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De acordo com a literatura, a ontologia utilizada como modelo de recuperação de informação propicia uma melhoria na qualidade de resultados de buscas em portais corporativos (AL BALUSHI, 2013; ALMEIDA, 2003; BELLANDI et al., 2012; CHEN; WARREN; RIDDLE, 2010; DING; FOO, 2002; FAHAD et al., 2011, FERNÁNDEZ et al., 2011; FENZ, 2011; GRUBER, 1993; GUARINO, 1997; HUANG

et al., 2011; LACHTIM; MOURA; CAVALCANTI, 2009; LAUSEN et al., 2005; SHEN;

LIU; HUANG, 2012; VITAL; CAFÉ, 2011; WANG et al., 2011; WINNER; YONN; RADA, 2013)

Segundo Berners-Lee, Hendler e Lassila (2001), a ontologia aliada a linguagens de programação e tecnologias específicas possibilitaram o surgimento da Web Semântica e dos portais semânticos que podem suprir limitações dos portais

Web tradicionais.

De acordo com Reynolds, Shabajee e Cayzer (2004), um portal semântico apresenta as seguintes características: a) possibilita busca por ontologia; b) a navegação é multidimensional com facetas; c) quanto à navegação, possibilita adição de novas classificações; d) possibilita gerenciamento descentralizado de conteúdos; e) possibilita o processamento automatizado para acesso de agentes inteligentes; e) permite integração automática de ontologias.

Para Lausen et al. (2005), um portal para ser considerado semântico deve apresentar uma estrutura específica composta por três camadas:

1) Camada de acesso a informações – que envolve as características de interação entre usuário e o sistema;

2) Camada de processamento de informações – que abrange o caminho da informação processada pelo portal, e que é composto por cinco passos: criação, publicação, organização, acesso e manutenção. Inclui também recursos de colaboração.

3) Camada de tecnologias de suporte que inclui tecnologias de base necessárias para que as demais camadas funcionem adequadamente, quer sejam: tecnologias de Web Semântica, Ontologias e serviços de Web semântica.

A partir desta estrutura, Lausen et al. (2005) avaliaram portais disponíveis na

Web tendo como roteiro o texto que está indicado no Quadro 5.

Correia (2012) definiu que um portal apresenta potencial semântico quanto dispõe de links, listas, tabelas, utiliza taxonomia e está organizado hierarquicamente, mesmo que estas características sejam apresentadas em apenas algumas páginas.

Com base nos critérios de classificação e avaliação propostos por Reynolds, Shabajee; Cayzer (2004), Lausen et al. (2005) e Correia (2012) foi desenvolvido o questionário que se encontra no Capítulo 4 e a análise de seus resultados que se encontram no Capítulo 5.

Quadro 5 - Roteiro para avaliação de portais semânticos utilizado por Lausen et al. (2005).

(continua)

TECNOLOGIAS DE BASE

(TECNOLOGIAS PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS)

ITENS DESCRIÇÃO

ARMAZENAMENTO Tecnologias usadas para armazenar itens de informação, dados de usuário, dados de ontologia (sistema operacional; Database; repositório RDF)

CLASSIFICAÇÃO E INDEXAÇÃO

Tecnologias usadas no armazenamento e recuperação de recursos. (índice de texto completo em documentos armazenados; outras técnicas para organizar metadados)

TRANSFERÊNCIA DE DADOS

Formatos e protocolos de transferência de dados utilizados no sistema SISTEMA DE

MANUTENÇÃO

Ferramentas de suporte para rotinas administrativas do sistema e protocolos de segurança (dados; acesso; senha)

TECNOLOGIAS DE BASE

(TECNOLOGIAS DE WEB SEMÂNTICA)

ITENS DESCRIÇÃO

TIPO DE ONTOLOGIA

As mais usadas são as ontologias de domínio e de aplicação

ESTRUTURA DA ONTOLOGIA

Número de notações, conceitos, propriedades, axiomas FACETAS

ADICIONAIS

Uso de critérios internacionais; multilíngue; expressividade e escalabilidade; MECANISMO DE

