• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 2 Vista para o mar determina preços hedônicos em paisagens compostas?

6. AGRADECIMENTOS

Ao Programa Regional de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento/PRODEMA e a CAPES pela bolsa de mestrado concedida a primeira autora. As autoras agradecem a Luzimar Pereira pela elaboração do mapa de localização da área de estudo e a Renato Tigre pela colaboração nas análises estatísticas.

7. REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, E. E., MELO, A. S. S. de A, SOUZA, H. R de, 2007. Ativo ambiental e preço de imóvel em Recife: um estudo explanatório a partir da utilização do método dos preços hedônicos. Fortaleza: VII Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica. Disponível em: <http://www.ecoeco.org.br/publicacoes/encontros>. Acesso em: 21 mar. 2012.

ANDERSON, S. T.; WEST, S. E. Open space, residential property values, and spatial context. Regional Science and Urban Economics, v. 36, n. 6, p. 773-789, Nov 2006. ISSN 0166- 0462.

AUSUBEL, J.H. Can technology spare the Earth? American Scientist, v. 84, p. 166–178, 1996.

BENSON, E.D., et al. Pricing residential amenities: the value of a view. Journal of Real Estate Finance and Economics, v. 16, n. 1, p. 55–73, Jan 1998. ISSN 0895-5638.

49

BOLITZER, B.; NETUSIL, N. R. The impact of open spaces on property values in Portland, Oregon. Journal of Environmental Management, v. 59, n. 3, p. 185-193, Jul 2000. ISSN 0301-4797.

COSTANZA, R., et al. The value of the world’s ecosystem services and natural capital. Nature, n. 387, p. 253–260, 1997.

CROMPTON, J. L. The impact of parks on property values: a review of the empirical

evidence. / L ' impact des parcs sur la conception de la proprete: evidence empirique. Journal of Leisure Research, United States, v. 33, n. 1, p. 1-31, First Quarter 2001. ISSN 00222216. EMBRAPA, 2012. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em:

<http://www.urbanizacao.cnpm.embrapa.br/conteudo/uf/rn.html>. Acesso em: 17 set. 2012. ESCOBEDO, F. J.; KROEGER, T.; WAGNER, J. E. Urban forests and pollution mitigation: Analyzing ecosystem services and disservices. Environmental Pollution, v. 159, n. 8-9, p. 2078-2087, Aug-Sep 2011. ISSN 0269-7491.

FREEMAN, A.M., 2003. The Measurement of Environmental and Resource Values, Theory and Methods. Resources for the Future, 2nd ed, Washington, D.C.. 4, 891 pp. GEOGHEGAN, J. The value of open spaces in residential land use. Land Use Policy, v. 19, n. 1, p. 91-98, Jan 2002. ISSN 0264-8377.

GEOGHEGAN, J.; WAINGER, L. A.; BOCKSTAEL, N. E. Spatial landscape indices in a hedonic framework: an ecological economics analysis using GIS. Ecological Economics, v. 23, n. 3, p. 251-264, Dec 1997. ISSN 0921-8009.

GOMEZ-BAGGETHUN, E.; BARTON, D. N. Classifying and valuing ecosystem services for urban planning. Ecological Economics, v. 86, p. 235-245, Feb 2013. ISSN 0921-8009. GOTELLI, N. J., ELLISON, A. M. Princípios de estatística em ecologia. Porto Alegre: Artmed, 528 pp, 2011.

HAMILTON, S. E.; MORGAN, A. Integrating lidar, GIS and hedonic price modeling to measure amenity values in urban beach residential property markets. Computers

Environment and Urban Systems, v. 34, n. 2, p. 133-141, Mar 2010. ISSN 0198-9715. HANLEY N., SHOGREN, J. F., WHITE, B. Environmental economics in theory and practice. London: Macmillan Press LTD ,1997.

IBGE, 2013. Ibge - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ >. Acesso em: 15 mar. 2013.

IDEMA, 2013. Idema – Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN. Disponível em: <http://www.idema.rn.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013.

IRWIN, E.G. The effects of open space on residential property values. Land Economics, v. 78, n. 4, p. 465–480, 2002. ISSN 0023-7639.

50

JIM, C. Y.; CHEN, W. Y. Impacts of urban environmental elements on residential housing prices in Guangzhou (China). Landscape and Urban Planning, v. 78, n. 4, p. 422-434, Nov 28 2006. ISSN 0169-2046.

______. Value of scenic views: Hedonic assessment of private housing in Hong Kong. Landscape and Urban Planning, v. 91, n. 4, p. 226-234, Jul 2009. ISSN 0169-2046. ______. External effects of neighbourhood parks and landscape elements on high-rise residential value. Land Use Policy, v. 27, n. 2, p. 662-670, Apr 2010. ISSN 0264-8377. KADISH, J.; NETUSIL, N. R. Valuing vegetation in an urban watershed. Landscape and Urban Planning, v. 104, n. 1, p. 59-65, Jan 2012. ISSN 0169-2046.

