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Por meio da coleta de dados nos Formulários de Referência e nos Relatórios de Auditores Independentes das empresas da amostra e do uso de estatística descritiva, foi possível construir a tabela 5, na qual se relaciona o comportamento dos valores dos honorários pagos aos auditores independentes em cada estágio de ciclo de vida organizacional.

Tabela 5 – Honorários de auditoria independente por ciclo de vida organizacional Ciclo de Vida Organizacional Mínimo Honorários Pagos aos Auditores Independentes Máximo Média Desvio

Padrão Nascimento 95.277,00 8.118.800,00 1.364.646,49 2.458.523,89 Desenvolvimento 70.000,00 2.113.400,08 740.535,57 767.701,16 Maturidade 40.910,00 7.057.939,46 1.087.031,22 1.541.784,00 Turbulência 116.617,99 2.093.923,75 707.542,64 605.093,76 Declínio 41.982,00 1.330.705,26 316.438,13 425.562,85

Fonte: Dados da Pesquisa (2020).

A partir da análise dos dados apresentados na tabela 5, verifica-se que, em média, os maiores valores de honorários pagos estão relacionados ao ciclo de vida do Nascimento. De acordo com a literatura já apresentada na seção 2 deste estudo, este estágio é marcado por grande expansão das empresas e iniciativas de investimentos e captação de recursos, e além disso, aglomera incertezas acerca de realização de fluxos de caixa e de continuidade operacional, o que parece provocar efeito significativo nos horários de auditoria e nos prazos de publicação dos Relatórios dos Auditores Independentes, uma vez que para este ciclo também foi encontrado o maior audit delay, conforme comentado anteriormente.

Por outro lado, verifica-se que o estágio no qual se encontrou os menores honorários pagos aos auditores independentes corresponde ao do Declínio, com os menores valores mínimo e máximo identificados dentre todos os ciclos, assim como menor média. Tal fato também é explicado pela literatura base para este estudo, tendo em vista que as empresas localizadas neste estágio apresentam poucos recursos orçamentários para fazer frente a suas obrigações de curto e longo prazo.

Corroborando com as restrições orçamentárias enfrentadas pelas empresas no ciclo do declínio, ressalta-se que foram as empresas deste ciclo com menor percentual de auditoria Big Four, em que apenas 3 das 8 (37,5%) destas organizações contrataram uma das Big Four para auditar suas demonstrações contábeis, conforme tabelas 1 e 2.

Em relação ao desvio-padrão dos honorários pagos aos auditores independentes, verifica-se que as empresas localizadas no estágio do Nascimento e da Maturidade apresentaram os maiores desvios-padrões da amostra, evidenciando grandes variações de valores, podendo-se associar a fatores como complexidade de negócios do cliente de auditoria, tamanho da firma, riscos associados à realização de auditoria independente (FREZATTI et al, 2017; SOUZA; NECYK; FREZATII, 2008; WANG; SING, 2010).

Em apenas 2 casos de empresas classificadas no estágio Nascimento, o fato de serem as primeiras auditorias delas ajuda a compreender honorários mais elevados que expressiva proporção de empresas no mesmo estágio de ciclo de vida determinado pela necessidade de auditorias minuciosas e detalhadas, aumentando a proporção de honorários e acentuando os efeitos do Audit Delay nessas empresas.

A tabela 6 indica os resultados relacionados às questões levantadas apresentados pelas empresas estudadas, que, em conjunto, possibilitaram a busca de evidências suficientes para balizar a determinação dos honorários.

