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Após análise das regiões estudadas, verificou-se que a Região da Calha Norte e Costa Atlântico Nordeste, apresentaram um comportamento pluviométrico, e físico similar. Enquanto que o comportamento antrópico distinto, por uma possuir a cobertura vegetal mais preservada que outra.

No que se refere à pluviometria, ambas estão situadas na região de maior pluviosidade do Estado. Quanto àsas características físicas ambas apresentaram um baixo risco de enchentes tendo uma forma que tende ao alongado. Com relação às áreas, a Região da Calha Norte apresenta uma área, quase duas vezes maior que a da Região Costa Atlântico Nordeste.

Ressalta-se que os dados de vazão foram adquiridos em m³/s, porém para viabilizar uma análise com a precipitação (que é dada em mm), foi realizada a conversão de m³/s para mm, através da Equação 10, sugerida por Tucci (2009).

Q (mm) = 31536 Q (m³/s) / A. (10)

em que:

Q (mm) – Vazão a ser obtida em mm Q(m³/s) – Vazão em m³/s

A – Área em Km²

31536 – Coeficiente de conversão

Foi possível observar o comportamento fluviométrico e pluviométrico de cada Região levando-se em consideração a média de cada mês durante a série de 19 anos.

Os gráficos de 9 a 15, abaixo mostram os dados das estações fluviométricas da Região da Calha Norte destacando-se o comportamento dos hidrogramas com seu pico máximo ao longo dos anos.

Gráfico 9 – Comportamento da Vazão na estação Tírios, na série de 19 anos estudada.

A estação Tírios apresentou sua vazão máxima no mês de Maio (154,84 mm) enquanto sua mínima ficou em (16,55 mm) no mês de Novembro tendo sua vazão média em 67,5 mm com uma amplitude de 138,29 mm. Em termos quantitativos pode-se afirmar que a máxima está 129% acima da média enquanto a mínima está 76% abaixo.

Gráfico 10 - Comportamento da Vazão na estação Boca do Inferno, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Boca do Inferno teve sua vazão média em torno de 24,10 mm alcançando seu máximo, no mês de Maio, de 62,64 mm, o qual representa 159% acima da referida média e seu mínimo, no mês de Outubro, de 6,35 mm, estando 74% abaixo da média com uma amplitude de 56,29 mm. Diferente das demais estações teve sua mínima registrada 1 mês antes que as demais Ressalta-se que sua localização na Bacia está mais próxima da foz do rio do que de sua nascente.

Gráfico 11 - Comportamento da Vazão na estação Arapari, na série de 19 anos estudada.

A estação Arapari, alcançou seu pico máximo no mês de Maio (123,85 mm), e seu mínimo em Novembro (5,01 mm), tendo em média uma vazão de 38,38 mm com uma amplitude de 118,84 mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 122% acima da média, enquanto seu mínimo 79,35% abaixo. A mesma apresenta-se localizada mais próxima da foz do que da nascente do rio em que está situada (Maicuru).

Gráfico 12 - Comportamento da Vazão na estação Aldeia Wai-Wai, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Aldeia Wai Wai, alcançou seu pico máximo no mês de Maio (193,33 mm), e seu mínimo em Dezembro (20,98 mm), tendo em média uma vazão de 81,7 mm com uma amplitude de 172,35 mm. Diferente das demais estações teve sua mínima registrada 1 mês depois que as demais. Observou-se que a o seu máximo esteve 136% acima da média, enquanto seu mínimo 74,3% abaixo da média. A apresenta-se localizada mais próxima da foz do que da nascente do rio Mapuera.

Gráfico 13 - Comportamento da Vazão na estação Apalai, na série de 19 anos estudada.

A estação Apalai, alcançou seu pico máximo no mês de Maio (136,5 mm), e seu mínimo em Novembro (13,6 mm), tendo em média uma vazão de 64,03 mm com uma amplitude de 122,9 mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 113% acima da média, enquanto seu mínimo 78,7% abaixo da média. A mesma se apresenta mais próxima da nascente do rio Paru de Este.

