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Amanita rubescens sensu auct Amer 154 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 38 

4.2 SUBGÊNERO AMANITA 41 

4.2.1 Seção Amanita 41 

4.3.3.3 Amanita rubescens sensu auct Amer 154 

Basidiomas pequenos a grandes, espalhados. PÍLEO: 40–110 mm, convexo achatado a plano

e finalmemnte côncavo, castanho amarelado (bronze) nos basidiomas jovens a mais ou menos castanho-creme e manchas castanho avermelhadas escuras em basidiomas mais velhos em quase toda a superfície, menos evidentes próximo à margem, que tem cor creme pálido; margem lisa, não estriada, não-apendiculada; contexto primeiramente branco e imediatamente mudando para castanho avermelhado ou salmão depois de tocado e manuseado, em torno de 10 mm de espessura no centro e gradualmente afinando em direcão à margem que fica com 1 mm de espessura; véu universal como manchas irregulares de cor acinzentada mais ou menos circulares atingindo 3 mm de diâm., fáceis de remover, sem uma reação evidente, membranosas, mais escassas em espécimes

mais velhos. LAMELAS: estreitamente adnatas em basidiomas mais jovens, com linha decurrente no

ápice do estipe nos indivíduos mais velhos, brancas com bordas da mesma cor, mudança de cor ao toque apenas ligeiramente, 10 mm de largura, próximas; lamélulas atenuadas, com vários

comprimentos. ESTIPE: 35–125 × 13–20 mm, estreitando em direção ao ápice, esbranquiçado

mudando para castanho avermelhado durante manuseio, ligeiramente longitudinalmente fibriloso (observado apenas com lupa); bulbo 27–32 mm de comprimento 30–32 mm de largura, mais ou menos piriforme com as bordas mais ou menos truncadas a fusiformes em basidiomas maiores, enterrado no solo, aparentemente da mesma cor do estipe e mudando para castanho avermelhado depois de tocado; contexto branco gradualmente mudando para salmão, sólido, cilindro central 10 mm de diâm., túneis de insetos ou larvas salmão castanho avermelhado; véu parcial não observado;

véu universal pouco evidente, mas provavelmente caído no substrato. ODOR e SABOR não evidentes.

BASIDIOSPOROS: [75/3/1] (7,5–) 8–11 (–12) × (6–) 6,5–8 (–9) µm, (L = 8,9–9,4 µm, L’ = 9,2

µm; W = 6,9–7 µm, W’ = 7 µm; Q = (1,11–) 1,12–1,56 (–1,63); Q = 1,29–1,34, Q’ = 1,32), amilóides, hialinos, lisos, parede fina, largamente elipsóides a elipsóides, apenas ocasionalmente alongados, usualmente adaxialmente achatado; apículo sublateral às vezes subapical; conteúdo uma

a três gútulas. BASÍDIOS: 30–41 × 8–11 µm, 4 esterigmas, cada 5 µm, grampos de conexão ausentes.

SUBHIMÊNIO: rehidratando moderadamente; celular, 20–30 µm de espessura, 2–3 (–4) camadas de

células mais ou menos piriformes (p.ex. 12 × 11 µm, 15 × 13 µm); wst-near = 30–55 µm; wst-far

= 60–72 µm. TRAMA DA LAMELA: bilateral, rehidratando bem, wcs= 20–35 µm, com abundantes

hifas filamentosas atingindo 7 µm e quando divergindo até 10 µm; elementos inflados clavados ( 30 × 12 µm ou 66 × 18 µm), frequentes, abruptamente divergindo do estrato central com um ângulo >45°; hifas vasculares 3,5 µm, raras. BORDA DA LAMELA: não examinada. CONTEXTO DO PÍLEO:

entrelaçadas, formando uma matriz frouxa onde os outros elementos ocorrem; acrofisálides 87 × 42

µm, inflado-clavadas, abundantes; hifas vasculares em torno de 12–20 µm, ocasionais. CONTEXTO

DO ESTIPE: longitudinalmente acrofisalídico; acrofisálides 212–325 × 35–55 µm, clavados, alguns

fusiformes, hialinos alguns com pigmento amarelado, parede espessando até 1 µm, abundantes; hifas filamentosas 2,5–15 µm, com orientação longitudinal, ocasionalmente ramificadas, frequentes; hifas vasculares 15–30 µm às vezes chegando a 45 µm, não ramificadas, com orientação

longitudinal, frequentes. PILEIPELIS: 100 µm de espessura diferenciando em duas camadas:

suprapelis uma ixocutis de hifas gelatinosas e entrelaçadas, hialinas 2,5–6 µm, hifas vasculares em torno de 10 µm, ocasionais; subpelis composta por hifas mais ou menos radialmente orientadas 2,5–

