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CAPÍTULO III RESULTADOS

3.1. Análise da legislação aplicável ao sector leiteiro de Portugal e do Brasil e sua

3.1.2 Análise da legislação aplicável ao sector leiteiro no Brasil

O levantamento das peças legais referentes a legislação sanitária do leite no Brasil (Anexo IV) identificou um número inferior (9) do aquele encontrado para o mesmo sector em Portugal. As peças legais estudadas aplicam-se somente dentro do território brasileiro, e todas as normas e ações legais são elaboradas pelo Governo Brasileiro.

A legislação mais antiga tomou forma de lei em 29 de março de 1952 como Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), legitimado pelo Decreto nº 30.691/1952, e em vigor até os dias atuais. Esse regulamento sofreu algumas alterações no decorrer dos anos. A norma legal sanitária mais recente em território brasileiro data de 29 de dezembro de 2011, legitimada como Instrução Normativa nº 62 do MAPA, ao Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite

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Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, em conformidade com os anexos desta Instrução Normativa.

Como anteriormente já apresentado no resultado da análise da legislação portuguesa, os mesmo critérios de análise e temática foram seguidos para a legislação brasileira.

Produção primária

Os critérios que são apresentados no licenciamento e identificação animal conforme a legislação brasileira são recomendados pelas seguintes peças legais:

- Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (IBAMA) - Licenciamento Ambiental que promove os instrumentos da política nacional de meio ambiente e preservação;

- Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 237/1997, de 19 de dezembro de 1997 - Regulamenta os aspetos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente;

- Instrução Normativa nº 17, de 13 de julho de 2006 (MAPA) - Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV).

Quanto à legislação aplicável à alimentação animal, o Brasil dispõe de mecanismos que promovem a inspeção e fiscalização obrigatória dos alimentos destinados aos animais. Tais procedimentos são estabelecidos por instruções, decreto e leis seguintes:

- Lei nº 6.198 de 26 de dezembro de 1974 (MAPA) - Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização dos produtos destinados à alimentação animal e dá outras providências;

- Instrução Normativa nº8, de 25 de março de 2004 (MAPA) - Proibição em todo o território nacional da produção, da comercialização e da utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal;

- Instrução Normativa nº 13, de 30 de novembro de 2004 (MAPA) - Aprovação de um Regulamento Técnico sobre Aditivos para Produtos Destinados à Alimentação Animal;

- Decreto nº 6.296, de 11 de dezembro de 2007 (MAPA) - Registo e renovação de produtos importados destinados à alimentação animal;

- Instrução Normativa nº 13, de 30 de novembro de 2004 (MAPA) - Estabelece os critérios e categorias de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB);

- Instrução Normativa nº42, de 16 de dezembro de 2010 (MAPA) - Menciona e estabelece os critérios e os procedimentos para a fabricação, fracionamento, importação e comercialização dos produtos isentos de registro;

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- Instrução Normativa nº 62, de 29 de dezembro de 2011 (MAPA) - Proíbe ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a qualidade do leite.

A água utilizada na produção primária e direcionada aos animais de produção deve ser de boa qualidade e a legislação brasileira abrange este ponto com as seguintes normas legais:

- Resolução do CONAMA nº 357, de 17 de Março de 2005 (IBAMA) - Que estabelece as condições e padrões de qualidade das águas doce, e a para dessedentação de animais criados confinados;

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA) - Estabelece características obrigatórias de potabilidade da água.

As instalações e condições higiénicas à execução da ordenha devem obedecer critérios rigorosos de forma que proporcionem condições ideais de higiene e sanidade desta actividade, a este ponto a legislação brasileira estabelece seus critérios através das seguintes normas: - Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952 (MAPA) - Aprova o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, estabelece regras e procedimentos a serem executados na exploração para produtos de origem animal - RIISPOA;

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA) - Menciona nos anexos I e II a sanitização dos equipamentos antes e após a ordenha, como as Condições Higiênico- Sanitárias Gerais para a obtenção da matéria-prima.

A legislação sanitária brasileira que visa saúde dos animais, tem como objetivo proteger e aumentar o estado de saúde e condição dos animais, em particular, a produção de alimentos animais. As peças legais que disponibilizam estes critérios de sanidade animal no Brasil estão previstas nas normas legais seguintes:

- Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952 (MAPA) - Aprova o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e o Departamento de Saúde Animal são responsáveis pela execução de um plano para erradicação da tuberculose, da brucelose ou de quaisquer outras doenças dos animais produtores de leite – RIISPOA;

- Instrução Normativa nº 06, de 08 de Janeiro de 2004 (MAPA) - Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal;

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA) - No anexo II, nº 4, refere “A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário”.

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A legislação brasileira indica que a ordenha deve ser feita com regularidade e diariamente, seguindo todos os critérios sanitários de forma a garantir a qualidade do leite ordenhado. Além da ordenha, os procedimentos indicados para equipamentos e utensílios, acondicionamento, refrigeração, armazenagem e transporte para a indústria são mencionados nas leis que seguem:

- Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952 (MAPA) - Inspeção Industrial e Sanitária do leite e derivados, Capítulo I - Leite em Natureza – RIISPOA;

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA) - Através do anexo I e II estabelece o Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade de Leite Tipo A e do leite Cru.

Transporte e indústria

Após as ações legais sobre a produção primária, o leite é transportado e segue todo o seu beneficiamento na Indústria. Antes do seu processamento industrial é importante que haja um cuidado sobre o tempo do transporte, a temperatura e a higiene nesta fase. Estas determinações são dadas pelas seguinte peças:

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA), no anexo IV - Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel;

- Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952 (MAPA), no Título III - Funcionamento dos estabelecimentos e no Título VIII - Inspeção industrial e sanitária do leite e derivados.

Produção e colocação no mercado

Como aspeto final da cadeia, a produção de leite para o consumo acompanha desde os pré- requisitos do processamento mais a embalagem do produto (incluem também a pasteurização, tempo e temperatura), a rotulagem, expedição e transporte do produto final, como os limites microbiológicos de produção. Nestes aspectos temos:

- Instrução Normativa nº 62, de 29 de Dezembro de 2011 (MAPA), nos anexo I, II e III; - Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952 (MAPA), no título XIII fornece algumas especificações ao ponto referente a rotulagem do leite – RIISPOA.

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