Foi analisada a receita total gerada pelos municípios mineiros apenas do ano de 2013
devido à contemporaneidade dos dados e por não julgar necessário verificar as composições
das receitas municipais dos outros anos (2010 a 2012) já que o propósito deste tópico é verificar
a composição mais próxima da realidade atual da receita total dos municípios mineiros.
De acordo com o Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público
Brasileiro - SICONFI da Secretaria do Tesouro Nacional-STN a receita total gerada pelos
municípios mineiros em 2013 foi de R$ 47.794.504.878,66 deste total R$ 17.667.741.215,83,
ou seja, 36,97% foram geradas pelos dez municípios apresentados na Figura 3.
Figura 3 – Dez maiores receitas do Estado em 2013
Fonte: Siconfi/ STN. Elaborada pela autora.
A Figura 3 mostra que a capital Belo Horizonte em 2013 gerou 18,58% do total da
receita e a segunda maior participação na receita foi de Uberlândia com 3,15%, seguida de
Betim com 3,07%, Contagem com 2,75%, Juiz de Fora com 2,41%, Uberaba com 1,67%, Nova
0,0000% 2,0000% 4,0000% 6,0000% 8,0000% 10,0000% 12,0000% 14,0000% 16,0000% 18,0000% 20,0000% 0,00 1.000.000.000,00 2.000.000.000,00 3.000.000.000,00 4.000.000.000,00 5.000.000.000,00 6.000.000.000,00 7.000.000.000,00 8.000.000.000,00 9.000.000.000,00 10.000.000.000,00
Lima com 1,67%, Montes Claros com 1,33%, Governador Valadares com 1,25% e Ipatinga
com 1,23%.
É expressiva a diferença entre o percentual da capital e as demais cidades e tal fator
evidencia a sua importante contribuição para a receita total do Estado e ao mesmo tempo a
disparidade entre a sua capacidade de gerar receitas e dos demais municípios mineiros.
Estes mesmos dez municípios também possuem as maiores populações do Estado,
conforme demonstrado na Figura 4.
Figura 4 – Dez maiores populações do Estado em 2013
Fonte: Siconfi/ STN. Elaborada pela autora.
Por meio da Figura 4 é possível perceber que Belo Horizonte abriga 12,09% da
população total seguida, respectivamente, de Uberlândia (3,15%), Contagem (3,11%), Juiz de
Fora (2,66%), Betim (1,98%), Montes Claros (1,88%), Uberaba (1,54%), Governador
Valadares (1,34%), Ipatinga (1,23%) e Nova Lima (0,43%).
Pode-se observar que a receita dos municípios não é totalmente proporcional à sua
população, isso é evidente ao avaliar a posição de Nova Lima nas Figuras 3 e 4. Em relação à
receita total do Estado em 2013 ela ocupa a 7ª posição já a sua população é a décima do Estado.
Uma possível explicação para este fator é que a cidade de Nova Lima foi a maior exportadora
do Estado no ano de 2013 conforme mostra o quadro 7.
De acordo com os relatórios financeiros do Siconfi/STN de toda a receita gerada pelos
municípios no ano de 2013, 69% corresponderam a transferências correntes, ou seja,
12,09% 3,15% 3,11% 2,66% 1,98% 1,88% 1,54% 1,34% 1,23% 0,43% 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00%
transferências intergovernamentais, tanto da União quanto do Estado, que não exigem
contrapartida em serviços prestados.
A Figura 5 apresenta a comparação entre todas as receitas geradas pelos municípios no
ano de 2013 extraídas do relatório financeiro do Siconfi/STN.
Figura 5 – Comparação das receitas geradas pelos municípios no ano de 2013.
Fonte: Siconfi/ STN. Elaborada pela autora.
A Figura 5 mostra a relevante importância das transferências intergovernamentais para
as finanças dos municípios mineiros, em 2013. As transferências correntes representaram 69%
das receitas totais municipais, a receita tributária 16% e as demais, somadas, representaram
14% do total das receitas totais geradas pelos municípios.
A Figura 6 apresenta a comparação percentual das transferências correntes recebidas
pelos municípios em 2013.
Figura 6 – Comparação percentual das transferências correntes recebidas pelos municípios em 2013.
Fonte: Siconfi/ STN. Elaborada pela autora.
TOTAL RECEITAS
Transferências
Correntes Tributária Capital Correntes Contribuições Serviços Patrimonial VALOR 47.794.504.87 33.162.639.45 6.880.052.811 2.313.426.978 1.476.365.328 1.159.161.750 954.880.612 681.076.910
% 100% 69% 16% 6% 3% 2% 2% 1%