• Nenhum resultado encontrado

4 ANÁLISE CRÍTICA

No documento Micotoxinas contaminantes do café (páginas 49-66)

ni LOJ ^OCHa G i ; CJTHJJO? i rfol wt:

4 ANÁLISE CRÍTICA

A ocorrência de mtx nos alimentos é, muitas vezes, imprevisível e inevitável, dado que são compostos naturais produzidos por diversas espécies de fungos, algumas das quais ubiquitárias. A sua presença nos alimentos constitui,

desta forma, um desafio para a Segurança Alimentar.(45'73)

De acordo com os resultados de todos os trabalhos mencionados, o café não é a maior fonte de mtx na alimentação. Porém, e atendendo especialmente à ocorrência de OTA, é certo que poderá contribuir para a sua ingestão, sobretudo nos grandes consumidores. Dado que a maioria da população tem uma dieta variada, a exposição a concentrações baixas, mas frequentes por um longo

período de tempo, poderá ter repercussões sérias na Saúde Pública.

A maneira mais eficaz de se proteger a população mundial dos efeitos tóxicos das mtx, consiste na aplicação de boas práticas durante toda a cadeia de

produção e processamento de alimentos, prevenindo-se o crescimento de fungos

e, por conseguinte, a síntese destes metabolitos. (42) No caso específico do café,

também as boas práticas agrícolas (BPA) e as boas práticas de fabrico (BPF), são procedimentos necessários para controlar esta contaminação, minimizando-se, desta forma, a ingestão de mtx pelo consumo de café, procedendo:

• Apenas os bagos maduros devem ser colhidos e processados. Bagos muito maduros, fermentados, danificados ou apanhados do chão devem ser rejeitados, reduzindo-se desta forma, a contaminação por fungos produtores e a sua propagação nos locais de secagem.

• Depois de colhidos, os bagos devem ser processados o mais rapidamente possível. Deve evitar-se o seu armazenamento (especialmente se os bagos estiverem maduros e sobremaduros) seja em sacos, ou em pilhas, dado que esta prática induz a fermentação e aumenta a probabilidade de crescimento de fungos. Assim, se o café for processado por via húmida, os bagos deverão ser despolpados no mesmo dia da colheita, ou, no caso da via seca, deverão ser rapidamente submetidos à secagem.

• Não deve proceder-se à secagem em pátios de terra batida, evitando-se, desta forma, eventuais esporos de fungos provenientes de lotes anteriores que poderão contaminar os novos bagos ou o pergaminho.

• O café a secar deverá ser colocado em camadas de espessura não superior a 4 cm, as quais devem ser frequentemente mexidas (5 a 10 vezes/dia).

• Durante a secagem, o café deverá ser protegido da chuva, da humidade nocturna e de qualquer outra fonte de re-hidratação.

• Após cada utilização, todo o equipamento (máquinas e utensílios) terá que ser sujeito a limpeza. No caso particular da via húmida, a água a utilizar durante todo o processamento deverá ser potável.

• O conteúdo em humidade do café verde, depois de seco, não deve nunca ser superior a 12% (qualquer que seja o método de processamento). Este valor deverá ser sempre mantido durante as etapas subsequentes até que o café seja industrialmente processado.

• Na operação de descasque, o café verde, deve ser separado das cascas para evitar contaminação cruzada.

• Quanto melhor for a qualidade do café, menor será o risco de contaminação, por isso, será útil reduzir os grãos defeituosos sensíveis de se contaminarem durante o transporte e armazenamento.

• O café verde deve ser acondicionado em sacos perfeitamente limpos, e armazenado em locais onde não haja cascas e material previamente rejeitado. Se for acondicionado em contentores, deverá dar-se preferência aos ventilados.

• Durante as fases de armazenamento e transporte, as elevadas temperaturas e a re-hidratação do café, são indiscutivelmente os maiores perigos associados à proliferação de fungos e produção de mtx. Apenas o café verde bem seco (humidade máxima dos grãos de 12%) deve ser sujeito a transporte marítimo para impedir a condensação à superfície dos contentores, evitando a formação de bolores durante o transporte.

• Nos países importadores, o café verde a utilizar, deverá ser previamente limpo de poeiras, resíduos de cascas, grãos pretos e outras impurezas, que não deverão entrar em contacto com o café a processar.

