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Este questionário apresenta questões para o delineamento do perfil sócio- político dos sujeitos da amostragem 1, que é formada pelos conselheiros do CMHIS – Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social de Cruz Alta – RS.

A caracterização dos conselheiros participantes sob ângulos pessoais e profissionais possibilita ampliar os limites da investigação das pessoas envolvidas através de suas respostas e de sua atuação.

As respostas indicam os seguintes dados, sobre a faixa etária: um até 25 anos; três entre 26 a 35 anos, três entre 36 a 45 anos e três entre 46 a 60 anos e dois mais de 60 anos.

Gráfico 1: Faixa etária

Fonte: Entrevista com conselheiros.

A atuação no Conselho é representada por 4 conselheiros municipais; 5 representantes de entidades públicas; 1 gestor municipal; 1 representa de gestor municipal e 1 representando entidades profissionais. Em conversa informal, constatou-se que eles derivam de diferentes classes sociais; alguns residem em bairros de classe média, como os representantes de instituições públicas, das quais

são funcionários; a maioria pertence a bairros populares e representam os interesses de seus pares para melhorias de infraestrutura e construção de novas moradias.

Gráfico 2: Atuação do Conselho

Fonte: Entrevista com conselheiros.

Os dados apontam a diversidade entre os sujeitos questionados, tanto na faixa etária, como nas atividades que exercem e nos interesses que defendem; porém todos se voltam ao consenso de compromisso comunitário para o desenvolvimento da coletividade através de ações mediadas por órgãos públicos. Neste caso, a Prefeitura Municipal, o Governo do Estado e o Governo Federal em parceria com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul.

A maioria dos entrevistados, totalizando 12 conselheiros pesquisados, 8 afirma que participam de todas as reuniões do Conselho e 3 deles participam eventualmente, 1 respondeu que é a primeira vez. Estas respostas evidenciam o comprometimento do grupo com a articulação e gestão dos programas habitacionais e de benefícios de infraestrutura desenvolvidos pelo conselho, como forma de intervir e de transformar a realidade, com a concretização das aspirações populares

na medida da disponibilidade dos programas de governo disponibilizados no município.

Gráfico 3: Freqüência de participação nas reuniões do CMHIS

Fonte: Entrevista com conselheiros.

Em relação ao governo municipal, sete se declaram como a favor da gestão municipal da situação, e, cinco responderam que se consideram oposição à administração municipal. Percebe-se pelas respostas que a maioria dos conselheiros posicionam-se a favor da administração. No entanto, os que se posicionam contra, representam quase que a metade do total pesquisado de conselheiros. Acredita-se que este percentual elevado de oposicionistas correspondem aos conselheiros nomeados pelas outras instituições, não atreladas a administração municipal.

Gráfico 4: Situação e oposição

Fonte: Entrevista com conselheiros.

O percentual de conselheiros situacionistas ao governo municipal demonstra traços semelhantes quanto à cultura política e às convicções ideológicas. Desta forma, viabiliza-se o diálogo em relação aos compromissos e as possibilidades de transformação do CMHIS como instrumento de políticas públicas.

Assim, estreitam-se os vínculos entre a maioria dos conselheiros e os governos municipal e federal; porém a oposição mostra-se expressiva, em torno de quarenta e dois por cento. A semelhante proporção numérica dos componentes da situação e da oposição permite a ação de vigilância do emprego das verbas e a fiscalização das obras em benefício da comunidade.

Ao se analisar as respostas dos conselheiros municipais, sobre a efetiva participação nas atividades dos conselhos, constata-se que onze responderam que todos participam, ao passo que, apenas um não respondeu esta questão.

Gráfico 5: Participação nas atividades do Conselho

Fonte: Entrevista com conselheiros.

Esta afirmativa respalda o trabalho do CMHIS, conforme se verifica na pesquisa realizada em jornais da cidade (anexos 7 a 11), ou pela observação da construção de centenas de casas em bairros populares, como o Conjunto Habitacional Santa Helena, o Conjunto Habitacional no Bairro de Fátima e no Bairro Primavera II, além de melhorias em infraestrutura em diversos bairros, como consta em fotografias (anexos 13 e 15). Ao indicar o conceito sobre o desempenho do CMHIS, ‘Ótimo’ foi predominante entre 10 conselheiros, apenas um indicou ‘Bom’ e um ‘Muito Bom’.

Gráfico 6: Conceito sobre o desempenho do Conselho

A percepção da maioria dos conselheiros, que nesta questão que se concentra em “Ótimo”, fundamenta-se nas realizações do Conselho em atendimento às necessidades da população e aos interesses das instituições que financiam os programas habitacionais e de melhoria urbana em conformidade com a política governamental. Assim, percebe-se que, de acordo com as respostas, o CMHIS atende assuas finalidades.

Sheth, Mittal e Newman (2001, p. 286) conceituam percepção como o “processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta a informação que recebe do ambiente”. Portanto, o conceito emitido pelos conselheiros, envolve além do trabalho do conselho, a sua própria atuação e a interpretação das manifestações da população em torno das propostas e dos programas habitacionais desenvolvidos pelo Conselho pesquisado.

Em suma, o perfil da amostra analisada pode representar as características dos demais conselheiros do município, porque todos estão inseridos na mesma realidade geográfica e sócio-política. Entretanto, esta descrição corresponde ao momento atual, que pode sofrer alterações na dinâmica dos fatos sociais e políticos.

As respostas são significativas e encontram respaldo nas características do perfil dos sujeitos questionados, que se mostraram comprometidos com a população local e, principalmente, com os interesses das instituições que eles representam e/ou das comunidades em que estão inseridos.