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ANÁLISE DE CRESCIMENTO DO ABACAXIZEIRO CV PÉROLA EM FUNÇÃO DO ESPAÇAMENTO SOB INTERFERÊNCIA DE PLANTAS

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi estudar os índices de crescimento desenvolvimento da cultura do abacaxizeiro em função do espaçamento sob interferência das plantas daninhas. O experimento foi realizado no período de junho de 2016 à dezembro de 2017, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL). O experimento foi conduzido em condições de campo utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados no esquema fatorial 2 x 20 com 4 blocos, sendo 2 espaçamentos (Fileira Simples e Fileira Duplas) e 20 períodos de interferências com plantas daninhas. Os períodos foram constituídos por 10 épocas de controle a partir do qual as plantas daninhas eram controladas (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 e 420 dias após o plantio – DAP) e de 10 épocas de convivência entre o abacaxizeiro e as plantas daninhas, onde essas plantas daninhas emergidas após esses intervalos não foram mais controladas (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 e 420 dias após o plantio – DAP). Foi analisado as variáveis altura da planta (AP), número de folhas (NF), diâmetro da planta (DP), matéria seca da parte aérea (MSPA), área foliar (AF), índice de área foliar (IAF), razão de área foliar (RAF), taxa de crescimento absoluto (TCA), taxa de crescimento relativo (TCR) e taxa de assimilação líquida (TAL). Os resultados mostraram que todas as variáveis de crescimento da cultura do abacaxizeiro sofreram reduções quando conviveram com os períodos de interferência das plantas daninhas em função dos espaçamentos utilizados (fileiras simples e fileiras duplas). Durante todo o período experimental as plantas de abacaxi que conviveram com a comunidade infestante, apresentaram uma redução de 30 a 80 % de suas variáveis de crescimento em relação as plantas de abacaxi que cresceram livres da interferência dessas plantas daninhas.

Palavras-chave: Plantas infestantes. Competição. Índices de crescimento. Índices de desenvolvimento

ABSTRACT

The objective of this work was to study the growth rates of pineapple crop development as a function of the spacing under weed interference. The experiment was carried out from June 2016 to December 2017, in the experimental area of the Agricultural Sciences Center of the Federal University of Alagoas (CECA-UFAL). The experiment was carried out in field conditions using a randomized block design in a 2 x 20 factorial scheme with 4 blocks, with 2 spacings (Single Row and Double Row) and 20 periods of weed interference. The periods consisted of 10 control seasons after which weeds were controlled (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 and 420 days after planting - DAP) and 10 control seasons. coexistence between pineapple and weeds, where these weeds emerged after these intervals were no longer controlled (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 and 420 days after planting - DAP). The variables plant height (AP), number of leaves (NF), plant diameter (DP), shoot dry matter (MSPA), leaf area (AF), leaf area index (IAF), leaf area (RAF), absolute growth rate (TCA), relative growth rate (TCR) and net assimilation rate (TAL). The results showed that all the growth variables of the pineapple culture suffered reductions when they lived with the periods of weed interference due to the spacing used (single rows and double rows). Throughout the experimental period, the pineapple plants that lived with the weed community showed a reduction of 30 to 80% of their growth variables in relation to the pineapple plants that grew free from the interference of these weeds.

INTRODUÇÃO

As recomendações para controlar plantas daninhas na cultura do abacaxizeiro baseiam-se em informações geradas em regiões tropicais, onde geralmente é produzido e pesquisado. O clima da região do Estado de Alagoas afeta a composição botânica, a dinâmica, a produção de biomassa das plantas daninhas e da cultura e a eficiência dos tratamentos recomendados.

Entre os fatores que afetam a produção das plantas de abacaxizeiro, o período de convivência com plantas daninhas é de grande importância, devido às características de elevada taxa de crescimento, grande capacidade reprodutiva e elevada capacidade de exploração de nutrientes do solo, que lhes asseguram a sobrevivência em locais frequentemente perturbados.

