• Nenhum resultado encontrado

REQUISITOS DO SISTEMA PROPOSTO

Visando um sistema funcional, diversas referências normativas abordam requisitos mínimos e máximos para o sistema. Neste sistema proposto para este estudo, contendo hidrantes, anéis aspersores e câmaras de espumas, os requisitos são:

1. Para correto funcionamento dos equipamentos (bicos aspersores, proporcionadores e câmaras de espuma) a pressão de chegada deve ser tal que induza uma vazão (conforme catálogo do equipamento) conforme a calculada no item 4.9 deste trabalho; 2. Para o sistema de hidrantes, a Instrução técnica nº 22 (Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia, 2017) define que a vazão e a pressão de chegada na válvula do hidrante devem ser, no mínimo, 600 L/min e 60 mca, respectivamente. Estes valores devem ser verificados para os dois hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente operando em simultâneo.

3. Ainda para sistema de hidrantes, a NBR 13714 (Associação Brasileira De Normas Técnicas, 2000) define que deve-se obter uma vazão de 900 L/min no esguicho da mangueira dos hidrantes, novamente considerando dois hidrantes mais desfavoráveis sendo utilizados em paralelo.

4. De forma complementar, a NBR 17505–7 (Associação Brasileira De Normas Técnicas, 2013) define que a pressão nos hidrantes durante operação devem estar entre 520 kPa e 862 kPa (52,5 mca e 87,3 mca)

Os hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente encontram-se destacados na Figura 17. Para analisar as curvas do sistema para as diferentes situações demandadas citadas acima, o sistema foi subdividido em trechos não ramificados conforme Figura 18 abaixo. Na figura, os trechos independentes indicados foram nomeados de TR-01 a TR-22, sendo o número um sequencial para os trechos. Os proporcionadores de espuma, as câmaras de espuma e os anéis aspersores receberam também um sequencial de 1 a 4 para diferenciar. O cálculo do sistema foi desenvolvido utilizando como interface planilhas de Microsoft Excel complementados com módulos de cálculo executados através do Microsoft Visual Basic for Applications.

Figura 17 - Hidrantes mais desfavoráveis

Fonte: Autor

As perdas de carga locais nos trechos de tubulação foram consideradas através do método do comprimento equivalente, utilizando as tabelas disponíveis no livro Bombas Industriais (de Mattos & de Falco, 1998). Para o cálculo da perda de carga utilizou-se o valor da constante C de Hazen Willians de 90, valor de referência para água em tubulações de aço soldado em uso (de Mattos & de Falco, 1998). Foi utilizado valor de aço em uso pois espera-se que o sistema atenda a condição mais restritiva mesmo após o envelhecimento da tubulação.

As perdas de carga em equipamentos foram considerados de acordo com os catálogos dos fabricantes de referência conforme citados do item 4.12 ao item 4.16.

Figura 18 - Esquemático de divisão do sistema (onde h é a altura manométrica)

Tabela 19 - Perda de carga nos trechos de tubulação Fonte: Autor 8 10 TR-01 TR-02 TR-03 TR-04 TR-05 TR-06 TR-07 TR-08 TR-09 TR-10 TR-11 TR-12 TR-13 TR-14 TR-15 1.0 2.0 0.5 0.5 0.5 0.5 12.2 12.2 12.2 12.2 1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 6.0 6.0 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 6.0 6.0 6.0 6.0 6.0 161.4 161.4 62.7 62.7 62.7 62.7 62.7 62.7 62.7 62.7 161.4 161.4 161.4 161.4 161.4 22 3 5 3 4 4 102 102 112 139 129 33 32 17 38 0 0 0 0 0 0 4 4 4 4 0 0 0 0 0 3 1 1 1 1 1 5 5 5 5 2 1 0 0 1 1 0 8 5 7 6 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Saída do tanque Valvula Gaveta Valvula Esfera Ampliação 6" x 4" Redução 6" x 4" Redução 4" x 3" Redução 4" x 2.1/2" Valvula Retenção Valvula Globo 45º Altura (m) Diâmetro (pol) Diâmetro int. (mm) Trecho reto (m) R = 1,5D R = 1,5D

Tabela 19 - Perda de carga nos trechos de tubulação (continuação).

