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Amazônia, distribuição geográfica e a seleção natural: breves

Como apresentado, em diversos momentos Wallace enfoca a distribuição geográfica dos animais amazônicos, sobretudo no limite de alcance das espécies. Um dos primeiros momentos, em sua narrativa, em que apresenta informações sobre essa ideia tem relação com a curiosa distribuição bem delimitada das araras azuis, as quais apresentam vigorosa capacidade de voo. Poucas páginas depois, ele descreve alguns hábitos e a distribuição de outros pequenos pássaros:

“Em todos os trabalhos de história natural, constantemente encontramos detalhes da maravilhosa adaptação dos animais aos seus alimentos, aos seus hábitos e às localidades onde são encontrados. Mas os naturalistas estão agora começando a olhar além disso, e ver que deve haver um outro princípio regulando as infinitas variedades de forma da vida animal.”81

Vemos aqui indicativos que, para o Wallace, deveria existir um princípio que regule as formas da vida animal e que este tem relação com suas distribuições e hábitos. Vale destacar que o trecho encontra-se em um período anterior à disseminação das ideias evolutivas da seleção natural.

Esta passagem colabora ainda com as ideias de autores que propõem que os estudos de Wallace acerca da distribuição dos animais foram fundamentais para que ele conseguisse formular as ideias de seleção natural. Além disso, vemos que Wallace tinha conhecimento de outros trabalhos em história natural sobre essa temática. Isso contribui para o debate recente,

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mostrando que ele viera para a Amazônia com um embasamento teórico, apesar de sua pouca educação formal. Deste modo, não era um mero coletor de espécimes que descrevia tudo ao seu redor sem grandes reflexões.82

Destaca-se que o contexto daquele momento não era o evolucionismo baseado nos princípios da seleção natural. Seu famoso trabalho, intitulado “On the Tendency of Varieties to Depart Indefinitely From the Original Type”, fora apresentado na Linnean Society of London somente em 1858, em uma comunicação conjunta com uma carta de Charles Darwin, que fundamentam as bases da seleção natural. Assim, podemos ver que a exploração amazônica trouxe construções importantes para Wallace.

Ainda em relação a esta discussão, um artigo publicado em 1854 sobre os hábitos das borboletas amazônicas traz a importantíssima passagem:

“Todos estes grupos são extremamente produtivos em espécies estreitamente afins e variedades, de descrição mais interessante, e muitas vezes têm um alcance muito limitado; e, como há todos os motivos para acreditar que as margens do baixo Amazonas estão entre as peças formadas mais recentemente da América do Sul, podemos razoavelmente considerar esses insetos, que são peculiares a esse distrito, como entre as mais jovens espécies, as mais recente em a longa série de modificações que as formas de vida animal foram submetidos.”83

Esta passagem é discutida em outros trabalhos de história da ciência, mostrando que durante seu período na Amazônia, Wallace poderia ter uma ideia não fixista, ou seja, que era possível o surgimento de novas espécies no mesmo espaço e tempo. Apesar dessa originalidade do pensamento no trecho em

82 O debate recente entre estudiosos contemporâneos, já citado anteriormente, a saber: Van Wyhe, “A Delicated Adjustmantent” e Smith, “Alfred Russel Wallace and the Road to Natural Selection”; Beccaloni, “Henry Walter Bates: Guilty Until Proven Innocent?”. 83 Wallace, “On the Habits of the Butterflies of the Amazon Valley”, 258. Grifo nosso.

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destaque, que deixa clara a ideia de uma mudança longa e gradual a que a vida animal seria submetida, estudiosos mostram que esse trabalho de Wallace, bem como essa ideia, teriam passado despercebidos pela sociedade científica da época. 84

Outro estudioso contemporâneo coloca que a linguagem utilizada nesta passagem é típica do período, mesmo para intelectuais não evolucionistas. Assim, Wallace não estaria referindo-se a um processo evolutivo como conhecemos hoje.85

Independente destas questões sobre o pensamento evolutivo, devemos atentar ao objetivo do artigo sobre as borboletas amazônicas: seus hábitos. No artigo, Wallace descreve detalhadamente os hábitos de diferentes espécies de borboletas, inclusive suas distribuições geográficas, como podemos ver:

“O Vale do Amazonas é particularmente rico, pelo menos sessenta ou setenta espécies são encontradas lá, dos quais um número considerável parece peculiar. E aqui a mesma coisa acontece quando observamos em relação à Papilios – que as espécies mais raras e restritas são aquelas que habitam a floresta, enquanto as espécies encontradas nos terrenos abertos são, em geral, amplamente distribuídas, e muitas vezes parecem meros coadjuvantes de outras partes do continente. Entre estes últimos são Lycorea halia, Tithorea megara, e

Mechanitis lysidice, enquanto a maioria das espécies de Heliconia, Thyridia e Ithomia, que preferem as sombras da

floresta, estão confinadas comparativamente a um distrito limitado.”86

Notamos no trecho, e no artigo inteiro, que a preocupação central de Wallace era os hábitos e a distribuição das borboletas. Neste sentido, novamente o autor levanta aspectos relacionados aos limites de alcance dos animais, assim

84 Brooks, 52.

85 Van Wyhe, 631.

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como vimos em relação às araras-azuis e aos macacos amazônicos. Ele não apresenta explicações teóricas mais aprofundadas sobre o assunto, mas ao levarmos em consideração sua explanação sobre as mais jovens espécies de borboletas e as formações geológicas mais recentes, vemos que as ideias de limite de alcance das espécies foram importantes para a formulação de alguns conceitos da seleção natural e da biogeografia, que apareceriam posteriormente em sua obra.