Além disso, as plantas daninhas requerem para seu desenvolvimento os mesmos fatores exigidos pela cultura, estabelecendo um processo competitivo quando em convivência conjunta (Ferreira et al., 2008; Cury et al., 2012). A competição exercida pelas plantas daninhas constitui um dos fatores que mais limitam a produtividade da cultura, além da ocorrência de plantas daninhas promover o aumento do custo de produção, dificulta a colheita, deprecia a qualidade do produto e estas são hospedeiras de pragas e doenças (Pereira, 2004).

A intensidade da competição normalmente é avaliada por meio de decréscimos de produção e/ou pela redução no crescimento da planta cultivada, como respostas à competição pelos recursos de crescimento disponíveis no ambiente – no caso, CO2, água, luz e nutrientes (Agostinetto et al., 2008; Freitas et al., 2009), porém sem considerar a análise de crescimento. Esta é um método que descreve as condições morfofisiológicas das plantas em intervalos de tempo e propõe acompanhar a dinâmica da produção fotossintética, mediante o acúmulo de massa seca (Povh & Ono, 2008).

Esse trabalho teve como objetivo estudar os índices de crescimento e índices fisiológicos da cultura do abacaxizeiro cv pérola em função do espaçamento sob interferência das plantas daninhas.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado no período de junho de 2016 à Dezembro de 2017, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL), localizado na BR 104 Norte Km 85 no município de Rio Largo-AL. O município está situado a uma latitude 9º 27’ S, longitude 35º 27’ W e uma altitude de 127 m. Cujo clima é do tipo A's de Koppen (tropical quente e úmido com estações seca de primavera-verão e chuvosa de outono-inverno), com precipitações pluviométricas anuais variando de 1.500 a 2.000 mm, temperatura média de 26ºC e umidade relativa do ar de 80% (SOUZA et al., 2004), e solo classificado como Latossolo Amarelo Coeso argissolico, de textura franco arenosa (SANTOS et al., 2006).

Figura 1 - Resumo mensal dos dados meteorológicos para Precipitação (mm) e Temperatura do Ar (º C) entre os meses de Junho de 2016 e Dezembro de 2017, coletados na Estação Agrometeorológica localizada no Centro de Ciências Agrárias CECA/UFAL, no Município de Rio Largo - AL, 2016/2017.

Fonte: Laboratório de Agrometeorologia e Radiometria Solar - LARAS-UFAL (2018). 87,6 93,2 55,9 47,0 21,6 15,2 21,3 41,9 12,2 45,7 168,1 584,7 477,8 418,1 154,9 120,1 37,1 14,2 69,3 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 jun /16 jul/ 16 ago/ 16

set/16 out/16 nov/16 dez/

16

jan/17 fev/

17

mar/

17

abr/17 mai/17 jun

/17

jul/

17

ago/

17

set/17 out/17 nov/

17 dez/ 17

P

recipitação P

luvial

(m

m

)

T

em

peraturas

(ºC)

O experimento foi conduzido em condições de campo utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados no esquema fatorial 2 x 20 com 4 blocos, sendo 2 espaçamentos (Fileira Simples e Fileira Duplas) e 20 períodos de interferências com plantas daninhas. Os períodos foram constituídos por 10 épocas de controle á partir do qual as plantas daninhas eram controladas (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 e 420 dias após o plantio – DAP) e de 10 épocas de convivência entre o abacaxizeiro e as plantas daninhas, onde essas plantas daninhas emergidas após esses intervalos não foram mais controladas (30, 60, 90, 120, 150, 180, 240, 300, 360 e 420 dias após o plantio – DAP) conforme pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1 – Tratamentos estabelecidos para caracterização dos períodos de interferência das plantas daninhas com o abacaxizeiro nas fileiras simples e duplas. Rio Largo – AL, 2018.