Fonte: Autor

METODOLOGIA DE CÁLCULO

A metodologia de cálculo empregada para o estudo do sistema visava a garantia do atendimento dos requisitos mínimos de todos os equipamentos e atendimento das normas. Desta forma, adotou-se um sistema de cálculo iterativos em 6 passos, a saber:

1) Atualização das vazões nos ramais;

2) Verificação e atualização dos diâmetros da tubulação;

3) Cálculo da perda de carga para cada ramal, trecho e equipamento;

4) Cálculo dos requisitos mínimos para a bomba conforme perdas de cargas e vazões; 5) Cálculo das pressões de chegada nos equipamentos;

6) Cálculo das novas vazões nos equipamentos;

8 10 TR-16 TR-17 TR-18 TR-19 TR-20 TR-21 TR-22 TR-H TR-CM TR- MANG Leq (2,5") Leq (3") Leq (4") Leq (6") 1.0 1.0 1.0 12.2 12.2 12.2 12.2 2.0 2.5 2.0 6.0 6.0 6.0 3.0 3.0 3.0 3.0 4.0 4.0 2.5 161.4 161.4 161.4 82.8 82.8 82.8 82.8 108.2 108.2 62.7 17 36 69 117 128 140 144 4 2 1 0 0 0 2 2 2 2 0 0 0 0.61 0.76 1.07 1.53 0 0 0 4 4 4 4 1 0 0 1.22 1.52 2.13 3.05 1 1 1 4 1 2 3 0 0 0 1.22 1.52 2.13 3.05 0 0 0 2 2 2 2 1 0 0 3.96 4.88 6.10 9.15 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0.84 1.07 1.37 1.98 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.22 1.52 1.98 3.05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 9.15 11.59 14.63 21.95 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8.23 10.67 13.72 19.82 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1.22 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0.91 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1.22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Saída do tanque Valvula Gaveta Valvula Esfera Ampliação 6" x 4" Redução 6" x 4" Redução 4" x 3" Redução 4" x 2.1/2" Valvula Retenção Valvula Globo 45º Altura (m) Diâmetro (pol) Diâmetro int. (mm) Trecho reto (m) R = 1,5D R = 1,5D

Houve a necessidade de cálculos iterativos por duas razões de não linearidades, a primeira devido a algumas das vazões dependerem da pressão, a pressão dependendo da perda de carga e a perda de carga dependendo da vazão. A segunda foi devido ao anel de hidrantes e canhões monitores, um sistema em paralelo com vazões intermediárias de saída que precisa de cálculos iterativos para verificar a vazão por cada um dos ramais.

Desta forma, como o sistema conta com um sistema auto compensatório para baixas pressões, aumentando a altura manométrica na bomba para os casos de baixa pressão de chegada, foram adotados diversos critérios que deveriam ser adotados para que o programa tivesse convergência, sendo eles:

1) Pressões e vazões de chegada nos equipamentos serem maiores ou iguais às pressões e vazões mínimas para cada equipamento.

2) Variação máxima de pressão e vazão para cada equipamento sendo de 0,5% entre iterações.

3) Somatório de perdas de carga no anel de hidrantes sendo de no máximo 0,1 metros (ideal que seja o menor possível, foi utilizado valor menor que 0,2% a pressão nos hidrantes).

4) Correção de vazão no trecho do hidrantes ser menor que 10 l/min (ideal que seja o menor possível, foi utilizado valor que dará aproximadamente 0,5% da vazão esperada para o trecho dos hidrantes, conforme Tabela 14).

Os resultados completos para a simulação (valores de vazão e pressão em cada equipamento, valores verificados para convergência do anel e NPSH, altura manométrica e vazão para a bomba) estão presentes no ANEXO A - CROQUI, DADOS DE ENTRADA E RESULTADOS Deste trabalho, bem como o código utilizado está no ANEXO B – CÓDIGO VBA UTILIZADO PARA CÁLCULO.

CENÁRIOS DE RISCO

Devido aos diversos casos de sinistro demandarem diferentes vazões de cada equipamento, foram verificados os 9 cenários de sinistro discutidos no item 4.9 e, adicionalmente, 1 cenário de atendimento à norma conforme 5. Desta forma, foram analisados 10 cenários, conforme listados abaixo.