Gráfico 14 - Comportamento da Vazão na estação Caramujo, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Caramujo alcançou seu pico máximo no mês de Maio (276,85 mm), e seu mínimo em Novembro (26,53 mm), tendo em média uma vazão de 108,97 mm com uma amplitude de 250,32 mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 154% acima da média, enquanto seu mínimo 76% abaixo. A mesma se apresenta na foz dos rios Trombetas e Mapuera, fator que justifica os valores mais elevados em relação às outras estações.

Gráfico 15 - Comportamento da Vazão na estação Garganta, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Garganta alcançou seu pico máximo no mês de Maio (246,83 mm), e seu mínimo em Novembro (23,42 mm), tendo em média uma vazão de 103,43 mm

com uma amplitude de 223,41 mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 138,6% acima da média, enquanto seu mínimo 74,01% abaixo. A mesma localiza-se na foz do rio Trombetas.

Os gráficos de 16 a 22, abaixo mostram os dados das estações pluviométricas da Região da Calha Norte.

Gráfico 16 - Comportamento da Precipitação na estação Apalai, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Apalai apresentou sua precipitação máxima no mês de Março (342,8mm) enquanto sua mínima ficou em (40,38mm) no mês de Outubro tendo sua precipitação média em 167,9mm com uma amplitude de 302,42mm. Em termos quantitativos pode-se afirmar que a máxima apresentou-se 103,9% acima da média enquanto a mínima está 75,9% abaixo.

Gráfico 17 - Comportamento da Precipitação na estação Arapari, na série de 19 anos estudada.

A estação Arapari apresentou sua precipitação máxima no mês de Março (292,5mm) enquanto sua mínima ficou em (90mm) no mês de Outubro tendo sua precipitação média em 145,03mm com uma amplitude de 202,5mm. Observa-se que a precipitação máxima apresentou-se 101,6% acima da média enquanto a mínima está 37,9% abaixo.

Gráfico 18 - Comportamento da Precipitação na estação Boca do Inferno, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Boca do Inferno apresentou sua precipitação máxima no mês de Março (353mm) enquanto sua mínima ficou em (57mm) no mês de Outubro tendo sua precipitação média em 181,76mm com uma amplitude de 296 mm. Observa-se que a precipitação máxima apresentou-se 94,2% acima da média enquanto a mínima está 68,6% abaixo.

Gráfico 19 - Comportamento da Precipitação na estação Cachoeira, na série de 19 anos estudada.

A estação Cachoeira alcançou seu pico máximo no mês de Março (489,9 mm), e seu mínimo em Agosto (123,7 mm), tendo em média uma precipitação de 246 mm com uma amplitude de 366,2mm. Diferente das demais estações apresentou seu pico mínimo 2 meses antes das demais. Observou-se que a o seu máximo esteve 99% acima da média, enquanto seu mínimo 48,8% abaixo.

Gráfico 20 - Comportamento da Precipitação na estação Cachoeira, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A média observada na estação Juruti foi de 197,6mm, com uma amplitude de 345,2mm, tendo seu máximo alcançado o valor de 402,6mm e seu mínimo 57,4mm, nos meses de Março e Outubro, respectivamente. Pode-se afirmar que o seu pico máximo esteve 102,3% acima da média observada, enquanto seu valor mínimo apresentou-se 70,95% abaixo.

Gráfico 21 - Comportamento da Precipitação na estação Oriximiná, na série de 19 anos estudada.

Na estação Oriximiná, observou-se uma precipitação média de 202,5mm, com uma amplitude de 374,92mm tendo sido marcado 416,3mm e 40,38mm como seu máximo e mínimo, nos meses de Março e Outubro, respectivamente. Ressalta-se que seu máximo alcançou um valor de 105% acima da média e seu mínimo de 80,05% abaixo.

Gráfico 22 - Comportamento da Precipitação na estação Vista Alegre, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A média observada na estação Vista Alegre foi de 207mm, com uma amplitude de 280,83mm, tendo seu máximo alcançado o valor de 371,8mm e seu mínimo 90,97mm, nos meses de Março e Outubro, respectivamente. Pode-se afirmar que o seu pico máximo esteve 79,6% acima da média observada, enquanto seu valor mínimo apresentou-se 56,05% abaixo.

