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Alguns episódios relevantes da aula

No documento Análise de argumentos sobre adaptações (páginas 39-46)

CAPÍTULO 02: ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

3. Alguns episódios relevantes da aula

A aplicação da sequência didática teve duração aproximada de três horas. Alguns momentos da aula em que aspectos da teoria evolutiva foram discutidos estão descritos abaixo. Esses episódios possivelmente influenciaram os alunos em suas respostas escritas, como será discutido posteriormente.

3.a Teleologismo: Definindo adaptação

No início da aula o professor discutiu com os alunos a respeito do que é a Ciência. Para dar um primeiro passo nessa discussão, o professor trouxe para a aula um dicionário e pediu para que um aluno procurasse a definição de Ciência. A partir daí a discussão foi se desenrolando, até que, quando estava para começar a explicar a atividade para os alunos, o professor mostra que du a teàaàaulaàelesà oàte ta à espo de àaàpe gu taà o oàsu ge àasàadaptaç es? ,àeàaíàse teà

39 a necessidade de definir também este termo. Para isso, mais uma vez recorre ao dicionário, requisitando que outro estudante procure o significado desta palavra (Quadro 01).

Quadro 01 – Recorte da transcrição da aula em que o professor define junto com os alunos o conceito de adaptação.

TURNO PARTICIPANTE FALA OBS 250 Prof. …à ueà ueà àadaptaç o…à à oà asoàaíà aiàta à oàsi gula …à

mas adaptação segundo o Aurélio?

251 A4 aç oà ouà efeitoà deà adapta -se…à ajusta e toà deà u à o ga is o…à pa ti ula e teà doà ho e …à sà o diç esà doà eioà a ie te…à t a sfo aç esà deà o aà literária em ep ese taç oà teat al…à i e atog fi a…à adiof i aà ouà tele isio ada…àusoàde à …

252 Prof. pode…à aíà a a ou…à podeà pa a à podeà pa a …aíà eleà aià da à algumas definições de adaptações segundo outras áreas do o he i e to…à euà t à pega doà essasà duasà p imeiras aqui galera ((aponta slide)) e somei uma terceira que é a lá de

ai o…à aç oàouàefeitoàdeàadapta -se …àajudou?

253 Alguns alunos o…à à

254 Prof. oà uitoà ?àaç o…àaàge teàsa eà ueà àu aàaç oàouàefeito…à ajusta e toà deà o ga is os…à pa ti ula e teà doà ho e …à sà o diç esàdoà eioàa ie te …àeàaàsegu da?…à ueà ueà sà acharam dela?

255 A1 mais ( )

256 A5 mais esclarecedora

257 Prof. aisàes la e edo aà ?…à asàolhaàoà ueà ueàeleà olo aàa uià gale a…à u aà oisaà ueà eà i o odaà u à pou oà apo ta slide à pa ti ula e teàdoàho e

258 A2 é não é (só do homem)

259 Prof. incomoda vocês? A9 sai da sala

260 Vários alunos Sim

261 Prof. porque que incomoda vocês?

262 Vários alunos à …à po ueà oà à s à oà ho e …à oà à s à oà ho e à ueà seà adapta ao meio

263 Prof. oà às àoàho e à ueàseàadaptaàaoà eio?…àh ::à ueà aisà ge te?…à apo taàpa aàu àalu oà ueàesta aà uietoà oàfu doà daàsala …à o à ào?

