• Nenhum resultado encontrado

Cloreto 55,0 % Sódio-30,6%

4. CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS

4.3 IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS

4.3.4 ALTERAÇÃO DE CURRÍCULO

Impõe-se, neste momento, fazer uma breve reflexão sobre dois aspectos muito importantes.

• Qual deverá ser o momento mais oportuno para se iniciar a aprendizagem em Electroquímica?

• Qual deverá ser o contributo do trabalho laboratorial nessa aprendizagem?

Se quisermos, poderemos dizer que, a partir do conhecimento da realidade das nossas escolas e das nossas empresas, para ser possível encontrar as questões de base do trabalho de reflexão, é necessário, entre outras coisas, ouvir opiniões de pessoas que, pela experiência acumulada ao longo dos anos, poderão encontrar a opinião consensual desejada. A minha experiência como professor do ensino secundário, nomeadamente do ensino tecnológico, permite dizer que os alunos estão perfeitamente à altura de poder aprender electroquímica.

Outras questões podem ser colocadas: por exemplo, se essa aprendizagem só deve existir nos cursos tecnológicos ou em ambas as vias do ensino secundário. Claro que na via científico-humanística, no curso de ciências e tecnologias, praticamente não existe espaço no currículo para tal disciplina, mas a mesma poderia ser incluída na forma de uma unidade didáctica alargada que fizesse parte do currículo da disciplina de química. Na via tecnológica, dada a filosofia do mesmo e a disponibilidade de carga horária, torna-se mais fácil a sua introdução no currículo. Haja vontade para o fazer.

Então, em que ano se deve fazer o estudo de electroquímica? Claro que o currículo do curso secundário deverá ser construído na base de uma aprendizagem sequencial, não permitindo a existência de falhas nos elos de ligação entre conteúdos de aprendizagem e, aí, o programa da disciplina de Física e Química é naturalmente o escolhido. O 11.° ano, por razões que se prendem fundamentalmente com a necessidade de uma abordagem prévia às reacções de oxidação-redução e a uma iniciação prévia no trabalho laboratorial, acaba por ser o tempo e o espaço próprios para o ensino/aprendizagem da disciplina.

132

Por discutir ficou ainda o nome a escolher para a disciplina: Electroquímica ou Electroquímica e Corrosão? Uma das razões mais importantes para a aprendizagem da disciplina é precisamente a necessidade de interpretação dos fenómenos de corrosão. Nos dias de hoje, ninguém é alheio ao fenómeno da corrosão de materiais e, como sempre acontece nestes casos, o facto de envolver custos sociais, por vezes muito elevados, faz com que o seu estudo seja indispensável. Convém ainda assinalar um aspecto importante: os fenómenos de corrosão, pelo facto de fazerem parte das vivências quotidianas, tornam o seu estudo de grande motivação para os alunos.

Qual deverá ser então o contributo dos trabalhos práticos seleccionados para o ensino/aprendizagem de electroquímica? Num contexto de aprendizagem de ciências experimentais, como a química e a física, o trabalho laboratorial é indiscutivelmente uma metodologia indispensável na concretização dessa aprendizagem. Ao longo dos anos, constatámos, e lamentavelmente, ainda que de maneira menos acentuada, continuamos a constatar, um alheamento por parte de muitos professores de ciência no que diz respeito à realização do trabalho laboratorial. É um assunto que fez e continuará a fazer correr muita tinta, mas é certo que, se não procurarmos formas de levar até aos nossos alunos demonstrações práticas que promovam o ensino de conceitos teóricos fundamentais para o nosso desempenho em cultura científica, estamos a pactuar com a estagnação, senão retrocesso da mesma.

Os alunos no ensino secundário, ainda que por vezes de forma pouco sólida, possuem todas as capacidades necessárias à realização do trabalho experimental. Cognição, psicomotricidade e relação sócio-afectiva são todas as componentes da formação dos nossos alunos que podem potenciar o seu desenvolvimento com o estudo que os mesmos fazem nos trabalhos práticos laboratoriais. O contributo dos trabalhos práticos na aprendizagem do aluno é, de forma segura, uma forma de desenvolvimento e consolidação de conceitos.

