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Análise das aprendizagens dos alunos

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS: AVALIAÇÃO DA

5.3. Análise das aprendizagens dos alunos

5.3.1. Avaliação das aprendizagens na disciplina de Português

De modo a avaliar as aprendizagens dos alunos na disciplina de Português, para além do desenvolvimento das suas competências no que toca à oralidade e à de escrita, já avaliadas nos pontos anteriores – Análise da Consecução dos objetivos específicos relativos ao objetivo geral1 (5.2.1.), ao objetivo geral 2 (5.2.2.), ao objetivo geral 3 (5.2.3.) e ao objetivo geral 4 (5.2.4.), foram analisadas as respostas dos testes de avaliação acerca dos conteúdos trabalhados ao longo da intervenção.

Relativamente às classes de palavras, consolidaram-se as classes dos nomes, dos verbos e dos adjetivos e introduziram-se os determinantes demonstrativos, sendo feita a distinção entre a classe dos determinantes e a dos pronomes. A respeito das primeiras três classes de palavras, apenas cinco alunos não conseguiram selecionar da frase “O menino, que era do tamanho de um dedo, dormia sobre a almofada pe- quena e confortável” dois nomes, dois verbos e dois adjetivos.

Noutro excerto, no qual estava sublinhado um determinante possessivo, um determinante demonstrativo e um pronome pessoal, os alunos tinham de determinar se as palavras selecionadas eram determinantes ou pronomes e, posteriormente, a que subclasse apresentada dos determinantes pertenciam. Dos vinte e três elementos da turma, só três alunos não conseguiram obter a classificação máxima.

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Através destes dados e dos ficheiros de gramática realizados ao longo da in- tervenção, assume-se que os conteúdos relacionados com as classes de palavras ficaram, de um modo geral, bem aprendidos.

A respeito da identificação do sujeito e do predicado de enunciados simples, foi pedido aos alunos que identificassem em duas frases com sujeito simples e numa frase com sujeito composto o sujeito e o predicado. Neste exercício, vinte dos vinte e três alunos obteviveram a pontuação máxima. Porém, dos três alunos que não res- ponderam corretamente, só uma das alunas é que corresponde aos anteriores grupos de alunos que revelou dificuldades.

No que toca aos restantes conteúdos abordados destaca-se a evolução no género textual artigo de opinião, que se deveu à implementação da sequência didática implementada (cf. anexo P – Tabelas de avaliação relativas à produção de Artigos de Opinião).

Para além da oralidade nos momentos das comunicações dos projetos, ao longo da intervenção também se verificou uma evolução na pertinência dos comentá- rios às Apresentações de Produções e à avaliação dos PIT, o que se acredita dever- se, como já foi referido no ponto 5.2.1., à imitação da estrutura dos comentários feitos pela P.T.T. e pelas estagiárias.

Por fim, ressalva-se a evolução dos alunos no domínio das competências da expressão oral formal. Atendendo às tabelas 7 e 8, pode aferir-se que todos os alunos com quem estas competências foram trabalhadas revelaram um desenvolvimento pro- gressivo das competências do género textual em questão (cf. Análise da evolução da comunicação oral formal dos alunos).

5.3.2. Avaliação das aprendizagens na disciplina de Matemática

Para avaliar as aprendizagens dos alunos na disciplina de Matemática, recor- reu-se à análise das respostas nas fichas de avaliação sumativa

As primeiras três questões pretendiam avaliar se os alunos eram capazes de determinar o valor posicional de números decimais, através de um exercício de loca- lização de diferentes números numa reta numérica e de outros dois que pressupu- nham a leitura por ordens e classes. Em 92 respostas dadas pelo conjunto dos alunos da turma às quatro primeiras questões, houve 72 respostas certas, pelo que o trabalho levado a cabo na rotina semanal de ditado de números foi, aparentemente, eficaz. Depois da revisão dos testes, pudemos apurar que dois alunos revelam ainda algu- mas dificuldades, pelo que marcaram parcerias no T.E.A. depois do teste para reve- rem a questão do valor posicional do número.

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No quinto exercício da ficha de avaliação, os alunos tinham de pintar num cír- culo representando a parte da unidade pedida ¼, ½ e 0,7. Apesar de o último círculo estar dividido em dez partes iguais, dez alunos não foram capazes de identificar a área que deveriam colorir, o que, possivelmente, se deveu à não compreensão do número. Bastava que lessem o número que levantou problemas, sete décimas, ou que o representassem sob a forma de fração para que compreendessem que tinham de pintar sete secções em dez.

