7.2 Vigilância de casos humanos
7.2.4 Análise e divulgação dos dados
Os dados referentes ao registro e à investigação dos casos de LTA devem ser consolida- dos, agregando-se as informações por município, região administrativa e unidade federa- da. Esses dados são indispensáveis para a construção dos indicadores necessários à análise epidemiológica da doença e ao acompanhamento e avaliação operacional do PV-LTA em cada nível de gestão e ampla divulgação.
Indicadores epidemiológicos
Os indicadores epidemiológicos devem ser calculados com base nos casos autóctones. Para aqueles indicadores que utilizam o coeficiente de detecção, o denominador é a popu- lação exposta ao risco e para os demais utiliza-se os casos detectados em uma determina- da área (UF, município, região administrativa (RA) ou localidade).
O uso do coeficiente de detecção avalia melhor o risco de contrair a doença na loca- lidade, por considerar no denominador a população mais exposta, permitindo também a comparação entre áreas. Outro indicador a ser destacado refere-se à classificação das áreas, pois permite auxiliar na priorização das atividades de vigilância, assistência e con- trole nos diferentes níveis de gestão.
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a) N.º de casos novos autóctones de LTA na unidade federada (município, região ad- ministrativa (RA) ou localidade) no ano.
b) Coeficiente geral de detecção de casos de LTA na unidade federada (município, RA ou localidade) por 100.000 habitantes.
N.º de casos novos autóctones de LTA da UF,
município, RA ou localidade no ano x 100.000
População total da UF, município, RA ou localidade no ano
c) Proporção anual de casos de LTA na faixa etária menor de 10 anos entre o total de casos diagnosticados no ano.
N.º de casos novos autóctones na faixa etária < 10 anos,
detectados na UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos autóctones detectados na UF, município, RA ou localidade no ano.
d) Proporção anual de casos de LTA na faixa etária de 10 anos ou mais entre o total de casos diagnosticados no ano.
N.º de casos novos autóctones na faixa etária ≥ 10 anos de-
tectados na UF, município, RA, localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos detectados na UF, município, RA, localidade no ano.
e) Proporção anual de casos de LTA no sexo feminino entre o total de casos diagnosti- cados no ano.
N.º de casos novos autóctones do sexo feminino detec-
tados na UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos detectados na UF, município, RA ou localidade no ano.
f) Proporção anual de casos de LTA no sexo masculino entre o total de casos diagnos- ticados no ano.
N.º de casos novos autóctones do sexo masculino
detectados na UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos detectados na UF, município, RA ou localidade no ano.
g) Proporção de casos de LTA da forma mucosa entre o total de casos diagnosticados no ano.
N.º de casos novos autóctones na forma mucosa detec-
tados na UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos detectados na UF, mu- nicípio, RA ou localidade no ano.
h) Proporção de casos de LTA da forma cutânea entre o total de casos diagnosticados no ano.
N.º de casos novos autóctones da forma cutânea detec-
tados UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
N.º total de casos novos detectados na UF, mu- nicípio, RA ou localidade no ano. i) Densidade de casos de LTA.
N.º de casos novos autóctones detectados UF, mu-
nicípio, RA ou localidade no ano. x 100
Área em Km 2 da UF, município, RA ou localidade.
j) Classificação de áreas de transmissão de LTA.
Para classificação das áreas a serem monitoradas, estabeleceram-se parâmetros a partir do coeficiente de detecção da LTA. Foram selecionados os municípios que apresentaram casos de LTA no período de 1995 a 2004 e calculou-se o coeficiente médio de detecção (média de casos dividida pela população média do período obtida do censo IBGE – 2000). A partir do coefi- ciente médio de detecção, classificaram-se os municípios segundo os quartis (Quadro 9).
Este indicador deve ser utilizado para classificação de áreas a serem monitoradas. Quadro 9 – Parâmetros e classificação do Coeficiente geral de detecção de casos de
LTA, por 100.000 habitantes
Quartil Parâmetro Classificação
1.º < 2,5 Baixo
2.º ≥ 2,5 < 10,0 Médio
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Indicadores operacionais
São propostos indicadores operacionais de acompanhamento de casos de LTA, para o monitoramento da assistência ao doente na rede de serviços de saúde.
a) Proporção de casos novos de LTA submetidos a métodos auxiliares de diagnóstico, entre o total de casos diagnosticados no ano.
N.º de casos novos de LTA com exame realizado
UF, município, RA ou localidade no ano. x 100
Total de casos novos diagnosticados UF, município, RA ou localidade no ano.
b) Proporção de casos de LTA que evoluíram para cura clínica entre o total de casos registrados do período.
N.º de casos novos diagnosticados em determinado período e que receberam
alta por cura até a data de avaliação na UF, município, RA ou localidade no ano x 100
Total de casos novos diagnosticados no período na UF, município, RA ou localidade no ano.
Outros indicadores
Os indicadores sociais, agropecuários e ambientais devem ser utilizados, pois irão au- xiliar na avaliação das unidades territoriais. Entre eles destaca-se: densidade populacional, percentual de população por sexo, percentual de minifúndio e latifúndio, volume de ex- tração de madeira, área de plantação de banana, ecossistema predominante, vetor predo- minante, entre outros.