• Depois de torrado (e moído) a humidade do café deverá ser mantida

abaixo dos 5%, humidade que não permite o crescimento de fungos. (37

74, 23)

A prevenção da contaminação dos produtos de origem agrícola em geral, não passa somente pelas BPA e BPF. A par disto, deve implementar-se um sistema permanente de vigilância, bem como estabelecer regulamentos que permitam controlar o comércio nacional e internacional dos produtos

contaminados, visando os seus perigos para a saúde.(73)

Em todos os estádios de processamento e produção de café, deveriam efectuar-se análises de rotina para detectar a ocorrência de mtx, sobretudo de OTA, que, como se sabe, é aquela que mais contamina este produto.

Desenvolveu-se, recentemente, um método analítico de cromatografia em camada fina {thin-layer chromatography) para detectar a ocorrência de OTA no café verde. Esta técnica permite detectar valores a partir de 10 ug/kg. Segundo os investigadores, este método de análise, para além de rápido e simples, é de baixo custo, sendo portanto, ideal para os países produtores de café, que, na sua

grande maioria, atravessam restrições orçamentais.(75)

É igualmente fundamental que as empresas de processamento de produtos alimentares tenham equipamentos e métodos de análise apropriados para detectarem a presença de mtx nas matérias-primas a utilizar, bem como no produto final resultante.(6)

A educação dos cidadãos quanto à problemática da presença destes tóxicos nos alimentos é também importante. Quanto mais informada estiver a

esforço de todos os responsáveis pelas várias fases da cadeia de produção, para que, quando o produto atinge o consumidor, os riscos associados à sua contaminação sejam mínimos.

6 - CONCLUSÕES

O café, à semelhança de muitos outros produtos de origem agrícola, não escapa à contaminação por fungos toxinogénicos que, ao encontrarem condições adequadas, se poderão desenvolver e sintetizar metabolitos tóxicos característicos. De facto, são vários os estudos que referem a ocorrência de OTA, tanto nos cafés verde como no torrado. Apesar dos dados serem bem mais limitados, existem trabalhos nos quais também já foi detectada a presença de AFs e de esterigmatocistina.

Estudos experimentais sugerem que as aflatoxinas, das quais a mais potente é a AFB1, são mutagénicas, teratogénicas, imunossupressoras e carcinogénicas, sendo o fígado o principal alvo. Alguns autores sugerem até que estes compostos poderão estar envolvidos na etiologia do carcinoma hepático humano. A contaminação do café com este tipo de metabolitos parece não ser muito frequente, possivelmente devido à presença de taninos e cafeína, que segundo alguns autores, contribuem para as propriedades anti-aflatoxigénicas do café. A operação de torra, parece também contribuir para a redução da contaminação. Porém, como precaução, na produção de café descafeinado, a extracção da cafeína deve ser realizada previamente à operação de torra.

A esterigmatocistina, composto estrutural e biologicamente análogo às aflatoxinas, exibe, à sua semelhança, propriedades mutagénicas e

hepatocarcinogénicas, embora a sua toxicidade seja menor. A ocorrência deste composto no café foi verificada em trabalhos antigos, nos quais se observou uma redução da contaminação após a torra. A presença desta micotoxina no café, parece, assim, também não ser muito frequente.

A OTA é, sem dúvida, a micotoxina mais frequentemente associada à contaminação do café. Pensa-se que este contaminante natural tenha origem nas espécies A. ochraceus, A. carbonarius e A. niger, fungos encontrados nas regiões quentes e húmidas, de onde o café provém, muito embora ainda não estejam esclarecidas as condições necessárias à formação de OTA. Sabe-se, no entanto, que uma secagem inadequada e um armazenamento sem as devidas precauções, são factores que podem exacerbar a contaminação. Nas espécies animais estudadas, a OTA revelou ser sobretudo nefrotóxica, exibindo também propriedades teratogénicas, imunossupressoras, hepatotóxicas e nef roçarei nogénicas. Muito embora a causa seja desconhecida, existem evidências significativas que implicam a OTA na etiologia da NEB, uma doença crónica dos rins associada a tumores do tracto urinário, que afecta predominantemente as pessoas que vivem em zonas rurais dos Balcãs. No que se refere à transformação do café verde, a OTA parece não ser completamente destruída pela torra (embora a maioria dos trabalhos sugira uma redução bastante significativa), pelo processo de descafeinização e na produção de café solúvel. A maior parte das experiências realizadas, demonstraram que esta toxina passa quase na totalidade do café torrado para a bebida. Segundo os resultados dos vários trabalhos efectuados, o café não é a principal fonte de exposição a esta

