• Nenhum resultado encontrado

Análise de cluster de agrupamento de componentes botânicos (ACB) (APG IV/2016)

A análise de cluster é especialmente útil em pesquisa exploratória, na qual é realizada a coleta de dados não pertencentes a priori a grupos distintos, com o objetivo de agrupar, por alguns critérios de similaridade ou dissimilaridade, as unidades amostrais em grupos, de forma que haja homogeneidade. dentro do grupo e heterogeneidade entre os grupos. Assim, o princípio básico de todos os métodos de agrupamento é maximizar a similaridade dentro dos grupos e a dissimilaridade entre os grupos (JOHNSON; WICHERN, 2007).

Nesta análise foram considerados 11 clados filogenéticos (1-11) de acordo com o APG-IV / 2016 e 15 categorias de uso de acordo com CIAP-2/2009 - A, B, D, F, H, K, L, N, P, R, S, T, W, X e Y - foram analisados. Apenas a categoria de uso Z - problemas sociais - não teve citação no estudo. Como feito no estudo conduzido por Leonti et al. (2013), não avaliamos formalmente a probabilidade de existência de cluster, mas assumimos que se existem, eles são provavelmente formados da maneira ilustrada nas figuras 17 e 18 apresentadas respectivamente nas páginas 124 e 125.

Os dendrogramas indicam, respectivamente, como as categorias de uso e os clados filogenéticos são formados. Grupos são formados pelo agrupamento de clados e usos mais próximos (menor altura). Para clados (grupos taxonômicos), o grupo formado por 6 (Oxalidales para Cucurbitales) e 10 (Solanales para Boraginales) é o mais homogêneo. Entre outros clados, o 7 é mais semelhante aos clades 6 e 10. Da mesma forma, os clados 2 e 8 apresentam maior similaridade entre si e, portanto, formaram um grupo.

Figura 17 - Representação do dendrograma de cluster para grupos taxonômicos superiores (clados

filogenéticos/ APG IV-2016). Clade points próximos uns dos outros representam as correlações entre si e as categorias de uso (CIAP-2/2009)

O dendrograma de clusters para os clados (Figura 17) mostra que os padrões de uso estão, até certo ponto, associados à árvore filogenética. Nosso resultado é consistente com a hipótese de que as espécies não são uniformemente escolhidas como medicinais e que várias famílias são favorecidas por transportar um número proporcionalmente maior de espécies medicinais úteis, enquanto outras famílias contêm menos membros dessas espécies. Esse fato já foi demonstrado em vários outros estudos (LEONTI et al., 2013; MEDEIROS et al., 2013; WECKERLE et al., 2012).

Análises semelhantes às feitas para o dendrograma de clados fiolegenéticos, podem ser feitas na formação de grupos de categorias de usos. O dendrograma de cluster para categorias de uso detectou associações entre 11 clados filogenéticos e 16 categorias de uso, de acordo com o CIAP-2/2009 (Figura 18).

Figura 18 - Representação do dendrograma de cluster para categorias de uso (CIAP-2/2009). Os clade points próximos uns dos outros representam correlações entre categorias de usos (CIAP-2/2009) e os clados

filogenéticos (APG IV/2016).

Neste caso, o grupo mais homogêneo foi formado por D (Digestivo) e W (Gravidez, Parto e Planejamento Familiar). Como se pode observar na Figura 18, espécies medicinais da Caatinga que são usadas no tratamento de problemas relacionados ao ouvido também são empregadas no tratamento de problemas oculares e doenças genitais femininas.

Analisando do ponto de vista do consenso cultural, a categoria F, FCI = 0,54; categoria X, FCI = 0,68; e a categoria H, FCI = 0,58 apresentou valores relativamente altos. Um exame mais detalhado dos nossos dados revelou que a inflamação e a dor estão subjacentes aos principais sintomas mencionados nessas três categorias de uso (as condições mais relacionadas foram doença inflamatória pélvica, dor menstrual, dor de ouvido e conjuntivite infecciosa), e isso pode explicar o uso de plantas com atividades semelhantes que podem pertencer a ordens semelhantes.