 Cenário 1 – Sinistro no tanque TQ-001.  Cenário 2 – Sinistro no tanque TQ-002.  Cenário 3 – Sinistro no tanque TQ-003.

 Cenário 5 – Sinistro no tanque TQ-005.  Cenário 6 – Sinistro no tanque TQ-006.  Cenário 7 – Sinistro no tanque TQ-007.

 Cenário 8 – Sinistro na plataforma de carregamento.  Cenário 9 – Sinistro na plataforma de descarregamento.

 Cenário 10 – Verificação dos dois hidrantes mais desfavoráveis.

O ANEXO A - CROQUI, DADOS DE ENTRADA E RESULTADOS disponibiliza desenhos complementares para facilitar o entendimento de cada cenário analisado e mostra os dados de entrada utilizados e resultados dos cálculos para os cenários finais.

ATUALIZAÇÃO DAS VAZÕES NOS RAMAIS

A atualização das vazões nos ramais é feita com base nas vazões nos equipamentos, começando do final do sistema e regredindo no sentido da bomba, garantindo o princípio da conservação de massa e garantindo vazões suficientes em todos os equipamentos. Para a região malhada (anel de hidrantes e canhões monitores), verifica-se também neste passo do cálculo (a partir da segunda iteração) qual a correção de vazão deve ser aplicada conforme o método de Hardy-Cross.

VERIFICAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS DIÂMETROS DA TUBULAÇÃO

Foi feita uma sub-rotina de cálculo visando verificar a velocidade do escoamento em cada trecho e, caso a velocidade estivesse acima dos 5 m/s estabelecido por norma, o diâmetro adotado para o trecho seria trocado por diâmetro comercial diretamente acima. Porém, durante os cálculos, em nenhum momento houve necessidade desta modificação, exceto para o anel dos hidrantes.

CÁLCULO DA PERDA DE CARGA PARA CADA RAMAL, TRECHO E EQUIPAMENTO

Neste passo são calculadas as perdas de carga para cada um dos equipamentos conforme curvas, tabelas ou equações de perda de carga definidas pelos fabricantes. Adicionalmente, foram calculadas as perdas de carga para cada um dos ramais conforme formulação de Hazen-Willians.

Cabe ressaltar que, conforme recomendado pelas normas vigentes, a perda de carga no escoamento nos trechos quem continham mistura de água e LGE foi calculado como se o líquido fosse água pura.

CÁLCULO DOS REQUISITOS MÍNIMOS PARA A BOMBA CONFORME PERDAS DE CARGAS E VAZÕES

Definidas as perdas de carga e com os dados de entrada para as alturas dos equipamentos e do reservatório e para a pressão mínima de chegada nos equipamentos, este passo verifica qual a altura manométrica mínima que deve estar disponível na bomba para atendimento do sistema, qual a vazão na bomba e qual o NPSH disponível no sistema para a bomba.

CÁLCULO DAS PRESSÕES DE CHEGADA NOS EQUIPAMENTOS

Com a definição da altura manométrica na bomba e da perda de carga nos ramais e equipamentos, verifica-se qual a pressão de chegada no final de cada um dos trechos da tubulação e qual a pressão de chegada nos equipamentos.

CÁLCULO DAS NOVAS VAZÕES NOS EQUIPAMENTOS

Nesta etapa do cálculo verifica-se qual seria a vazão efetiva do equipamento com a pressão de chegada. Cabe ressaltar que como as câmaras de espuma contarão com placas de orifício para definir a vazão para a dada pressão e como os esguichos são do tipo auto compensadores e reguláveis, sem grandes variações de vazão para pequenas variações de pressão, não foi considerada variação de vazão destes dois. Desta forma, apenas haverá variações consideráveis de vazão no aspersor pois conta com k fixo. Para o proporcionador de espuma verifica-se, com base na pressão de chegada, se o mesmo está apto para operar naquela vazão, porém quem delimita a vazão máxima da linha do proporcionador é a câmara de espuma devido aos dois estarem em série.