Como se observou nos gráficos acimasupracitado, da Região da Calha Norte, as estações de precipitação e vazão, em sua maioria, apresentaram seus picos máximos nos meses de Março e Maio, respectivamente, enquanto seus mínimos foram registrados, em sua maioria, nos meses de Outubro e Novembro, respectivamente. Foi possível indicar também que as estações localizadas mais próximas a montante da bacia tiveram precipitação e vazão menores do que as estações localizadas na foz. Indica-se uma defasagem em média, em relação ao pico máximo e mínimo de precipitação e vazão de 2 meses na maioria das estações. Os gráficos de 23 a 28, abaixo mostram os dados das estações fluviométricas da Região da Costa Atlântico Nordeste.

Gráfico 23 - Comportamento da Vazão na estação Nova Mocajuba, na série de 19 anos.

Fonte: Autor, 2016

A estação Nova Mocajuba, alcançou seu pico máximo no mês de Abril (204,78mm), e seu mínimo em Novembro (14,23 mm), tendo em média uma vazão de 92,98 mm com uma amplitude de 190,55mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 119% acima da média, enquanto seu mínimo 84,72% abaixo. A mesma se apresenta no centro do rio Caeté, isto é, na parte central entre nascente e foz.

Gráfico 24 - Comportamento da Vazão na estação Badajós, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Badajós apresentou sua vazão máxima no mês de Maio (79,87 mm) enquanto sua mínima ficou em (30,32 mm) no mês de Novembro tendo sua vazão média em 49,32 mm com uma amplitude de 30,55mm. Diferente das demais estações apresentou seu pico máximo 1 mês depois que as demais estações. Em termos quantitativos pode-se afirmar que a máxima está 61,90% acima da média enquanto a mínima está 38,5% abaixo.

Gráfico 25 - Comportamento da Vazão na estação Bom Jardim, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Bom Jardim, alcançou seu pico máximo no mês de Abril (155,73 mm), e seu mínimo em Novembro (15,44 mm), tendo em média uma vazão de 65,58 mm com uma amplitude de 140,29mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 137% acima da média, enquanto seu mínimo 76,45% abaixo. A mesma se apresenta no centro do rio Guamá.

Gráfico 26 - Comportamento da Vazão na estação Fazenda Maringá, na série de 19 anos

estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Fazenda Maringá apresentou sua vazão máxima no mês de Abril (83,31 mm) enquanto sua mínima ficou em (25,48 mm) no mês de Novembro tendo sua vazão média em 47,75 mm com uma amplitude de 57,83mm. Em termos quantitativos pode-se afirmar que a máxima está 74,18% acima da média enquanto a mínima está 46,4% abaixo. A mesma está localizada no centro do Rio Capim.

Gráfico 27 - Comportamento da Vazão na estação Sete Ilhas, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Sete Ilhas, alcançou seu pico máximo no mês de Abril (227,84mm), e seu mínimo em Novembro (8,25 mm), tendo em média uma vazão de 80,23 mm com uma amplitude de 219,59mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 184% acima da média, enquanto seu mínimo 89,72% abaixo. A mesma se apresenta a sua localização no centro do Rio Piriá, isto é, entre nascente e foz .

Gráfico 28 - Comportamento da Vazão na estação Cafezal, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Cafezal apresentou sua vazão máxima no mês de Abril (78,57 mm) enquanto sua mínima ficou em (17,79 mm) no mês de Novembro tendo sua vazão média em 37,74 mm com uma amplitude de 60,78mm. Em termos quantitativos pode-se afirmar que a máxima está 108% acima da média enquanto a mínima está 52,8% abaixo. A mesma está localizada próxima a nascente do Rio Uraim.

Os gráficos de 29 a 34, abaixo mostram os dados das estações pluviométricas da Região da Costa Atlântico Nordeste.

Gráfico 29 - Comportamento da precipitação na estação Badajós, na série de 19 anos.