A7 volta para sala

264 A6 e A8 A10

265 A10 ah::…à oàpe gu ta

266 Prof. o?…àpodeàfala àá àoà ueà o àa haà a a?…à às àoàho e à que se adapta ao meio ambiente?

Prof. se aproxima de 10

267 A10 não ((bem baixinho, meio com vergonha))

268 Prof. quem que também se adapta ao meio ambiente?

269 A7 tudo se adapta

270 A2 Tudo

271 A10 se àhu a o…àtudo

272 Prof. todos?… asàtudoàoà ue?…àpo ueàtudoà à asta teà oisaà ?

273 A8 ( )

274 A7 euàa hoà ue…àoàho e àseàadapta…àosàa i aisàseàadapta

275 Prof. os animais...

276 A7 o próprio meio se condiciona a novas condições

277 Prof. ahn:: então o meio tá sempre em constante mudança também?

278 A7 Sim

279 Prof. ahn:::: então concordamos que não é só o homem que se adaptaà aoà eio?…à ah ::à uitoà e à ge te…à o oà su ge à as?…àadaptaç es à oàes ueça àdessaàpe gu ta…àt ?àeuà ouà relembrar ela várias vezes com vocês ((passa slide …à pa aà espo de àessaàpe gu taàgale aàoà ueà ueà sàp e isa os?…à à o oà osà se esà i osà seà adapta …à aoà eioà a ie te?…à ?à o oà ueàosàse esàseàadapta ?…àoà ueà ueàaàge teàp e isa…à pra conseguir? a gente é biólogo não esqueçam disso…à ueà que a gente precisa ir atrás do que? o que que a gente

40 p e isa?…à dessasà oisasà ueà aà ge teà j à te à a uià aà salaà aà

gente já consegue responder essa questão?

Como vemos, a definição de adaptação trazida pelo dicionário e discutida em sala foi a de adaptaç oà o oà ajusta e toàdeàu ào ga is o,àpa ti ula e teàdoàho e ,à sà o diç esàdoà eioà a ie te . Esta é uma definição inadequada para tratar da adaptação na Biologia. Contudo, o único ponto questionado e debatido em aula foi a questão sobre este ser um p o essoàpa ti ula àdoàho e àouà o u àaàtodasàasàesp ies.àOàte oà ajusta e toàdeàu à o ga is o ,à ueà e eteà aà ideiaà deà ueà aà adaptaç oà à u à p o essoà i di idual,à eà oà populacional, não é problematizado. Este termo também carrega a noção de que a adaptação pode acontecer no tempo de vida de um organismo, tirando o gradualismo do processo da uest o.àál àdisso,àd àaàe te de à ueàaàadaptaç oà àu àfe e oà p oposital ,à ueàte à uma finalidade de alguma forma premeditada, ou seja, traz a ideia de teleologismo para o processo. Como critério de comparação, podemos olhar a definição de adaptação extraída do glossário de um livro-texto de Biologia evolutiva:

Adaptação: um processo de mudança genética em uma população em que, como resultado da seleção natural, o estado médio de um caracter se torna melhor em relação a uma função específica, ou por meio do qual uma população pode tornar-se mais adequada a alguma característica de sua ambiente. Também uma adaptação: uma característica que se tornou prevalente na população por causa de uma vantagem seletiva trazida por essa característica na melhoria de alguma função. Um conceito complexo; ver o capítulo 11. (FUTUYMA, 2009, tradução livre).

O entendimento dessa definição mais completa do que é adaptação na Biologia requer o conhecimento de outros conceitos, como mudança genética, população, seleção natural e caracter. O próprio livro ressalta que é um conceito complexo. Assim, utilizar essa definição de adaptação em sala de aula com alunos que estão iniciando os estudos do assunto pode ser também inadequado. No entanto, percebe-se que existem diferenças significativas entre as duas definições. O sentido do dicionário remete à adaptação como um processo individual, rápido e intencional, enquanto a definição do livro-texto reforça que se trata de um processo populacional que ocorre por seleção natural. Recorrendo ao dicionário como autoridade nas definições de termos, o professor, mesmo sem intenção, legitimou uma visão teleológica do processo evolutivo antes mesmo das atividades da sequência didática começarem.