BIBLIOGRAFIA

(1) Sanger, M. J. and Greenbowe, T. J. Addressing Student Misconceptions Concerning Electron Flow in Aqueous Solutions with Instruction Including Computer Animations and Conceptual Change Strategies. International Journal of Science Education, 2000, v22, n5, p521-537.

(2) Garnett, P. J. and Treagust, D. F. Conceptual Difficulties Experienced by Senior High School Students of Electrochemistry: Electric Circuits and Oxidation-Reduction Equations.

Journal of Research in Science Teaching, 1992 a), v29, n2, p121-142.

(3) Garnett, P. J. and Treagust, D. F. Conceptual Difficulties Experienced by Senior High School Students of Electrochemistry: Electrochemical (Galvanic) and Electrolytic Cells.

Journal of Research in Science Teaching, 1992 b), v29, n10, p1079-1099.

(4) Sanger, M. J. and Greenbowe, T. J. Common Student Misconception in Electrochemistry: Galvanic, Electrolytic, and Concentration Cells. Journal of Research in Science Teaching, 1997 a), v34, n4, p377-398.

(5) Sanger, M. J. and Greenbowe, T. J. Students' Misconception in Electrochemistry: Current Flow in Electrolyte Solutions and the Salt Bridge. Journal of Chemical Education, 1997 b), v74, n7, p819-823.

(6) Ogude, N. A. ; Bradley, J. D. A Simple Explanation of Salt Bridges for Post-16 Students.

School Science Review; 1998, v80, n290, p116-119.

(7) Sanger, M. J. and Greenbowe, T. J. An Analyses of College Chemistry Textbooks as Sources of Misconception and Errors in Electrochemistry: Journal of Chemical Education, 1999, v76, n6, p853-860.

(8) Hillman, R. A. H., Hudson, M. J. and McLean, I. C. A Preliminary Study of Learning and Assessment Difficulties in Connection with O-level Electrochemistry. School Science

Review, 1981, v63, p157-163.

(9) Atkinson, G. F. The Parlous State of Teaching of Electrochemistry in Canadian Universities. Education in Chemistry; 1980, v17, n6, p169.

(10) Allsop, R. T. and George, N. H. Redox in Nuffield advanced chemistry: Education in

Chemistry, 1982, v19, p57-59.

(11) Garnett, Pamela J., Garnett, Patrick J. and Treagust, D. F. Implications of Research on Students' Understanding of Electrochemistry for Improving Science Curricula and Classroom Practice. International Journal of Science Education, 1990, v12, n2, p147-156. (12) Atkins, P. W. ; Beran, J. A. General Chemistry; 2nd ed., updated version: Scientific

American: 1992, New York.

(13) Olmsted, J. Ill; Williams, G. M.. Chemistry: The Molecular Science; Mosby. 1994. St. Louis.

(14) Brown, T. L; LeMay, H. E. Jr.; Bursten , B. E. Chemistry: The Central Science, 6,h ed.; Prentice Hall: 1994. Englewood Cliffs, NJ.

(15) Chang, R.. Chemistry, 5th ed.; McGraw-Hill: 1994. New York.

(16) Reger, D. L.; Goode, S. R.; Mercer, E. E.. Chemistry: Principles & Practice; Saunders: 1993. Fort Worth, TX.

(17) Huddle, P. A.; White, M. D. and Rogers, F. Using a teaching model to correct known misconception electrochemistry: Journal of Chemical Education, 2000, v77, p104-110. (18) Ogude, N. A.; Bradley, J. D. Ionic conducting and electrical neutrality in operating

electrochemical cells - precollege and college - student for post-16 students: School

Science Review, 1994, v80, p116-119. Interpretation. Journal of Chemical Education, 1994, v 71, p 29-34.

(19) Vasini, Enrique Julio y Donati, Edgardo Ruben. Uso de Analogias como Recurso Didáctico para la Comprensión de los Fenómenos Electroquímicos en el Nivel Universitário Inicial: Ensenanza de las Ciências. 2001. v19 (3), p471-477.