micotoxina. No entanto, para indivíduos grandes consumidores, a ingestão de café poderá ter alguma importância. Dadas as implicações nefastas da OTA na saúde, os sectores agrícola, de processamento e de segurança alimentar deverão permanecer altamente vigilantes. Acrescente-se que, para além da Saúde Pública, há ainda que considerar o aspecto económico que envolve a rejeição de grandes quantidades de café.

BIBLIOGRAFIA

1. Smith RF. A History of Coffee. In: Clifford MN, Willson KC, editors. Coffee; botany, biochemistry and production of beans and beverage. London: Croom Helm Ltd; 1985. p. 1-11.

2. Ramalakshmi K, Raghavan B. Caffeine in Coffee: Its Removal. Why and How? Crit Rev Food Sci Nut 1999;39:441-456

3. Escohotado A. Historia general de las drogas, 1. 3a Edición revisada y

ampliada. Madrid: Alianza Editorial; 1995

4. Thorn J. O Guia do café - Guia dos conhecedores das melhores infusões

do mundo. Livros e Livros; 1998.

5. International Coffee Organization (ICO) http://www. ico.org

6. Hussein HS, Brasel JM. Toxicity, metabolism, and impact of mycotoxins on humans and animals. Review. Toxicology 2001;167:101-134.

7. Bennett JW, Klich M. Mycotoxins. Clin Microbiol Rev 2003;16:497-516. 8. Neal G, Coker R. Metabolism and Toxicology of Mycotoxins. Food Safety

Proceedings Book 2000, p. 83-93.

9. Fonseca AF. Mycotoxins - Morbid Effects and occurrence in foods. Introductory Advanced Course and Practicals in Public Health Microbiology of Food and Drinking Water. 17-22 September 2001

10.Pfohl-Leszkowicz A. Définition et origins des mycotoxines. In: Pfohl- Leszkowicz A., coordonnatrice. Conseil supérieur d'hygiène publique de France, Section de l'alimentation et de la nutrition, Les Mycotoxines dans l'alimentation - Évaluation et gestion du risque. Paris: Editions TEC & DOC; 1999 p. 3-16.

Chem Immunol 2002;81:167-206.

12.Peraica M, Radie B, Lucie A, Pavlovic M. Toxic effects of mycotoxins in humans [Abstract]. Bull World Health Organ. 1999;77:754-766.

13. Park DL, Njapau H, Boutrif E. Minimizing risks posed by mycotoxins utilizing the HACCP concept. FNA 1999;23:49-56.

14.Creppy EE. Update of survey, regulation and toxic effects of mycotoxins in Europe - Review. Toxicol Letters 2002;127:19-28.

15.Pfohl-Leszkowicz A. Écotoxicogenèse. In: Pfohl-Leszkowicz A , coordonnatrice. Conseil supérieur d'hygiène publique de France, Section de l'alimentation et de la nutrition, Les Mycotoxines dans l'alimentation - Évaluation et gestion du risque. Paris: Editions TEC & DOC ; 1999 p. 17-29 16. Clark RJ. Green Coffee Processing. In: Clifford MN, Willson KC, editors.

Coffee; botany, biochemistry and production of beans and beverage. London: Croom Helm Ltd; 1985. p.230-250

17. Ily E. The Complexity of Coffee. Sci Am 2002;286:86-91.

18. International Agency for Research on Cancer, 1991, IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans: Coffee, Tea, Mate, Methylxanthines and Methylglyoxal, Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, p.41-206.

19. Correia, A. M. Manual da Tecnologia do Café. 1a Edição. Porto: CULTIVAR

- Associação de Técnicos De Culturas Tropicais; 1995.

20. Cardoso, A P. S. Café - Cultura e Tecnologia Primária. Lisboa: Ministério do Planeamento e da Administração do Território, Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, Instituto de Investigação Científica Tropical; 1994.