Outro subconjunto é constituído por remédios para tratamento de doenças do aparelho digestivo (D), FCI = 0,68 e doenças relacionadas à obstetrícia (W), FCI = 0,53. A associação pode ser facilmente explicada, dependendo da necessidade de tratar a dor abdominal generalizada e mal-estar que são comuns às duas categorias de uso mencionadas neste estudo (dados não mostrados). Além disso, a similaridade na origem anatômica das duas categorias de uso e possivelmente uma forma simbólica de tratamentos refletindo as crenças culturais das comunidades visitadas também podem ser responsáveis.

É interessante notar um sub-cluster que mostra uma associação entre os remédios empregados nos tratamentos de distúrbios osteomusculares (L), FCI = 0,60 e doenças genitais masculinas (Y), FCI = 0,73, ambos com valor de FCI relativamente muito altos. Diversos estudos demonstraram que a disfunção sexual é comum na artrite reumatoide e que o escore de dor, entre outros, correlaciona-se bem com a disfunção erétil (MIEDANY et al., 2012).

Outro subconjunto foi formado por remédios indicados para o tratamento de desordens do sistema circulatório (K), FCI = 0,50 e plantas utilizadas no tratamento de doenças relacionadas à psicologia (P), FCI = 0,60. No caso de doenças do sistema circulatório, palpitações, pressão arterial alta e hemorroidas são as mais citadas, enquanto ansiedade e distúrbios do sono foram responsáveis por mais de 90% das doenças de ordem psicológica. Tudo isso explicava claramente o agrupamento observado, pois o objetivo principal desses tratamentos é semelhante.

O agrupamento de remédios utilizados nos tratamentos dos problemas de saúde respiratória (R), FCI = 0,77 e doenças que apresentam sinais e sintomas gerais (A), FCI = 0,57, pode ser melhor explicado pela necessidade de aliviar febre e dores, que vem com essas doenças. Finalmente, podemos deduzir que a população nordestina do Brasil tem o hábito de indicar as mesmas plantas para o tratamento de doenças urinárias (U), FCI = 0,51 e endócrino / Desordens Metabólicas e Nutricionais (T), FCI = 0,29. Nestas duas categorias de uso, quase metade das indicações são semelhantes, particularmente diabetes não insulinodependente e problemas urinários.

A Etnofarmacopéia do Professor Francisco José de Abreu Matos é de valores cultural, ecológico e etnobotânico incalculáveis, especialmente pelo fato de se tratar de estudos do bioma Caatinga antes dos anos 2000 e pelo fato de que este bioma foi preconceituosa e cientificamente negligenciado sob a percepção errônea de que sua aridez lhe conferia biodiversidade homogênea, pobreza em espécies e baixo endemismo.

É fato que houve sensível melhora no acesso aos serviços de saúde com a criação do Sistema Único de Saúde (1988), taxas de saneamento e programas sociais inclusivos voltados à melhora da qualidade de vida das comunidades rurais nos últimos 30 anos. A Etnofarmacopeia do Professor Matos poderá servir de referencial para estudos comparativos quanto aos impactos que as políticas de saúde pública e a melhora no desenvolvimento econômico da região possa ter exercido sobre a relação comunidade/biodiversidade.

No contexto da conservação e do uso sustentável e equitativo de fontes plenas de recursos, os dados quantitativos deste estudo podem contribuir para a base científica das decisões de manejo de espécies vegetais da região semiárida do Brasil.

A partir da publicação dessas informações etnofarmacológicas, pode-se questionar: as espécies vegetais da Caatinga citadas neste levantamento da década de 80 foram substituídas por outras espécies em cada categoria de uso já que algumas plantas estão escassas por uma exploração irracional? As plantas medicinais que ainda resistem aos inúmeros fatores ambientais e humanos desfavoráveis à sua preservação têm as mesmas indicações de uso terapêutico? A melhora dos índices sociais e estruturais, especialmente, no acesso aos sistemas de saúde mudaram a postura do homem nordestino quanto a esses usos?