3.b Teleologismo: legitimação implícita

O texto que acompanha a sequência didática no material do professor explicita que não é recomendável que, durante a leitura ou a discussão dos modelos explicativos com os alunos, o professor deixe transparecer qual dos dois modelos é o mais correto. Esse ponto foi reforçado durante o diálogo com o mediador, e parece ter influenciado a prática do professor em alguns momentos da aula, deixando-o receoso em relação a dar ênfase ou explicar demasiadamente o modelo darwinista. O primeiro momento em que isso acontece é durante a explicação da atividade aos alunos (Quadro 02):

41 Quadro 02 – Recorte da transcrição: momentos em que o professor apresenta os modelos explicativos para os alunos.

Percebe-se que durante a leitura do primeiro modelo (o teleológico) o professor ressalta que eleà e pli aà aà pe gu ta ,à ele doà aà pe gu taà eà aà espostaà fo e idaà peloà odeloà à pa aà enfatizar que ele traz uma explicação possível. O mesmo não acontece durante a leitura do modelo darwinista, quando o professor apenas faz a observação de que os dois modelos não

TURNO PARTICIPANTE FALA OBS 716 Prof. ::…euà ue oà gale aà ueà o sà ago aà d e à espostasà p aà i …à

i di iduaisàeàpo àes ito…àt ?…àaàge teàj àpe souàe àalgu aà oisaà oà pe sou?…à fo a à oasà asà falasà deà o s…à algu à ue à acrescentar mais alguma coisa?…àdepoisàeuà ouàe pli a àoàe e í ioà p estaàate ç oàs àu à i uti hoàa uià …àalgu à ue àa es e ta à algu aà oisaà essaà pe gu ta?…à t à t a üiloà ?… à e t oà euà ouà pedir pra que vocês façam esse exercício da seguinte forma ((passa slide …à sà oà e à aíà gale a…à ueà te à doisà MODELO“à apo taà slide …à odeloàu à odeloàdois…à ueàe pli a àa uelaàpe gu ta…à po ueà ueà asà o esà doà a guezalà t à asà aízesà odifi adas…à euà ue oà ueà o …ài di idual e te…àes olha…àouàoà odeloàu …à ouà oà odeloà dois…à p aà e pli a à essaà pe gu ta…à se doà ueà oà odeloà u à falaà oà segui teà à aà altaà sali…sali idade …à à u aà o e t aç oà g a deà deà saisà ?…à eà aà pou aà ua tidadeà deà oxigênio no solo dos manguezais induziu as árvores desse ambiente aà odifi a e àsuasà aízes …à uitoà e …àe pli a?…àe pli a… ?…à qual que é a pergunta? porque que as árvores que vivem no a guezalàt àasà aízesà odifi adas…à aàaltaàsali idadeàeàaàpou aà quantidade de oxigênio no solo dos manguezais induziu as árvores desseàa ie teàaà odifi a e àsuasà aízes …àe pli a…à as olha o dois…à asà o esà ueà i e à osà a guezaisà j à ti ha à asà aízesà o…àligei a e teà odifi adasàa tesàdoàsoloàfi a à o à uitoàsalàeà pou oà o ig io …à olha…à asà o esà ueà ueà i e à osà manguezais já tinham as raízes ligeiramente modificadas antes do soloà fi a à o à uitoà salà eà pou oà o ig io …à u aà taà fala do…à aà mesma coisa da outra?