21.Viani, R. Fate of ochratoxin A (OTA) during processing of coffee. Food Addit Contam 1996; 13 Supplement, 29-33.

22. Mutua, J. Post Harvest Handling and Processing of Coffee in African Countries. Food and Agriculture Organization of the United Nations - FAO; 2000: http://www.fao.org/DOCREP/003/X6939E/X6939E00.HTM

23.Bucheli, P., Kanchanomai, C, Meyer, I. and Pittet, A. Development of Ochratoxin A during Robusta (Coffea canephora) Coffee Cherry Drying. J Agric Food Chem 2000;48:1358-136.

24.Stegen, G. v. d., Essens, P. J. M. and van der Lijn, J. Effect of Roasting Conditions on Reduction of Ochratoxin A in Coffee. J Agric Food Chem

2001;49:4713-4715.

25. Blanc, M., Pittet, A., Munoz-Box, R. and Viani, R. Behavior of achratoxin A during green coffee roasting and soluble coffee manufacture. J Agric Food Chem 1998;46:673-675.

26. Urbano GR, Taniwaki MH, Leitão MF, Vicentiti MC. Occurrence of Ochratoxin A-Producing Fungi in Raw Brazilian Coffee. J Food Prot 2001;64:1226-1230.

27. Batista LR, Chalfon SM, Prado G, Schwan RF, Wheals AE. Toxigenic fungi associated with processed (green) coffee beans (Coffea arabica L). Int J Food Microbiol 2003;85:293-300.

28. Silva CF, Schwan F, Dias ES, Wheals AE. Microbial diversity during maturation and natural processing of coffee cherries of Coffea arabica in Brazil. Int J Food Microbiol 2000;60:251-260.

29.Steigmeier ME, Schlatter C. Mycotoxins in Coffee [Abstract]. 14th ASIC

http://www.asic-cafe.org

30.Studer-Rohr, Dietreich, D. R., Schlatter, J. and Schlatter, C. The Occurrence of Ochratoxin A in Coffee. Food Chem Toxic 1995; 5:341-355. 31.Stegen, G. v. d , Jòrissent, U., Pittet, A., Saccon, M., Steiner, W., Vincenzi,

M. et al. Screening of European coffee final products for occurrence of ochratoxin A (OTA). Food Addit Contam 1997; 14:211-216.

32.Patel, S., Hazel, C. M., Winterton, A. G. M. and Gleadle, A E. Survey of ochratoxin A in UK retail coffees. Food Addit Contam 1997; 14:217-222. 33. Jorgensen K. Survey of pork, poultry, coffee, beer and pulses for ochratoxin

A. Food Addit Contam 1998;15:550-554.

34.Trucksess SW, Giler J, Young K, White KD, Page SW. Determination and Survey of Ochratoxin A in Wheat, Barley and Coffee - 1997. J. AOAC Int. 1999;82:85-89.

35.Leoni, L. A. B., Soares, L. M. V. and Oliveira, P. L. C. Ochratoxin A in Brazilian roasted and instant coffees. Food Addit Contam 2000;17:867-870. 36. Otteneder, H. and Majerus, P. Ochratoxin A (OTA) in coffee: nations-wide

evaluation of data collected by German Food Control 1995-1999. Food Addit Contam 2001;18:431-435.

37.Lombaert, G. A , Pellaers, P., Chettiar, M., Lavalee, D., Scott, P. M. and Lau, B. P.-Y. Survey of Canadian retail coffees for ochratoxin A. Food Addit Contam 2002;19:869-877.

38. Purchase IF, Pretorius ME. Sterigmatocystin in Coffee Beans. J. AOAC 1973;56:225-226.

40. Soliman, K. M. Incidence, Level, and Behavior of Anatoxins during Coffee Bean Roasting and Decaffeination. J Agric Food Chem 2002,50:7477-7481. 41.Bucheli, P. and Taniwaki, M. H. Research on the origin, and on the impact

of post-harvest handling and manufacturing on the presence of ochratoxin A in coffee. Food Addit Contam 2002;19:655-665.

42.Abarca ML, Accensi F, Bragulat MR, Cabanes FJ. Current Importance of Ochratoxin A-Producing Aspergillus spp. - Review. J. Food Prot.

