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Capítulo 5 – Análise crítica e conclusões

O estágio curricular desenvolvido na Heatermec, Lda. permitiu o primeiro contacto com o mercado do trabalho, onde não só foram colocados em prática conhecimentos, como foram melhoradas e desenvolvidas novas competências.

As tarefas realizadas durante o período de estágio permitiram o uso e a aplicação de conhecimentos adquiridos em disciplinas frequentadas ao longo do percurso académico na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, nomeadamente Contabilidade Financeira I e Contabilidade Financeira II.

Com o estágio foram melhoradas e adquiridas competências quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Das competências melhoradas são de destacar: a comunicação, a capacidade de gestão do tempo, a capacidade de resposta a determinados problemas e a experiência ao nível de informática, nomeadamente no que diz respeito ao Microsoft Excel. Das competências adquiridas são de salientar: o conhecimento inerente às tarefas desempenhadas, o conhecimento decorrente da utilização do programa Primavera Starter Plus e aconquista de métodos e organização de trabalho.

Um dos pontos valorizados no que respeita à empresa foi o facto de esta não fazer distinção entre estagiários e colaboradores, o que resultou numa maior autonomia e sentido de responsabilidade. Foi também dada a liberdade de colocar questões, expressar opiniões e apresentar ideias. É de salientar ainda a positiva integração no grupo de trabalho onde a entreajuda e o companheirismo estiveram sempre presentes.

Em relação às tarefas desenvolvidas, estas não seguiram rigorosamente o plano de estágio estabelecido no protocolo do estágio curricular. O registo de guias no programa informático, a apresentação de saldos de inventários e o apoio na relação com o Estado e bancos, foram tarefas que acabaram por não ser executadas. Em contrapartida, foram realizadas outras tarefas com o intuito de responder às necessidades da empresa, tais como, a elaboração de um manual de acolhimento e a realização de notas informativas. Penso que a minha contribuição para a Heatermec, Lda. foi bastante positiva, uma vez que me mostrei sempre disponível para desempenhar todas as tarefas propostas com empenho e profissionalismo. Por outro lado, com a minha presença, foi possível a divisão de tarefas no DAF o que resultou numa melhoria na forma como as mesmas eram executadas.

Capítulo 5 – Análise crítica e conclusões

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Concluindo, os estágios curriculares são uma importante ferramenta para o desenvolvimento de competências específicas e transversais dos futuros profissionais, possibilitando um contacto mais próximo da realidade profissional. Assim sendo, o estágio na Heatermec, Lda. foi fundamental na medida em que moldou a estudante numa futura profissional com mais experiência, capacidades e conhecimentos.

Através do estudo realizado sobre a análise aos desvios orçamentais na Heatermec, Lda., foi possível perceber que a empresa apresenta desvios significativos. Os desvios apresentados são o resultado da falta de rigor na orçamentação.

Uma empresa, ao elaborar o orçamento, não deve guiar-se maioritariamente pela sazonalidade dos anos anteriores. As empresas são condicionadas pelo ambiente externo e, portanto, torna-se de extrema importância fazer estudos de mercado para uma melhor orçamentação. “Só um adequado estudo de mercado pode revelar com maior exatidão qual a evolução futura da procura de bens e serviços que a organização oferece” (Martins

et al., 2016).

Por outro lado, para que haja um maior rigor na orçamentação seria necessária a participação dos Diretores dos respetivos departamentos na elaboração da mesma. Segundo Franco et al. (2006), Anthony e Govindarajan (2007) e Caiado (2015), para os orçamentos proporcionem uma ação eficaz, é necessário que os mesmos sejam elaborados e discutidos com os diversos responsáveis da empresa. Deste modo, a elaboração do orçamento participativo torna-se essencial, uma vez que permite reduzir erros ou conflitos criados pela falta de informação ou de capacidades.

Por último, é também necessário que a empresa faça revisões e ajustes ao orçamento de forma contínua e para períodos inferiores (semestres) de forma a possibilitar o respetivo ajustamento. “Quando se verificam mudanças substanciais nas estimativas durante um período orçamental, os orçamentos devem ser revistos para dar consistência a tais mudanças” (Caiado, 2015).

Lista de referências bibliográficas e webgrafia

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Lista de referências bibliográficas e webgrafia

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Anthony, R. N. & Govindarajan, V. (2007). Management Control Systems. (12ª ed.). Boston: McGraw-Hill/Irwin.

Blocher, E. J., Chen, K. H. & Lin, T. W. (2002). Cost Management: A Strategic Emphasis.

(2ª ed.). Boston: McGraw-Hill/Irwin.

Caiado, A. C. P. (2015). Contabilidade Analítica e de Gestão. (8ª ed.). Lisboa: Áreas Editora.

Calisir, F. & Gumussoy, C. (2005). Determinants of budget overruns on IT projects.

Technovation, 25(6), 631-636.

Cantarelli, C. C., Wee, B. V., Molin, E. J. E. & Flyvbjerg, B. (2012). Different cost performance: different determinants?: The case of cost overruns in Dutch transportation infrastructure projects. Transport Policy, 22, 88-95.

Drury, C. (2008). Management and Cost Accounting. (7ª ed.). London: South-Western. Ferreira, D., Caldeira, C., Asseiceiro, J., Vieira, J. & Vicente, C. (2014). Contabilidade de Gestão: Estratégia de Custos e de Resultados. Lisboa: Rei dos Livros.

Flamholtz, E. (1983). Accounting, budgeting and control systems in their organizational context: Theorical and empirical perspectives. Accounting Organizations and Society, 8, 153-169.

Franco, V. S., Oliveira, A. V., Jesus, M. A., Morais, A. I., Major, M. J., Serrasqueiro, R. & Oliveira, B. J. (2006). Contabilidade de Gestão: Volume II – Orçamento anual e instrumentos de avaliação do desempenho organizacional. Lisboa: Publisher Team. Garrison, R. H., Noreen, E. W. & Brewer, P. C. (2010). Managerial Accounting. (13ªed.). Boston: McGraw-Hill/Irwin.

IPN: Instituto Pedro Nunes “Incubadora de Empresas” https://www.ipn.pt/incubadora [9 de junho de 2017]

Lista de referências bibliográficas e webgrafia

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Jordan, H., Neves, J. C. & Rodrigues, J. A. (2015). O Controlo de Gestão: Ao Serviço da Estratégia e dos Gestores. (10ª ed.). Lisboa: Áreas Editora.

Margerin, J. (1991). A Gestão Orçamental – como torná-la um utensílio de gestão.

Lisboa: Ediprisma – Edições em Gestão, Lda.

Martins, A., Cruz, I., Augusto, M., Silva, P. P. & Gonçalves, P. G. (2016). Manual de Gestão Financeira Empresaria.l (2ªed.). Lisboa: Escolar Editora.

Otley, D. (1999). Performance Management: a framework for management control systems research. Management Accounting Research, 10, 363-382.

Pereira, C. A. C. & Franco, V. D. S. (2000). Contabilidade Analítica (6ªed.). Lisboa: Rei dos Livros.

Sá, J. P. (2017). Como elaborar o orçamento de uma empresa. Bnomics. Teixeira, S. (2013). Gestão das Organizações. (3ªed.). Lisboa: Escolar Editora.

Wooldridge, S., Garvin, M. & Miller, J. (2001). Effects of accounting and budgeting on capital allocation for infrastructure projects. Journal of management in Engineering, 17, 86-94.

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