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Equação 10 –Impulso efetivo

9 ANÁLISE DE CONTEÚDO RELACIONADA AO PADRÃO DE ATIVAÇÃO

A revisão bibliográfica sobre a análise do padrão de ativação muscular da pedalada e a determinação de protocolos de analise eletromiográfica do gesto motor da pedalada foi realizada por meio de seleção e análise de artigos científicos existentes na área.

Como universo de análise foram escolhidos os anais do CBB assim como as RBBs. Pois estes representam a produção nacional dos últimos 12 anos relacionada à temática da EMEC no ciclismo.

Posteriormente, foi utilizada a técnica de “Scanning” (GOODMAN, 1976, apud KLEIMAN, 1989), para que assim fosse feita uma seleção dos artigos úteis ao desenvolvimento deste estudo. Essa técnica consiste em uma leitura superficial dos artigos de que a seleção do material seja mais fidedigna ao que se pretende nesta investigação. Em um segundo momento o conteúdo dos artigos selecionados foi submetido a uma análise de conteúdo, na qual utilizou-se a técnica proposta por Bardin (2000).

Foram adotadas como características de análise: a) Os objetivos pretendidos para as investigações; b) Os métodos utilizados para normalização do sinal; c) Musculaturas analisadas;

d) As amostras utilizadas;

9.1 Corpus de análise

1. CANDOTTI, C. T. et al. Comparação do padrão de ativação muscular de ciclistas e triatletas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

2. MELO, M. O. et al. Correspondência entre a atividade eletromiográfica e limiar de lactato durante teste máximo progressivo em bicicleta estacionária. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa.

Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

3. SZMICHROWSKI, L. A.; CARVALHO, R. G. S.; CARDOSO, J. R. Ativação eletromiográfica durante o exercício de ciclismo em cicloergômetro aquático. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa.

Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

4. DIEFENTHAELER, F.; BINI, R. R.; KAROLCZAK, A. P. B.; GUIMARÃES, A. C. S. O efeito da mudança na posição do selim nos padrões de ativação muscular de ciclistas de elite.In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

5. FAVARO, O. R. P.; GONÇALVES, M. Indentificação dos limiares de fadiga

eletromiográficos dos músculos vastus medialis, vastus lateralis e rectus femorais e aplicação deste índice em situação de teste continuo durante o ciclismo

estacionário. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 10., 2003, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2003. 2 v. v. 1, p. 319-21.

9.2 Resultados

Foram analisadas todas as edições da RBB, que estão divididas do numero 1 ao 9, totalizando um total de 72 artigos, desses 72 apenas dois foram selecionados

na edição de número 2, Destes artigos os dois tratavam da instrumentação para a mensuração de forças no ciclismo, sendo assim a produção relacionada ao padrão de ativação muscular no gesto motor da pedalada é nula nas RBBs.

Já nos anais do CBB foram analisados os anais do V ao XI CBB, pois apenas a partir do V CBB os trabalhos passaram a ser publicados em anais. O total de artigos analisados foi 970, sendo selecionados 29 artigos, e um resumo de mesa redonda na qual foi abordada a biomecânica ao ciclismo, e analisados apenas 5 artigos, os quais os objetivos dos estudos eram análise eletromiográfica do padrão de ativação muscular no ciclismo.

Dos 5 artigos analisados, 2 se encontravam nos anais do X CBB e 3 no do XI CBB. Através desta análise foi possível constatar que todos (100%) artigos que analisavam o padrão de ativação muscular da técnica da pedalada através da eletromiografia de superfície utilizaram para analise do sinal eletromiográfico o domínio do tempo, a partir do valor RMS, em intervalos de 40 ms. Para a normalização da amplitude do sinal de EMG foi utilizado como critério o valor máximo (valor de pico).

O Gráfico 7 mostra a relação de artigos relacionados a analise do padrão de ativação muscular através da eletromiografia de superfície, em relação ao total de artigos relacionados à biomecânica do ciclismo no X CBB.

