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Algumas Estatísticas sobre Ataques

3. AMEAÇAS E VULNERABILIDADES

3.7. Algumas Estatísticas sobre Ataques

No ano de 2001, segundo o Computer Emergency Response Team – Coordination Center (CERT/CC, 2001), da Carnegie Mellon University, houve grande prejuízo para as empresas norte-americanas por motivos de invasão de seus sistemas, por hackers ou crackers, e principalmente por vírus e worms. As organizações se descuidam da atualização de seus antivírus e ocorre muito mais estrago por meio destes que por uma invasão propriamente dito. Vírus como o

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sircam, nimda, o code red e todas as suas variações fizeram grandes estragos. Tudo porque não houve uma atenção aos alertas divulgados pelas empresas fabricantes de antivírus. A atualização dos antivírus é coisa simples de ser feita, não requer muito conhecimento técnico por parte do usuário. Este é um treinamento que deve ser dado ao usuário final de qualquer máquina conectada à rede corporativa.

Em outra estatística realizada pelo CERT-CC, em 2001 houveram 52658 invasões reportadas nos Estados Unidos. No ano seguinte, 2002, este número aumentou para 82094 (CERT/CC, 2003). Na figura a seguir temos os registros reportados ao CERT/CC a partir de 1988.

Number of incidents reported

1988-1989

Year

1988

1989

Incidents

6

132

1990-1999

Year

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

Incidents 252 406 773 1,334 2,340 2,412 2,573 2,134 3,734 9,859

2000-2002

Year

2000

2001

2002

Incidents

21,756

52,658

82,094

Total incidents reported (1988-2002): 182,463

Figura 3.5: Número de incidentes reportados ao CERT/CC. Fonte: CERT/CC Statistics 1988- 2002 (2003)

Em 2002, as ocorrências no Brasil foram maiores que no ano anterior. Segundo a pesquisa realizada pela empresa Módulo Security Solutions (MODULO, 2002), observa-se que a principal ameaça as informações das

organizações são os funcionários insatisfeitos, e em segundo vem o ataque por vírus. Porém nesta mesma pesquisa, 32 % dos entrevistados não sabiam informar se sofreram ataques e qual a incidência destes. Observou-se também que, ano após ano, cresce a preocupação das empresas nacionais com a proteção de suas informações, e aumenta também a adoção de controles para minimizar os riscos de ameaças e vulnerabilidades.

Segundo a pesquisa, as principais ameaças são funcionários insatisfeitos, disseminação de vírus e acessos indevidos, como mostra o gráfico abaixo.

Figura 3.6: Principais ameaças às informações nas organizações. Fonte: 8ª Pesquisa Nacional sobre Segurança da Informação - Módulo Security Solutions (2002).

Quanto a perdas financeiras, a pesquisa observou que as empresas começam a comunicar casos de invasão, mas ainda não conseguem, ou não divulgam, o montante de suas perdas, como mostra o gráfico a seguir.

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Figura 3.7: Quantificação de perdas com invasões nas organizações. Fonte: 8ª Pesquisa Nacional sobre Segurança da Informação - Módulo Security Solutions (2002).

Quanto à política de segurança, na sua maioria está desatualizada.

Figura 3.8: Política de Segurança. Fonte: 8ª Pesquisa Nacional sobre Segurança da Informação - Módulo Security Solutions (2002).

Um comparativo entre 2001 e 2002 quanto as principais medidas de segurança adotadas, podemos observar que o antivírus ainda é a medida mais adotada.

Figura 3.9: Principais medidas de segurança adotadas. Fonte: 8ª Pesquisa Nacional sobre Segurança da Informação - Módulo Security Solutions (2002).