Tabela 6 – Motivos de emissão no RAI por ciclo de vida organizacional Motivos da

emissão de opinião no RAI

Quantidade de Empresas em cada Ciclo de Vida

Nascimento Desenvolvimento Maturidade Turbulência Declínio

Demonstrações financeiras adequadas. 10 11 24 9 4 Estimativas e julgamentos imprecisos 0 0 1 0 0 Ocorrência de transferência de riscos contínuos em transações 0 0 0 0 1 Decisão judicial transitada em julgado após o encerramento do exercício. 1 0 0 0 0 Incerteza de continuidade operacional. 1 0 0 0 1

Fonte: Elaboração própria baseada nos dados pesquisados (2020)

De acordo com os dados apresentados pela tabela 6, nota-se que situações de modificação de opinião abrangentes da amostra constituem casos pontuais descritos pela tabela, havendo pouca incidência (como foi o caso de apenas 5 empresas) de ressalvas nos relatórios dos auditores independentes.

A análise da tabela 6, em conjunto com a literatura abordada no presente estudo e, ainda, em conjunto com informações acerca dos honorários correspondentes aos casos de modificação nos RAIs evidenciados pela tabela 7 parecem evidenciar que há relação direta dos honorários de auditoria independente com os estágios de ciclo de vida organizacionais.

Tabela 7 – Honorários de auditoria independente por motivo de emissão no RAI Motivos da emissão de opinião

no RAI

Honorários Pagos aos Auditores Independentes Mínimo (R$) Máximo (R$) Média (R$) Padrão (R$) Desvio

Demonstrações financeiras adequadas. 40.910,00 8.118.000,00 934.715,05 1.465.085,21 Estimativas e julgamentos imprecisos. 503.600,00 503.600,00 503.600,00 0,00 Ocorrência de transferência de

riscos contínuos em transações. 1.330.705,26 1.330.705,26 1.330.705,26 0,00

Decisão judicial transitada em julgado após o encerramento do exercício.

95.277,00 95.277,00 95.277,00 0,00

Incerteza de continuidade

operacional. 116.040,00 116.040,00 116.040,00 0,00

Fonte: Elaboração própria baseada dos dados pesquisados (2020)

Adicionalmente, outro fator que corrobora para essa associação deriva dos riscos de auditoria (mais especificamente do risco de distorção relevante), tendo em vista que em casos de modificação de opinião nos RAIs, os riscos de auditoria tendem a ser maiores, visto que, conceitualmente, e segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) abordadas no presente estudo, distorções provocadas por incertezas na continuidade operacional, utilização de premissas e julgamentos duvidosos e alguns fatores externos como decisões judiciais ou provisões sobre fatores de risco não totalmente controláveis pelos clientes de auditoria podem elevar os riscos de auditoria, o que permite associar a um aumento no número de horas demandadas para a realização de auditoria independente (minuciosidade na auditoria) e maior complexidade de procedimentos para a execução da auditoria.

Entretanto, como já dito anteriormente, a associação aos riscos de auditoria não é o único fator cabível para explicar o aumento nos honorários, em alguns casos específicos, como no valor máximo de honorários associado a uma empresa com demonstrações financeiras adequadas, como ilustrado na tabela 7.

Dessa forma, de acordo com os dados apresentados pela tabela 7 em conjunto com informações presentes no Apêndice B deste estudo, ao se compararem os honorários de cada empresa analisada, percebe-se significativo aumento nos honorários em quase todos os estágios de ciclo de vida organizacional cujos RAIs apresentaram opinião modificada, com exceção apenas para o estágio do Declínio, tendo em vista, como já dito anteriormente, que as empresas neste estágio dispõem de menos folgas orçamentárias para fazer frente à suas obrigações de curto e longo prazo (FREZATTI et al, 2017).

A partir da análise das informações presentes na tabela 7 e da literatura envolta neste estudo, há evidência suficiente de que os honorários são variáveis sujeitas a uma série de fatores determinantes, como tamanho da firma, tempo de existência da firma, fator Big Four, entre outros. Neste estudo, observaram-se fortes indícios que classifiquem os ciclos de vida organizacional como um desse fatores determinantes. Encontrou-se no estágio do Nascimento maiores valores de honorários pagos aos auditores independentes.