Anais X Congresso Brasileiro de Biomecânica (CBB) 17% 83% Análise Eletromigráfica Biomecânica do Ciclismo

Gráfico 7 – Percentual de artigos relacionados a biomecânica do ciclismo versus o percentual de artigos relacionados a análise eletromiográfica no ciclismo nos anais do X CBB

O Gráfico 8 mostra a relação de artigos relacionados à analise eletromiográfica em relação ao total de artigos relacionados à biomecânica do ciclismo no XI CBB.

Anais XI Congresso Brasileiro de Biomecânica (CBB) 14% 86% Análise Eletromigráfica Biomecânica do Ciclismo

Gráfico 8 - Percentual de artigos relacionados a biomecânica do ciclismo versus o percentual de artigos relacionados a análise eletromiográfica no ciclismo nos anais do XI CBB

A Tabela 5 demonstra o nº de artigos analisados e protocolo de colocação de eletrodos

Tabela 5 - Número de artigos analisados e o protocolo de colocação de eletrodos utilizados Nº de artigos analisados Protocolo de Colocação de Eletrodos

X CBB 2 Eletrodos foram alinhados longitudinalmente

as fibras musculares e fixados sobre o ventre dos músculos

XI CBB 3 Eletrodos foram alinhados longitudinalmente

as fibras musculares e fixados sobre o ventre dos músculos

O n amostral utilizado pelos estudos foi em média 7 com desvio padrão de ±6,51. Quanto às musculaturas analisadas, ouve uma diversidade muito grande de protocolos, porém todos protocolos avaliaram o reto femoral, e o vasto lateral, enquanto o gastrocnêmio medial foi analisado em 3 estudos e o gastrocnêmio lateral em nenhum, já o tibial anterior apenas em dois estudos. Em todos os estudos foram analisadas apenas as musculaturas da perna direita.

A Tabela 6 demonstra as musculaturas utilizadas nos estudos realizados. Tabela 6 – Musculaturas analisadas

S= Sóleo; GM= Gastrocnêmio Medial; GL = Gastrocnêmio Lateral; TA= Tiabial Anterior; VM= Vasto Medial; VL= Vasto Lateral; RF= Reto Femoral; BF= Bíceps Femoral; GMáx= Glúteo Máximo. Artigos S GM GL TA VM VL RF BF GMáx 1 X X X X X 2 X X 3 X X X X 4 X X X X X X 5 X X X

A Tabela 7 demonstra o membro inferior analisado. Tabela 7 – Membro inferior analisado Artigos Membro Inferior Analisado

1 Direito 2 Direito 3 Direito 4 Direito 5 Direito 9.3 Discussão

Verificou-se com análise de conteúdo que os estudos relacionados ao padrão de ativação muscular ainda são muito escassos no que tange a temática da biomecânica do ciclismo, e no que diz respeito ao estudo do padrão de ativação muscular através da análise da EMG-S são extremamente escassos. Os dados acima mostram que mesmo havendo um crescimento das publicações envolvendo o estudo das variáveis mecânicas do gesto motor da pedalada, os estudos relacionados ao padrão de ativação muscular durante a prática do ciclismo não acompanharam este crescimento, em números percentuais houve uma redução de 3% dos estudos relacionados a EMG-S.

A EMG-S tem sido um efetivo e aprimorado método para se estudar a ação muscular. Determinando com objetividade os diferentes potenciais de ação dos músculos empenhados em movimentos específicos (TSCHARNER, 2002).

A diminuição de estudos relacionados ao padrão de ativação muscular durante o gesto motor da pedalada pode ser um fator limitante, pois, segundo Gregor (2003), o ciclismo tem sido objeto de estudo de várias pesquisas visando à melhora do desempenho de atletas de elite, além do estudo das forças envolvidas na pedalada, podem ser analisados os padrões de ativação muscular por meio da EMG-S e, desta forma, compreender qual a contribuição de cada músculo envolvido no movimento da pedalada, bem como as alterações decorrentes dos diferentes ajustes adotados pelo ciclista (DIEFENTHAELER, 2004).

A EMG-S é uma excelente ferramenta para se observar o comportamento das musculaturas envolvidas no gesto motor da pedalada.