Prof. provavelmente vê algum aluno começando a escrever antes da instrução

717 Vários alunos Não

718 Prof. o…às oà oisasàdife e tes…à ?…àago aàs àp aà oài flue ia ào olega… ?à t ?…à euà ue oà ueà o sà a ue à p aà i …à aà opi i oà deà o sà t ?…à aíà à opi i oà deà adaà u à po à issoà ueà à i di idualà essaà ho a…à ualà odeloà o à aià es olhe à p aà e pli a à essaàpe gu ta…àtudoà e ?…àe te de a àoà ueàoà odeloàfala?…à à tranqüilo o te toàt àf ilà ?…às à ueà o sàes olha à oàs à o à xisinho ó ((passa slide – apa e e à i st uç es …à espo da à p aà i àessasàduasàsu à uest esà ?… ualà odeloàeuàes olhoà o oà e pli aç o? …àe t oà à aià olo a àl à odeloàu àouà odeloàdois…à à ueà sa e…à s à ueà à justifi ueà suaà espostaà apo ta doà osà po tosàfo tesàeàf a osàdoà odeloà ueà o àes olheu …àe t oàah…à euà es olhi…à oà odelo…à …à odeloà u à odeloà doisà oà sei…à porque eu acho que ele explica bem esse fenômeno por causa dissoàdissoàeàdisso…àt ?…àpo ueà ue você escolheu esse modelo? oà ueà ueàteàle ouàaàes olhe àisso?…à adaàu à aiàte àaàsuaà espostaà t à ge te?…à oà seà p eo upe …à seà p eo upeà e à es e e à a uiloà ueà o …àa edita…t ?…àeàaà à …àaíà àoà o t ioà ?…à po ueà oà es olhe à oà out oà odelo? …à euà ão escolhi o outro modelo po ue…àpaà aà a àpaà aà a …àt à e to?…àdú idaà eà ha a…àeuà ouàfi a àa uià o à o s…àpode à espo de àge te…à adaàu à aà sua …à po à fa o …à s à esseà detalhe…à dú idaà o à oà o a ul io…à algu aàpala a…àt ?…àpodeàolha àl à aàp ojeç oàp aàle a àt ?…à euà olo ueià u à e susà alià oà eioà …à po ueà u à odeloà o o eà o àoà out o…à à à dei aà euà a e de à a ui…à à …à dei aà euà parar de falar

Prof. acende a luz

42 estão falando a mesma coisa. Essa passagem logo no início da primeira atividade da sequência pode ter dado a impressão para os alunos de que o modelo teleológico é mais adequado do que o darwinista para explicar pelo menos esse fenômeno.

Outro trecho da aula em que o professor pode ter fortalecido o ponto de vista teleológico implicitamente foi no final da primeira atividade da sequência. Quando todos os alunos já tinham terminado de elaborar suas respostas escritas, o professor pediu para que os alunos que escolheram o modelo 01 levantassem a mão, o que evidenciou um consenso na turma de que o modelo teleológico era o melhor para explicar aquela situação. Diante dessa situação, o p ofesso àte taàse à eut o ,à oà o e ta doào consenso (Quadro 03).

Quadro 03 – Recorte da transcrição da aula em que o professor legitima implicitamente o modelo explicativo teleológico.

Talvez isso tenha ocorrido por receio de ser tendencioso e deixar transparecer que o modelo darwinista seria o mais adequado, ou talvez porque já estava na hora do intervalo. Porém, para os alunos, isso pode ter sido entendido como uma confirmação de que eles estavam pensando certo, uma vez que o professor não questionou a posição unânime da turma.

3.c Darwinismo: valorizando a seleção natural

Houve dois momentos na aula em que o professor fez questão de ressaltar indícios da explicação darwiniana para os fenômenos (Quadros 04 e 05). Foram situações pontuais em que não houve discussões extensas, mas vale a pena apontá-los porque, como veremos, eles podem ter influenciado no produto escrito dos alunos. O primeiro momento foi durante a discussão sobre o pelo das raposas do ártico:

Quadro 04 – Recorte daàaulaàe à ueàoàp ofesso à ha aàaàate ç oàpa aàoàte oà seleç o atu al .

TURNO PARTICIPANTE FALA OBS 735 Prof. pode?…àu àpou ui …à à ueà o al e teà à i teà i utosà ?…à

pode ser um pouquinho mais curto hoje só pra gente não ter que o e àdepois?…àt ?…àe t oà eleza…às àp aàte àu aàid iaàgale a…à levanta a mão pra mim quem que apontou o modelo um como se doà oà e pli ati oà esseà aso…à todoà u do?…à olha…à u a i idade…àdaho aàge te…ài te essante isso

todos os alunos levantam a mão

736 A5 aí se tiver errado todo mundo erra

737 A1 …à à à e dade

738 A3 se errar (já era)

739 Prof. i te essa teàisso…àu a i idade

740 Alguns alunos ( )

741 Prof. então agora a gente vai continuar a nossaà iage à gale a…à à at à ago aà o sàt oà i logos…àse sa io ais…à uitoà elho esàdoà ueà

uitosà olegasà eusàdasàtu as…àdaà i haàtu aàdeà iologiaà

TURNO PARTICIPANTE FALA OBS 307b A8 se adaptar ao meio

308b Prof. p aàelaàseàadapta àaoà eio?…àaàá àfalouàadaptaç oàta

309b A8 é uma questão de sobrevivência

310b A5 p aà elaà seà a ufla à ta …à so e i e à ta toà oà f ioà ua toà oà verão…à po ueà aíà ta à te à ta à à à oà f ioà elaà fi aà todaà branca pra não aparecer e no verão pra ela não ficar toda branca e

