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Análise das tendências de precipitação

No documento PATRÍCIA CATARINE DE SOUSA COSTA (páginas 27-41)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.2. Análise das tendências de precipitação

Posteriormente ao cálculo das médias foi realizada a elaboração de mapas no software R e das tabelas em apêndice, com base no cálculo das tendências obtidas através do teste não paramétrico de Mann-Kendall. As imagens dos mapas gerados foram separadas por mês, revelando os horários e locais de tendência, de uma maneira mais ilustrativa. As tabelas, por sua vez, foram separadas por capital e por tendências horárias mensais, sendo representados os números relacionados à estatística Z e o símbolo da significância, apenas para os meses e horários que revelaram significância de tendência no teste.

Na análise da tendência do teste Mann-Kendall, o sinal da tendência (positivo ou negativo) advém do sinal do valor obtido na estatística Z, enquanto que a significância, representada por diferentes símbolos, correspondem à porcentagem (no caso, variando em 0,1%, 1%, 5% e 10%, representados respectivamente por ***, **, * e +), segundo o manual de funcionamento do programa Makesens para Excel.

Dessa maneira, foi possível observar que o mês de Janeiro (Figura 10) apresentou tendências positivas e também negativas, contemplando 5 capitais (Aracaju, Maceió,

0,00

MACEIÓ SALVADOR FORTALEZA SÃO LUÍS JOÃO PESSOA

RECIFE TERESINA NATAL ARACAJU

Natal, Recife e São Luís) em 10 horários diferentes. A capital Aracaju apresentou os dois tipos de tendência, a depender do horário analisado.

Figura 10 – Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Janeiro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Os meses de Fevereiro (Figura 11), Julho (Figura 12) e Setembro (Figura 13) apresentaram também um número menos relevante de tendência, contemplando, respectivamente, 5 horários e 5 capitais, 7 horários e 7 capitais, e 7 horários e 4 capitais.

Sendo que os três meses em questão resultaram em tendências positivas e também negativas, a depender do horário.

Figura 11 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Fevereiro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Figura 12 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Julho

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Figura 13 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Setembro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Em Março (Figura 14), foram registradas tendências em 16 horários, dos 24 analisados, interferindo em 8 das capitais analisadas (com exceção apenas de São Luís).

A grande maioria teve sinal positivo, com exceção apenas da cidade de Recife para o horário de 1800 UTC. Os horários de 1200 e 1300 UTC contemplaram tendências positivas em 3 capitais, merecendo atenção. A cidade de Aracaju apresentou tendência positiva em 6 horários diferentes.

Figura 14 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Março

Fonte: elaborado pela autora (2021)

O mês de Abril (Figura 15) se destaca dos demais por apresentar o menor número de tendências, em apenas 3 capitais e em 3 horários distintos, de 0002, 0009 e 0010 UTC, contemplando tendências negativas e positivas. Há uma semelhança entre as três capitais em questão – Teresina, São Luís e Fortaleza – as quais não se localizam na costa litorânea leste, mas sim mais ao Norte da região Nordeste.

Figura 15 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Abril

Fonte: elaborado pela autora (2021)

O mês de Maio (Figura 16) possui tendências positivas e negativas, distribuídas em 14 horários diferentes para 5 capitais (São Luís, Teresina, Salvador, Aracaju e Fortaleza). Teresina se destaca por demonstrar tendência negativa em 8 horários.

Salvador e Aracaju são as capitais que demonstraram tendências positivas para esse mês.

Figura 16 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Maio

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Em Junho (Figura 17), foi observado também a existência de tendências positivas e negativas, em 13 horários diferentes. Esse mês contempla as 9 cidades analisadas. Sendo positivo para as capitais Salvador, Aracaju e São Luís, e negativo para as demais.

Figura 17 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Junho

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Em contrapartida, o mês de Agosto (Figura 18) merece atenção, contemplando tendências para 20 dos 24 horários analisados em 7 das 9 capitais estudadas (com exceção apenas de Salvador e Teresina), sendo todas elas de valor negativo.

Figura 18 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Agosto

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Em Outubro (Figura 19), houve tendência em 11 diferentes horários, com sinal positivo apenas em 1500 UTC, na cidade de Recife, e sinal negativo nas demais capitais (Aracaju, Fortaleza e Teresina).

Figura 19 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Outubro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Novembro (Figura 20) apresentou em sua grande maioria tendências negativas.

Contemplou 15 das 24 horas analisadas. A cidade de Recife foi a única a apresentar tendência positiva, às 1800 UTC. Aracaju e São Luís merecem destaque por terem apresentado tendência negativa em 8 e 7 diferentes horários, respectivamente.

Figura 20 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Novembro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

O mês de Dezembro (Figura 21) também é um destaque, sendo composto, em sua grande maioria, por tendências positivas, em 16 horários diferentes e em 8 das 9 capitais estudadas. Apresenta tendência negativa apenas na cidade de Teresina e de Sergipe.

Figura 21 - Distribuição espacial das tendências horárias do mês de Dezembro

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Então, dentre a análise das nove capitais do Nordeste brasileiro, houve a identificação de 197 tendências com significância. Logo, conforme a Figura 22, a capital que apresentou uma maior porcentagem de tendências, se comparada às demais, foi Aracaju/SE, contando com 19,4% do total. Salvador/BA, no entanto, foi a de menor porcentagem, com 7,7%.

Figura 22 – Gráfico comparativo da porcentagem de tendências por capital

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Dentre o total, 63 das tendências significantes eram positivas. A capital de Aracaju apresentou o maior percentual para esse sinal de tendência, e Fortaleza o menor (Figura 23).

Figura 23 – Gráfico comparativo da porcentagem de tendências positivas por capital

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Aracaju

Por fim, o número de tendências significantes negativas foi maior, contando com 134 no total, distribuídas entre as capitais conforme demonstrado na Figura 24.

Figura 24 – Gráfico comparativo da porcentagem de tendências negativas por capital

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Aracaju 19%

Fortaleza 15%

João Pessoa 7%

Maceió 6%

Natal 10%

Recife 11%

Salvador 2%

São Luís 14%

Teresina 16%

Tendências negativas

No documento PATRÍCIA CATARINE DE SOUSA COSTA (páginas 27-41)

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