As associações encontradas pela análise de cluster não provam, por si só, uma relação causal entre as propriedades farmacológicas dos constituintes químicos dos clados filogenéticos e as categorias de uso consideradas, mas pode servir como diretriz para a seleção da planta a ser investigada do ponto de vista da bioprospecção farmacêutica.

Não saber qual o número total de informantes, configurou-se como um fator limitante para o cálculo de Valor de Uso (VU), uma importante ferramenta de seleção de espécies medicinas para ensaios farmacológicos.

É factível que deve haver uma ampliação e incentivo de estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos nas universidades brasileiras da Caatinga não só para o aumento do acervo de informações sobre plantas medicinais e descobrimento de novos fitofármacos, mas para fomentar o desenvolvimento de uma fitoterapia segura, eficaz e de baixo custo a partir da flora nativa desse bioma tão sui generis no mundo.

diz respeito ao complexo e perfeito enlace de abundante biodiversidade e profusa diversidade cultural, tenha tão poucos fitoterápicos genuinamente nacionais.

Há uma diligente necessidade do uso sustentável da biodiversidade do Brasil, não sendo mais aceitável para os cientistas de produtos naturais abordar questões que não são diretamente relevantes para melhorar o uso da biodiversidade em benefício dos que mais precisam.

A despeito do seu potencial, produtos preparados com plantas nativas vêm sendo progressivamente excluídos da medicina oficial devido à ausência de estudos que confirmem suas eficácias, segurança e qualidade. São necessários, portanto, investimentos maciços para pesquisas de validação e desenvolvimento desses fitoterápicos. Acreditamos que aquelas formulações e produtos preparados com espécies que contam com histórico de uso na medicina tradicional deveriam ser priorizadas nesses estudos, cumprindo assim o estabelecido pela OMS, promovendo sua conservação e aproveitamento adequado.

6 CONCLUSÃO

A partir da construção dessa Etnofarmacopeia, foi possível concluir que o arsenal terapêutico da Caatinga é usado especificamente para lidar com as doenças da região, isto porque há uma concentração de relatos de uso (RUs) nas categorias: Respiratório (407 RUs) – gripe, dor de garganta, tosse e como expectorante - Digestivo (373 RUs) - doenças do fígado, diarréia, dor de dente, lombriga - Geral e Inespecífico (219 RUs) – febre e dor - Genital Feminino (184 RUs) - inflamação de mulher, corrimento vaginal - e Pele (156 RUs) – micoses e feridas. Grande parte destas indicações terapêuticas, têm haver com as doenças mais prevalentes da região Nordeste na década de 80 e que podem estar relacionadas com a falta de saneamento, dificuldades na assistência médico-hospitalar, além de questões culturais, como cuidados preventivos da saúde da mulher.

Tendo como parâmetros os valores de IR ≥ 1,0, FCI ≥ 0,6 e Nº citações ≥ 10, propomos aqui uma seleção de espécies vegetais da Etnofarmacopeia do Professor Matos com potencial de bioprospecção farmacêutica: Scoparia dulcis, Egletes viscosa, Libidibia ferrea,

Hymenaea courbaril, Ageratum conyzoides, Operculina macrocarpa, Ambrosia artemisiifolia, Cuphea carthagenensis, Combretum leprosum, Anacardium occidentale, Myracrodruon urundeuva, Cayaponia tayuya, Solanum paludosum, Anadenanthera colubrina, Amburana cearensis, Pombalia calceolaria, Tarenaya spinosa, Himatanthus drasticus, Senna alata, Lippia alba, Phyllanthus niruri, Aristolochia labiata, Erythroxylum vacciniifolium, Sambucus racemosa, Dysphania ambrosioides, Allium sativum, Pimpinela anisum, Blainvillea acmella, Ambrosia artemisiifolia, Handroanthus impetiginosus, Combretum leprosum e Luffa operculata.

REFERÊNCIAS

AGRA, M. de F. et al. Medicinal and poisonous diversity of the flora of “Cariri Paraibano”, Brazil. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 111, n. 2, p.383-395, maio 2007a.

______. Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil. Revista Brasileira

de Farmacognosia, [s.l.], v. 18, n. 3, p.472-508, set. 2008.

_____. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of

Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, [s.l.], v. 17, n. 1, p.114-140, mar. 2007b. AGRESTI, A.; WACKERLY, D.; BOYETT, J. M. Exact conditional tests for cross-

classifications: Approximation of attained significance levels. Psychometrika, [s.l.], v. 44, n. 1, p.75-83, mar. 1979.

AGUIAR, J. S. et al.. Atividade antimicrobiana de Lippia alba (Mill.) N. E. Brown

(Verbenaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, [s.l.], v. 18, n. 3, p.436-440, set. 2008. AKERELE, O. Medicinal plants: their role in health and biodiversity. Philadelphia; Herbal

Gram, n. 28: p. 17-20, 1993.

ALBARELLO, N. et al. Anti-inflammatory and antinociceptive activity of fieldgrowth plants and tissue culture of Cleome spinosa (Jacq.) in mice. Journal Of Medicinal Plants Research, [s. l.], v. 7, n. 16, p.1043-1049, 29 jun. 2012.

ALBUQUERQUE, S. G. ; BANDEIRA, G. R. L. Effect of thinning and slashing on forage phytomass from a Caatinga of Petrolina, Pernambuco, Brazil. Pesquisa Agropecuária

Brasileira. 30: 885-891. 1995.

ALBUQUERQUE, U. P. Introdução à Etnobotânica. Recife: Editora Bagaço, 2002.

ALBUQUERQUE, U.P., ALMEIDA C.F.C.B.R., MARINS J.F.A. (Eds). Tópicos de

conservação, etnobotânica e etnofarmacologia de plantas medicinais e mágicas. Recife:

NUPEEA; Sociedade Brasileira de Etnobilogia e Etnoecologia, 2005. 286 p. ALBUQUERQUE, A. W.; LOMBARDI NETO, F.; SRINIVASAN, V. S.. Efeito do desmatamento da Caatinga sobre as perdas de solo e água de um Luvissolo em Sumé (PB). Revista Brasileira de Ciência do Solo, [s.l.], v. 25, n. 1, p.121-128, mar. 2001. ALBUQUERQUE, U. P. et al. Evaluating Two Quantitative Ethnobotanical

Techniques. Ethnobotany Research And Applications, Botanical Research Institute of Texas [s.l.], v. 4, p.051-060, 31 dez. 2006a.

______. Re-examining hypotheses concerning the use and knowledge of medicinal plants: a study in the Caatinga vegetation of NE Brazil. Journal Of Ethnobiology And

Ethnomedicine, [s.l.], v. 2, n. 1, 26 jul. 2006b. Springer Nature.

______. Rapid ethnobotanical diagnosis of the Fulni-ô Indigenous lands (NE Brazil): floristic survey and local conservation priorities for medicinal plants. Environment, Development

______. Implications of Ethnobotanical Studies on Bioprospecting Strategies of New Drugs in Semi-Arid Regions. The Open Complementary Medicine Journal, [s. l.], v. 2, n. 1, p.21-23, 2010.

______. Introdução a Etnobotânica. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2005. 93p. ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L. de H. C. Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de Caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta

Botanica Brasilica, [s.l.], v. 16, n. 3, p.273-285, set. 2002a.

______. Uso de recursos vegetais da Caatinga: o caso do Agreste do Estado de

Pernambuco. Revista de Ciência y Tecnologia de América, [s. l.], v. 27, n. 007, p.336-346, 2002b.

ALBUQUERQUE, U. P.; HANAZAKI, N. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de novos fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e pespectivas. Revista Brasileira

de Farmacognosia, [s.l.], v. 16, p.678-689, dez. 2006.

ALBUQUERQUE, U. P.; OLIVEIRA, R. F. de. Is the use-impact on native Caatinga species in Brazil reduced by the high species richness of medicinal plants? Journal of

Ethnopharmacology, [s.l.], v. 113, n. 1, p.156-170, ago. 2007.