2001;64:903-906

43. Bayman P, Baker JL, Doster MA, Michailides TJ, Mahoney NE. Ochratoxin Production by the Aspergillus ochraceus Group and Aspergillus alliaceus. Appl Environ Microbiol 2002;68:2326-2329.

44. International Agency for Research on Cancer, 1993, IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans: Some naturally Occurring Substances, Food Items and Constituents, Heterocyclic Amines and Mycotoxins, Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, pp.489-521.

45. Park DL. Control Methods for Mycotoxins. Food Safety Proceedings Book 2000, p. 75-82.

46. Miraglia, M. and Brera, C. Reports on Tasks for Scientific Cooperation, Report of experts participating in Task 3.2.7, January 2002 Assessment of dietary intake of Ochratoxin A by the population of EU Member States, Directorate-General Health and Consumer Protection, Istituto Superiore di Sanià, Rome, Italy.

of JECFA [Abstract^ 19th ASIC Coffee Conference. Trieste, Italy. 14-18

May. http://www.asic-cafe.org

48.Taniwaki MH, Pitt Jl, Teixeira AA, lamanaka BT. The source of Ochratoxin A in Brazilian coffee and its formation in relation to processing methods. Int J Food Microbiol 2003;82:173-179.

49.Viani, R. Effect of processing on ochratoxin A (OTA) content of coffee [Abstract]. Adv Exp Med Biol 2002;504:189-193.

50. Joosten HMLJ, Goetz J, Pittet A, Scheellenberg M, Bucheli P. Production of Ochratoxin A by Aspergillus carbonarius on coffee cherries. Int J Food Microbiol 2001:65:39-44

51. Bucheli P, Meyer I, Pittet A, Vuataz G, Viani R. Industrial Storage of Green Robusta Coffee under Tropical Conditions and Its Impact on Raw Material Quality and Ochratoxin A J Agri Food Chem 1998;46:4507-4511.

52. Blanc M, Vuataz G, Hilckmann L. Green Coffee Transport Trials [Abstract].

19th ASIC Coffee Conference. Trieste, Italy, 14-18 May, 2002.

http: //www. asic-caf e. org

53. Levi CP, Trenk HL, Mohr HK. Study of the occurrence of Ochratoxin A in green coffee beans [Abstract]. J Assoc Off Anal Chem 1974;57:866-870. 54.Cantafora A, Grossi M, Miraglia M, Benelli L. Determination of ochratoxin A

in green coffee beans using reversed-phase high performance liquid chromatography [Abstract]. Riv Soc Ital Sci Aliment 1983;12:103-108.

55.MÍCCO C, Grossi M, Miraglia M, Brera C. A study of the contamination by ochratoxin A of green and roasted coffee beans [Abstract]. Food Addit Contam 1989;6:333-339.

56.Tsubouchi H, Terada H, Yamamoto K, Hisada K, Sakabe Y. Ochratoxin A found in commercial roast coffee[Abstractl. J Agric Food Chem

1988;36:540-542.

57. Heilman W, Rehfeldt AG, Rotzoll F. Behaviour and reduction of Ochratoxin A in green coffee beans in response to various processing methods [Abstract]. Eur Food Res Technol 1999;209:297-300.

58. Romani S, Pinnavaia G, Rosa MD. Influence of Roasting Levels on Ochratoxin A Content in Coffee. J Agric Food Chem 2003;51:5168-5171. 59.Romani, S., Sacchetti, G., López, C. C, Pinnavaia, G. G. and Rosa, M. D.

Screening on the Occurrence of Ochratoxin A in Green Coffee Beans of Different Origins and Types. J Agric Food Chem 2000;48:3616-3619.

60. Pfohl-Leszkowics A, Petkova-Bocharova T, Chernozemsky IN, Castegnaro M. Balkan endemic nephropathy and associated urinary aetiological causes and the potencial role of mycotoxins. Food Addit Contam 2002;19:282-302. 61. Ehrlich, V., Darroudi, F., Uhl, M., Steinkellner, H., Gann, M., Majer, B. J. et

al. Genotoxic effects of ochratoxin a in human-derives hepatoma (HepG2) cells. Food Chem Toxicol 2002;40:1085-1090.

62. Schwartz GG. Hypothesis: Does Ochratoxin A cause testicular cancer? Cancer Causes Control 2002;13:91-100.

63. International Agency for Research on Cancer, 1993, IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans: Some naturally Occurring Substances, Food Items and Constituents, Heterocyclic Amines and Mycotoxins, Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, pp.245-395.