Esta constatação encontra amparo na literatura apresentada, uma vez que o ciclo do Nascimento é marcado por grande incerteza acerca da realização de fluxos de caixa e há a tentativa de diversificação de investimentos a fim de criar fontes alternativas de renda para a empresa, elevando significativamente os riscos de auditoria em empresas deste estágio, o que aumenta, de acordo com a complexidade de negócios da empresas, o tempo necessário à realização de auditoria e, consequentemente, os honorários pagos aos auditores independentes.

Há diferentes estruturas organizacionais de administração das empresas para cada ciclo de vida organizacional, como apontado por Frezatti et al (2017), o que implica em diferentes destinações de recursos das empresas e na criação de folgas orçamentárias que sustentem o exercício de auditoria independente e; Há diferenças nos tempos de existência das firmas estudadas, o que pode impactar diretamente nos honorários, tendo em vista que, em duas empresas incluídas no estágio do nascimento foram realizadas as primeiras auditorias, que requerem um trabalho de

campo minucioso e mais demorado, elevando o valor fixado dos honorários de auditoria.

A partir da perspectiva dos ciclos de vida organizacionais, os resultados sugerem que empresas com maiores incertezas de continuidade operacional e menores folgas orçamentárias, tendem a pagar menores honorários aos auditores independentes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os relatórios dos auditores independentes se configuraram como uma das bases de dados utilizadas por este estudo, tendo em vista a sua importância para buscar evidências que relacionassem o valor dos honorários pagos aos auditores independentes aos estágios de ciclo de vida organizacionais correspondentes a cada entidade analisada. Essas informações foram coletadas juntamente com a análise dos formulários de referência de cada uma das 65 entidades estudadas, a fim de viabilizar essa associação entre honorários e ciclos de vida.

Acerca dos dados apresentados pela amostra, em relação ao tipo de opinião de auditoria independente, verificou-se que no ano de 2018, houveram apenas 5 casos de modificação de opinião, resumindo-se em incertezas relacionadas a premissas e julgamentos da contabilidade, relacionadas à continuidade operacional das empresas, e às decisões judiciais (fatos não controlados totalmente pela entidade).

Adicionalmente, cita-se que houve forte tendência das empresas componentes da amostra em recorrer à auditoria independente realizada por Big Four, corroborando com estudos anteriores acerca dos efeitos do fator Big N sobre as empresas de capital aberto.

Acerca do objetivo geral e objetivos específicos deste estudo, verifica-se que, através do modelo de Dickinson (2010), as empresas componentes da amostra estão predominantemente incluídas no estágio de ciclo de vida organizacional da Maturidade, totalizando 25 empresas, as quais apresentaram a segunda maior média de honorários pagos, dentre as empresas da amostra.

Entretanto, foi no estágio do Nascimento que se encontrou a maior média e o maior desvio padrão dos honorários pagos por elas aos seus auditores, isto é, no nascimento foram encontrados os honorários mais caros, em média, apresentando também o maior honorário de auditoria (R$ 8.118.000,00) da amostra. Além disto, é no estágio do nascimento que se observou maior Audit Delay na emissão dos Relatórios de Auditoria Independente.

Em relação às empresas localizadas nos demais estágios, Desenvolvimento, Turbulência e Declínio, houve menores desvios-padrão e menores honorários, sendo o Declínio o estágio que pagou menores honorários da amostra.

Tendo em vista todo o arcabouço teórico exposto no presente estudo, observa- se que a relação entre os honorários de auditoria independente e o ciclo de vida das empresas estudadas pode ser compreendida por fatores de complexidade de negócios, estrutura de capital, estrutura organizacional, características derivadas do conjunto de fluxos de caixa das atividades das empresas estudadas e dos princípios e normas contábeis aplicáveis no Brasil.