43 Esse trecho mostra que durante a discussão sobre a mudança de cor na pelagem das raposas um aluno oàfu doàdaà lasseàfalouà ai i hoà seleç oà atu al àeàoàp ofesso àpediu para que ele repetisse em voz alta para que a classe toda ouvisse, ou seja, fez questão de valorizar o aparecimento na aula de um dos conceitos chave do modelo darwinista para a explicação do fenômeno. Em seguida, a leitura do texto é retomada e aula prossegue normalmente.

É interessante notar a resposta escrita desse aluno (A6) para a questão das raposas:

De a o do o a e oluç o das esp ies, segui do a teo ia do Da i da seleç o atural, as raposas se adaptaram para a sobrevivência nessas áreas de mudanças brancas devido a necessidade da procura de presa e de escapar de seus predadores. Porém, a raposa do Ártico fica vulnerável a predadores no momento em que ela muda a cor de sua pelagem com o fim do inverno e chegada do verão. Diante desses fatos, a teoria 2 é a que eu mais aceito, devido aos se es se adapta e ao eio, e o o i e so.

Sua resposta sugere que, mesmo tendo es olhidoà oà odeloà teleol gi oà aà teo iaà ,à eleà acredita que essa explicação está de acordo com a teoria de Darwin da seleção natural já que, segundo ele, a teoria de Darwin diz que é a necessidade de sobrevivência que faz com que os organismos se adaptem ao ambiente. Isso demonstra que apesar de conhecer o termo

seleç oà atu al àeleà oà o p ee deàoà e a is oàe oluti oà ueàelaàp op e.

Na questão da raposa a escolha pelo modelo teleológico também foi unânime na turma. No entanto, outros alunos além do A6 também utilizaram o termo seleç oà atu al à e à suasà respostas:

Escolhi o modelo 2, porque as raposas se adaptam as alterações climáticas, pois a pelagem branca da raposa no inverno age como uma camuflagem muito eficaz, e além disso ajudam elas a fugir dos seus predadores a caçar roedores e pássaros. Não escolhi o modelo 1, porque as raposas do Ártico, se adaptaram ao meio em que vivem, ao clima, e na camuflagem a cor das pelagens as ajudam, ou seja é um meio de sobrevivência, seleção natural desse animal . [A4]

também ficar em evidência ela faz a ( )

311b Prof. ela…à udaà aà pelage …à po ueà olhaà l à gale a…à elaà seà a uflaà uitoà e à ?…à aà e e…àeàa uiàelaàseà a uflaà uitoà e …à aà g a a…à aà o ha…àsu giuàu aàpala aàl à oàfu do…àu àte oà aà

e dade…àduasàpala asà ? Prof. vai mudando os slides pra mostrar a raposa no verão e no inverno 312b A6 seleção natural

313b Prof. seleç oà atu al…à h ::…à i te essa te… ?à adaptaç oà su giuà deà o o…à eioàa ie te…à ?à passaàslide))

314b A9 interação com o meio ((bem baixo))

315b Prof. e t oàgale aàoà ueàaàge teà àjusta e teàissoà …àduasà aposas…à ueà aà e dadeàs oàaà …

316b A7 Mesma

317b Prof. (… à es aà esp ie…à eà a uià oà asoà oà es oà i di íduo…à ?à oà es oài di íduo…à ueà oà e oàt à o àaàpelage àdeàu aà o …àeà oài e oàdeàout a…àe àfu ç oàdeà uda çasà oà eioàa ie te…à ?…àaàge teàj àdesta ouàistoà apo ta doàpa aàpe gu taà oàslide – o oà o o eà essaà uda çaà deà o ? …à ?…à eà oà ueà fazà essaà uda çaào o e ? …à uitoà e …à a oà o ti ua àle doàoàte to?…à ue àpode iaàle…àle àp aàge teàago aàgale a?