Como método de normalização todos os estudos utilizaram o envoltório RMS para analise do sinal eletromigráfico, a partir do valor RMS, em intervalos de 40 ms. Para a normalização da amplitude do sinal de EMG foi utilizado como critério o valor máximo (valor de pico), assim como o método de colocação dos eletrodos estavam de acordo com as normas da sociedade Internacional de cinesiologia e eletromiografia (ERVILHA; AMADIO; DUARTE, 1997).

Já quanto às musculaturas analisadas, cada estudo seguiu um protocolo diferente de acordo com seus objetivos a serem estudados, podemos observar que analise do padrão de ativação muscular do vasto lateral e do reto femoral foi realizada em todos os estudos, comprovando assim a importância destas musculaturas no gesto motor da pedalada, segundo Melo et al. (2005) o reto femoral e o vasto lateral, apresentam um comportamento similar durante o gesto motor da pedalada.

Segundo Favaro e Gonçalves (2003), que os músculos superficiais do quadríceps podem responder com uma unidade, embora exista uma dissociação na

característica de fadiga dos músculos superficiais do quadríceps femoral não concordando com a hipótese de Housh (2000) os quais questionaram se a diferente distribuição de fibras musculares poderia resultar em diferentes padrões de ativação eletromiográfica, ainda segundo Housh (2000) o reto femoral pode ter um comportamento diferenciado, tendo um padrão de ativação menor em relação aos demais músculos do quadríceps devido sua característica de músculo biarticular

Apenas dois estudos realizaram analise do padrão de ativação eletromiográfica do tibial anterior, isto pode ser considerado uma limitação no que tange a análise da técnica do gesto motor da pedalada, já que segundo Candotti et al. (2005b), o tibial anterior é um dos principais responsáveis pelo fato de os ciclistas profissionais deterem uma melhor técnica, pois ao ativarem o tibial anterior na fase de recuperação os ciclistas de elite apresentam uma técnica de pedalada.

Candotti et al. (2005b), ainda descreve que o padrão de ativação eletromiográfico do bíceps femoral também é responsável por uma melhor técnica na fase de recuperação dos ciclistas de elite.

9.4 Conclusão

O estudo realizado demonstra que há uma queda na produção relacionada análise do padrão de ativação muscular no gesto motor da pedalada, isto pode ser considerado uma limitação que se diz respeito a pesquisas relacionadas a biomecânica do ciclismo, pois o estudo eletromiográfico do comportamento muscular

durante a prática do ciclismo pode ser uma excelente ferramenta para aprimoramento da técnica.

Acredita-se que os achados desse estudo possam contribuir para que a SBB defina protocolos específicos para analises eletromiográfica do ciclismo que visem padronizar as musculaturas analisadas.

10 ANÁLISE DE CONTEÚDO RELACIONADA À CONSTRUÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS AO CICLISMO

A revisão bibliográfica sobre a construção e instrumentação de equipamentos relacionados ao ciclismo foi realizada por meio de seleção e análise de artigos científicos existentes na área.

Como universo de análise foram escolhidos os anais do CBB assim como as RBBs. Pois estes representam a produção nacional dos últimos 12 anos relacionada à temática da EMEC no ciclismo,

Posteriormente, foi utilizada a técnica de “Scaning” (GOODMAN, 1976, apud KLEIMAN, 1989), para que assim fosse feita uma seleção dos artigos úteis ao desenvolvimento deste estudo. Essa técnica consiste em uma leitura superficial dos artigos de que a seleção do material seja mais fidedigna ao que se pretende nesta investigação. Em um segundo momento o conteúdo dos artigos selecionados foi submetido a uma analise de conteúdo, na qual utilizou-se a técnica proposta por Bardin (2000).

Foram adotadas como características de análise: a) Os objetivos pretendidos para as investigações; b) Tipos de matérias construídos.

10.1 Corpus de análise

1. CARMO, J. et al. Instrumentação para aquisição e avaliação das forças exercidas nos pedais por ciclistas. Revista Brasileira de Biomecânica, v. 2, n. 3, p. 31-37, Nov. 2001.