Do exposto, conclui-se que os resultados obtidos sinalizam para haver indícios de relação entre os honorários pagos aos auditores independentes e os estágios de ciclo de vida organizacionais o que pode ser explicado

Dessa forma, a fim de corroborar para a geração de conhecimento, sugere-se a realização de novos estudos nesse sentido, tendo em vista as limitações de tempo da amostra e dos dados das empresas analisadas, que são restritas apenas às empresas de consumo cíclico.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – FLUXOS DE CAIXA DAS EMPRESAS POR ATIVIDADE

FLUXO DE CAIXA

ID NOME DA EMPRESA ANO OPERACIONAL INVESTIMENTO FINANCIAMENTO VARIAÇÃO

1 IOCHPE MAXION S.A. (IOCHP-MAXION) 2018 R 614.720,00 -R$ 470.475,00 -R$ 274.132,00 -R$ 129.887,00

2 MAHLE-METAL LEVE S.A. (METAL LEVE) 2018 R$ 154.699,00 -R$ 99.270,00 -R$ 128.705,00 -R$ 73.276,00

3 PLASCAR PARTICIPAÇÕES INDUSTRIAIS S.A. (PLASCAR PART) 2018 -R$ 411,00 -R$ 3.117,00 R$ 2.703,00 -R$ 825,00

4 MAGAZINE LUIZA S.A. (MAGAZ LUIZA) 2018 R$ 1.236.164,00 -R$ 394.112,00 -R$ 655.672,00 R$ 186.380,00

5 VIA VAREJO S.A. (VIAVAREJO) 2018 R$ 841.000,00 -R$ 590.000,00 -R$ 99.000,00 R$ 152.000,00

6 WHIRLPOOL S.A. (WHIRLPOOL) 2018 R$ 1.321.281,00 -R$ 430.132,00 -R$ 684.543,00 R$ 206.606,00

7 B2W - COMPANHIA DIGITAL (B2W DIGITAL) 2018 R$ 431.164,00 R$ 671.156,00 R$ 548.128,00 R$ 1.650.448,00

8 GRUPO SBF S.A. (CENTAURO) 2018 R$ 198.304,00 -R$ 85.930,00 -R$ 19.622,00 R$ 92.752,00

9 LOJAS AMERICANAS S.A. (LOJAS AMERIC) 2018 R$ 1.491.456,00 R$ 1.948.746,00 -R$ 193.901,00 R$ 3.246.301,00

10 SARAIVA LIVREIROS S.A. - Recup. Jud. (SARAIVA LIVR) 2018 R$ 276.797,00 -R$ 85.680,00 -R$ 164.637,00 R$ 26.480,00

11 AREZZO INDUSTRIA E COMÉRCIO S.A. (AREZZO CO) 2018 R$ 117.836,00 R$ 72.236,00 -R$ 192.556,00 -R$ 2.484,00

12 CEA MODAS S.A. (CEA MODAS) 2018 R$ 358.536,00 -R$ 246.408,00 -R$ 97.881,00 R$ 14.247,00

13 GRAZZIOTIIN S.A. (GRAZZIOTIN) 2018 R$ 43.971.355,00 -R$ 17.856.985,00 -R$ 94.623.058,00 -R$ 68.508.688,00

14 GUARARAPES CONFECÇÕES S.A. (GUARARAPES) 2018 R$ 278.743,00 -R$ 371.395,00 R$ 449.084,00 R$ 356.432,00

15 LOJAS RENNER S.A. (LOJAS RENNER) 2018 R$ 811.379,00 -R$ 609.814,00 -R$ 317.514,00 -R$ 115.949,00

16 MARISA LOJAS S.A. (LOJAS MARISA) 2018 R$ 83.203,00 -R$ 47.449,00 -R$ 96.553,00 -R$ 60.799,00

17 RESTOQUE COMÉRCIO E CONFECÇÕES DE ROUPAS S.A. (LE LIS BLANC) 2018 R$ 91.979,00 -R$ 149.097,00 -R$ 104.887,00 -R$ 162.005,00 18 CONSTRUTORA ADOLPHO LINDENBERG S.A. (CONST A LIND) 2018 -R$ 8.843,00 R$ 6.048,00 -R$ 1.090,00 -R$ 3.885,00

