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3.2 Primeira etapa do trabalho (Brasil)

3.2.18 Amostragem

3.2.18.1 Amostragem das matérias-prima e rações processadas

Foram feitas amostragens dos produtos nas linhas de recebimento, armazenamento e processamento das matérias-prima, industrialização e expedição das rações. Foram amostrados os seguintes produtos: gérmen e grãos de milho, grãos de sorgo, grãos de soja, grãos de soja extrusada, farelos de arroz, trigo e soja, farinhas de carne, ossos, penas, vísceras, óleos de vísceras e rações processadas. Nos setores de recebimento da fábrica de ração, antes da pesagem foram coletadas amostras de produtos no interior dos caminhões de transporte ou durante a descarga do produto, na moega de recepção, através das bicas de descarga.

Durante o sistema de movimentação dos produtos foram coletadas amostras, na saída das correias transportadoras, na entrada dos elevadores de caçamba e no final das roscas transportadoras. Nos sistemas de armazenagem do milho e farelo de soja, as amostras foram coletas antes e depois do armazenamento, o mesmo foi feito para as etapas de pré-limpeza e secagem do milho. Na área de industrialização da ração, as amostras de produtos foram coletadas no final da moagem, mistura, peletização e expedição das rações.

Para a coleta das amostras dos produtos nos setores de recebimento e armazenamento foram utilizados equipamentos do tipo “calador”. Os caladores do tipo composto foram utilizados para coleta das amostras de produtos a granel e os caladores do tipo manual, para os produtos em sacaria. Nos equipamentos de movimentação de produto e nas etapas de pré-limpeza, secagem, moagem, mistura, peletização e expedição de rações, as amostras foram coletadas nas comportas de saída, com auxílio de baldes plásticos, de cor branca e com capacidade líquida de 20 litros.

Os grãos de milho e gérmen transportados nos caminhões foram amostrados em diferentes pontos da carga, sendo o número de pontos determinados pelo tamanho do lote, de acordo com as normas descritas em BRASIL (1996). Em uma quantidade de milho inferior a 100 toneladas foi retirada uma amostra de 20 kg, enquanto que, em quantidades de milho superiores a 100 toneladas, retirou-se uma amostra de 15 kg, para cada 100 toneladas. O mesmo sistema de amostragem foi adotado para os grãos de sorgo e soja, de acordo com as normas descritas em BRASIL (1984) e BRASIL (1983), respectivamente. De acordo com BRASIL (1993), a amostragem

dos farelos de origem vegetal (soja, arroz e trigo) foi realizada com a retirada de amostras aleatórias, de 10 kg para cada 10 toneladas.

Como não existe uma metodologia oficial que descrevesse os procedimentos de amostragem das farinhas de origem animal e dos óleos de vísceras para uso na formulação da ração, decidiu-se em função do fluxo dos produtos e layout da fábrica, amostrar 10 kg a cada 10 toneladas, aleatoriamente, e 5 kg de óleos de vísceras para cada 100.000 litros de produto. Para as rações, em todas as etapas de industrialização e expedição foi coletado um total de 45 kg de amostra, para cada 1.000 t.dia-1 processada, seguindo as normas recomendadas pelo Laboratório de Análises Micotoxicológicas (LAMIC) da Universidade Federal de Santa Maria.

Todas as amostras de grãos foram homogeneizadas, reduzidas e divididas em três partes, com auxílio de um equipamento “quarteador de amostra”. Em seguida elas foram pesadas e devidamente identificadas em sacos plásticos. As rações, os farelos de origem vegetal e as farinhas de origem animal foram divididos em três partes de um 1 kg cada, e devidamente identificadas e acondicionadas em sacos plásticos. Os óleos de vísceras foram amostrados em pote plástico de cor branca, com capacidade de 5 litros, e em seguida foram identificadas. Todas as amostras, em três vias, foram encaminhadas para o laboratório para análises físico-químicas e microbiológicas.

3.2.18.2 Amostragem da água potável

As amostragens de água potável, para análises microbiológicas foram realizadas em torneiras de banheiros e laboratório, bebedouros e caixa da água da indústria. Antes mesmo de fazer a amostragem foi realizada a limpeza dos pontos de coleta, com auxílio de álcool. Em seguida, abriu-se a torneira deixando-se a água escorrer, aproximadamente, durante 3 minutos e eliminar qualquer tipo de contaminação que pudesse interferir nos resultados da qualidade da água (BRASIL, 1999). Para coletar as amostras foram utilizados frascos esterilizados, com capacidade mínima de 150 ml de água, o suficiente para análise. Os frascos com água coletada foram fechados adequadamente, de acordo com a numeração do ponto de coleta (BRASIL, 1999). Em seguida foram colocados em caixa de isopor e enviados para análises.

3.2.18.3 Amostragem nas superfícies dos equipamentos, objetos e no ar ambiente

Foram amostradas as superfícies de equipamentos e objetos de laboratório, bancadas e utensílios diversos usados para análises, como também, as superfícies das mãos dos manipuladores dos setores de refeitório, laboratório, armazenagem de matérias-prima e produção da ração. Nestes mesmos setores foi amostrado o ar ambiente em circulação natural.

Para a amostragem das superfícies dos equipamentos e objetos, utilizou-se Swab estéril (algodão). A coleta procedeu-se com a passagem Swab estéril sobre uma área de 100 cm² da superfície do equipamento, utilizando o molde vazado devidamente higienizado para demarcar a área. A coleta foi repetida quatro vezes para cada superfície de equipamento. Para coletar amostras em utensílios pequenos, passou-se o Swab por toda a área de contato com o produto (BRASIL, 1999). A amostragem nas mãos dos funcionários foi realizada com a passagem do Swab estéril sobre a palma da mão e entre os dedos das duas mãos (BRASIL, 1999).

Ao terminar de fazer a coleta das amostras, colocou-se o Swab nos tubos com a solução tampada. Logo após, identificou-se o tubo e acondicionou-se em caixa de isopor. Todas as amostras foram enviadas para o laboratório para análises microbiológicas.

Para a amostragem do ar ambiente, colocou-se uma placa de Petri na área a ser analisada sobre uma superfície plana. Retirou-se a tampa das placas de Petri de modo que a metade da placa ficasse exposta, e a outra metade, coberta pela própria tampa, deixando-as por um tempo de 15 minutos (BRASIL, 1999).