TRATAMENTOS

PERÍODOS DE CONTROLE (Dias após o Plantio)

PERÍODOS DE CONVIVÊNCIA (Dias após o Plantio)

1 0 – 30 2 0 – 60 3 0 – 90 4 0 – 120 5 0 – 150 6 0 – 180 7 0 – 240 8 0 – 300 9 0 – 360 10 0 – 420 11 0 – 30 12 0 – 60 13 0 – 90 14 0 – 120 15 0 – 150 16 0 – 180 17 0 – 240 18 0 – 300 19 0 – 360 20 0 – 420

As parcelas experimentais foram constituídas por 4 linhas de 6 m de comprimento sendo 20 plantas por linha no espaçamento de 0,90 x 0,30 m, totalizando 80 plantas por parcela (Fileira Simples) e 8 linhas de 6 m de comprimento sendo 15 plantas por linha no espaçamento 0,90 x 0,45 x 0,40 m, totalizando 120 plantas por parcela. Considerando

como área útil das parcelas as 2 linhas ou fileiras centrais deixando as 2 plantas das extremidades como bordadura. Totalizando uma área experimental de 4.718 m² e 37.037 plantas por hectare nos 2 espaçamentos.

Na área experimental foram retiradas amostras de solo para análise químicas a uma profundidade de 20 cm cujo resultados estão na tabela 2.

Tabela 2 - Análise química do solo da área experimental do CECA/UFAL, antes da instalação do experimento, Rio Largo - AL, 2016.

Ph P H+AL Al Ca+Mg K Na SB T V

H2O mg.dm-3---Cmolc.dm-3 ---%---

6,2 22 3,02 0,00 3,86 73 30 4,12 7,14 58,0

Fonte: Laboratório de Solos, Água e Planta – CECA-UFAL, 2016.

O solo foi preparado com uma aração e duas gradagens cruzadas e as linhas ou fileiras foram abertas manualmente com enxadas e a recomendação de adubação em fundação e em cobertura de acordo com a análise do solo (tabela 2).

O plantio foi realizado manualmente no mês de Junho de 2016 utilizando mudas do tipo filhote e filhote rebentão da Cultivar Pérola (Branco de Pernambuco). Adubação de fundação foi realizada com 40 Kg.ha¹ de Fósforo utilizando o fertilizante Supersimples e as adubações de cobertura foram realizadas com 400 Kg.ha¹ de Nitrogênio e Potássio utilizando os fertilizantes Uréia e Cloreto de Potássio divididas 3 aplicações nos meses de Agosto e Dezembro de 2016 e Março de 2017 ( 2, 6 e 9 meses após o plantio).

Foram realizadas três aplicações do fungicida Tiofanato metílico de acordo com a bula do produto (100g p.c/100 L água) para o controle da Fusariose (Fusarium subglutinans) e do inseticida Imidacloprido de acordo com a bula do produto (30g p.c/100L água) aplicando 50 mL da calda por planta para o controle da Cochonilha (Dysmicoccus brevipes). A indução artificial do abacaxizeiro foi realizada aos 14 meses após o plantio (420 dias após o plantio-DAP), utilizando o produto comercial 2 Cloroetilfosfônico Ácido (670 mL p.c/há) e utilizado 36 mL de 2 Cloroetilfosfônico Ácido + 400 g de Uréia por pulverizador costal de 20 L, sendo aplicada 30 mL dessa solução por planta de abacaxizeiro.

Durante o ciclo da cultura do abacaxizeiro foram realizadas amostragens para análise de crescimento nos tratamentos onde a cultura foi mantida sobre o controle e em convivência, durante todo o ciclo com as plantas daninhas.

Foram utilizadas três plantas da área útil por parcela para as avaliações da área foliar, massa seca da parte aérea, altura das plantas, diâmetro da roseta e número de folhas. Utilizou-se a metodologia de Francisco et al., 2014, onde eram medidos as larguras e os comprimentos da folha D e colocadas em uma equação para determinação da área da folha em cm²; logo após, uma planta era levada à estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC por 72 h, para obtenção da massa seca da parte aérea (MSPA).

