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ANÁLISE DA QUESTÃO 10: SABERIA EM QUAL INTENSIDADE DEVE-SE

3. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.10 ANÁLISE DA QUESTÃO 10: SABERIA EM QUAL INTENSIDADE DEVE-SE

Quando analisou-se essa questão, percebeu-se que as respostas dos

profissionais entrevistados foram semelhante, porém diferenciam-se pela forma em

que responderam. O entrevistado 1, ressalta que a intensidade dos exercícios

devem ser entre 65% à 70%, o entrevistado 3 argumentou que deve-se trabalhar

com exercícios de baixa intensidade, porém não deixou claro que intensidade é

essa.

Já os entrevistados 2 e 4 tiveram a mesma resposta, que o profissional

precisa fazer testes com o beneficiário para saber a sua frequência máxima e

mínima para poder ter o conhecimento da intensidade a ser trabalhada e poder

manter o seu treino.

Na concepção de Kraemer e Tairova (2011, p. 09), a intensidade dos

exercícios que serão prescritos pelo profissional irá depender da frequência cardíaca

máxima do indivíduo cardiopata, para proporcionar benefícios á saúde, e enfatiza a

importância de o médico cardiologista saber se o indivíduo toma algum

medicamento que possa alterar sua frequência cardíaca tanto em repouso como na

realização dos exercícios físicos, esses medicamentos mudam a prescrição do plano

de treinamento.

O entrevistado 5 afirmou que sabe em qual intensidade trabalhar com o

cardiopata e enfatizou que isso vai depender de cada indivíduo, a sua cardiopatia

e sua gravidade. Isso está de acordo com a concepção dos autores citados

acima, onde é medida a intensidade de acordo com a frequência cardíaca de

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Enfim, o entrevistado 6 respondeu que deve-se prescrever exercícios com

uma intensidade entre 55% à 65% da frequência cardíaca do beneficiário cardiopata.

Verifica-se que esses percentuais estão dentro dos parâmetros de intensidade

indicados que encontra-se na literatura, mas é de suma importância respeitar as

individualidades de cada beneficiário e saber qual a intensidade mais adequada para

A partir do referencial teórico desse estudo, percebeu-se a importância da

prática de atividade física para os beneficiários cardiopatas e a significância do

profissional de Educação Física na vida desses indivíduos. O exercício físico é um

aliado na prevenção e no combate às doenças relacionadas ao coração, bem como,

reduz os fatores de risco que levam à condições para o surgimento dessas

patologias.

Visto a suma importância da atividade física para a melhora da saúde dos

cardiopatas, e as respostas que o exercício físico causa nas capacidades desses

indivíduos, verifica-se a plena importância do conhecimento que o profissional de

Educação Física deve ter em relação à prescrição de um plano estruturado de

exercícios físicos para os indivíduos portadores de doenças coronarianas.

Após analisar os dados obtidos nessa pesquisa, concluiu-se que os

profissionais de Educação Física que foram entrevistados ainda possuem uma

carência de informações e conhecimento sobre patologias relacionadas ao coração,

dificultando na elaboração de um plano de exercícios para estes, o que causa

insegurança da parte dos profissionais na prescrição de exercícios físicos para os

cardiopatas.

Verificou-se através da literatura que tanto exercícios aeróbios quanto

exercícios anaeróbios podem ser aplicados no plano de exercícios para um indivíduo

com doenças coronarianas, mas deve-se ressaltar que o profissional precisa

conhecer esse indivíduo, sua individualidade biológica e seu histórico patológico.

Com a aplicação de testes e a anamnese feita pelo profissional, bem como o

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prescrição das atividades a serem realizadas por ele de acordo com suas

necessidades, trazendo benefícios para a sua qualidade de vida.

O profissional de Educação Física precisa estar sempre em busca de

conhecimento através de cursos específicos para cada tipo de patologia e a

prescrição de exercícios, deve-se buscar aperfeiçoamento sobre tudo que abrange a

área da saúde para poder ter segurança e certeza quando irá fazer a prescrição de

um plano estruturado de acordo com os objetivos que é proposto ao indivíduo em

que será aplicado esse treinamento, para poder beneficiar a todos que procuram

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ANEXO A – ENTREVISTA APLICADA AOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM RELAÇÃO À CARDIOPATIA

Esta pesquisa tem por objetivo investigar o conhecimento dos profissionais

de Educação Física sobre cardiopatias e a prescrição de exercícios físicos para os

cardiopatas.

O questionário abaixo faz parte de uma monografia acadêmica sobre o

procedimento adotado nas academias em relação ao beneficiário cardiopata.

1. O que você entende por cardiopatia?

2. Onde você trabalha tem alguma pessoa cardiopata que faz atividade física?

3. Quantas pessoas cardiopatas fazem exercícios físicos orientados na

academia em que você trabalha?

4. Ao chegar uma pessoa cardiopata na academia, você sabe quais os

procedimentos a realizar?

5. Você acompanha o cardiopata da mesma forma que acompanha outros

clientes?

6. Já aconteceu de um cardiopata chegar na academia onde você trabalha

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7. Você sabe quais os tipos de exercícios podem ser aplicados a uma pessoa

cardiopata?

8. Você se sente capacitado(a) o suficiente para prescrever um plano de

atividade física para cardiopatas?

9. Em sua opinião, quais os cuidados que o profissional de educação física

deve ter com um individuo cardiopata?

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