2. NETO, C. D. et al. Desenvolvimento de uma plataforma de força em um pedal de ciclismo. Revista Brasileira de Biomecânica, v. 2, n. 3, p. 39-44, Nov. 2001.

3. NABINGUER, E.; ITURRIOZ, I. Plataforma de força triaxial a ser utilizada em um pedal de bicicleta. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de

Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

4. GURGEL, J. et al. Desenvolvimento e avaliação de um procedimento de calibração para pedal sensor de forças e momentos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

5. GURGEL, J. et al. Construção e instrumentação de um pedal sensor de forças e momentos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

6. SCHROEDER, I. et al. Desenvolvimento de um sistema de medição da variação angular do pedal e pé-de-vela. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2005. 1 CD-ROM.

7. DUARTE, M. et al. Sistema para determinação da potência mecânica humana e aferição em cicloergômetros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

BIOMECÂNICA, 8., 1999, Florianópolis. Anais... Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 1999. p. 427-432.

8. DANTAS, T.; ROCA, A.; CARMO, J. Sistema de telemetria para monitoramento de forças aplicas em pedais instrumentados para o ciclismo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 10., 2003, Ouro Preto. Anais... Belo

9. NABINGUER, E.; ITURRIOZ, I.; TREVISAN, L. Sistema para aquisição e monitoramento das forças aplicadas no pedal de bicicleta ciclismo. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 10., 2003, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2003. 2 v. v. 1, p. 419-422.

10. VELLADO, D. M. et al. Adaptação da dinâmica inversa ao ciclismo. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 10., 2003, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Biomecânica, 2003. 2 v. v. 1, p. 278-281.

10.2 Resultados

Foram analisadas todas as edições da RBB, que estão divididas do numero 1 ao 9, totalizando um total de 72 artigos, desses 72 apenas 2 foram selecionados e analisados na edição de número 2, Destes artigos os dois tratavam da instrumentação para a mensuração de forças no ciclismo.

Sendo assim, 100% dos artigos publicados na RBB relacionados ao ciclismo tratavam da construção e instrumentação de pedais. Nos dois artigos foram construídos pedais instrumentados a partir de extensômetros de resistência variáveis (“strain gauges”), que eram capazes de medir a força reação aplicada ao pedal apenas em dois eixos de referência (x,y).

A Tabela 8 mostra o número de artigos sobre a construção de pedais instrumentados que foram publicados nas RBBs.

Tabela 8 - Artigos sobre pedais a construção de pedais instrumentados Revista Brasileira de Biomecânica

Já nos anais do CBB foram analisados os anais do V ao XI CBB, pois apenas a partir do V CBB os trabalhos passaram a ser publicados em anais. O total de artigos analisados foi 970, sendo selecionados 29 artigos, e um resumo de mesa redonda na qual foi abordada a biomecânica ao ciclismo, e analisados apenas 8 artigos, os quais os objetivos dos estudos eram construção e instrumentação de materiais relacionados ao ciclismo.

O Gráfico 9 mostra o percentual de artigos relacionados à Biomecânica do Ciclismo em relação ao total de artigos publicados sobre a construção e instrumentação relacionada ao ciclismo.

ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO BIOMECÂNICA 79% 21% Total de Artigos Relacionados ao Ciclismo Artigos Relacionados a Construção e Instrumentação

Gráfico 9 – Percentual de artigos relacionados a construção e instrumentação relacionados a biomecânica do ciclismo versus o percentual de artigos relacionados ao ciclismo

.

Apenas a partir do VIII CBB foi publicado um artigo relacionado à biomecânica do ciclismo, no qual tratava de um sistema para determinação da potência mecânica humana e aferição em cicloergometros, já no X CBB foram publicados 9 e no XI CBB foram publicados 19.

Dos 8 artigos analisados, 1 se encontravam nos anais do VIII CBB 3 no do X CBB e 4 XI CBB. O Gráfico 10 mostra a evolução das publicações de artigos sobre a construção e instrumentação de materiais relacionados ao ciclismo.

