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ANÁLISE ÀS ENTREVISTAS REALIZADAS

No documento Asp.Hugo Campos (páginas 51-54)

PARTE II – TRABALHO DE CAMPO

CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

5.3 ANÁLISE ÀS ENTREVISTAS REALIZADAS

Tendo por base a limitação de páginas, apenas se apresentam as grelhas de análise que tem relevo para a validação ou refutação das hipóteses. As restantes grelhas de análise encontram-se nos Apêndice J correspondente às entidades civis e Apêndice N correspondente às entidades da GNR. 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% Concordou anteriormente

Não respondeu Funcionamento do automóvel

Nível Teórico

Instrutores Condutores 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Nível Prático

Instrutores Condutores

Quadro 1 - Análise dos resultados à pergunta Nº3 do Inquérito por entrevista às entidades Civis

Questão Entrevistado

3-Os conteúdos programáticos das provas de exame, teórico e prático, estão orientados para uma condução em segurança?

1 Genericamente os conteúdos estão vocacionados para uma condução segura mas existem algumas lacunas que têm de ser preenchidas 2 Em termos teóricos (…) estão orientados para abordar todos os temas da condução automóvel, incluindo a segurança rodoviária. (…) A prova de aptidão e comportamentos, continuam muito baseadas no Código da Estrada e no domínio do veículo, e pouco na componente comportamental (…)

3 Os conteúdos não estão orientados para uma condução em segurança mas sim para passar nos exames (…) não há ensino da condução reactiva ou defensiva não há uma compreensão daquilo que é o perigo do automóvel e de que é o relacionamento que há na estrada (…)

Visto actualmente a preparação do condutor incidir na sua maioria nas EC, nesta questão conseguiu-se, através da opinião dos entrevistados, analisar se a as provas de exame estão orientados para uma condução em segurança. Os entrevistados não estão de acordo, o que denota a resposta dada por eles O entrevistado 1, apesar de afirmar da existência de lacunas, concorda com os conteúdos programáticos. Já o entrevistado 2 afirma que a prova de exame teórica, de um modo geral, está orientada para uma condução em segurança, embora aponte falhas quanto à prova prática, Prova de Aptidão de Conhecimentos, visto esta não estar direccionada concretamente para uma condução em segurança Por fim o entrevistado 3 é o mais claro na sua opinião, referindo que os conteúdos programáticos não estão direccionados para uma condução segura, chegando mesmo a afirmar que os conteúdos das provas estão direccionados para ter aproveitamento nos exames.

Quadro 2 - Análise dos resultados à pergunta Nº6 do Inquérito por entrevista às entidades Civis

Questão

Entrevistado

6-Existe uma relação directa entre a falta de preparação do condutor e a sinistralidade rodoviária?

1 Eu penso que sim, porque apesar de não ser no primeiro ano é nos primeiros anos onde ocorrem mais acidentes.

2 É de facto indissociável a falta de preparação dos condutores e a sinistralidade existente em Portugal.

3 Evidentemente, mas também (…) existem mais relações que são indirectas e que muitas vezes não se pode fazer nada nem mesmo em termos jurídicos porque avaliar ou definir um nexo de causalidade é mais complicado. (…)

Tendo em conta que é nos primeiros anos de experiência que ocorrem mais acidentes, com esta questão pretendeu-se saber até que ponto está relacionada a falta de preparação dos condutores com os resultados da sinistralidade obtidos.

Neste sentido, todos os entrevistados estão de acordo que existe uma relação directa entre a falta de preparação e os resultados obtidos, no entanto, também concordam que estes resultados não são reflexo apenas da falta de preparação mas de uma relação mais abrangente com outros factores.

Quadro 3 - Análise dos resultados à pergunta Nº3 do Inquérito por entrevista às entidades GNR

Questão Entrevistado

3-Na sua opinião esta formação, acções de sensibilização do NES, é importante para desenvolver no futuro condutor uma mentalidade de segurança?

4 Sim, é muito importante, pois prepara essa criança para ser um melhor cidadão quer a conduzir quer nas suas acções diárias;

5 Sim, tudo aquilo que somos no futuro é um reflexo daquilo que nos foi ensinado na juventude e infância e a segurança rodoviária é um exemplo disso.

6 Penso que sim, mas talvez junto dos jovens com idades mais próximas de iniciarem a sua vida de condutores.

7 É importante porque eles actuam essencialmente na prevenção e se pudermos pegar numa criança é incutir uma outra ideia num futuro é provável que essa criança seja menos um futuro “ acelera”.

8 Sim sem dúvida porque se desde pequenos, tal como diz o velho ditado de pequenino se torce o pepino, ensinarmos as crianças com estas regras que são coisas normais do dia- a-dia que são para cumprir e não uma obrigação é normal que fixem estes conhecimentos e que quando chegam à idade adulta pelo menos recordam-se desses conhecimentos e os cumprem muito mais facilmente. (…)

Partindo do princípio que é desde muito cedo que se consegue construir uma mentalidade de segurança, como tal, torna-se importante desenvolver acções de sensibilização com carácter de prevenção para crianças. Assim tentou-se averiguar a opinião das entidades da GNR, com responsabilidade na execução e aplicação destas acções de sensibilização, acerca da importância destas acções. De um modo geral todos os entrevistados estão de acordo que estas acções de sensibilização são importantes para o futuro condutor porque, como já foi referido anteriormente, todos os conhecimentos adquiridos como peão e passageiro são uma mais-valia para os condutores. Contudo tem que se ter em atenção que estas acções não podem ser as únicas formas de sensibilização, mas sim uma das formas, porque o processo de formação do indivíduo, como condutor, deve começar desde muito cedo, pois é um longo processo de aprendizagem.

No documento Asp.Hugo Campos (páginas 51-54)

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