INFERÊNCIA

Ferramentas para fazer inferências, ou motor de busca para verificar restrições de cardinalidade e associação de classe ou interpretar relações simétricas ou transitivas

GESTÃO DA ONTOLOGIA

Uso de técnicas para administração da ontologia: 1- Ferramentas de edição: uso de editores: Protégé; OntoEdit, ou um recurso de edição integrado no portal; 2- Manutenção / versão: técnicas de controle e enumeração das versões da ontologia; com manutenção do esquema e alterações consistentes; 3- Pesquisa para administração da ontologia: mecanismos para encontrar uma ontologia específica ou uma parte específica de uma ontologia em descrições textuais ou por meio de navegação interna ou externa na ontologia; 4- Padronização / Interoperabilidade: uso de linguagem de programação ontológicas para possibilitar exportação/importação funcionalidades da ontologia; compartilhamento de ontologias

(conclusão)

SERVIÇOS DE WEB SEMÂNTICA

Tecnologias que contribuem para exposição das funcionalidades do portal (pesquisa de conteúdo, publicação de conteúdo) disponíveis com acesso via interface do usuário ou por meio de serviços com suporte automatizado oferecidos pelo portal (localização automática, composição, invocação (execução) e interação dos serviços). Ex. de tecnologias: UDDI, WSDL-S; SOAP; DAML-S, OWL-S; WSMO, SAWSDL

PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO

ITENS DESCRIÇÃO

CRIAÇÃO Formas de edição para novo item de informação criado PUBLICAÇÃO Controle de qualidade das informações novas publicadas

ORGANIZAÇÃO Compreende as capacidades de armazenamento e indexação de itens de

informação nos dispositivos de armazenamento interno já anteriormente descritas

ACESSO

Funcionalidades de recuperação da informação; facilidades ou existência de busca avançada (busca da palavra chave; navegação na ontologia; pesquisa ontologia; pesquisa alimentada por inferência)

MANUTENÇÃO Recursos para modificar, atualizar, mover ou excluir itens de informação da

ontologia.

RECURSOS DE COLABORAÇÃO

Funcionalidades adicionais que suportam a partilha de informação e comunicação entre os usuários do portal (lista de discussão, chats, fóruns)

ACESSO À INFORMAÇÃO

ITENS DESCRIÇÃO

USABILIDADE Desenho da interface do usuário; estruturação, integração e organização da informação e do conhecimento

AVALIAÇÃO GERAL DA TECNOLOGIA WEB

Navegabilidade e legibilidade, apresentação e clareza visual:

1-Cobertura: Profundidade (relevância semântica dos reuso de informação); grau de cobertura e integridade da informação;

2-Maturidade de implantação do portal: completude de um ponto de vista técnico sobre o estado de implementação das funcionalidades em um SW sem erros ou links quebrados

3-Personalização e comunicação: analise do gerenciamento de informações pessoais; uso de mapas de tópicos pessoais para melhora a eficácia do portal; uso de marcação semântica para facilitar a troca de informação; portal como comunidade virtual;

4-Confiabilidade dos recursos de informação: informação semanticamente completa e consistente; fornecer informações de relevantes do domínio específico da comunidade; evitar uso de vocabulários e ações ambíguos que significam os mesmos conceitos.

5- Ajuda e Documentos: mecanismos de ajuda ou mapa do site com funcionalidades do portal; breve descrição de processamento semântico ou estrutura da ontologia

Fonte: Adaptado de Lausen et al. (2005, p. 4-10).

A partir dos estudos alinhados com esta pesquisa, infere-se que um portal pode apresentar potencial semântico quando apresenta algumas características de hierarquia e organização em sua estrutura, porém, para ser considerado totalmente semântico faz-se necessário que estejam presentes as camadas básicas integrantes da arquitetura computacional característica da Web Semântica.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Nesse capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento desta pesquisa. São abordados os aspectos relativos à classificação da pesquisa, incluindo sua natureza e propósito, a descrição do seu planejamento e o desenvolvimento com as técnicas e os procedimentos de coleta e tratamento de dados, a operacionalização da pesquisa e a análise dos resultados.

Com tais direcionamentos o desenvolvimento da pesquisa está delineado sequencialmente.