19 CONSTRUTORA TENDA S.A. (TENDA) 2018 R$ 283.441,00 -R$ 362.170,00 R$ 73.639,00 -R$ 5.090,00

20 CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. (CR2) 2018 R$ 10.776,00 R$ 1.608,00 -R$ 8.554,00 R$ 3.830,00

21 CYRELA BRAZIL REALTY S.A. EMPREEND E PART (CYRELA REALT) 2018 R$ 864.384,00 -R$ 151.314,00 -R$ 734.870,00 -R$ 21.800,00

22 DIRECIONAL ENGENHARIA S.A. (DIRECIONAL) 2018 R$ 266.942,00 R$ 132.257,00 -R$ 96.953,00 R$ 302.246,00

23 EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A. (EVEN) 2018 R$ 298.561,00 -R$ 111.212,00 -R$ 312.013,00 -R$ 124.664,00

25 GAFISA S.A. (GAFISA) 2018 R$ 31.450,00 -R$ 3.061,00 -R$ 24.612,00 R$ 3.777,00

26 HELBOR EMPREENDIMENTOS S.A. (HELBOR) 2018 R$ 203.025,00 -R$ 86.023,00 -R$ 208.105,00 -R$ 91.103,00

27 INTER CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A. (INTER SA) 2018 R$ 18.114,00 -R$ 59.960,00 R$ 42.225,00 R$ 379,00

28 JHSF PARTICIPAÇÕES S.A. (JHSF PART) 2018 -R$ 108.551,00 R$ 293.341,00 -R$ 151.365,00 R$ 33.425,00

29 JOAO FORTES ENGENHARIA S.A. (JOAO FORTES) 2018 R$ 166.351,00 -R$ 47.333,00 -R$ 133.485,00 -R$ 14.467,00

30 MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. (MRV) 2018 R$ 625.606,00 R$ 587.865,00 -R$ 1.131.742,00 R$ 81.729,00

31 PDG REALTY S.A. EMPREEND E PARTICIPAÇÕES (PDG REALT) 2018 R$ 206.937,00 R$ 57.944,00 -R$ 281.391,00 -R$ 16.510,00

32 RNI NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S.A. (RNI) 2018 -R$ 11.040,00 R$ 7.838,00 -R$ 4.266,00 -R$ 7.468,00

33 ROSSI RESIDENCIAL S.A. (ROSSI RESID) 2018 R$ 94.191,00 -R$ 7.386,00 -R$ 69.008,00 R$ 17.797,00

34 TECNISA S.A. (TECNISA) 2018 R$ 79.809,00 R$ 24.413,00 -R$ 99.940,00 R$ 4.282,00

35 TRISUL S.A. (TRISUL) 2018 -R$ 22.440,00 -R$ 17.933,00 R$ 50.101,00 R$ 9.728,00

36 VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A. (VIVER) 2018 -R$ 44.367,00 R$ 516,00 R$ 36.116,00 -R$ 7.735,00