LUTTIK, J. The value of trees, water and open space as reflected by house prices in The Netherlands. Landscape and Urban Planning, v. 48, p. 161–167, 2000. ISSN 0169-2046. LUTZENHISER, M.; NETUSIL, N. R. The effect of open spaces on a home's sale price. Contemporary Economic Policy, v. 19, n. 3, p. 291-298, Jul 2001. ISSN 1074-3529. MAHAN, B. L.; POLASKY, S.; ADAMS, R. M. Valuing urban wetlands: A property price approach. Land Economics, v. 76, n. 1, p. 100-113, Feb 2000. ISSN 0023-7639.

MORANCHO, A. B. A hedonic valuation of urban green areas. Landscape and Urban Planning, v. 66, n. 1, p. 35-41, Dec 2003. ISSN 0169-2046.

PESCHARDT, K.K., STIGSDOTTER, U.K., 2013. Associations between park characteristics and perceived restorativeness of small public urban green spaces. Landscape and Urban Planning 112, 26– 39. ISSN 0169-2046.

RIDKER, R. G.; HENNING, J. A. Henning The Determinants of Residential Property Values with Special Reference to Air Pollution. The Review of Economics and Statistics, v. 49, n. 2, p. 246-257, May 1967.

ROMEIRO, A. R. Economia ou economia política da sustentabilidade. In: May, P.H. (org.). Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2 ed., Rio de Janeiro: Elsevier, pp 3-31, 2010. SANDER, H. A.; HAIGHT, R. G. Estimating the economic value of cultural ecosystem services in an urbanizing area using hedonic pricing. Journal of Environmental Management, v. 113, p. 194-205, Dec 2012. ISSN 0301-4797.

SANDER, H.A.; MANSON, S.M. Heights and location of artificial structures in viewshed calculation: how close is close enough? Landscape and Urban Planning, n.82, p. 257-270, 2007. ISSN 0169-2046.

SANDER, H. A.; POLASKY, S. The value of views and open space: Estimates from a

hedonic pricing model for Ramsey County, Minnesota, USA. Land Use Policy, v. 26, n. 3, p. 837-845, Jul 2009. ISSN 0264-8377.

SANDER, H.; POLASKY, S.; HAIGHT, R. G. The value of urban tree cover: A hedonic property price model in Ramsey and Dakota Counties, Minnesota, USA. Ecological Economics, v. 69, n. 8, p. 1646-1656, Jun 2010. ISSN 0921-8009.

51

SEMURB, 2008. Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte: um convite a preservação ambiental. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Natal: Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2008. Disponível em:

<http://www.natal.rn.gov.br/semurb/paginas/ctd-102.html>. Acesso em: 23 mar. 2012. SEMURB, 2012. Anuário Natal 2010. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Natal (RN): SEMURB, 2010. Disponível em:

<http://www.natal.rn.gov.br/semurb/paginas/ctd-102.html >. Acesso em: 30 mar. 2012. SEROA DA MOTTA, R. Manual para valoração econômica de recursos ambientais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, IPEA/MMA/PNUD/CNPq, 254 p.,1998

THOMAS, J. M; CALLAN, S. J. Economia Ambiental: aplicações, políticas e teoria. São Paulo: Cengage Learning, 556 p., 2010.

TYRVAINEN, L. The amenity value of the urban forest: An application of the hedonic pricing method. Landscape and Urban Planning, v. 37, n. 3-4, p. 211-222, Jul 1997. ISSN 0169-2046.

TYRVAINEN, L.; MIETTINEN, A. Property prices and urban forest amenities. Journal of Environmental Economics and Management, v. 39, n. 2, p. 205-223, Mar 2000. ISSN 0095-0696.

52

Figura 1 – Área de estudo, mostrando a localização dos imóveis a venda no período de realização do trabalho e as áreas naturais protegidas.

Figure 1 – The study area, showing the location of properties for sale during the study period and protected natural areas.

53

Table 1 - Definition and statistical summary of variables included in the hedonic pricing model.

Variáveis residenciais: sigla e descrição Mínimo Máximo Média D.p. Efeito Predito

Preço valor do imóvel em R$ (reais) 120.000,00 1.455.830,00 388.360,00 247.053,70 Variável resposta

