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AGROEXTRATIVISMO NO CERRADO”

IV “SEMINÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA

EVANE GENTIL DOS SANTOS BARRETO - Secretário de Agricultura do Município de Arraias, Tocantins;

IVONETE PEREIRA DE OLIVEIRA - Engenheira Agrônoma de Uruaçu, Goiás;

KELMA CRISTINA MELO DOS SANTOS CRUZ - Superintendente de Suporte Agricultura Familiar da CONAB;

CLAITON MELLO - Gerente de Comunicação e Mobilização Social da Fundação Banco do Brasil;

AGNALDO MORAES DA SILVA - Coordenador-Geral de Gestão do Conhecimento da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste;

FÁBIO TOKARSKI - Vereador de Goiânia, Goiás;

JOÃO CAETANO – Pesquisador;

MAYSA MARGARETH TOLEDO - Educadora ambiental, pedagoga, funcionária da AMMA e Coordenadora da Educação Ambiental do Jardim Botânico;

LEANDRO SIQUEIRA - Mestre em Ecologia, na área de Educação Ambiental;

ÂNGELA SICONE - Historiadora;

TATIANO TAVARES - Presidente da Associação de Agricultores Assentados no Município de Formosa;

JULIO VALENTE DA COSTA JUNIOR - Advogado e sócio fundador da ECODATA;

ROBERTO GONÇALVES FREIRE - Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás e Presidente do Colegiado Gestor do Tocantins-Araguaia;

HAMILTON PEREIRA DA SILVA - Assessor do Diretor-Presidente da Agência Nacional de Águas – ANA;

FÁTIMA REGINA DE SOUZA CAMPOS RORIZ - Diretora Regional da Organização Jaime Câmara no Estado do Tocantins;

LAYLA CASTRO - Professora e Consultora ambiental do Município de Açailândia, Estado do Maranhão;

VICTOR ALEXANDRE BITTENCOURT SUCUPIRA - Superintendente-Adjunto de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas – ANA;

PAULO SÉRGIO BRETAS DE ALMEIDA SALLES - Professor do Instituto de Ciências Biológicas da UNB e Presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Parnaíba;

MARCOS ANTÔNIO CORRENTINO DA CUNHA - Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte;

ANTÔNIO EUSTÁQUIO VIEIRA - Membro do CONAMA e Presidente do Movimento Verde de Paracatu – MOVER;

CLARISMINO LUIZ PEREIRA JÚNIOR - Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia - AMMA e Conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente — CONAMA;

FERNANDO ARIVELTON DE SOUSA GOMES - Secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Município de Santo Antônio do Descoberto, Estado de Goiás;

ELISA MEIRELES - Engenheira Florestal e Gerente de Projetos da ECODATA;

MAURO RUBEM - Deputado Estadual de Goiás;

SANDRA MARA GARBELINI - Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente

— CAOMA, do Ministério Público do Estado de Goiás; e

SERRANO NEVES - Procurador de Justiça Criminal no Estado de Goiás; Presidente do Instituto Serrano Neves; Presidente do Conselho Curador da Fundação Acangaú, Vale do Acangaú, Paracatu, Minas Gerais.

RELATO

Os seminários, realizados nos dias 17 e 18 de junho do corrente, tiveram origem com o Requerimento n. 113/2010, do Deputado Pedro Wilson. O tema central envolveu questões referentes à preservação do bioma do Cerrado e, em especial, a água que ali existe. Foi relatado, de forma inequívoca, que os problemas do Cerrado dizem respeito a todos os brasileiros, pois a água que nasce no cerrado abastece e produz grande parte das riquezas do Brasil, sendo que mais de 50% da lavoura e da pecuária deste país estão localizadas no Cerrado.

Os palestrantes lembraram, ainda, a importância da aprovação da PEC N. 115/2005 para evitar a destruição do bioma do Cerrado, que hoje representa 5% de todo o bioma existente no mundo, cuja fauna e flora são bastante diversificadas, havendo o registro de mais de 15 mil espécies de plantas.