37 CIA LOCAÇÃO DAS AMÉRICAS (LOCAMERICA) 2018 R$ 223.896,00 -R$ 415.971,00 R$ 1.545.450,00 R$ 1.353.375,00

38 LOCALIZA RENT A CAR S.A. (LOCALIZA) 2018 -R$ 67.423,00 -R$ 42.844,00 R$ 947.374,00 R$ 837.107,00

39 MAESTRO LOCADORA DE VEÍCULOS (MAESTROLOC) 2018 -R$ 7.169,00 -R$ 7.364,00 R$ 38.312,00 R$ 23.779,00

40 MOVIDA PARTICIPAÇÕES S.A. (MOVIDA) 2018 -R$ 1.018.773,00 -R$ 50.493,00 R$ 917.367,00 -R$ 151.899,00

41 UNIDAS S.A. (UNIDAS) 2018 -R$ 54.831,00 -R$ 56.123,00 -R$ 11.976,00 -R$ 122.930,00

42 SMILES FIDELIDADE S.A. (SMILES) 2018 R$ 487.322,00 -R$ 183.393,00 -R$ 460.929,00 -R$ 157.000,00

43 BAHEMA EDUCAÇÃO S.A. (BAHEMA) 2018 -R$ 4.750,00 -R$ 17.132,00 R$ 121,00 -R$ 21.761,00

44 COGNA EDUCAÇÃO S.A. (COGNA ON) 2018 R$ 1.129.440,00 -R$ 4.789.687,00 R$ 4.224.530,00 R$ 564.283,00

45 MUNDIAL S.A. - PRODUTOS DE CONSUMO (MUNDIAL) 2018 -R$ 38.199,00 -R$ 6.108,00 R$ 44.790,00 R$ 483,00

46 ALPARGATAS S.A. (ALPARGATAS) 2018 R$ 192.410,00 R$ 21.234,00 -R$ 322.039,00 -R$ 108.395,00

47 GRENDENE S.A. (GRENDENE) 2018 R$ 483.835,00 -R$ 147.862,00 -R$ 349.530,00 -R$ 13.557,00

48 CIA FIAÇÃO TECIDOS CEDRO CACHOEIRA (CEDRO) 2018 -R$ 37.225,00 R$ 3.600,00 R$ 32.165,00 -R$ 1.460,00

49 CIA TECIDOS NORTE DE MINAS COTEMINAS (COTEMINAS) 2018 -R$ 264.961,00 R$ 51.768,00 R$ 179.358,00 -R$ 33.835,00

50 DOHLER S.A. (DOHLER) 2018 R$ 18.879,00 -R$ 47.844,00 R$ 1.481,00 -R$ 27.484,00

51 EMPRESA NAC COM REDITO PART S.A. ENCORPAR (ENCORPAR) 2018 -R$ 3.914,00 R$ 19.921,00 -R$ 16.002,00 R$ 5,00

52 KARSTEN S.A. (KARSTEN) 2018 R$ 23.654,00 -R$ 13.553,00 -R$ 9.748,00 R$ 353,00

54 SPRINGS GLOBAL PARTICIPAÇÕES S.A. (SPRINGS) 2018 -R$ 87.513,00 -R$ 25.457,00 R$ 90.168,00 -R$ 22.802,00

55 TEKA-TECELAGEM KUEHNRICH S.A. (TEKA) 2018 -R$ 11.059,00 -R$ 78,00 R$ 11.200,00 R$ 63,00

56 TEXTIL RENAUXVIEW S.A. (TEX RENAUX) 2018 R$ 3.734,00 -R$ 1.034,00 -R$ 1.927,00 R$ 773,00

57 CIA HERING (CIA HERING) 2018 R$ 362.876,00 -R$ 49.621,00 -R$ 141.536,00 R$ 171.719,00

58 UNICASA INDÚSTRIA DE MÓVEIS S.A. (UNICASA) 2018 R$ 17.542,00 -R$ 18.227,00 R$ - -R$ 685,00 59 NADIR FIGUEIREDO E IND E COM S.A. (NADIR FIGUEI) 2018 R$ 104.895,00 -R$ 79.092,00 -R$ 19.906,00 R$ 5.897,00 60 SMARTFIT ESCOLA DE GINÁSTICA E DANÇA S.A. (SMART FIT) 2018 R$ 131.533,00 -R$ 569.424,00 R$ 286.198,00 -R$ 151.693,00

61 BICICLETAS MONARK S.A. (BIC MONARK) 2018 R$ 104,00 -R$ 8.123,00 R$ - -R$ 8.019,00

62 MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A. (ESTRELA) 2018 -R$ 28.464,00 R$ 23.440,00 R$ 2.420,00 -R$ 2.604,00