ANÁLISE DO SISTEMA

VERIFICAÇÃO DO PONTO DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Durante os cálculos para definição das vazões e pressões mínimas (riscos predominantes), verificou-se duas possíveis modificações para melhorar o sistema, sendo estas melhorias

1. O diâmetro da tubulação do anel de hidrantes e canhões levava em consideração os valores nominais da norma. Conforme os valores necessários pelos equipamentos adotados e os valores obtidos na análise do sistema, percebeu-se uma vazão muito alta na tubulação, com velocidade acima dos 5 m/s da norma e causando grande perda de carga. Desta forma, a tubulação de 4” sch 40 foi substituída por uma de 6” sch 40 para todo o anel.

2. As câmaras de espuma MCS-09 adotadas para os tanques TQ-005 e TQ-006 demandavam uma pressão maior por ter maior vazão que as câmaras dos tanques TQ- 001 e TQ-007 e, consequentemente, exigiam uma bomba com altura manométrica muito maior que os demais equipamentos, causando uma sobre pressão nos demais equipamentos e linhas. Desta forma, as câmaras foram alteradas para o modelo MCS- 17, com vazão ligeiramente superior ao mínimo exigido por norma (mínimo para equipamento de 303 l/min contra 294 l/min do mínimo requerido, conforme Tabela 15.

Desta forma, adotadas estas modificações, foram verificadas as pressões de chegada em todos equipamentos, que se encontraram sempre entre as pressões máximas e mínimas para os equipamentos, as vazões do sistema, que se encontraram sempre iguais ou maiores que a vazão mínima (e, para os aspersores, no máximo 20 % superiores às vazões nominais calculadas conforme normas). Desta forma, o sistema modificado atende plenamente às demandas, podendo ser considerados os cenários para o dimensionamento das bombas de incêndio.

DEFINIÇÃO DO PONTO DE OPERAÇÃO PARA RISCO PREDOMINANTE

Conforme as instruções técnicas do corpo de bombeiros e as normas de referência da ABNT, o sistema deve ser dimensionado para atendimento do risco predominante. Os valores demandados para a bomba pelo sistema se encontram na Tabela 20 e na Figura 19 para os cenários antes das modificações e na Tabela 21 e na Figura 20 (para os cenários pós modificações).

Tabela 20 - Dados da bomba para os 10 cenário antes das modificações.

Fonte: Autor

Figura 19 - Distribuição de HEAD e vazão para os cenários (antes das modificações)

Fonte: Autor

Tabela 21 - Dados da bomba para os 10 cenário depois das modificações.

Fonte: Autor NPSH D HEAD (m) VAZÃO (m³/h) CENÁRIO 1 6.0 75.0 204.2 CENÁRIO 2 8.0 72.3 149.6 CENÁRIO 3 8.0 70.6 148.9 CENÁRIO 4 6.4 74.1 194.9 CENÁRIO 5 6.7 103.8 187.9 CENÁRIO 6 7.4 104.4 167.9 CENÁRIO 7 8.3 69.0 137.8 CENÁRIO 8 8.3 69.0 137.8 CENÁRIO 9 8.2 74.1 141.5 CENÁRIO 10 9.0 80.3 114.0 NPSH D HEAD (m) VAZÃO (m³/h) CENÁRIO 1 6.0 75.0 204.2 CENÁRIO 2 8.0 68.7 148.2 CENÁRIO 3 8.0 68.4 148.1 CENÁRIO 4 6.4 72.3 193.4 CENÁRIO 5 7.3 77.1 170.9 CENÁRIO 6 7.9 77.9 151.0 CENÁRIO 7 8.3 69.0 137.8 CENÁRIO 8 8.3 69.0 137.8 CENÁRIO 9 8.2 74.1 141.5 CENÁRIO 10 9.0 75.1 114.0

Figura 20 - Distribuição de HEAD e vazão para os cenários (depois das modificações).

Fonte: Autor

Neste caso, o risco predominante será o cenário 1. Adicionalmente, o NPSH requerido no ponto de operação do cenário 1 deve ser inferior ao NPSH disponível com a margem de segurança estipulada no item 3.6 deste projeto (1m para o critério absoluto, 1,15 para o critério relativo).