(20) Elving, P. J. ; Hayes, J. R. ; Mellon, M. G.. Electrodeposition aparatos for student laboratories. Journal of Chemical Education, May, 1953. p254-256.

(21) Weinbert, N. L.. Simplified construction of electrochemical cells. Journal of Chemical

Education. 1972. v49, p120.

(22) Blatt, Rita G..Anodizing Aluminum. Journal of Chemical Education. 1979. v56, p268. (23) Skinner, James F.; Franz David A.. Red cabbage and electrolysis of water. Journal of

Chemical Education, 1981, v58, p1017.

(24) Hendricks, L. J.; Williams, J. T. ; Burkett, A. R.. Demonstration of electrochemical cell properties by a simple, colourful oxidation-reduction experiment. Journal of Chemical

Education, 1982. v59, p586-87.

(25) Doeltz, anne; Tharaud, Stanley; Sheehan, William F. Anodizing aluminium with frills.

Journal of Chemical Education, 1983. v60, p156-57.

(26) Howell, B. A.; Cobb, V. S.; Haaksma, R.A.. A convenient salt bridge for electrochemical experiments in the general chemistry laboratory. Journal of Chemical Education, 1983, v60, p273.

(27) Kelsh, Dennis J.; Water electrolysis - A surprising experiment. Journal of Chemical

Education, 1985, v62, p154.

(28) Manjkow, Joseph; Levine, Dana. Electrodeposition of nickel on copper. Journal of

Chemical Education, 1986. v63, p809.

(29) Heideman, Stephen; Wollaston, George. The electrolysis of water: An improved demonstration procedure. Journal of Chemical Education, 1986. v63, p809.

(30) Habich, A.; Hâusermann, H. R. Demonstration of the pH Changes during the electrolysis of water. Journal of Chemical Education, 1987. v64, p171.

136

(31) Worley, John D.; Fournier, James. A homemade lemon battery. Journal of Chemical

Education, 1988, v65, p158.

(32) Roffia, Sergio; Concilialini, Vittorio, and Paradisi, Cármen. The interconversion of electrical and chemical energy. Journal of Chemical Education, 1988, v65, p 272-73. (33) Birss, Viola I.; Truax, D. Rodney. An effective approach to teaching electrochemistry.

Journal of Chemical Education, 1990. v67, p403-09.

(34) Tanis, David 0.. Galvanic cells and the standard reduction potential table. Journal of

Chemical Education, 1990, v67, p602-03.

(35) Barrai, F. L; Fernandez, E. G. R.; Otero, J. R. G.. Secondary students' interpretation of process occurring in an electrochemical cell. Journal of Chemical Education, 1992. v69, p665-67.

(36) Yochum, Susan M.; Luoma, John R.. Augmenting a classical electrochemical demonstration. Journal of Chemical Education, 1995. v72, p55-56.

(37) Suzuki, Chicko. A new low-cost apparatus for electrolysis of water. Journal of Chemical

Education, 1995. v72, p912-13.

(38) Zhou, Rei E.. How to offer the optimal demonstration of the electrolysis of water. Journal

of Chemical Education, 1996. v73, p786-87.

(39) Swarteling, Daniel J.; Morgan, Charlotte. Lemon cells revisited - The lemon-powered calculator. Journal of Chemical Education, 1998. v75, p181-82.

(40) Brittany Hoffman, Elizabeth Mitchell, Petra Roulhac, Marc Thomes, and Vincent M. Stumpo, Determination of Fundamental Electronic Charge via Electrolysis of Water.

Journal of Chemical Education, 2000. v 77, n1, p95

(41) Goodisman, Jerry. Observations on lemon cells. Journal of Chemical Education, 2001. v78, p516.

(42) Derek Pletcher, Frank C. Walsh - Industrial Electrochemistry - Blackie Academic &

Professional. Second Edition

(43) Brett, Ana M. O.; Brett, Christopher M. A.. Electroquímica, princípios, métodos e aplicações. Almedina, 1996.