44 Eu escolho o modelo 2 como explicação porque como diz o texto ao longo de milhões de anos as rapozas acumularam características que as ajudariam a sobreviver no Ártico. O Ártico também passou por diversas mudanças e como ele já foi um ambiente de temperatura mais quente e com uma vegetação sem tanto gelo provavelmente as espécies de rapozas que existiam nessa região não precisavam trocar de pelagem, a partir do momento em que o Ártico começou a sofrer mudanças de temperatura e de vegetação constantes esse animal teve que arrumar um jeito de se adaptar ao seu meio, o que torna o modelo 1 errado, pois nem sempre o Ártico teve verão e inverno tão diferentes (seleção natural) . [A9]

Observa-se ueàoàte oà seleç oà atu al àé incorporado no texto dos alunos no final de suas respostas – no segundo caso, até entre parênteses - como se ele sintetizasse e reforçasse o ponto de vista teleológico que eles desenvolveram. Assim como A6, esses alunos utilizam o conceito de seleção natural sem mostrar compreensão do que ele significa dentro do campo científico. É possível que o termo não tivesse aparecido se o professor não tivesse chamado a atenção para ele durante a discussão.

Outro trecho da aula em que oàte oà seleç o àfoi valorizado foi na discussão das bactérias: Quadro 05 – Recorte da aula em que o professor cha aàaàate ç oàpa aàoàte oà seleç oà atu al .

Maisàu aà ezàoàp ofesso àfezà uest oàdeà ha a àate ç oàpa aàaàpala aà seleç o àditaàpo àu à aluno no meio da discussão. Nesse caso o termo apareceu em duas respostas escritas:

a) Es olho o Modelo , pois as su st ias uí i as o tidas a pe i ili a atua a o o u fato de adaptaç o (seleção), promovendo a resistência e a reprodução destas.

b) Também escolho o Modelo 02, pois de acordo com a evolução as bactérias e todos os seres vivos apresentam diferenças, mesmo que sejam das mesmas espécies. É possível que algumas bactérias já possuíam, em seus genes,

esist ia à e tas su st ias, i lusi e, à pe i ili a. [A2]

A) Modelo 2: houve um processo de seleção natural. As bactérias inseridas já eram resistente, e ao entrar em contato com as do tubo 2 umas morreram e as outras se adaptaram ocorrendo a seleção natural.

B) Po ue a pe i ili a o i duz as a t ias a fi a e esiste tes. [A8]

Nota-se que ambas asà espostasà t aze à oà so e teà oà te oà seleç o à o oà ta à osà elementos explicativos que estavam sendo discutidos com o professor, mesmo tendo sido

533b Prof. ueda…à o àu aàposte io …àsu idaàdeà o …à o a e te…àu aà eà subida

534b A5 então essas bactérias que ficaram aí foi as que resistiram à pe i ili a…àe t oà ua doà olo a …àdeà o oàeuàa hoà ueàelaàj à ai te à u aà esist iaà u aà i u idadeà eà aà pe i ili a…à oà aià funcionar mais

535b Prof. sà i a àoà ueàaàá àfalouàge te?…àe t oàasà a t iasà ueàta a à a uiàelasà esisti a à àpe i ili a…àe…à ue à ueà o eçouàaà es e à deà o oàe t o…àá ?

536b A5 essas que resistiram

537b A1 as que sobreviveram

538b Prof. essas que resistiram?

539b A5 e t oàfoiàu aàseleç oà ueàte à …

540b A3 é que não morreram totalmente elas

542b Prof. seleç oà …àpala aà o a…àoi?

543b A3 à ueà oàfoiàtotal e te…àtodasà ueà o reram

544b Prof. é chegou no zero aqui gente o número de bactérias?

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