo, e, deste modo, determinar faixas de consumo. A visão do produto estava indo bem, apesar de comentários sobre a aparência fálica. Já em negócios, conversamos com um Superintendente de Suprimentos e Logística de um dos maiores hospitais do Brasil, e a devolutiva dele sobre o faturamento dos Gases Medicinais foi que estes “representam menos 0,5% dos meus custos. Esse problema não me incomoda”.

O DESENVOLVIMENTO NO HACKATHON

Voltamos à mesa de trabalho em uma sala compartilhada. Pessoas de bermuda e camiseta. Alguns com ícones de games. CPUs. Caixas de som. Luzes. O barulho das demais equipes do Hackathon não era maior que o “Não me incomoda” retumbante em nossas mentes. Seguimos o desenvolvimento do protótipo e das pesquisas de negócio com tamanha concentração que não vimos que estava próximo da meia noite. A imersão foi interrompida quando exaltei “É claro que não o incomoda! Ele repassa o desperdício todo ao convênio! A seguradora é nosso cliente! ” Fazia bastante sentido, mas como modelar o negócio?

Fomos ao foyer do escritório, de pé direito duplo, com jardim vertical para arejar. Em um flipchart, rabiscávamos Modelos de negócio enquanto tomávamos café. Muito café. Estávamos sentados e olhando para os rabiscos da cadeia de valor na folha quase toda em branco quando veio um dos competidores “Eu não deveria dizer isso, mas, as seguradoras, para reduzir custos, estão comprando as órteses e próteses diretamente e fornecendo aos hospitais, que compravam como queriam. Neste Modelo, apenas recebem os itens padronizados. Vocês podem fazer o mesmo com os gases”.

Aquilo foi uma luz! Ficamos muito gratos com a cooperação entre os times. Discutimos e ajustamos o Modelo de negócios conforme citado. Então, faltava o hardware e o case. Já estava na madrugada e combinamos que o André viraria a noite no local do evento para concluir o protótipo; eu iria para casa ficar apresentável para o pitch e o Eduardo iria para sua casa fazer uma nova versão do “case” do hardware, em gesso, de melhor estética.

O domingo foi cheio. Fizemos uma reunião aos mentores no início da tarde. Uma apresentação em uma sala a um grupo de avaliadores e finalmente, uma apresentação a todos participantes, da qual, seriam escolhidos os quatro finalistas. Dentre os avaliadores, parecia haver um policial bom e um mal. Algumas perguntas traziam perspectivas difíceis para o projeto. No entanto, respondemos bem.

Estávamos ansiosos e cansados. Ficamos eufóricos quando soubemos que fomos selecionados para a final. O evento no dia seguinte era grande. “Amanhã venham

arrumados”, recomendou a organização. Era noite de Superlua, eclipse total lunar, que combinados, favoreceram uma coloração alaranjada no astro, tornando-a uma “Lua de Sangue”. Tais fenômenos astronômicos não coincidiam havia mais de três décadas (EBC, 2015). Contemplei-os no caminho de volta à minha casa e descansei.

A FINAL DO HACKATHON E A DESCOBERTA DO PROBLEMA

Chegamos no evento com a lista de questionamentos do dia anterior, que se transformaram em tarefas:

 Estimar o tamanho do mercado de gases medicinais em hospitais  Validar interesse em auditoria pela operadora

 Validar Modelos de faturamento dos gases medicinais pelos Hospitais

 Validar Modelo de rateio dos custos de gases medicinais por paciente em hospitais  Como conectar à internet sem fio em Hospitais, que ainda não era comum wi-fi  Justificar o retorno sobre investimento, sendo que maior consumo é em UTI e o

dispositivo era acoplável somente em enfermaria

 Compensar diferença de pressão da rede hospitalar, em torno de 8 bar, e do fluxometro, entre 3,5 a 4 bar

A proposta da organização era que os times se reunissem no stand da GE para continuar o desenvolvimento. Após relembrarmos as tarefas, optamos por sair do stand e aproveitar que estávamos em uma feira de negócios para procurar as respostas. Fomos aos stands de dois fornecedores de software de gestão hospitalar, de uma farmacêutica e também olhávamos os crachás das pessoas corredores e parávamos para conversar. Assim conhecemos um analista de um dos maiores fundos de investimento do Brasil.

Ainda não era o que procurávamos. Paramos um dos responsáveis pela Feira no corredor e pedimos indicação. “Esses meninos têm tração”. Disse-nos enquanto chamava sua assessoria para nos indicar executivos de hospitais. Como não havia nenhum por perto, fomos encaminhados os stands de startups e conhecemos uma empresa de tele auditoria, que se interessou em fazer uma parceria. Assim, cobriríamos nossas necessidades em software.

Voltamos ao stand no final do dia sem nenhuma pergunta resolvida e perdidos. “Onde vocês estavam? ” Perguntavam os organizadores da GE Healthcare. “Os mentores os procuraram aqui para ajudar, mas não os encontraram.