63 SÃO PAULO TURISMO S.A. (SPTURIS) 2018 -R$ 39.998,00 -R$ 1.528,00 R$ 22.697,00 -R$ 18.829,00

64 T4F ENTRETERIMENTO S.A. (TIME FOR FUN) 2018 -R$ 78.943,00 -R$ 6.405,00 R$ 70.882,00 -R$ 14.466,00

65 CVC BRASIL OPERADORA E AGÊNCIA DE VIAGENS S.A. (CVC BRASIL) 2018 -R$ 48.044,00 -R$ 199.408,00 R$ 251.065,00 R$ 3.613,00 Fonte: Elaboração Própria (2020).

APÊNDICE B – DADOS DOS FORMULÁRIOS DE REFERÊNCIA COLETADOS DA AMOSTRA

ID Membros do Conselho Four Big Honorários (R$) Tipo de Opinião Principais Assuntos de Auditoria Relatório Data do Ressalva Motivo

1 3 Sim 7.057.939,46 Sem Ressalva

Políticas contábeis críticas - Provisões, riscos trabalhistas e

perdas nos estoques 31/05/2019 Não possui

2 2 Sim 503.600,00 Com Ressalva Normas contábeis ainda não

adotadas, Políticas contábeis críticas - incertezas sobre

premissas e estimativas 30/04/2019 Uso de estimativas e julgamentos imprecisos que podem gerar distorções significativas

3 3 Sim 261.000,00 Sem Ressalva

Incerteza relevante acerca da continuidade operacional, Uso de

estimativas e premissas nas políticas contábeis

15/04/2019 Não possui

4 4 Sim 1.000.000,00 Sem Ressalva Impairment de ativos financeiros, classificação de ativos não- financeiros e Off-Balance Sheets

30/05/2019 Não possui

5 3 Sim 40.910,00 Sem Ressalva Demonstrações Financeiras, Off-Reapresentação de

Balance Sheets não significativos 27/05/2019 Não possui

6 6 Sim 2.344.788,00 Sem Ressalva

Provisão para demandas judiciais e administrativas, Ativo não circulante mantido para a venda e

operações descontinuadas

7 7 Sim 661.689,00 Sem Ressalva

Mudanças significativas nas práticas contábeis devido à alteração das IFRS e adoção de novos pronunciamentos técnicos

do CPC

31/05/2019 Não possui

8 7 Sim 1.400.000,00 Sem Ressalva Demonstrações Financeiras Reapresentação de 04/10/2019 Não possui

9 3 Sim 630.000,00 Sem Ressalva

Mudanças significativas nas práticas contábeis devido à alteração das IFRS e adoção de novos pronunciamentos técnicos

do CPC

Não especificado Não possui

1

0 6 Não 462.000,00 Sem Ressalva

Mudanças significativas nas práticas contábeis devido à alteração das IFRS e adoção de novos pronunciamentos técnicos

do CPC

23/01/2019 Não possui

1

1 7 Sim 350.000,00 Sem Ressalva

Demonstrações Financeiras individuais elaboradas de acordo com os pronunciamentos do CPC

e normas IFRS

02/05/2018 Não possui

1

2 3 Sim 706.451,00 Sem Ressalva

Demonstrações Financeiras reapresentadas - alteração na

demonstração de valor adicionado para melhor refletir as

operações

Não especificado Não possui

1

1

4 3 Sim 2.113.400,08 R$ Sem Ressalva

Mudança de normas contábeis internacionais (IFRS) e Pronunciamentos do CPC e

ajustes realizados

10/05/2019 Não possui

1

5 5 Sim 683.006,51 R$ Sem Ressalva

Demonstrações Financeiras de acordo com pronunciamentos do

CPC e IFRS 06/05/2019 Não possui

1

6 5 Sim 1.293.118,00 R$ Sem Ressalva

Mudança de normas contábeis

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