ANAIS CONGRESSOS BRASILEIROS DE BIOMECÂNICA 0 1 2 3 4 5 VIII X XI EDIÇÕES DO CONGRESSO A R T IGOS Seqüência1

Gráfico 10 - Evolução das publicações de artigos sobre a construção e instrumentação de materiais relacionados ao ciclismo

O Gráfico 11 mostra os percentuais das publicações nos Anais do CBB sobre a construção e instrumentação de materiais relacionados ao ciclismo.

ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA

13%

38% 49%

VIII X XI

Gráfico 11 – Percentual de publicações sobre a construção e instrumentação relacionados ao ciclismo publicados nos anais dos CBBs

O Artigo publicado no VIII CBB tratava-se sobre um sistema para determinação da potência mecânica humana e aferição em cicloergometros, já os três artigos publicados nos anais do X CBB, um tratava-se de um sistema de telemetria para monitoramento de pedais instrumentados, já outro se tratava de um sistema de monitoramento para pedais instrumentados, e o ultimo de uma adaptação da técnica de avaliação da dinâmica inversa para o ciclismo.

Nos anais do XI CBB, dois se tratavam da construção de pedais instrumentados triaxiais, um de um sistema para medição da variação angular do pedal e do pé-de-vela, e um para o desenvolvimento de um procedimento para calibração de pedais sensores de força e momentos.

10.3 Discussão

Os dados apresentados no estudo nos mostram o quanto às pesquisas relacionadas à biomecânica do ciclismo realizadas pelos laboratórios brasileiros estão atrasadas em relação aos laboratórios internacionais que pesquisam biomecânica do ciclismo no mundo, pois apenas a partir de 2001 começou a ser construído materiais que possibilitem a avaliação da técnica do gesto motor da pedalada.

Os dados nos mostram que em todo território nacional só há o registro de 4 pedais instrumentados, sendo que os dados dos 2 pedais instrumentados biaxiais foram publicados em 2001, e os dos 2 pedais instrumentados triaxiais foram publicados apenas em 2005, isto pode ser considerado um atraso em relação as

pesquisas que os laboratórios internacionais realizam, pois na década de oitenta Davis e Hull (1981) já haviam publicado a construção de um pedal triaxial, demonstrando que os laboratórios internacionais estão muito a frente dos nossos laboratórios no que diz respeitos as tecnologias para pesquisa da biomecânica do ciclismo.

Os resultados demonstram que as pesquisas realizadas sobre a biomecânica do ciclismo no Brasil são recentes, isto se da pelo fato de apenas em 2001 foram publicados artigos sobre a construção de materiais que possibilitem a avaliação do gesto motor da pedalada.

Já quanto ao fato de a maioria das pesquisas que avaliam o gesto motor da pedalada no Brasil serem realizadas com pedais biaxiais, avaliando assim apenas as forças aplicadas aos pedais de uma forma bidimensional, se da pelo motivo que apenas em 2005 foram publicados artigos sobre a construção de pedais instrumentados triaxais.

O fato de os artigos sobre a construção e instrumentação de pedais triaxiais terem sido publicados apenas em 2005, pode ser considerado um fator limitante, porém, pode-se também olhar com bons olhos para este fato, pois agora, acredita-se que os próximos estudos realizados nos laboratórios nacionais que pesquisam a biomecânica do ciclismo e possuem esse material, serão feitos em igual condições, no que diz respeito aos materiais utilizados, com os estudos realizados nos laboratórios internacionais que pesquisam a biomecânica do ciclismo.

10.4 Conclusão

Os dados deste estudo demonstram que os laboratórios nacionais ainda estão muito aquém dos laboratórios internacionais que pesquisam a biomecânica do ciclismo.

Acredita-se que as pesquisas sobre a biomecânica relacionadas ao ciclismo tendem a evoluir muito, pois agora, com as publicações sobre a construção de pedais instrumentados triaxais, deixam os laboratórios nacionais, que possuem este instrumento, em igual condições com os laboratórios internacionais que pesquisam as forças de reação aplicadas aos pedais.

11 ANÁLISE DE CONTEÚDO RELACIONADA AS VARIÁVEIS CINEMÁTICAS

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