ALBUQUERQUE, U. P. et al. Medicinal plants of the Caatinga (semi-arid) vegetation of NE Brazil: A quantitative approach. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 114, n. 3, p.325- 354, dez. 2007.

______. Rapid ethnobotanical diagnosis of the Fulni-ô Indigenous lands (NE Brazil): floristic survey and local conservation priorities for medicinal plants. Environment, Development

and Sustainability. 2011;13(2):277-292.

ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P. de; CUNHA, L. V. Métodos e Técnicas na

Pesquisa Etnobiológica e Etnoecológica. 2. ed. Recife: Nupeea, 2008. 189 p.

ALCÂNTARA JÚNIOR, J.P. et al.. Levantamento Etnobotânico e Etnofarmacológico de plantas medicinais do Município de Itaberaba-BA para cultivo e preservação. Sitientibus Série Ciências Biológicas. Revista da Universidade Federal de Feira de Santana, v. 5, n. 1, p. 39-44, jan/jun. 2005.

ALCORN, J. B. The scope and aims of ethnobotany in a developing world. In: SCHULTES, Richard Evans; VON REIS, Siri (Ed.). Ethnobotany: evolution of a discipline. [s.l.]:

Cambridge, 1995. p. 23-39.

ALEXIADES, M. N.; SHELDON, J. W. Selected guidelines for ethnobotanical research: a field manual. Bronx: New York Botanical Garden, 1996. 306 p.

ALMASSY JÚNIOR, A.A. Análise das características etnobotânicas e

etnofarmacológicas de plantas medicinais na comunidade de Lavras Novas, Ouro Preto/MG. 2004. 132f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) – Universidade Federal de Viçosa,

ALMASSY JÚNIOR, A.A. et al.. Folhas de chá: plantas medicinais na terapêutica humana. Viçosa: Editora da Universidade Federal de Viçosa, 2005. 233p.

ALMEIDA, M. Z. Plantas medicinais. Salvador: Editora EDUFBA, 2 ed. 31- 39,147,181.2003.

ALMEIDA, C. de F. C. B. R. de et al. Como as pessoas selecionam plantas para o uso

medicinal? Evidências da química e da ecologia. In: ALBUQUERQUE, U. P.; ALMEIDA, C. F. C. B. R.; MARINS, J. F. A. (Org.). Tópicos em conservação, etnobotânica e

etnofarmacologia de plantas medicinais e mágicas. Recife: NUPEEA; Sociedade Brasileira

de Etnobilogia e Etnoecologia, 2005a. p. 263-286.

______. Life strategy and chemical composition as predictors of the selection of medicinal plants from the Caatinga (Northeast Brazil). Journal Of Arid Environments, [s.l.], v. 62, n. 1, p.127-142, jul. 2005b.

______. Intracultural Variation in the Knowledge of Medicinal Plants in an Urban-Rural Community in the Atlantic Forest from Northeastern Brazil. Evidence-based

Complementary And Alternative Medicine, [s.l.], v. 2012, p.1-15, 2012.

______. Medicinal plants popularly used in the Xingó region – a semi-arid location in

Northeastern Brazil. Journal Of Ethnobiology And Ethnomedicine, [s.l.], v. 2, n. 1, p.15-21, 2006.

______. Uso e conservação de plantas e animais medicinais no Estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil): um estudo de caso. Interciência. Caracas, v. 27, n. 6, p.276-285, jun. 2002.

ALMEIDA, M. Z. de. Plantas Medicinais. v. 3, Salvador: EDUFBA, 2011. p. 34-36. ALMEIDA, S. C. Xenofonte de et al. Himatanthus drasticus: a chemical and

pharmacological review of this medicinal species, commonly found in the Brazilian

Northeastern region. Revista Brasileira de Farmacognosia. Curitiba, v. 27, n. 6, p. 788-793, Dec. 2017.

ALMEIDA, V. S.; BANDEIRA, F. P. S. de F. O significado cultural do uso de plantas da Caatinga pelos quilombolas do Raso da Catarina, município de Jeremoabo, Bahia,

Brasil. Rodriguésia, [s.l.], v. 61, n. 2, p.195-209, jun. 2010.