As variáveis de crescimento foram:

Altura das Plantas (cm.planta-1) – foram utilizados uma trena medindo a altura do

solo à folha mais altas de três plantas de abacaxi por parcela;

Número de Folhas (Und.planta-1) – foram contadas o número de folhas de três

plantas de abacaxi por parcela;

Diâmetro da Planta (cm.planta-1) – foram utilizados um trena medindo a largura

de três plantas de abacaxi por parcela.

Após esta etapa procedeu-se a avaliação dos Parâmetros Fisiológicos:

Área foliar (AF) que foi determinado segundo Francisco et al, 2014 e na massa seca da parte aérea (MSPA) que foi determinado a partir de plantas de abacaxizeiro colocadas em sacos de papel e levadas para estufa de circulação forçada de ar a 65 °C por 72 horas e pesadas em balança de precisão para obtenção da massa seca em t.ha-1.

Com base da AF e da MSPA foram determinados os índice de área foliar (IAF) e a razão de área foliar (RAF) e para cada intervalo compreendido entre duas épocas de avaliação, as taxas de crescimento absoluto (TCA), de crescimento relativo (TCR) e de assimilação líquida (TAL), segundo fórmulas propostas por Benincasa (2003):

O IAF foi determinado pela relação entre a AF média de uma planta, em cm2, e a superfície correspondente de solo destinada à planta (27 cm²);

A RAF representa a relação entre a área responsável pela fotossíntese e a massa seca total da parte aérea produzida, sendo calculada pela fórmula. RAF= AF/MSPA (cm2 g-1);

A TCA (g planta-1 dia-1) representa o incremento médio diário de massa seca da planta entre duas avaliações sucessivas, foi calculada pela fórmula TCA = (MSPAn - MSPAn-1)/(Tn-Tn-1), em que MSPAn é a massa seca acumulada até a avaliação n, MSPAn-1 é a massa seca acumulada até a avaliação n-1, Tn é o número de dias após o tratamento, por ocasião da avaliação n, e Tn-1 é o número de dias após o tratamento, por ocasião da avaliação n-1;

A TCR (g g-1 dia-1) expressa o crescimento da planta em um intervalo de tempo, em relação à massa seca acumulada no início desse intervalo, calculada pela fórmula TCR =(lnMSPAn - lnMSPAn- 1)/ (Tn-Tn-1)];

A TAL (g m-2 dia-1) representa a taxa de assimilação líquida, na forma de massa seca produzida, por unidade de área foliar, por unidade de tempo, calculada pela formula TAL= [(MSPAn – MSPAn-1)/(tn – tn-1)].[(lnAFn – ln AFn-1)/(AFn – AFn-1)].

Após a colheita dos frutos foram determinadas, com fita métrica graduada, paquímetro e balança digital, as variáveis biométricas: peso do fruto com coroa (g), peso do fruto sem coroa (g), peso da coroa (g), diâmetro do fruto (mm), comprimento do fruto com coroa (cm), comprimento do fruto sem coroa (cm), comprimento da coroa (cm).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A cultura do abacaxizeiro apresentou alta interferência de plantas daninhas na massa seca da parte área, altura de plantas, número de folhas e diâmetro da roseta e demais variáveis analisadas, podendo ser observado que quanto maior o período de convivência da cultura com as plantas daninhas, maior tende de ser a perda de crescimento e desenvolvimento.

Podemos notar que todas as variáveis de crescimento da cultura do abacaxizeiro sofreram reduções quando conviveram com os períodos de interferência das plantas daninhas em função dos espaçamentos utilizados (fileiras simples e fileiras duplas). Durante todo o período experimental as plantas de abacaxi que conviveram com a comunidade infestante, apresentaram uma redução de 30 a 80 % de suas variáveis de crescimento em relação as plantas de abacaxi que cresceram livres da interferência dessas plantas daninhas.

Tais diferenças se deveram à alta pressão de interferência exercida por algumas plantas daninhas, que especialmente, tiveram altura, agressividade, sombreamento, matéria seca, etc., como a Digitaria, Richard ia, Urochloa, Panicum.

