• Nenhum resultado encontrado

3. LEGISLAÇÃO NA EDUCAÇÃO

6.3 ANÁLISE DE DADOS

Para a análise dos dados, foi escolhida a análise de conteúdo de Bardin, utilizada a partir da perspectiva qualitativa. Essa análise, segundo Bardin (2016), é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, com o objetivo de superar as incertezas e enriquecer a leitura, pretendendo compreender as comunicações, além dos seus significados imediatos.

A análise de conteúdo é um método muito empírico, depende do tipo de “fala” a que se dedica e do tipo de interpretação que se pretende como objetivo. Não existe coisa pronta em análise de conteúdo, mas somente algumas regras de base, por vezes dificilmente transponíveis (BARDIN, 2016, p. 36).

Pode-se destacar duas funções principais na análise de conteúdo; a primeira é a possibilidade de encontrar respostas para as questões formuladas e também a confirmação ou não das hipóteses pré-estabelecidas, a outra função diz respeito à descoberta do que está por trás dos conteúdos manifestos, indo além do que aparenta o que está sendo comunicado (MINAYO, 2010).

Bardin (2016) define que, para título de organização, a análise é dividia em três polos cronológicos, a saber: a) Pré-análise: É o período de organizar as ideias iniciais, em que são

escolhidos os documentos que serão submetidos à análise, questões norteadoras e a elaboração de indicadores que fundamentam a interpretação final; b)Exploração do material: É colocado em práticas as decisões tomadas na pré-análise; c)Tratamento dos resultados obtidos e interpretação: Os resultados são tratados de maneira a se tornarem significativos, respondendo aos objetivos da primeira etapa, buscando entender e interpretar o material coletado.

Desse modo, a análise dos dados iniciou-se a partir da leitura das entrevistas, agrupando ideias semelhantes. Por meio das semelhanças observadas, emergiram categorias e subcategorias, para que melhor se pudessem discutir os dados. As categorias são as classes as quais juntam um grupo de elementos sob um título genérico, agrupamento esse efetuado em razão das características comuns destes elementos (BARDIN,2016, p. 147).

Assim, expõe-se no quadro a seguir os agrupamentos realizados a partir dos dados obtidos e estudados. A análise foi agrupada em três categorias, e estas, por sua vez, divididas em subcategorias, conforme o quadro a seguir:

Quadro 3: Categorias e subcategorias Compreensões e vivências da

corporeidade

O corpo como uma unidade Reúne enunciados que se referem a um corpo uno A fragmentação do corpo Reúne enunciados que se

referem a fragmentação do corpo

As Vivências do docente Reúne enunciados das vivências dos professores, quanto a corporeidade em sua formação

Estratégias pedagógicas Atividades pedagógicas Reúne enunciados que se referem às habilidades que professores têm para ofertar novos assuntos aos alunos Diferentes formas de

expressão

Reúne enunciados que se referem às diferentes formas de expressão utilizadas pelos professores

Vivências da Ludicidade Potencialidades e limitações Reúne enunciados que se referem a dificuldades e potencialidades que os professores relatam ao abordar a corporeidade por meio da ludicidade

Ludicidade como motivação Reúne enunciados que se referem ao objetivo dos professores em utilizar a ludicidade para motiva-los Fonte: Elaborado pela mestranda em set/2019.

Diante deste agrupamento de categorias e subcategorias, apresenta-se no próximo capítulo a análise e discussão dos dados, onde será realizada a análise dos dados coletados nas entrevistas com os professores participantes da pesquisa e a análise dos documentos institucionais da escola.

7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Este capítulo é dedicado à análise dos dados que emergiram com esta pesquisa, a qual teve como objetivo analisar as ações pedagógicas, presentes nas práticas docentes, que contemplam a corporeidade. Para responder aos objetivos deste estudo, foram entrevistados 5 professores dos anos iniciais de uma escola de Ensino Fundamental, todos do sexo feminino, com idades entre 22 anos e 45 anos. O tempo de formação profissional é variável, sendo entre 4 anos até 23 anos. Além disso, o tempo que as professoras lecionam para o Ensino Fundamental varia de 3 meses a 20 anos, sendo que o período o qual elas fazem parte da escola atual é de 2 meses até 8 anos.

A seguir apresenta-se o Quadro 4 – Formação e tempo docente, que contempla informações sobre a formação das professoras, tempo de atuação como docente, com o intuito de que o leitor possa conhecer melhor os sujeitos participantes desta pesquisa.

Quadro 4 - Formação e tempo docente Sujeito Idade Formação Sexo Especialização Tempo de

formação Tempo de atuação no ensino fundamental Tempo na escola atual P1 45 anos Magistério Português e inglês Feminino Língua portuguesa e literatura

20 anos 20 anos 2 meses

P2 42

anos

Magistério e pedagogia

Feminino Ed. Especial e inclusiva

23 anos 8 anos 4 anos

P3 22 anos Magistério Educação Física Cursando Pedagogia

Feminino Não possui 4 anos 3meses 3meses

P4 37

anos

Educação Física

Feminino Educação Física Escolar

13 anos 13 anos 5 anos

P5 39

anos

Pedagogia Feminino Gestão Escolar 11 anos 11 anos 8 anos Fonte: Elaborado pela mestranda em set/2019.

Quando se observa o tempo de atuação docente entre os professores, tem-se uma grande variabilidade, contudo, não se evidenciou a relação do tempo com a compreensão e abordagem da corporeidade, já que se nota que professores com mais tempo de formação nem sempre têm um maior entendimento sobre o assunto. Também é possível observar as diferentes formações dos professores, o que nem sempre propicia olhares distintos para o tema.

Apresentadas as participantes da pesquisa, direcionam-se os subtítulos a seguir, a fim de demonstrar a análise realizada a partir das entrevistas com as professoras. Procurou-se constituir um diálogo entre as falas das professoras, os documentos escolares e a teoria.

Documentos relacionados