A respeito dos números racionais não inteiros, considera-se que o conteúdo não foi bem desenvolvido. Afinal, os alunos já dominavam a leitura de números racio- nais sob a forma de fração e eram capazes de relacionar áreas aos números apre- sentados sob a forma de fração. Desta forma, seria lógico partir de uma aprendizagem que os alunos já tinham feito e ir introduzindo esta nova forma de representação dos números racionais não inteiros, em paralelo com o conteúdo que os alunos já domi- navam. Será um aspeto a ter sempre em atenção em todas as situações de ensino- aprendizagem futuras: partir do que é próximo dos alunos, para o que lhes é mais distante e nunca o contrário.

As unidades de medida de comprimento também foram introduzidas, todavia, o conteúdo foi abordado bastante depois do previsto, devido às dificuldades sentidas na apreensão dos números racionais não inteiros. Para a aprendizagem das equiva- lências entre múltiplos e submúltiplos de uma unidade de medida é fundamental o domínio do conteúdo anterior. No exercício a respeito das equivalências entre unida- des de medida de comprimento, só dois alunos não foram capazes de responder cor- retamente, pelo que se confirma a opção de investir mais tempo no conteúdo progra- mático anterior.

A rotina semanal Problema da Semana tem sido fundamental para desenvol- ver nos alunos a capacidade de resolução de problemas. Ao contrário do que costuma ser a norma, os elementos da turma revelam uma enorme facilidade na resolução de problemas. Acreditamos que o mesmo se deva ao trabalho sistemático desenvolvido ao longo dos três anos pela professora cooperante que semanalmente cria problemas contextualizados com o dia-a-dia da turma e que desafia sempre os alunos a escre- verem problemas para os colegas. Estas estratégias foram continuadas o que se re- velou extremamente eficaz. Afinal, em cinco problemas apresentados, o que corres- ponde a um total de 115 respostas, só 15 respostas dadas não foram cotadas com a cotação máxima.

A multiplicação e a divisão por 10, 100 e 1000 de números racionais, conteú- dos trabalhados na rotina de Stop Matemático, desenvolvida pelo grupo de estágio,

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revelou-se bem apreendida pelos alunos, todos os alunos acertaram as nove alíneas do exercício.

De um modo geral, pode considerar-se que as aprendizagens no âmbito da matemática foram bem conseguidas, porém terá de se ter em conta que os alunos são, de facto, excelentes e que noutros contextos o número de horas de trabalho destes conteúdos não teria, muito provavelmente, sido suficiente para que os alunos aprendessem temas tão complexos como os que foram trabalhados e que são, habi- tualmente, de muito difícil aquisição.

5.3.3. Avaliação das aprendizagens na disciplina de Estudo do Meio

Aquando da intervenção, já os alunos tinham aprendido todos os conteúdos curriculares de Estudo do Meio. Por essa razão, levou-se a cabo o desenvolvimento de diferentes projetos de áreas de interesse dos alunos. O projeto que inicialmente pretendia ser sobre Culturas e Tradições, de diferentes países, acabou por ser exclu- sivamente sobre Cultura brasileira, pela seleção inadequada das fontes e da informa- ção nelas contida. O projeto do Futebol foi desenvolvido no âmbito do Português, da Matemática, da Expressão Motora e das TIC. Por sua vez, o projeto dos Pintores fa- mosos, projeto este que se iria desenvolver no âmbito da expressão plástica e do Português, não foi concluído até ao final do ano letivo. O último projeto realizado pelos alunos da turma em que se interveio foi relativo aos Jogos Olímpicos, tendo este sido desenvolvido no âmbito da Expressão Motora e da Expressão Plástica.

Sendo o trabalho por projetos o único momento de ensino/aprendizagem de Estudo do Meio, e tendo sido o mesmo interdisciplinar, sem que nessa interdisciplina- ridade estivesse contida o Estudo do Meio cujos conteúdos se pretendiam avaliar, torna-se difícil fazê-lo. Apesar de poder recorrer-se à ficha de avaliação sumativa, à semelhança do que foi feito nas disciplinas de Português e de Matemática, esta abor- dagem não se torna pertinente, uma vez que os conteúdos que esta avalia não foram fruto das estratégias de ensino do grupo de estágio, nem tão pouco abordadas por trio em momento algum.

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