10 µm, pigmento amarelado ou mais pálido; hifas vasculares não observadas. VÉU UNIVERSAL: No

píleo: elementos terminais isodiamétricos a subisodiamétricos mas também alguns piriformes a ovóides, 22–72 × 20–60 µm, pálidos, às vezes amarelados, abundantes, parede às vezes espessa, escassamente em correntes de duas células; hifas filamentosas 3–5 µm, entrelaçadas e frequentemente ramificadas, pálidas, parede fina, frequentes; hifas vasculares 5–13 µm, muito frequentes, eretas e às vezes ramificadas. Na base do estipe: com elementos circulares a ovóides ou largos-fusiformes 25–77 × 17–67 µm apenas ocasionalmente clavados (65 × 27 µm), hialinos a amarelo pálido e raramente castanhos pigmentados, parede espessando a 1,5 µm, algumas raras vezes em correntes de 2 células; hifas filamentosas 2,5–7 µm, hialinas, entrelaçadas, ocasionalmente ramificadas, parede às vezes ligeiramente espessa, frequentes; hifas vasculares 10-

17 µm, ocasionais. VÉU PARCIAL: não estudado.

HÁBITAT: exótico sob Pinus sp. em área urbana.

MATERIAL EXAMINADO: BRASIL, Rio Grande do Sul, Gramado, Ruas Demétrio P. dos

Santos esquina com João Scheider, 9.xi.2006 F. Wartchow 12/2006 (URM).

NOTAS: Amanita rubescens sensu auct. Amer. é similar a A. brunneolocularis Tulloss, Ovrebo &

Halling descrita para a Colômbia (Tulloss et al. 1992a) e à espécie européia A. rubescens (Pers.: Fr.) Fr. previamente referida para o estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil por Sobestiansky (2005). Duas espécies feneticamente próximas a Amanita amerirubescens sensu auct. Amer. são:

Amanita brunneolocularis Tulloss, Ovrebo & Halling, que difere pela (1) presença de fibrilas escuras no estipe, (2) escassez ou completa ausência de hifas vasculares no véu universal do píleo, e (3) píleo castanho escuro (Tulloss et al. 1992a, Tulloss & Lindgren 1994).

Amanita rubescens difere nos basidiosporos mais alongados, de Q = 1,44, fibrilas recurvadas e pálidas no estipe (apesar de serem tratadas como raras nesta spécie) e píleo castanho.

FIG. 35. Amanita rubescens sensu auct. amer. A. Basidiosporos. B. Elementos do véu universal do

píleo. C. Himênio, subhimênio e elementos terminais divergentes da trama da lamela. D. Elementos do véu universal do píleo. Escalas = 10 µm.

4.3.3. 4 Amanita rubescens (Pers.: Fr.) Pers. FIG. 36, 38B.

Basidioma de tamanho médio, solitário. PÍLEO: 65 mm de diâm., hemisférico não

expandindo, castanho acinzentado a tons oliváceos na margem; margem lisa, não estriada, não- apendiculada; contexto branco, aparentemente imutável; véu universal como verrugas subpiramidais castanhas mais ou menos adnatas, um tanto flexíveis, aparentemente sem mudança de

cor. LAMELAS: estreitamente adnexadas a livres, brancas, com bordas da mesma cor, gradualmente

mudando para castanho rosado durante manuseio, próximas; lamélulas atenuadas, principalmemnte com dois ou três comprimentos diferentes. ESTIPE: 65 × 17 mm (20 mm no topo do bulbo),

estreitando em direção ao ápice, com tons rosados imediatamente acima do bulbo, superfície com distintas fibrilas escamosas escurecidas; bulbo 27 mm comprimento e 25 mm de largura, fusiforme, aparentemente da mesma cor do estipe, ligeiramente radicante; contexto branco e aparentemente imutável; véu parcial superior, esbranquiçado na superfície superior e mudando de cor para rosa depois de manuseado na superfície inferior, membranoso; véu universal presente como dois limbos

no topo do bulbo. ODOR e SABOR não evidentes.

BASIDIOSPOROS: [50/1/1] (7,5–) 8–11 (–11,5) × (5,5–) 6–7 (–7,5) µm, (L = 9 µm; W = 6,2

µm; Q = (1,28–) 1,30–1,67 (–1,69); Q = 1,44), amilóides, hialinos, elipsóides a alongados, às vezes largamente elipsóides, lisos, parede fina, usualmente adaxialmente achatados; apículo largo,

arrendondado ou obtuso, sublateral a subapical; conteúdo incluindo uma ou duas gútulas. BASÍDIOS:

34–55 × 6,5–9 µm, clavados, 4 esterigmas, cada 3,5–4,5 µm, grampos de conexão ausentes. SUBHIMÊNIO: celular, atingindo até 35 µm de espessura, principalmente com 3–4 camadas de

células subisodiamétricas (9–13,.5 µm de diâm.); wst-near = 50–78 µm; wst-far = 55–90 µm. TRAMA DA LAMELA: bilateral, wcs= up to 50 µm; hifas filamentosas em torno de 5 µm de largura, usualmente eretas e apenas ocasionalmente ramificadas, elementos inflados 63 × 23 µm às vezes presentes; elementos terminais clavados às vezes divergindo abruptamente do estrato central 68 ×

23 µm; hifas vasculares 10 µm de largura, muito infrequentes. BORDA DA LAMELA: não examinada.