ALTHAUS-OTTMANN, M. M.; CRUZ, M. J. R.; FONTE, N. N. da. Diversidade e uso das plantas cultivadas nos quintais do Bairro Fanny, Curitiba, PR, Brasil. Revista Brasileira de

Biociências, Porto Alegre, v. 9, n. 1, p.39-49, 2011.

ALVES, C. A. B. et al. Comercialização de plantas medicinais: um estudo etnobotânico na feira livre do Município de Guarabira, Paraíba, nordeste do Brasil. Gaia Scientia, [s.l.], v. 10, n. 4, p.390-507, 2016.

AMIGUET, V. T. et al.. A Consensus Ethnobotany of the Q'eqchi' Maya of Southern Belize. Economic Botany, [s.l.], v. 59, n. 1, p.29-42, jan. 2005.

AMORIM, E. L. C. de et al. Fitoterapia: instrumento para uma melhor qualidade de vida. Infarma, [s.l.], v. 15, n. 1/3, p.66-69, 2003.

AMOROZO, M. C. M. A Abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI STASI, L. C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência - um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: EDUSP, 1996. p. 47-68.

______. Agricultura tradicional: espaços de resistência e o prazer de plantar. In:

ALBUQUERQUE, Ulysses Paulino; ALVES, Ângelo Giuseppe; SILVA, Ana Caroline Borges; SILVA, Valdeline Atanazio (Orgs.). Atualidades em Etnobotânica e Etnoecologia. Recife: SBEE, 2002. p. 123-131.

AMOROZO, M. C. M. GÉLY, A. Uso de plantas medicinais por caboclos do baixo

Amazonas Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v.4, n. 1, p. 47-131, 1988.

ANDRADE, C.T.S; MARQUES, J.G.W; ZAPPI, D.C. Utilização medicinal de cactáceas por sertanejos baianos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 8, n. 3, p.36-42, 2006.

ANDRADE, L. A. de. et al. Análise da Cobertura de duas Fitofisionomias de Caatinga, com Diferentes Históricos de uso, no Município de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne, Lavras, v. 11, n. 3, p.253-262, 2005.

ANDRADE, L. O. M. de; BARRETO, I. C. de H. C. SUS passo a passo: história,

regulamentação, financiamento, políticas nacionais. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2007. 1193p. ANDRADE-LIMA, D. The Caatinga dominium. Revista Brasileira de Botanica, São Paulo, v. 4, p.149-153, 1981.

______. Vegetação. Atlas Nacional do Brasil, vol. II: 11. IBGE. Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro.

ANON. International Conference and Programme for Plant Genetic Resources

(ICPPGR). 1995. Disponível em: https://www.embrapa.br/recursos-geneticos-e-

biotecnologia. Acesso: 10. Maio. 2018.

ANSELMO, A. F. et al.. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais comercializadas por raizeiros em uma feira livre no município de Patos – PB. Revista Biofar, [s.l.], v. , n. 0, p.39-48, 2012.

APG. An ordinal classification for the families of flowering plants. Annals of the Missouri

Botanical Garden 85: 531–553. 1998.

APG II. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399– 436. 2003.

families of fl owering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161:105- 121. 2009.

APG IV. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20. 2016.

ARAÚJO, C. de S. F.; SOUSA, A. N. de. Estudo do processo de desertificação na Caatinga: uma proposta de educação ambiental. Ciência & Educação (Bauru), [s.l.], v. 17, n. 4, p.975- 986, 2011.

ARAÚJO, F. S. de et al. Repartição da flora lenhosa no domínio da Caatinga. In: ARAÚJO, F. S. de; RODAL, M. J. N.; BARBOSA, M. R. de V (Org.). Análise das variações da

biodiversidade do bioma Caatinga: suporte a estratégias regionais de conservação. [s.l.]:

Ministério do Meio Ambiente, 2005. p. 15-33.