Fonte: Autor, 2016

A estação Badajós alcançou seu pico máximo no mês de Março (425 mm), e seu mínimo em Outubro (35,87 mm), tendo em média uma precipitação de 194,41mm com uma amplitude de 389,13mm. Observou-se que a o seu máximo esteve 118% acima da média, enquanto seu mínimo 81,55% abaixo.

Gráfico 30 - Comportamento da precipitação na estação Capanema, na série de 19 anos.

Fonte: Autor, 2016

Pode-se observar que a estação Capanema teve uma média de 201,4mm, com uma amplitude de 395,03mm, podendo-se registrar seu máximo de 416,7 mm no mês de Março e seu mínimo de 21,67mm no mês de Outubro. Ressalta-se que seu pico máximo esteve 106,9% acima da média registrada, enquanto seu mínimo esteve 89,24% abaixo da média.

Gráfico 31 - Comportamento da precipitação na estação Castanhal, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Castanhal alcançou seu pico máximo no mês de Março (332,5mm), e seu mínimo em Setembro (60,7 mm), tendo em média uma precipitação de 198,52mm com uma amplitude de 271,8mm. Diferente das demais estações da região apresentou seu mínimo 1 mês antes das demais. Observou-se que a o seu máximo esteve 67,48% acima da média, enquanto seu mínimo 69,42% abaixo.

Gráfico 32 - Comportamento da precipitação na estação Igarapé – Açú, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

Observou-se que a estação Igarapé-Açú teve uma média de 190,28mm, com uma amplitude de 373,48mm podendo-se registrar seu máximo de 402,18 mm no mês de Março e seu mínimo de 28,7mm no mês de Outubro. Ressalta-se que seu pico máximo esteve 111% acima da média registrada, enquanto seu mínimo esteve 84,9% abaixo da média.

Gráfico 33 - Comportamento da precipitação na estação Taruará – Ponte, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

A estação Tararuá-Ponte apresentou sua precipitação média igual a 160,20mm, com uma amplitude de 283,93mm, tendo atingido seu máximo no mês de Março (320,2mm) e seu mínimo no mês de Outubro (36,27mm). Observou-se que seu pico máximo esteve 99,87% acima da media enquanto seu mínimo esteve 77,3% abaixo da média.

Gráfico 34 - Comportamento da precipitação na estação Vila do Conde, na série de 19 anos estudada.

Fonte: Autor, 2016

Observou-se que a estação Vila do Conde teve uma média de 168,2mm, com uma amplitude de 278,13mm, podendo-se registrar seu máximo de 316 mm no mês de Março e seu mínimo de 37,87mm no mês de Outubro. Ressalta-se que seu pico máximo esteve 87,87% acima da média registrada, enquanto seu mínimo esteve 77,48% abaixo da média.

Como se observou nos gráficos acima, da Região da Costa Atlântico Nordeste, as estações de precipitação e vazão, em sua maioria, apresentaram seus picos máximos nos meses de Março e Abril, respectivamente, enquanto seus mínimos foram registrados, em sua maioria, nos meses de Outubro e Novembro, respectivamente. Indica-se uma defasagem em média, em relação ao pico máximo e mínimo de precipitação e vazão de 1 mesmês na maioria das estações.

Através dos gráficos de fluviometria das duas regiões, é possível observar que na Região da Calha Norte o tempo necessário para alcançar a amplitude máxima (pico), é superior, em média 1 mês, em relação aos resultados apresentados nos gráficos da Região Costa Atlântico Nordeste.

É de conhecimento geral, que a conservação da vegetação implica no maior armazenamento da água oriunda da precipitação, por parte da vegetação, logo o tempo de concentração da bacia em geralescoamento superficial dependendo das características geológicas se apresenta maiormenor em áreas sem vegetação conservada,, atingindo sua amplitude máxima em um menor tempo, pois há uma diminuição do processo de infiltração.

Para tanto, pode-se considerar que a falta da cobertura vegetal pode ter implicado em uma diminuição do armazenamento da água na Região da Costa Atlântico Nordeste devido o escoamento superficial ser mais acelerado, enquanto que na Região da Calha Norte, a qual está mais conservada ambientalmente, não houve essa redução.

No que se refere à pluviometria pode-se observar que em ambas as regiões o comportamento se manteve o mesmo.

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