CONTEXTO DO PÍLEO: acrofisálides em torno de 175 × 50 µm, clavados, relativamente frequentes;

hifas filamentosas 1,5–9 µm mas às vezes 17 µm, frequentemente ramificadas, muito entrelaçadas, formando uma matriz frouxa onde os outros elementos ocorrem; hifas vasculares 14 µm de largura,

não ramificadas, muito frequentes. CONTEXTO DO ESTIPE: longitudinalmente acrofisalídico;

acrofisálides 145–225 × 37–52 µm; hifas filamentosas 2,5–10 µm, com orientação longitudinal e às vezes ramificadas; hifas vasculares 6–15 (–30) µm, não ramificadas, frequentes, com orientação não definida. PILEIPELIS: uma cútis 87 µm de espessura no centro do píleo com abundantes hifas

µm, não ramificadas, relativamente frequentes. VÉU UNIVERSAL: no píleo: abundantes elementos

isodiamétricos a subglobosos 55–87 × 42–77 µm e infreqüentemente fusóides (67 × 45 µm), principalmente de parede fina mas às vezes espessado até 1,5 µm, castanhos amarelados pálidos ou quase hialinos; hifas filamentosas 3–6 µm, parede fina, ramificadas; hifas vasculares 4–10 µm, não ramificadas ou infreqüentemente com ramificacões dicotômicas, escassas. No bulbo: abundantes hifas filamentosas 3–5 µm, parede fina; células terminais similares às encontradas no píleo, porém mais elipsóides (75 × 43 µm) ou largamente ovóides (62–87 × 33–57 µm); hifas vasculares 10–13

µm, infrequentes. VÉU PARCIAL: hifas filamentosas 3–15 µm, entrelaçadas, sem orientação definida,

abundantes; células infladas, 25–55 × 22–35 µm, parede fina, frequentes; hifas vasculares escassas, em torno de 20 µm de largura.

HÁBITAT: sob uma espécie indeterminada da ordem Fagales (provavelmente Quercus robur)

em um gramado.

MATERIAL EXAMINADO: BRASIL, Rio Grande do Sul, Gramado, Parque Lago Negro,

11.xi.2006 M.P. Albuquerque & F. Wartchow s.n. (URM 82096).

NOTAS: Esta é a segunda espécie rubescente que ocorre no Brasil, também importada com mudas de

plantas exóticas. O fato das fibrilas cobrirem toda a extensão do estipe sugere uma proximidade com A. brunneolocularis, mas diferentemente desta espécie, A. rubescens pode ter fibrilas pálidas e recurvadas ao invés de escurecidas e adpressas. Outras diferenças claramente observadas são: (1) os basidiosporos mais alongados L’ = 9 µm, W’ = 6,2 µm e Q’ = 1,44 ao invés L’ = 8,7 µm, W’ = 6,7 µm and Q’ = 1,31 em A. brunneolocularis, (2) remanescentes de véu universal no píleo de pigmentação mais pálida (Tulloss dados não publicados).

Este último dado confere com as descrições de Reid & Eicker (1991) e Breitenbach & Kränzlin (1995), nas quais até células hialinas no véu universal são observadas.

Na América do Sul esta espécie é referida sob Pinus radiata no Chile (Garrido 1986) e, para o Brasil, Sobestiansky (2005) cita “Amanita rubescens” crescendo sob Pinus e outras árvores exóticas e nativas. Acredita-se que os espécimes coletados por Sobestiansky sob Pinus representem A. amerirubescens.

Amanita orsonii A. Kumar & T.N. Lakh. difere de A. rubescens nos basidiosporos menores e proporcionalmente mais largos [153/7/5] (6,5–) 7–9,2 (–10,5) × (5–) 5,5–7 (–8) µm, L = 7,7–8,3 (–8,8 ) µm, L’ = 8,2 µm; W = 5,9–6,3 (–6,7 ) µm, W’ = 6,2 µm; Q = (1,13–) 1,16–1,50 (–1,58); Q = 1,23–1,34 (1,39), Q’ = 1,32), e subhimênio composto por células ramificadas com poucas células infladas (Tulloss & Lindgren 1994, Tulloss et al. 2001).

FIG. 36. Amanita rubescens. A. Basidiosporos. B. Elementos do véu universal do estipe. C.

Elementos do véu parcial. D. Himênio, subhimênio e elementos terminais divergentes da trama da lamela. E. Elementos do véu universal do píleo. Escalas = 10 µm.

4.3.3.5 Amanita sp.14

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