3.6. Ética na Investigação
4.1.1 Ambientes e Perspetivas do Processo de Formação na Área das Artes e Humanidades
4.1.1 Ambientes e Perspetivas do Processo de 4.1.1 Ambientes e Perspetivas do Processo de
4.1.1 Ambientes e Perspetivas do Processo de Formação na Área das Artes e HumanidadesFormação na Área das Artes e HumanidadesFormação na Área das Artes e HumanidadesFormação na Área das Artes e Humanidades
Quadro 6 Quadro 6 Quadro 6
Quadro 6 –––– EnsinoEnsinoEnsino Ensino Categorias Categorias Categorias Categorias Subcategorias 1. 1. 1.
1.EnsinoEnsinoEnsino Ensino 1.1 Prioridades da Unidade Curricular
1.2 Planificação/Organização e Desenvolvimento do Ensino 1.3 Recursos e Materiais Utilizados
1.4 Método(s) de Ensino
O desenvolvimento do ensino no curso de Licenciatura, da área das Artes e Humanidades,
decorre em salas pedagógicas normais, organizadas com materiais básicos (mesas, cadeiras,
quadro, giz, projetor e rádio-cd). Os estudantes estão dispostos em filas horizontais.
No início do semestre, a docente apresenta o programa da unidade curricular aos estudantes. O
programa foi disponibilizado aos estudantes na reprografia da Universidade. No que diz respeito
às prioridades do ensino da unidade curricular, a docente referiu que estas se alteraram:
“[Antes, a UC] …era dirigida a professores, tinha outros objetivos (...). Agora (…) o inglês tem
caráter mais geral e o mais científico que eu possa, para que seja o mais abrangente e que eles,
depois, possam aplicar nos diferentes mestrados que escolham na vida futura (…) ” (DA).
A planificação/organização e desenvolvimento do ensino é feita em conjunto, com outros
a estrutura, os manuais que temos de adotar…” (DA), acrescentando que tudo é pensado tendo
em conta o Processo de Bolonha: “…fazemos de acordo com o que a Europa nos propõe (…)
desde que passamos para Bolonha” (DA).
Em geral, a docente desenvolve as aulas teórico-práticas, em língua estrangeira, adotando o
método expositivo para lecionação dos conteúdos previstos no programa da unidade curricular.
Por seu turno, os estudantes ouvem, tomam notas, reagindo com questões abertas ou de
esclarecimento de dúvidas. Depois, também existe espaço para a aplicação prática dos
conhecimentos, através da resolução de exercícios.
Quanto aos recursos e materiais utilizados, a docente recorre, essencialmente, ao manual
adotado pelo departamento específico do curso, para expor os conteúdos programáticos teóricos
e para exemplificação e resolução de exercícios. Sempre que necessário, utiliza o quadro para
demonstração prática da teoria e, por vezes, o rádio-cd como ferramenta didática para a audição
oral. A esse propósito, a docente expressa a ideia que: “… podemos criar alguns [materiais], eu
levo sempre coisas diferentes para as aulas. Mas temos de ter como base o manual que tivemos
de adotar”. (…) Nós vamos ao que se chama
«Common European Framework of Reference for
Languages»…”.
Os outros materiais e recursos utilizados pelo docente são, também,disponibilizados na reprografia da Universidade.
No que concerne ao método de ensino, apesar de se verificar uma certa exposição de conteúdo,
a docente considera a interatividade uma mais-valia: “a vantagem, eu acho que na interatividade
que eu crio com os alunos e, até, interatividade/pro-atividade (…) da minha maneira de ensinar
(…), talvez seja uma mais-valia…” (DA).
Quadro 7 Quadro 7 Quadro 7
Quadro 7 ––– Aprendizagens–AprendizagensAprendizagensAprendizagens Categorias Categorias Categorias Categorias Subcategorias 2. Aprendizagens 2. Aprendizagens 2. Aprendizagens
2. Aprendizagens 2.1 Práticas/Participação dos Estudantes/Autonomia
2.2 Dificuldades dos Estudantes/Feedback do Docente
Relativamente às práticas/participação/autonomia, observámos que a docente tenta criar
oportunidades para que os estudantes participem ativamente em atividades/tarefas de
aprendizagem, e refere: “Eu acho que os oiço muito e, depois, perco-me, também, um
bocadinho por tanto os querer ajudar e, talvez, eu devesse ter (…) linhas...de orientação de aula
Estas atividades/tarefas de aprendizagem passam pelo lançamento de questões, pela realização
de exercícios, orais e escritos, para aplicação teórica e prática de conhecimentos,
individualmente e em grande grupo e, também, por alguma discussão, visível nas apresentações
de trabalhos avaliativos. Esta linha de trabalho foi verificada, na maioria das aulas, sendo que
alguns estudantes mostraram-se preparados e interessados, enquanto outros, com dificuldades.
Perante as dificuldades dos estudantes/
feedback
, a docente mostra-se recetiva para ajudar os estudantes, disponibilizando-se durante e fora o período de aulas, para que estes esclareçam assuas dúvidas ou superem as suas dificuldades de aprendizagem. A este propósito, a docente
afirma que: “…Acho que (…) os alunos não estudam tanto, não estudam o que devem, não
investigam. Claro que há exceções (…). A princípio, no 1º semestre, até correu mais ou menos,
depois (…), eu fui elevando o nível (…) e tinha de ser (…) e acho que as coisas começaram a
correr um bocadinho pior”. “Tento passar-lhes a ideia que eu não tenho de dar a informação
toda e que eles têm de investigar um bocadinho por eles, o que é muito complicado (…) eles
passavam a vida a perguntar «vai disponibilizar o
power point
? (…) Eu tento (…) passar-lhes a ideia que têm de investigar e que o professor não tem (…) de dizer tudo e que eles têm deestudar por eles próprios, trazer problemas que têm de ser postos na sala de aula que, muitas
vezes, não trazem mas poderiam, eventualmente, fazer isso e têm de ter claro, a este nível
universitário…”(DA). O docente acrescenta, ainda, que: “Tento fazer revisões (…), até muito
intensivas (…), sistematizando (…) com exemplos concretos, com exercícios que eu dou logo, a
seguir, para se praticar, para tentar que eles melhorem” (DA).
Desta sequência, sobressai a ideia de que o
feedback
é importante, na medida em que orienta os estudantes no seu processo de aprendizagem, consciencializando-os sobre as suasdificuldades e sobre aspetos que eles têm de melhorar/corrigir. Este
feedback
é feito, geralmente, no grande grupo turma.Este processo de ensino-aprendizagem configura um modelo de processamento de informação
pois privilegia-se a função cognitiva, a capacidade de processamento de informação, o currículo
centra-se no conteúdo (Pacheco & Flores, 1999) e apresenta métodos centrados no docente pois
são baseados essencialmente em métodos expositivos e na conceptualização da aprendizagem e
de determinados conteúdos (Pacheco & Flores, 1999). Configura, assim, práticas de formação
enquadradas no modo de trabalho pedagógico de tipo iniciativo (Lesne, 1984a) pois procura-se a
transmissão de conhecimentos, situado no docente, que recorre a métodos ativos e passivos,