ARAÚJO, F. S. de et al.. Use of medicinal plants by of patients with cancer public hospitals in João Pessoa. Revista Espaço Para A Saúde, [s.l.], v. 8, n. 2, p.44-52, 2007.

ARORA, S.; VIJAY, S.; KUMAR, D. Phytochemical and antimicrobial studies on the leaves of Spilanthes acmella. Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, [s.l.], v. 3, n. 5, p. 145-150, 2011.

Associação Brasileira das Empresas do Setor de Fitoterápicos, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde - ABIFISA. Introdução. 2007. Disponível em: < http://www.abifisa. org.br>. Acesso em: 30. Jul. 2018.

AZEVEDO, S. K. S. de; SILVA, I. M. Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, [s.l.], v. 20, n. 1, p.185-194, mar. 2006.

BADKE, M. R. et al.. Saberes e práticas populares de cuidado em saúde com o uso de plantas medicinais. Texto & Contexto - Enfermagem, [s.l.], v. 21, n. 2, p.363-370, jun. 2012.

BAGALKOTKAR, G. et al.. Phytochemicals fromPhyllanthus niruriLinn. and their

pharmacological properties: a review. Journal Of Pharmacy And Pharmacology, [s.l.], v. 58, n. 12, p.1559-1570, dez. 2006.

BALICK, M. J. Ethnobotany and the Identification of Therapeutic Agents from the

Rainforest. Ciba Foundation Symposium 154 - Bioactive Compounds From Plants, [s.l.], v. 154, p.22-39, 1990.

BANDEIRA, M. A. M. Contribuição ao conhecimento químico de plantas do Nordeste, Myracrodruon urundeva Fr. All. (= Astronium Urundeva Engl.) aroeira do sertão. 204 f. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal do Ceara, Fortaleza, 1993. ______. Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira-do-sertão): constituintes químicos ativos da planta em desenvolvimento e adulta. 2002. 322 f. Tese (Doutorado em Química Orgânica) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2002.

BANDEIRA, M. A. M.; MATOS, F. J. de A.; BRAZ-FILHO, R. New chalconoid dimers from

Myracrodruon urundeuva. Natural Product Letters, [s.l.], v. 4, n. 2, p. 113-120, 1994.

BARBOSA, M. R. V. et al.. Checklist preliminar das angiospermas. In: SAMPAIO, e V S B; MAYO, S J; BARBOSA, M R V (Ed.). Pesquisa botânica nordestina: progresso e

perspectivas. Recife: Sociedade Botânica do Brasil, 1996. p. 253-415.

BARRERA, A. La Etnobotânica. In: _______. La Etnobotânica: três puntos de vista e uma

perspectiva. Xalapa, Mexico: Instituto de Investigación sobre Recursos Bióticos, 1979, p. 19-

25.

______. La Etnobotánica: tres puntos de vista y una perspectiva. Xalapa: Instituto de Investigaciones Sobre Recursos Bioticos, 1983. 30 p.

BARRETO, I. C. de H. C. et al.. Reforma Sanitária no Ceará: lutas e conquistas em um cenário adverso. Saúde em Debate. Londrina, v. 35, n. 90, p.387-395, 2014.

BARROS, M. E. et al. Effect of extract of Phyllanthus niruri on crystal deposition in experimental urolithiasis. Urological Research, [s.l.], v. 34, n. 6, p. 351-357, 2006. BARROS, M.L.B. Prefácio. In: LEAL, I.R; TABARELLI, M; SILVA, J.M.C. Ecologia e

Conservação da Caatinga. Recife, Ed. Universitária da UFPE, 2004. 822 p.

BENNETT, B. C.; PRANCE, G. T. Introduced plants in the indigenous Pharmacopoeia of Northern South America. Economic Botany, [s.l.], v. 54, n. 1, p.90-102, jan. 2000.

BERLIN, B. On the making of a comparative ethnobiology. In: BERLIN, B. Ethnobiological

Classification: principles of categorization of plants and animals in traditional societies. Princeton: Princeton University, 1992. p. 3-51.

BERLINCK, R. G. de S. Bioprospecção no Brasil: um breve histórico. Ciência e Cultura,