Conforme mencionado pelos palestrantes, atualmente se fala muito na proteção e preservação da Amazônia, o que é indiscutível. Porém, o entendimento que prevaleceu foi no sentido de que se deve falar da preservação do Cerrado da mesma forma que se fala da proteção e preservação da Amazônia, pois os dois biomas são de extrema relevância para o nosso país.

Das assertivas dos expositores, depreende-se que o desenvolvimento do país deve continuar. Que todos tem a obrigação de contribuir para que isso ocorra, mas o desenvolvimento deve acontecer de maneira sustentável para não prejudicar a natureza e suas riquezas tão necessárias ao equilíbrio de nosso planeta.

Nesse sentido, falou-se na existência de projeto de recursos hídricos para a bacia do Araguaia-Tocantins e, ainda, da preservação dessas bacias, juntamente com a do São Francisco e do Parnaíba.

Foi relatado, ainda, que um Código Florestal que proteja a biodiversidade, garantindo a preservação do Cerrado, da Amazônia e de outros biomas, não pode tardar, pois, segundo mencionado, dados do IBAMA e do Ministério do Meio Ambiente revelam que aproximadamente 47,84% do Cerrado já foram desmatados.

O Deputado Pedro Wilson lembrou as vantagens do Agroextrativismo, afirmando que ―muito mais do que se imagina, o Agroextrativismo pode ser rentável, mais até do que a derrubada da mata, a derrubada do Cerrado, para a implantação da agricultura ou de atividade pecuária‖.

Restou clara a preocupação com o solo e com a água. Segundo o exposto, não se pode culpar os agricultores pela má utilização dos recursos, mas sim tratá-los como parceiros, pois podem ajudar e muito na preservação da natureza.

Outra preocupação relatada foi a questão da exploração hidroelétrica que deve ocorrer em sintonia com a necessidade humana de utilização da água, bem como da preservação de plantas e animais.

Nesse sentido, vale mencionar que foi divulgado no seminário o Programa de Capacitação em Agroextrativismo no Cerrado, desenvolvido pela ECODATA.

Além disso, foi registrado durante o evento que ―a região hidrográfica do Tocantins-Araguaia tem números muito expressivos. Por exemplo, totaliza 918.822 quilômetros quadrados. Isso significa algo em torno de 11% do nosso país. Ela se divide pelos Estados brasileiros da seguinte forma: Pará com 30%;

Tocantins, 30%; Goiás, 21%; Mato Grosso, 15%; Maranhão, 4%; Distrito

Federal, um pequeno pedaço, de 0,1%. A área de drenagem dessa bacia é expressiva: abriga 409 municípios e tem uma população de 7,2 milhões de habitantes. Dessa população, a Região Metropolitana de Belém abriga 25%‖.

É necessário que haja sintonia entre os planos e ações do Governo e das empresas para a preservação dos recursos do Cerrado. Uma ação conjunta que permita um objetivo comum de preservação do Cerrado concomitante com o desenvolvimento sustentável.

Foi lembrada, ainda, a importância de passar para as futuras gerações os ensinamentos de que devemos preservar a natureza, com as seguintes recomendações: utilizar com parcimônia a água que consumimos, evitar torneiras abertas, não ficar muito tempo com o chuveiro ligado, não deixar a luz acesa, entre outras ações essenciais à preservação das riquezas naturais do nosso planeta. Para isso, foi sugerida a criação de políticas educacionais, para que as crianças tenham conhecimento da relevância desses pequenos gestos, a democratização do conhecimento em relação ao cerrado e a melhor forma de utilizá-lo.

Portanto, mais uma vez ficou demonstrada a importância dos seminários para a divulgação do Cerrado, pois somente com a troca de ideias e experiências das pessoas que vivem o problema de perto é que conseguiremos conscientizar toda população de que o Cerrado deve ser protegido. Além disso, a maneira mais adequada é educar para o agroextrativismo, para o uso sustentável da água, entre outras ações que resgatarão aquele bioma e a vida das pessoas que ali residem.

VII SEMINÁRIO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS

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