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Considerações Finais

Conforme visto, Alfred Russel Wallace teve um papel central para os novos desenvolvimentos pelos quais passou, a partir do oitocentos, a história natural. Sem dúvida, sua vasta obra sobre os vários anos de exploração nos trópicos foi de suma importância para que isso acontecesse e, portanto, tornou- se frequentemente revisitada pelos trabalhos contemporâneos relativos ao tema. Entretanto, sua primeira exploração na região amazônica é pouco ou quase nunca estudada. Esse foi, justamente, um dos motivos para termos buscado aqui analisar suas ideias relacionadas com a distribuição dos animais, que foram se construindo ao longo da sua exploração amazônica.

Como pudemos conferir em vários momentos de nosso trabalho, ao estudar esse assunto, o naturalista passaria a atentar-se, cada vez mais, aos limites de alcance que algumas espécies apresentavam. Muito embora a ideia de limite de alcance de uma espécie não fosse muito evidente no início da exploração de Wallace, isto foi se modificando ao longo dos quatro anos que passou em solo amazônico. Assim, pudemos notar que nos primeiros tempos, geralmente, o naturalista descrevia a distribuição dos animais sem grandes detalhes. Mas ao final de sua jornada amazônica, passaria a verificar cuidadosamente essa característica, inclusive criticando a forma tradicional com que os trabalhos em história natural de seu período eram realizados.

Ao que pudemos detectar, a curiosa distribuição geográfica das araras- azuis foi um dos fatores que despertou a atenção de Wallace. Estas aves possuem um poder vigoroso de voo, o que garantiria uma boa locomoção pela região. Apesar disso, Wallace percebeu que elas apresentavam uma distribuição

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característica, com fronteiras bem limitadas. Posteriormente, ao chegar ao rio Negro, nosso autor passaria a notar o papel que rios largos têm no limite de alcance das espécies. Descreve casos de espécies de macacos, aves e insetos que são encontrados em uma margem do rio, mas nunca na outra. Além disso, atenta-se ao fato de que, muitas vezes, as espécies eram intimamente relacionadas e afins.

Mas, também vimos que Wallace não se limitou apenas aos rios largos agindo como fatores determinantes na distribuição geográfica dos animais. Tal foi o caso de sua análise sobre a distribuição do Galo-da-Serra, onde apresentou um outro fator físico (a formação geológica) e um fator do hábito do animal (a construção dos ninhos) como importantes no limite de alcance dessa espécie. Neste momento, o naturalista fornece indícios de como essa ideia era central em sua obra relacionada a distribuição dos seres vivos, evidenciando a construção de uma ideia ao longo de sua viagem pela Amazônia. Na verdade, ele parece ter como preocupação principal convencer o leitor que a limitação no alcance de uma espécie realmente existe e que pode ser relacionada com fatores físicos do ambiente e/ou comportamentais da espécie. Muito embora, também seja verdade que seus escritos do período não apresentem maiores conjecturas sobre os motivos que o levaram a acreditar piamente na existência desse fenômeno. Talvez a famigerada e sempre citada perda de todo seu material coletado na Amazônia, no naufrágio do navio que regressava da expedição, tenha sido, efetivamente, um fator determinante para isso acontecesse. Lembremos que, a falta de evidências no século XIX – momento em que a ciência, como nunca antes, dependia delas – era algo capaz de invalidar qualquer conjectura, por mais bem elaborada que fosse. Lembremos ainda que,

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Wallace não pertencia às altas esfera e seu nome não trazia por si credibilidade naquele momento, nem a sua expedição fora oficial ou formalmente solicitada. Teremos, assim, vários elementos para entender sua timidez em lançar qualquer elucubração teórica a respeito do que havia sido capaz de observar na Amazônia.

Entretanto, em sua exploração subsequente, nosso autor já apresenta conceitos bem estabelecidos sobre o limite de alcance das espécies, barreiras geográficas e isolamento, sem maiores delongas, nem grandes pruridos. Desta forma, teríamos como notar, mesmo que indiretamente, que suas ideias não surgiram de uma hora para a outra. Mas que, provavelmente, já vinham sendo construídas ao longo da exploração amazônica e, posteriormente, convergiram para dar corpo a um conceito bem estabelecido e bem aceito. Além disso, também pudemos notar, mais uma vez indiretamente, como os estudos sobre a distribuição dos animais na Amazônia foram importantes para que Wallace pudesse desenvolver os conceitos de seleção natural.

Todavia, todas essas pista foram indiretas, pois mesmo após tornar-se figura prestigiada, Wallace não voltaria a deitar luz sobre a germinação de suas concepções diante da pujante natureza amazônica. Talvez a velha tradição oitocentista de preferir mostrar-se como alguém inspirado pelas musas, ao invés de indicar o caminho penoso que todo ser humano deve percorrer para chegar a novas ideias. Talvez, ainda, pruridos de mostrar esse mesmo caminho penoso, como foi particularmente o vivido por ele em solo amazônico, para a severa, mas opulenta, sociedade vitoriana da qual passaria a formar parte. De todo modo, muitas são as suposições e as perguntas em aberto sobre as origens das ideias de Wallace e, embora uma enormidade de estudos verse a seu respeito, poucos

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foram os que se embrenharam nesta seara. Nosso presente estudo, ainda que inicial, já indica a necessidade de novas pesquisas que possam abrir também novas perspectivas sobre o tema.

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