(44) Peter G. Nelson, Quantifying Electrical Character, Journal of Chemical Education, 1997, v74, n9, p1085

(45) "PHYWE"-6.0 Electrochemistry, Cod. 44518.00, Pag. 116.

(46) Roger Peters' Home Page - Selected Principles 18 - Electrolysis (1), http://www.wissensdranq.com.

(47) Olaf A. Hougen, Kenneth M. Watson E Roland A. Ragatz - Princípios dos Processos Químicos -1 Parte, Lopes da Silva 1972 - Porto

(48) Salters Advanced Chemistry - Chemical Storylines, Second Edition, University of York

(49) Artificial Sea Water, http://www.stanford.edu/qroup/Urchin/seawater.htm. (50) Natural Sea Water Composition, http://ozreef.org/reference/composition.html.

(51) Adélio Machado, A água - I - Estrutura e Propriedades, Edição do C.I.Q. (U.P.), 1980 (52) Ira N. Levine - Physical Chemistry. McGraw Hill, International Editions, Fourth Edition (53) P. W. Atkins - Physical Chemistry, Oxford University Press, Fifth Edition

(54) Gerd Wedler - Manual de Química Física. Fundação Calouste Gulbenkian. 4a Edição,

Lisboa 2001.

(55) Lloyd E. Malm. Manual de Laboratório Para Química, uma Ciência Experimental.

Fundação Calouste Gulbenkian. 1975

(56) Domingo a Liprandi, Orlando R. Reinheimer, José F. Paredes and Pablo C. LArgentière.

A Simple Safe Way to Prepare Halogens and Study Their. Visual Properties at a Technical Secondary School. Journal of Chemical Education. 1999, v76, n4, p532/533 (57) F. Albert Cotton, Lawrencw D. Lynch, Horácio Macedo. Curso Moderno de Biologia,

Química e Física. Química Objectiva - Volume IV. Novo Estudo dos Halogéneos. Livraria

Editora Sul América, LTDA.

(58) Carlos Corrêa, Fernando Pires Basto, 12° Química - 2a Parte, Porto Editora.

(59) R. J. Adams e JW. J. Blaedel, Electrodeposition of Silver and Copper Without the Use of Cyanide, Journal of Chemical Education, 1959/Jun, v36, n6, p287

(60) G. F. Atkinson e John H. Shaw, Apparatus for Electrodeposition Experiments, Journal of

Chemical Education, 1969, v46, n6, p387

(61) Dana Levine, Electrodeposition of Nickel on Copper, Journal of Chemical Education, 1986/Set, v63, n9, p809

(62) Rod O' Connor. Fundamentos de Química, Editora Harper & Row do Brasil, LDA. 1977 (63) Robert-Bosch-Breite, PHYWE S. GMBH, Science and Technology, Cod. 13500.93

(64) Lawrence H. Van Vlack. Princípios de ciência e tecnologia dos materiais. Editora

Campus, 2.a edição 1988. Rio de Janeiro.

(65) LABGEM - Gemas e metais nobres, Lda. http://www.labqem.org/qemas.html. (66) Comunidad de Madrid - Consejeria de Educacion

http://herramientas.educa.madrid.org/tabla/properiodicas/dureza.html. (67) Peter Korbel e Milan Novâk. Enciclopédia de Minerais. Ed. Livros e Livros. (68) Tratamento de superfície, http://www.brasil.terravista.pt/maqoito/1025/aluminio.html. (69) Valores de densidade da alumina, http://www.dynamicair.eom/br/materials/a.html. (70) Millar, R. Constructive criticisms". International Journal of Science Education, 1989. p587-

595.

(71) Pedrosa, M. A.; Dias, M. H.. "Chemistry Textbook Approaches to Chemical to Equilibrium and Student alternative Conceptions". Chemistry Education: Research and practice in

Europe, 2000, v8 (2), p227-236.

138

COLÉGIO INTERNATO DOS CARVALHOS