64. Oliveira, C. A. F. Anatoxins in foodstuffs: current concepts on mechanisms of toxicity and its involvement in the etiology of hepatocellular carcinoma.

Rev Saúde Pública 1997;31:417-424.

65. Aflatoxins - Safety Evaluation of Certain Food Additives and Contaminants, WHO Food Additives Series 40, International Programme on Chemical

Safety, World Health Organization (WHO), Geneva, 1998. p.70-87. http:www.inchem.org/documents/jecfa/jecmono/v040je16.htm

66. Conseil supérieur d'hygiène publique de France, Section de l'alimentation et de la nutrition, Les Mycotoxines dans l'alimentation - Évaluation et Gestion du risque, Editions TEC & DOC ;1999, Paris, pp. 199-247.

67.Buchanan, R. L, Hoover, D. G. and Jones, S. B. Caffeine Inhibition of Aflatoxin Production: Mode of Action. Appl Environ Microbiol 1983;46:1193-

1200.

68. Buchanan, R. L. and Lewis, D. F. Caffeine Inhibition of Aflatoxin Synthesis: Probable Site of Action. Appl Environ Microbiol 1984;47:1216-1220.

69. Hasan, H. A. H. Aflatoxin In Detannin Coffee and Tea and Its Destruction. J Natural Tox 2002; 11:133-137.

70.Rauch, P., Viden, I., Davidek, T., Velisek, J. and Fukal, L. Caffeine as Main Interfering Compound in Radioimmunoassay of Aflatoxin Bi in Coffee Samples. J Ass Off Anal Chem 1989;72:1015-1017.

71.Banuelos MTA, Moreno MC, Peón NR, Rojo F. Aductos-ADN-Aflatoxina como biomarcadores de exposición en grupos de riesgos de cancer de hígado. Rev Cubana Oncol 2000;16:35-39.

72. Branch KR, Bennett JW, Bhatnagar D. Sterigmatocystin production by Aspergillus nidulans: http://www.fgsc.net/fgn/branch.html

73. Lopez-Garcia R., Park DL, Phillips TD. Integrated mycotoxin management systems. FDA 1999;23:38-48.

74. European Coffee Co-Operation: AFCASOLE, CECA, EUCA, ECF, EDA, ASIC, ISIC, PEC. Code of Practice: Enhancement of Coffee Quality through

Prevention of mould formation. 14 June 2002. http://www.ico.org

75. Pittet A, Royer D. Rapid, Low Cost Thin-Layer Chromatographic Screening Method for the Detection of Ochratoxin A in Green Coffee at a Control Level of 10 ug/kg. J Agric Food Chem 2002;50:243-247.

ANEXOS

índice de Anexos

ANEXO 1 - Regulamentação actual da OTA nos Estados Membros da a1 União Europeia

uôuniiy

Denmark

comnearo

Pig Kidneys Pig Kidneys

Cereals and cereals products

Maximum Limit (MQ/kg) - 2 5- 10 5 Ligai basis umciai Official Official commons

Whole carcass cortdemmed Viscera condemmed From 1 July 1995 Finland France Germany Greece Coffee Cereals No specific regulation Coffee (all types)

Guideline level

Guideline level Recommendation of CSHPF (1999)

Official

Decision of the Minister of Agriculture No. 91587/1992 Ireland

Italy Cereals and derived products Baby foods

Green coffee

Roasted and instant coffee Cocoa derived products Beer

Pork meat and derived products

3 0,5 8 4 0,5 0,2 1 Guidline level From 9 June 1999 Norway Portugal Spain Sweden The Netherlands United Kingdom No specif regulation Cereals and cereal products All foods No specific regulations 10 Official Action level Organisation: FIS - E t r uereais raw

Cereals intended for human consumption

Vine dried fruits

3 10

Official Taken into force from 1 October 2001

Fonte : Miraglia, M. and Brera, C. Reports on Tasks for Scientific Cooperation, Report of experts participating in Task 3.2.7, January 2002 Assessment of dietary intake of Ochratoxin A by the population of EU Member

No documento Micotoxinas contaminantes do café (páginas 49-66)

Documentos relacionados