Figura 32 Equipes no stand da GE Healthcare na HIS 2015

Fonte: (GE Healthcare, 2015)

Então um dos keynote speakers do evento e sócio de um grupo de Home Care com participação societária em uma gasista nos procurou perguntando o que estávamos fazendo. “Um dispositivo para monitorar consumo de oxigênio medicinal por paciente em Hospitais” “E dá para saber quanto de gás tem em um cilindro?!” Dizia enquanto tirava o telefone do bolso do paletó. “Claro!!!” Uníssonos. Àquela altura do campeonato, resolvíamos tudo.

“Você ainda tem problema com o cilindro que acaba sem ninguém avisar? ” Perguntou a um dos sócios da gasista. Confirmou. Desligou o telefone. Apoiou sua valise nas cadeiras próximas. Desligou o telefone. “Vocês têm patente? Quero comprar! ”. “Deixa seu contato conosco que retornamos após o evento”.

Enxergamos muito valor nisso. Queríamos pivotar. Faltava uma hora “Podemos mudar nosso Modelo de negócios? ” Perguntamos a um júri. “Quem tem cliente ganha ponto”.

Sentamos os três. Decidimos em consenso pela mudança. Eu tinha os slides praticamente prontos devido ao projeto anterior com cuidadores de idosos. O Eduardo alterou a parte gráfica para parecer com cilindros. O André apoiava a ambos.

“Posso entrevista-los? ” Veio uma jornalista de um site de tecnologia. “Estamos no meio de uma grande mudança. Podemos falar depois da apresentação? ” Uma das organizadoras pediu para ela esperar. A adrenalina estava alta. Nós muito focados. “Falta um minuto pessoal. Entregue-me as apresentações em um pen drive”. “Aqui” Salvávamos a versão final naquele instante. Pensamento positivo!

COMO PIVOTAR FEZ BEM AO PRODUTO E AO NEGÓCIO

Nossa apresentação foi majestosa. Havia gente assistindo até pelos corredores. Entre a plateia, a superintendente de um grande e respeitado hospital, que nos mentorou no sábado, prestava atenção, surpresa, com a mudança. As perguntas dos altos executivos no júri foram positivas “Vocês pensam em expandir na América Latina? ” Ao final do pitch, o time me encontrou e demos a mão transferindo a satisfação de estarmos certo de ter dado nosso melhor em tão pouco tempo. Afinal, também estávamos ali para nos divertir.

A solução final da Oxiot foi um dispositivo acoplado ao fluxometro, com sensores em LED, que capturavam o movimento da bilha do fluxometro, que, conforme a altura, indica a vazão do gás. A imagem abaixo ilustra o conceito. Já a imagem na sequência demonstra o protótipo do hardware feito durante o Hackathon:

Figura 33 Representação conceitual do dispositivo Oxiot no Hack4Health 2015

Figura 34 Protótipo Oxiot desenvolvido durante o Hack4Health 2015

“Já ganhou! ” Diziam-nos enquanto apuravam os votos. “Calma! Só saberemos quando terminar”. A banca avaliava os projetos com os seguintes critérios (GE Healthcare, 2015):

1. “Product-Market Fit (Customer Validation)

a. Afirmação: A solução proposta tem alto potencial de aderência ao mercado e alto grau de resolubilidade do problema-alvo

2. Innovation Level

a. A solução proposta oferece ideias criativas e disruptivas em relação às já presentes no mercado

3. Elaboração do Projeto/Produto (Technical Execution)

a. Afirmação: A equipe conseguiu criar um protótipo mínimo viável (MVP), que poderia ser testado facilmente no mercado

4. Monetização (Business Model)

a. Afirmação: A equipe criou um Modelo adequado e factível de monetização

5. Formação do time

a. Afirmação: O time parece reunir as expertises necessárias para a execução do projeto”

Figura 35 Oxiot recebe prêmio no Hack4Health 2015

Fonte: (Saude Business, 2015)

De fato, a Oxiot foi a segunda colocada. No momento, foi bastante chato. A mentoria e a ideia, por outro lado, traziam perspectivas de continuidade e reorientamos os

pensamentos para a execução o negócio, o que realmente importaria. Encerramos o dia em um Happy Hour com o pessoal da GE Healthcare e da equipe primeira colocada.

UMA REVIRAVOLTA NA JORNADA: SE UM DIA ELE CAI, CAI BEM!

“Hoje você parece um homem de negócios” Disse-me um dos Diretores da América Latina da GE Healthcare quando cheguei, de terno, ao stand no dia seguinte da premiação. “Pois foi o que fim fazer” Passamos os três conversando com os executivos da GE, que disseram que iriam retornar para realizar o pagamento do prêmio e informar sobre o desenrolar da mentoria. Também aproveitamos para andar um pouco mais na feira e participar de algumas mesas interessantes.

O evento acontecia no Centro de Convenções Rebouças, em um dos prédios do Hospital das Clínicas da USP. Almoçamos no Restaurante dos Funcionários. Discutimos sobre os próximos passos. Cada um tinha objetivo de empreender. Então, decidimos por continuar o projeto, pelo menos, até encerrar a mentoria da GE. Separamos a Propriedade Intelectual de uma possível divisão acionária em uma eventual empresa.

Na primeira, distribuímos por igual a invenção, que, em algum momento, poderíamos depositar Patente, conforme nos orientaram alguns colegas participantes que eram vinculados a agências de inovação de uma universidade. Quanto a segunda, deixamos em aberto para o futuro.

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