De modo geral, podemos dizer que, quanto maior for o período de convivência entre a cultura e a comunidade infestante, maior será o grau de interferência (Silva e Durigan, 2006). Segundo Pitelli (1987), isto não é totalmente válido, porque os períodos encontrados por diferentes autores não são idênticos, que podem ser explicados por vários fatores como a época do ciclo da cultura, as condições ambientais de condução dos experimentos, as variedades utilizadas, os espaçamentos e manejos utilizados e também a composição específica da comunidade infestante (Carvalho et al., 2008 a, b).

Figura 2- Matéria Seca da Parte Área do Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Simples.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 M S P A (g. pl an ta¹) 0 50 100 150 200 250 300 350 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 1065,8129 / 1 + e - (X - 1582,8964) / - 0,6148 R² = 0,91 Y = 1278,7715 / 1 + e - (X - 5,1104) / 0,6287 R² = 0,98

Na figura 2, podemos observar que a média dos tratamentos controle foi de 214,05 g.planta-1 comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas

daninhas que foi de 149,15 g.planta-1, uma perda de matéria seca da parte aérea média de

mais de 30% (64,90 g.planta-1) no espaçamento em fileiras simples. O tratamento

controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda de matéria seca da parte aérea foi de mais de 78% (271,11 g.planta-1).

Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de matéria seca da arte aérea foi de mais de 75% (234,17 g.planta-1).

Figura 3- Matéria Seca da Parte Área do Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Duplas.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 M S P A (g. pl an ta¹) 0 50 100 150 200 250 300 350 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 430,2604 / 1 + e - (X - 57,6781) / 0,6786 R² = 0,95 Y = 604,6586 / 1 + e - (X - 400,3193) / - 0,5726 R² = 0,91

Já para o espaçamentos em fileiras duplas (figura 3), a média dos tratamentos controle foi de 223,69 g.planta-1 comparado com a média dos tratamentos em convivência

com as plantas daninhas que foi de 151,30 g.planta-1, uma perda de matéria seca da parte

aérea média de mais de 32% (72,40 g.planta-1). O tratamento controle todo o ciclo da

cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda de matéria seca da parte aérea foi de mais de 59% (146,00 g.planta-1). Já para o tratamento

convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de matéria seca da arte aérea foi de mais de 68% (180,00 g.planta-1).

Comparando a matéria seca da parte aérea do espaçamento em fileiras simples com o espaçamento em fileiras duplas, a perda foi menor no espaçamento em fileiras duplas. Isso se deve possivelmente porque os tratamentos em fileiras duplas fecharam mais rapidamente as suas entre linhas, causando um maior controle das plantas daninhas.

Figura 4- Altura de Plantas de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Simples.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 A ltura da P la nt a (cm) 0 15 30 45 60 75 90 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 96,3890 / 1 + e - (X - 18,1972) / - 0,6186 R² = 0,90 Y = 269,1088 / 1 + e - (X - 1,4197) / 0,2664 R² = 0,90 Na figura 4, podemos observar que a média dos tratamentos controle foi de 74,76 cm comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas daninhas que foi de 60,91 cm, uma perda de altura de plantas média de mais de 18% (13,85 cm) no espaçamento em fileiras simples. O tratamento controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda de altura de plantas foi de mais de 32% (28,48 cm). Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de altura de plantas foi de mais de 41% (34,40 cm).

Figura 5- Altura de Plantas de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Duplas.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 A ltura de P la nt as (cm) 0 15 30 45 60 75 90 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 89,3909 / 1 + e - (X - 10,0807) / - 0,8276 R² = 0,90 Y = 27,9875 / 1 + e - (X - 65,9142) / 4,6319 R² = 0,90

Já para o espaçamento em fileiras duplas (figura 5), a média dos tratamentos controle foi de 79,31 cm comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas daninhas que foi de 63,11 cm, uma perda de altura de plantas média de mais de 20% (16,20 cm). O tratamento controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda de altura de plantas foi de mais de 29% (26,30 cm). Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de altura de plantas foi de mais de 40% (34,27 cm).

