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Análise custo-benefício (ACB)

No documento mariliadepaduadornelascorrea (páginas 54-60)

2.4 AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SAÚDE

2.4.3 Tipos de avaliação econômica

2.4.3.4 Análise custo-benefício (ACB)

ACB compara tanto os custos como os benefícios em unidades monetárias. As raízes teóricas da análise do custo-benefício derivam da economia do bem-estar. Este tipo de economia é utilizado como auxílio nas tomadas de decisão sobre políticas públicas, incorporando preferências individuais e valores para melhorar o bem-estar social, equilibrando, ao mesmo tempo, a utilização efetiva de recursos (RASCATI, 2010).

Em poucas palavras a ACB é uma comparação entre os custos e as tecnologias e seus efeitos (benefícios) em unidades monetárias (DRUMMOND; SCULPHER, 2005).

Todos os custos e benefícios devem ser incluídos. A maior dificuldade está nos benefícios, pois são difíceis de medir ou quantificar em unidades monetárias. A grande diferença desta forma de análise é precisamente o de medir custos e benefícios nas mesmas unidades, para que sejam comparáveis. É a única forma que permite comparar os benefícios obtidos com o custo.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a QV, satisfação das pacientes portadoras de HM moderada a gigantomastias, no pré e pós-operatório e o custo-utilidade das mamoplastias redutoras realizadas no sistema público de saúde brasileiro.

3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

• Avaliar a QV através do Breast Q®;

• Avaliação do tratamento, por parte das pacientes, incluindo a qualidade de atendimento hospitalar, equipe cirúrgica e os processos de recuperação e cicatrização;

4 METODOLOGIA

4.1 POPULAÇÃO

Foram selecionadas consecutivamente, para um estudo de coorte prospectivo, pacientes portadoras de HM, em lista de espera do Serviço de Cirurgia Plástica do HU-UFJF e submetidas à MR no período de julho 2013 a junho de 2015.

São critérios de inclusão: • Pacientes do sexo feminino;

• Maiores de 18 anos e menores que 65 anos;

• Portadoras de HM moderada a gigantomastia, segundo a classificação de Lalardrie e Jouglard (1974);

• Ser capaz de responder ao questionário. São critérios de exclusão:

• Cirurgia prévia nas mamas;

• Pacientes submetidas à cirurgia bariátrica.

Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo A), aprovado pelo CEP sob o número 309.134 de 24/06/2013 (Anexo B).

4.2 COLETA DE DADOS

Foi aplicado o questionário Breast-Q®, módulo para MR/mastopexia no

pré-operatório (Anexo C) e com seis meses de pós-operatório (Anexo D).

A aplicação do questionário foi realizada no Ambulatório de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU- UFJF), em horários pré-determinados, de acordo com a agenda cirúrgica. O questionário é autoaplicável e contou com a supervisão de um dos pesquisadores, todos previamente treinados para esclarecer eventuais dúvidas e auxiliar as pacientes com dificuldades de leitura e/ou compreensão do mesmo.

Os dados para avaliação dos custos foram colhidos do prontuário eletrônico dos pacientes, no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários

(AGHU), assim como dos prontuários de internamento hospitalar, nos casos de complicações pós-operatórias.

Os custos de cada item avaliado foram colhidos no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais de Síntese do SUS (SIGTAP) que contém todos os procedimentos, atributos e regras que possibilitam o processamento da produção ambulatorial e de internação. Já o gasto pessoal, no pós-operatório, com medicamentos foi avaliado pelo último Guia Farmacêutico Brasíndice, publicado em setembro de 2015.

4.3 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS

Para a avaliação estatística dessa pesquisa foi utilizado o software Q-

Score. Neste software as pontuações são calculadas a partir das respostas e

graduadas numa escala de 0-100: quanto maior for a pontuação, melhor será QV relacionada a saúde e maior satisfação.

Os resultados dos questionários foram descritos por média e desvio padrão. Para comparação entre pré e pós-operatório utilizamos o teste t-Student para amostras pareadas, ou o teste não paramétrico de Wilcoxon.

Para a análise do custo-utilidade até o momento, não existe uma ponderação para as diversas escalas (ou escores) do Breast-Q® de forma a obter um escore total (Breast-Q users manual, 2015). Desta forma a medida de utilidade foi obtida pela média aritmética simples dos escores, conforme Matros e outros (2015), tanto no pré quanto no pós-operatório. No pós-operatório os pacientes foram categorizados em dois grupos: sem complicações e reoperados.

A determinação do Qaly (Breast health-related Qaly) seguiu a metodologia proposta em (THOMA et al., 2001), multiplicando o valor de utilidade pelo valor esperado de anos de vida remanescentes (expectativa de vida para mulheres obtida das tábuas do IBGE – idade na data da cirurgia). Foi atribuída uma taxa de desconto de 3% ao ano para o QALY.

O valor da razão de custo-utilidade incremental (ICER) foi obtido da árvore de decisão onde custo e utilidade esperados foram obtidos (ICER = custo pós

- custo pré/útil pós – útil pré). Os cálculos foram realizados utilizando o software

TreeAge Pro 2011 (Tree Age Software Inc., Willianstown, Mass).

As comparações entre os grupos reoperado e sem complicações foram realizados utilizando os testes não paramétricos de Mann Whitney e o software SPSS 21.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Considerando o formato adotado pela Coordenação do Programa de Pós- graduação em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora, os resultados e discussão deste estudo, serão apresentados sob a forma de dois artigos, gerados a partir da nossa pesquisa.

Os resultados detalhados, tabelas descritivas, árvore de decisão, assim como informações adicionais na discussão e as limitações, estão apresentadas nos apêndices A, B, C e D respectivamente.

• Artigo 1) Assessment of quality of life in patients who underwent breast reduction using Breast-Q.

• Artigo 2) Cost-utility evaluation/analysis of ReductionMammoplasty in Brazilian Public Service, using BREAST - Q®, artigo submetido ao periódico Aesthetic Plastic Surgery.

5.1 ARTIGO 1 – Assessment of quality of life in patients who underwent breast

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