• Nenhum resultado encontrado

4. METODOLOGIA

4.6. Obtenção das emulsões asfálticas modificadas

4.7.1. Caracterização dos agregados

4.7.1.2. Agregado miúdo

A seguir são descritos os ensaios realizados com o agregado miúdo.

a) Massa específica, massa específica aparente e absorção

Os ensaios de massa específica (absoluta), massa específica aparente e absorção foram realizados de acordo com as normas ABNT NBR NM 52 (2009) e NBR NM 30 (2001). A massa específica é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, sem considerar os poros permeáveis à água. A massa específica aparente é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, considerando os poros permeáveis à água. As determinações de volume são feitas na balança, pela massa de água deslocada pelo agregado no frasco.

Para a realização deste ensaio foi necessário primeiro determinar a massa do frasco limpo e vazio, mais tampa e seco (MF). Em seguida, determinou-se a massa do frasco cheio de água, com as faces externas secas (Ma).

Antes de realizar o ensaio é necessário deixar a amostra na condição saturado superfície seca. Para isso é necessário dividir a amostra em duas de aproximadamente 1 kg. Em seguida, estas são submersas em água por 24h e, após isso, são retiradas e secadas naturalmente. Após a secagem, as amostras são colocadas no molde, onde este é retirado e verificado se ocorreu desmoronamento da amostra ou se esta permanece com o formato de cone. Deve-se continuar a secagem da amostra e repetir a moldagem até que haja um

Metodologia

Cristian Kelly Morais de Lima, agosto/2012 51 desmoronamento parcial da amostra. Neste momento o agregado está na condição saturado superfície seca.

Após a preparação da amostra, pesa-se 500g desta na condição saturada superfície seca (sss), e coloca-se a amostra no frasco de vidro, ao qual também é adicionado água até completar totalmente seu volume. O frasco com a água e a amostra (sss) é colocado no banho com temperatura de 19°C a 23°C por um período mínimo de 1 hora. Se o nível da água baixar é necessário completar novamente. Determinar a massa do frasco, mais água, agregado e tampa (M2). Retira-se o agregado do frasco, levando-o em seguida a estufa (100 + 5)°C até constância de massa, em aproximadamente 24 horas, determinando a massa do agregado seco (M).

Calcular a massa do frasco, mais agregado na condição saturado superfície seca (M1).

Onde:

MF - massa do frasco limpo vazio, mais tampa e seco (g);

Ms – massa do agregado na condição saturado superfície seca (g)

Calcular o volume de água adicionado no frasco (Va)

Onde:

M2 - massa do frasco, mais água, agregado e tampa (g);

M1- massa do frasco contendo o agregado na condição saturado superfície seca (g);

ɣa - massa específica da água

Calcular a massa específica aparente do agregado seco (ɣ1)

Onde:

M – massa do agregado seco (g); VF – volume do frasco (cm3);

Metodologia

Cristian Kelly Morais de Lima, agosto/2012 52 Calcular a massa específica do agregado saturado superfície seca (ɣ2)

Onde:

Ms – massa do agregado na condição saturado superfície seca (g); VF – volume do frasco (cm3);

Va – volume de água adicionado no frasco (cm3)

Calcular a massa específica do agregado (ɣ3)

Onde:

M – massa do agregado seco;

Ms – massa do agregado na condição saturado superfície seca VF – volume do frasco;

Va – volume de água adicionado no frasco;

ɣa – massa específica da água.

Calcular a absorção de água do agregado miúdo (a)

Onde:

Ms – massa ao ar do agregado na condição saturado superfície seca (g); M – Massa do agregado seco na estufa (g).

b) Teor de umidade (Método da secagem em estufa)

O teor de umidade de um agregado é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado, o qual pode ter seus vazios parcialmente ou totalmente preenchidos, e a massa desse mesmo agregado quando seco. Para determinar o teor de umidade a amostra úmida é pesada e levada para secagem, em estufa, a uma temperatura entre 105 °C a 110 °C. Em seguida, determina-se a massa da amostra em intervalos de pelo menos 2 horas até obtenção

Metodologia

Cristian Kelly Morais de Lima, agosto/2012 53 da massa constante. A diferença entre os pesos da amostra, antes e depois da secagem, expressa em porcentagem do peso da amostra seca, é o teor de umidade do agregado. O teor de umidade é calculado pela Equação (4.10).

Onde:

h – teor de umidade;

mh – massa do agregado úmido; ms – massa do agregado após secagem

c) Impurezas orgânicas

O ensaio de impurezas orgânicas foi realizado de acordo com a norma ABNT NBR NM 49 (2001). Este ensaio tem por objetivo identificar a presença de compostos orgânicos presentes na areia. Através deste método não é possível determinar impurezas como óleos, graxas, parafinas, glucose.

Para realização deste ensaio, faz-se necessário preparar uma solução de hidróxido de sódio a 3 %; uma solução de ácido tânico a 2 % e uma solução padrão (solução de hidróxido de sódio e a solução de ácido tânico). Após o preparo de tais soluções coleta-se a amostra, cerca de 200 g de areia seca ao ar, e adiciona-se a um Erlenmeyer. Em seguida, acrescenta-se 100 mL de solução de hidróxido de sódio na amostra, agitando-se rigorosamente e deixando- se o frasco repousar por 24 horas. Em outro frasco, adiciona-se 100 mL da solução padrão, agitando-o e deixando-o também em repouso por 24 horas. Após 24 horas, filtra-se cada uma das soluções em papel filtro qualitativo.

A quantidade de matéria orgânica é avaliada comparando a cor da solução de hidróxido de sódio que foi adicionada a areia com a cor da solução padrão. Se a cor da solução de hidróxido de sódio adicionada a areia estiver mais escura que a solução padrão, indica a possibilidade de a areia ser portadora de compostos orgânicos nocivos. Neste caso, recomenda-se a realização de ensaios mais criteriosos.

d) Materiais pulverulentos

O ensaio do teor de material pulverulento foi realizado de acordo com a norma ABNT NBR NM 46 (2003). Entende-se como materiais pulverulentos partículas minerais com

Metodologia

Cristian Kelly Morais de Lima, agosto/2012 54 dimensão inferior a 0,075 mm, incluindo os materiais solúveis em água presentes nos agregados.

Para a realização deste ensaio a amostra foi umedecida, para evitar segregação, homogeneizada, formando duas amostras. Após isso, as amostras foram secas em estufa (105 °C - 110 °C) até constância de massa, denominando-se como M1 e M2. A amostra M1 foi

colocada no recipiente e recoberta com água para que fosse feita uma lavagem. Despejou-se a água através das peneiras e o material retido nas peneiras retornou ao recipiente e a operação de lavagem foi repetida até que a água de lavagem se tornasse límpida.

Ao terminar a lavagem, recolocou-se o material no recipiente, recobrindo-o com água, e deixando o conjunto em repouso o tempo necessário para decantar as partículas. Retirou-se a água em excesso, tomando-se o cuidado para não haver perda de material. Secou-se o agregado em estufa (105 °C - 110 °C) até constância de massa e determinou-se sua massa final seca (M1F). Este procedimento foi repetido para a amostra M2, determinando-se sua

massa final seca (M2F). O teor de materiais pulverulentos de cada amostra foi obtido pela

diferença entre as massas da amostra antes e depois da lavagem, sendo o resultado final obtido pela média aritmética das duas determinações.

Documentos relacionados