Comparando a altura das plantas do espaçamento em fileiras simples com o espaçamento em fileiras duplas, as plantas de abacaxizeiro no espaçamento em fileiras duplas obtiveram uma altura de plantas média de mais de 2 cm a mais em relação ao espaçamento em fileiras simples.

A altura da planta é uma característica importante e pode ser influenciada pela competição, dependendo da cultura, do modo de crescimento da planta daninha e do período de competição. Essa característica, juntamente com a área foliar, pode influenciar

a habilidade competitiva das plantas daninhas, reduzindo a penetração da luz e refletindo em menores perdas na produção (Duarte et al., 2002).

Figura 6- Número de Folhas de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Simples.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 mero de Fol has (Un d) 0 10 20 30 40 50 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 67,1335 / 1 + e - (X - 103,9658) / - 0,4619 R² = 0,92 Y = 75,2871 / 1 + e - (X - 61,2739) / 0,4268 R² = 0,95

Na figura 6, podemos observar que a média dos tratamentos controle foi de 36,35 unidade comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas daninhas que foi de 30,71 unidade, uma perda do número de folhas média de mais de 15% (5,64 und.) no espaçamento em fileiras simples. O tratamento controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda de altura de plantas foi de mais de 43% (19,36 und.). Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de altura de plantas foi de mais de 54% (23,35 und.).

Figura 7- Número de Folhas de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Duplas.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 mero de Fol has (Un d) 0 10 20 30 40 50 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 46,2928 / 1 + e - (X - 421,9222) / 0,7684 R² = 0,98 Y = 60,6056 / 1 + e - (X - 47,7658) / - 0,5163 R² = 0,87

Já para o espaçamento em fileiras duplas (figura 7), a média dos tratamentos controle foi de 38,71 unidade comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas daninhas que foi de 31,21 unidade, uma perda do número de folhas média de mais de 19% (7,50 und.). O tratamento controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas a perda do número de folhas foi de mais de 41% (18,92 und.). Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda do número de folhas foi de mais de 19% (7,70 und.).

Comparando o número de folhas do espaçamento em fileiras simples com o espaçamento em fileiras duplas, as plantas de abacaxizeiro no espaçamento em fileiras duplas obtiveram número de folhas média de 1,86 unidade a mais em relação ao espaçamento em fileiras simples.

Esses dados corroboram com Skóra neto, F., 2003, Otsubo et al., 2008, Albuquerque et al., 2012 e Amaral et al., 2015 estudando as culturas do Milho, Mandioca e Grão de bico, que observaram quanto maior os períodos de convivência da cultura com as plantas daninhas maior foram prejudicados a emissão de folhas, enquanto os períodos de controle das plantas daninhas aumentam a emissão de folhas.

Figura 8- Diâmetro da Planta de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com Plantas Daninhas no Espaçamento em Fileiras Simples.

Períodos (DAP) 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 Diâ met ro da Roseta (cm) 0 20 40 60 80 100 120 CONTROLE CONVIVÊNCIA Y = 291,8316 / 1 + e - (X - 1,6791) / 0,2438 R² = 0,82 Y = 115,7460 / 1 + e - (X - 37,9502) / - 0,7513 R² = 0,95

Na figura 8, podemos observar que a média dos tratamentos controle foi de 83,71 cm comparado com a média dos tratamentos em convivência com as plantas daninhas que foi de 73,66 cm, uma perda de diâmetro de planta médio de mais de 12% (10,05 cm) no espaçamento em fileiras simples. O tratamento controle todo o ciclo da cultura comparado com o controle somente 30 dias das plantas daninhas uma perda de diâmetro de planta médio de mais de 45% (46,35 cm). Já para o tratamento convivência com as plantas daninhas durante 30 dias comparado com o tratamento em convivência todo o ciclo da cultura a perda de diâmetro de planta foi de mais de 44% (45,16 cm).

Figura 9- Diâmetro da Planta de Abacaxizeiro em Controle e em Convivência com

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