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3.5.3 – Igreja da Ressurreição (Monastério de Sucevi ţa) 3.6 – CONCLUSÃO

ETAPA 3 Ajuste da distância da termocâmera à amostra e ângulo de visão.

necessidade que se mantenha um ângulo entre a termocâmera e o mensurando o mais próximo possível de noventa graus. Isto faz com que possíveis distorções na imagem sejam evitadas, como no caso das fotografias convencionais. Entretanto, existe certa tolerância neste sentido, representada pelo ângulo do campo de visão indicado pelos fabricantes. Por outro lado, uma vez que a incerteza referente a este item é de difícil determinação e está presente mesmo quando as limitações indicadas pelos fabricantes são obedecidas, sugere-se que, a menos que condições técnicas não o permitam, a perpendicularidade entre o objeto e a termocâmera seja observada, o que foi feito neste trabalho, tanto nos ensaios laboratoriais quanto nos testes in situ, com o objetivo de diminuir os ruídos de medição.

Já a distância entre o objeto em estudo e a termocâmera deve estar em acordo com as indicações do fabricante, ou seja, dentro do campo de visão instantâneo (IFOV) da termocâmera, permitindo a melhor resolução da imagem térmica. Isto porque, o aumento da distância entre a termocâmera e o objeto acaba por ser determinante da qualidade da imagem, já que a resolução da imagem termográfica decresce com o aumento da distância. Uma vez que cada ponto na imagem termográfica corresponde a uma área específica da superfície do objeto, o aumento da distância implica que cada um destes pontos representa uma maior área. Como resultado, a radiação captada pelo sistema de medição é uma média da radiação emitida por esta área, ou seja, a média emitida por cada ponto do objeto. Isto faz com que alguns detalhes da imagem sejam perdidos, sendo crítico em superfícies com alta variação de emissividade. Adicionalmente, maiores distâncias entre o mensurando e o sistema de medição diminui a relação sinal-ruído devido à relação inversamente proporcional entre a energia captada pelo equipamento e o quadrado da distância. Ainda neste sentido, outro fator que deve ser observado é que o aumento da distância entre o mensurando e o sistema de medição aumenta também os efeitos da transmitância do meio sobre os resultados. Desta forma, a máxima distância a ser implementada deve ser tal que os efeitos da transmitância do meio sejam minimizados.

Por outro lado, embora a análise individual de pequenas áreas do mensurando, possível com a adoção de menores distâncias entre superfície a ser analisada e sistema de medição, maximize a qualidade dos resultados, aumentam o tempo de ensaio. Daí a importância da observância deste ítem e a escolha de uma distância adequada que consiga fornecer as informações necessárias em um tempo de ensaio condizente.

dentro do campo de visão instantâneo do equipamento e vêem discriminadas juntamente com os resultados obtidos e os comentários a respeito da influência desta variável sobre as respostas fornecidas.

ETAPA 4 – Determinação/controle da temperatura, transmitância e umidade relativa do meio Se por um lado a determinação da temperatura ambiente e transmissividade do meio são essenciais na estimativa da incerteza de medição, por outro, estas variáveis, juntamente com a umidade relativa atmosférica local, representam parâmetros de ajuste do sistema de aquisição de imagens.

Com respeito à temperatura do meio, apesar de possuírem sistema interno de compensação, os sistemas infravermelhos são sensíveis a temperaturas ambiente extremas que podem influenciar no desempenho do equipamento, produzindo flutuações nos resultados. Além disto, uma grande variação da temperatura pode influenciar de forma imprevisível as características térmicas e superficiais dos materiais. Por isto, temperaturas mais próximas daquelas empregadas durante o processo de calibração são desejáveis durante os ensaios. Se em condições laboratoriais é possível controlar a temperatura e a umidade do meio através de sistemas artificiais e, com isto, quantificar e minimizar seus efeitos, já em condições de ensaios in situ, na maioria das vezes, o controle é impossível, o faz com que seja necessária a sua determinação com a menor incerteza associada possível. Por outro lado, os efeitos da transmitância do meio podem ser quantificados ou mesmo desprezados, desde que a máxima distância entre o objeto sob análise e a termocâmera e condições ambientais sejam tais que permitam esta hipótese.

Durante a realização dos ensaios laboratoriais e in situ, a temperatura ambiental manteve-se

dentro dos valores utilizados na calibração do equipamento (entre 20 e 30oC), tendo sido

determinada através de termômetro com incerteza de medição expandida para 95% igual a ± 0,2o

C para esta faixa de temperatura. A umidade relativa do ar foi calculada a partir da temperatura de bulbo seco e bulbo úmido fornecidas por psicrômetro, instalado no laboratório onde foram realizados os ensaios. A incerteza máxima do instrumento, relacionada pelo fabricante, na determinação da temperatura é de ± 1%. Os valores indicados para a temperatura e umidade do meio, imediatamente antes das medições, foram utilizados no ajuste da termocâmera para a tomada de cada série de imagens e, posteriormente, no cálculo da incerteza.

A pouca distância utilizada entre as amostras e o sistema de medição durante os ensaios em laboratório e in situ permitiu admitir valores de transmitância iguais a 0,99±0,01. De qualquer forma, os cálculos, assim como a bibliografia consultada (Chrzanowski, 2001a; Minkina e Dudzik, 2006), indicaram que a parcela de incerteza desta variável é consideravelmente inferior às demais. Mais uma vez, este foi o valor adotado, em cada série de imagens, para o ajuste da termocâmera e cálculo da incerteza de medição.

Efeitos do vento podem ainda influenciar os resultados à medida que aumentam o coeficiente convectivo e, conseqüentemente, a perda de calor para o ambiente. Embora em algumas condições, como na identificação de vazamentos e infiltrações, a presença de vento seja positiva, no caso específico deste trabalho, a realização de ensaios em momentos com alta incidência de rajadas de ar produziria erros, considerados pelos autores como grosseiros e, portanto, não quantificados no cálculo da incerteza. Por este motivo, durante os testes in situ, as medições somente foram efetuadas com velocidades de vento próximas a zero, sendo que a quantificação dos valores foi realizada através de anemômetro com incerteza de medição igual a 0,5% do fundo de escala. Nos ensaios em laboratório, esta variável não se encontrava presente.

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