No Brasil existem alguns grupos de segurança e resposta a incidentes, que fazem levantamento sobre as ocorrências na internet brasileira. Estes organismos são:

• Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança da Rede Nacional de Pesquisa (CAIS-RNP): atende redes de instituições de ensino superior, institutos de pesquisa e similares conectados ao backbone da RNP;

• Computer Emergency Response Team – Rio Grande do Sul (CERT-RS): atende a redes do domínio Tche.br e clientes do ponto de presença (POP)-RS/RNP no Rio Grande do Sul;

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• Centro de Tratamento e Resposta a Incidentes em Redes do Departamento de Polícia Federal (CTR): atende redes de domínios federais e de interesse da União;

• Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL): atende redes conectadas à Embratel;

• Equipe de Segurança de Redes e Resposta a Incidentes da Universidade de São Paulo – USP: atende redes de endereços IP e domínios alocados à Universidade de São Paulo;

• Equipe de Segurança em Sistemas e Redes da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP: atende redes de endereço IP e domínios alocados para a Universidade Estadual de Campinas; • Grupo de Segurança de Redes do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (GSR/INPE): atende redes de endereço IP e domínios alocados para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Brasil; • NIC BR Security Officer – Brazilian Computer Emergency

Response Team (NBSO): atende redes de domínios sob o TDL.br e endereços IP alocados para o Brasil;

• Star One: atende redes de endereços IP alocados à Star One e domínios easyband.com.br, e outros.

O Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança da Rede Nacional de Pesquisa (CAIS-RNP), relatou um aumento de 82% nos incidentes reportados ao organismo, passando de 7.209 para 12.114 (CAIS/RNP, 2003).

Dentre os incidentes notificados, se destacaram as atividades de reconhecimento (scanner) direcionadas aos serviços comuns de acesso à internet que são o SSH, FTP, HTTP. Depois aparecem as trocas de páginas, uso indevido de servidores FTP para repositório de filmes e músicas, e envio de spam. A seguir observamos o gráfico das estatísticas levantado pelo CAIS-RNP.

Figura 3.10: Comparativo de incidentes reportados ao CAIS. Fonte: CAIS/RNP Relatório Anual (2002).

Um dos destaques observados pelo CAIS foram os vírus W32.Klez e suas variantes, o worm JS/SQL.Spida.b.worm, o Slapper, o W32.BugBear e o OpaServ.

A NIC BR Security Officer (NBSO) também mantém um registro de ocorrências da internet brasileira. No ano de 2002 teve um total de 25092 ocorrências distribuídas da seguinte maneira.

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Figura 3.11: Incidentes reportados ao NBSO em 2002. Fonte: NBSO Estatísticas de Incidentes Reportados ao NBSO (2003).

Nos seis primeiros meses deste ano de 2003, obtiveram dois gráficos com as ocorrências, conforme segue.

Figura 3.12: Incidentes reportados ao NBSO de janeiro a março de 2003. Fonte: NBSO Estatísticas de Incidentes Reportados ao NBSO (2003).

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Figura 3.13: Incidentes reportados ao NBSO de abril a junho de 2003. Fonte: NBSO Estatísticas de Incidentes Reportados ao NBSO (2003).

As pesquisas feitas em 2002, pelo CSI/FBI, mostraram que 90% das organizações americanas detectaram falhas nos sistemas de segurança de seus computadores. Destes, 80% admitiram ter sofrido prejuízos financeiros e 44% declararam perdas da ordem de 456 milhões de dólares, aproximadamente 20% a mais que em 2001 (CSI - Computer Security Institute e FBI - Federal Bureau of Investigation’s – 2002).

Até metade de 2003 várias ocorrências já foram registradas. Na pesquisa realizada pelo CSI/FBI, é feita uma comparação entre anos anteriores, com relação aos incidentes reportados na pesquisa. Com relação ao ponto inicial de ataque, isto é, de onde vem a maioria dos ataques, observou-se que é através da internet, seguido de ataques a sistemas internos e por fim acesso à rede através de conexão discada.

Figura 3.14: Ponto freqüente de ataque. Fonte: CSI/FBI 2003 Computer Crime and Security Survey (2003).

A fonte dos ataques é, segundo a pesquisa, liderada por empregados insatisfeitos com a organização, e hackers. Estes últimos na liderança com uma pequena folga.

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Figura 3.15: Fonte dos ataques. Fonte: CSI/FBI 2003 Computer Crime and Security Survey (2003).

E também observamos que os vírus lideram os tipos de ataques, seguidos de invasões internas.

Figura 3.16: Tipo dos ataques. Fonte: CSI/FBI 2003 Computer Crime and Security Survey (2003).

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