Idade Idade do imóvel desde a construção 1 40 6,79 7,60 Negativo

Area área construída em m2

34 345 107,9 64,30 Positivo

Suites número de quartos com banheiros 0 4 1,605 1,06 Positivo

Ncom número de quartos e suítes no total 1 6 2,71 0,69 Positivo

Vagas número de vagas na garagem 1 4 1,766 0,86 Positivo

Variáveis urbanísticas: sigla e descrição

Dsuper Menor distância (m) ao supermercado 30 4965,0 967,5 862,98 Negativoa

Descol Menor distância (m) à escola 15 1873,0 506,2 389,17 Negativoa

Dshop Menor distância (m) ao shopping 40 3544,0 1473,6 900,73 Negativoa

Daven Menor distância (m) à avenida 10 905,0 187,9 187,00 Positivoa

Variáveis hedônicas: sigla e descrição

Dmar Menor distância (m) ao mar 36 6519 2845 1824, 75 Negativoa

DPqD Menor distância (m) ao Parque das

Dunas 10 3696,0 1230,2 905,11 Negativoa

DePqD Menor distância (m) a entrada do

Parque das Dunas 485 9690 4507 2401,68 Negativoa

DPqC Menor distância (m) ao Parque da

Cidade 653 7837 4247 1942,69 Negativoa

DePqC Menor distância (m) a entrada do

Parque da Cidade 1055 8421 4518 2019,28 Negativoa

Dmorro Menor distância (m) ao Morro do

Careca 394 13491 7237 3696,97 Negativoa

VPqD Vista para o Parque das Dunas 0 1 0,7727 0,42 Positivo

VPqC Vista para o Parque da Cidade 0 1 0,1853 0,39 Positivo

Vmorro Vista para o Morro do Careca 0 1 0,1783 0,38 Positivo

Vmar Vista para o mar 0 1 0,2517 0,43 Positivo

Vrio Vista para o rio Potengi 0 1 0,1049 0,30 Positivo

a - Para variáveis de distância a predição negativa indica que os indivíduos pagam mais para morar próximo a

54

Tabela 2 - Coeficientes das análises de regressão no modelo do Parque das Dunas, Parque da Cidade e Morro do Careca.

Table 2 - Coefficients of regression analyzes in the modelo f Dunas park, Park of the City and Morro do Careca.

Parque das Dunas Parque da Cidade Morro do Careca

Coeficientes t-Statistics Coeficientes t-Statistics Coeficientes t-Statistics

InterceptPqDc -78487,3 -2,3 InterceptPqCa -129342,6 -4,0 InterceptMorroa -109300,0 -3,8 Areaa 2035,9 10,3 2143,0 11,1 2093,0 10,7 Idadea -5008,0 -5,3 -5783,3 -6,6 -5850,0 -6,6 Suitesa 41286,4 4,6 41244,8 4,7 42230,0 4,8 Ncoma 48488,5 4,0 48436,4 4,0 49700,0 4,0 Vagas1b; 2a; 3b 38963,0 3,3 40459,2 3,4 36410,0 3,1 Dshopb 18,9 2,6 Descolc -34,7 -2,3 -36,0 -2,3 Vmar1a; 2b; 3a 74755,9 4,8 42 494,8 2,8 87640,0 6,6 DPqDc -17,6 -2,3 DePqDc -7,2 -2,5 VPqDd 28887,9 1,9 Vriob 58316,6 2,6 DPqCc 83,6 2,4 DePqCc -68,1 -2,0 VPqCb 54104,5 3,2 Dmorrob 5,7 3,3 R2 = 0,8586; F-statistic=174,1 R2 = 0,8622; F-statistic=163,1 R2 = 0,8565; F-statistic= 213,7 N = 283

1 – Modelo Parque das Dunas; 2 – Modelo Parque da Cidade; 3 – Modelo Morro do Careca ap = 0,000; bp = 0,001; cp = 0,01; dp = 0,1

55

CONCLUSÃO GERAL

As áreas verdes urbanas e a paisagem natural promovem benefícios ambientais, sociais e econômicos, porém com a intensa urbanização e o crescimento desordenado das cidades essas áreas foram reduzidas. A discussão sobre o planejamento e o uso da terra por parte dos gestores públicos são relevantes, pois afetam a composição e arranjo da paisagem, com isso influenciam as disponibilidades de bens e serviços ambientais futuros. Pesquisa como a apresentada neste trabalho pode contribuir para elaboração de políticas públicas voltadas para a conservação e recuperação ambiental.

A metodologia de preços hedônicos capta apenas o valor de uso e neste estudo somente a relação entre áreas verdes, o mar, paisagem natural e valores de propriedade o que acaba por omitir outros benefícios gerados por estas áreas naturais. O sequestro de carbono, a redução da poluição atmosférica e melhoria da qualidade da água não são susceptíveis de serem avaliadas pela metodologia. Assim, o valor econômico total dos atributos ambientais considerados pode ser substancialmente maior do que o indicado por estes resultados.

A conservação da natureza em áreas urbanas esbarra muitas vezes com poucos investimentos, o valor da terra é afetado pela especulação imobiliária e por políticas de interesse locais, com isso a precificação hedônica pode ajudar os gestores públicos a estimar um orçamento equivalente ao preço da terra, principalmente quando se trata da ocupação de áreas verdes e áreas de alta qualidade ecológica ou cênica.

Por fim, o poder público pode utilizar a metodologia para estabelecer um zoneamento de uso e ocupação do solo, especialmente para estabelecer unidades de conservação e o tipo de acesso dado à população para cada caso. Os dados fornecidos são relevantes para desenvolver um plano de conservação da natureza, para preservar áreas de alto valor ecológico e para atualizar, com base na ecologia de paisagem, o desenvolvimento de áreas verdes na cidade.

Documentos relacionados