BOMBAS DE INCÊNDIO

As bombas de incêndio têm como objetivo o fornecimento de água de incêndio suficiente para atendimento das condições de projeto previstas. As bombas devem ser do tipo centrífuga, com motor a combustão ou elétrico, (podendo ser duas a combustão, uma com motor a combustão e outra com motor elétrico ou duas com motor elétrico com alimentação independente e sistema gerador em uma das duas), sendo uma bomba principal e outra reserva (Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia, 2017). Desta forma, apenas uma bomba estará trabalhando e deverá atender integralmente a necessidade do sistema.

As bombas de incêndio devem ser preferencialmente instaladas em condições de sucção positiva, podendo estar, no máximo, 2 metros acima do nível de liquido do reservatório. Conforme a NFPA 20 (National Fire Protection Association, 2019), bombas centrífugas de combate a incêndio devem atender aos seguintes requisitos:

 As bombas devem ser capazes de fornecer no mínimo 150% da vazão nominal a não menos que 65% do Head nominal.

 A altura manométrica do Shutoff não deve ser superior a 140% da altura manométrica nominal.

A linha e fabricante de referência adotados para as bombas foi a linha MEGANORM da KSB, indicada pela própria KSB como sendo para este tipo de aplicação.

Conforme a altura manométrica e vazão necessários para o sistema, pode-se notar na Figura 21 que os pontos de operação desejados estão entre os modelos 100-400 e 125- 400. Será necessária uma verificação se a bomba 100-400 (menor das duas) irá atender ao sistema conforme requisitos da NFPA 20. Caso não, será estudada em sequência a bomba 125-400.

Figura 21 - Catálogo da KSB, Meganorm com 1750 RPM e ponto de operação desejados.

Fonte: Adaptado do catálogo KSB8

KSB MEGANORM 100-400 COM 1750 RPM

Conforme o catálogo9 da KSB, o modelo Meganorm 100-400 com rotor de 401 mm conta

com curva capaz de atender ao ponto de operação, sendo capaz de fornecer uma altura manométrica de 77 metros para a vazão de 151 m³/h, enquanto o sistema demanda 75 metros para a mesma vazão, conforme pode ser visto na Figura 22. Considerando a

tolerância de ±2% no altura manométrica para a aceitação das flutuações nos testes de desempenho de bombas (de Mattos & de Falco, 1998), a altura manométrica mínimo disponível pela bomba será 75,4m, enquanto o requerido é 75m, estando de acordo o modelo escolhido.

Figura 22 - Curva da bomba Meganorm 100-400 - 1750 RPM

Fonte: Adaptado do catálogo KSB

Conforme pode ser notado na Figura 22, a altura manométrica nominal será de 77 metros enquanto a de Shutoff seria de 84 metros, 109% da nominal (abaixo dos 140% exigidos como o máximo, conforme norma). Já a altura manométrica disponível a 150% da vazão nominal será de 63 metros, 82% da nominal (acima dos 65% exigidos como o mínimo pela norma). Desta forma, esta bomba atende ao ponto de operação conforme requisitos da norma para a curva da bomba em relação a altura manométrica e vazão do ponto nominal.

Para verificar os demais casos aplicáveis (demais cenários do projeto), utilizou-se o excel para plotar a curva (com ajuste polinomial de ordem 5) da bomba a partir de pontos levantados no catálogo juntamente com a distribuição de pontos dos cenários, resultando na Figura 23 e Figura 24. Pode-se notar que a bomba atendeu integralmente os cenários estudados, estando apta hidraulicamente a suprir o sistema, sendo dimensionada para o risco predominante e atendendo a todos os demais cenários.

Adicionalmente, a bomba operará com grande folga no NPSH, com uma diferença absoluta de quase 4 metros entre o requerido e a disponível relativa de quase 3, estando

muito acima das margens de segurança tomadas como premissa para este projeto, mesmo sendo considerada a premissa do tanque reservatório apenas meio metro acima da bomba.

Figura 23 - Altura manométrica e vazão da bomba e dos cenários.

Fonte: Autor

Figura 24 - NPSH requerido e disponível para o conjunto sistema e bomba.

VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DADA A BOMBA

Entrando com a curva da bomba no lugar da sub-rotina para secionar a bomba e novamente verificando a bomba para todos os cenários, verificou-se que todos os equipamentos continuaram operando conforme as condições previstas, exceto os anéis aspersores dos tanques TQ-001 e TQ-007, que com a nova pressão disponível pela bomba acabaram por ter uma vazão que ultrapassava os 20% de margem em relação a vazão nominal. Desta forma, os projetores foram alterados para estes tanques sendo utilizados 18 projetores MV-10, com k de 17.2, no lugar dos 13 projetores MV-15 com k de 25.7 inicialmente previstos. Com esta alteração, a sobre vazão ficou dentro da margem de 20%, com todo o sistema operando conforme premissas adotadas.

Os valores de entrada e resultados para esta simulação encontram-se no ANEXO A.

DEFINIÇÃO DAS PLACAS DE ORIFÍCIO

Conforme levantado no item 4.13, as câmaras de espuma são dotadas de placas de orifício para controle da vazão dada a pressão de chegada no equipamento com a equação ( 19 ) tratando a relação entre o diâmetro adotado e a pressão de entrada no equipamento com a vazão obtida.

Conforme a alteração na câmara de espuma dos tanques TQ-005 e TQ-006, são desejadas as menores vazões possíveis para estas câmaras, pois o mínimo já atenderá a vazão necessária. Desta forma, para estas câmaras foi adotado o menor valor de placa de orifício. Desta forma, a Tabela 22 retrata a nova distribuição de placas de câmaras de espuma para os tanques, com o modelo escolhido, a pressão de chegada com a bomba selecionada e a placa de orifício adotada.

Tabela 22 - Atualização das câmaras de espuma e placas de orifício.

Tanque Vazão necessária

(l/min) Modelo escolhido Pressão de chegada (kgf/cm²) Orifício da placa (mm) Vazão obtida (l/min) TQ-001 187,96 MCS-09 2,80 16,69 188 TQ-005 293,68 MCS-17 2,39 23,01 329 TQ-006 293,68 MCS-17 2,46 23,01 331 TQ-007 187,96 MCS-09 3,23 16,13 188 Fonte: Autor

VERIFICAÇÃO DAS RESERVAS E VAZÕES PARA OS CASOS CRÍTICOS

Conforme atualizações nos itens do sistema, podemos verificar os valores finais para os cenários críticos para vazão de água e LGE, atualizando o estudado de forma preliminar no item 4.9.10. Estes valores podem ser resumidos conforme Tabela 23 e Tabela 24.

Tabela 23 – Atualização da vazão para o Sistema Fixo de Combate a Incêndio (l/min) Vazão Máxima na tubulação dos hidrantes Vazão Máxima no Header Principal 1900 L / min 3389 L / min Fonte: Autor

Tabela 24 – Atualização das vazões máximas nas tubulações dos anéis aspersores e das câmaras de espuma

VAZÕES MÁXIMAS PARA ANÉIS ASPERSORES

TQ-001 TQ-005 TQ-006 TQ-007

683 L / min 832 L / min 811 L / min 673 L / min

VAZÕES MÁXIMAS PARA CÂMARAS DE ESPUMA

TQ-001 TQ-005 TQ-006 TQ-007

188L / min 303 L / min 303 L / min 188 L / min

Fonte: Autor

O consumo total de água e LGE também precisa ser atualizado com base nas vazões e tempos dos itens anteriores, podendo ser resumidos conforme Tabela 25.

O corpo de bombeiros militar do estado de Rondônia também define valores mínimos para a reserva de água de incêndio com base no tipo e tamanho da área, porém os valores são inferiores aos mostrados na Tabela 25.

Tabela 25 - Consumos críticos para o Sistema Fixo de Combate a Incêndio

Consumo total de água Consumo de LGE do tanque Consumo de LGE dos galões

311 m³ 0,5 m³ 1,70 m³

Desta forma, o consumo total de água excede a capacidade do tanque reservatório (descrito no item 2.7), devendo haver um aumento da capacidade armazenada na base. O LGE armazenado no tanque supre a demanda de consumo para as câmaras de espuma, não necessitando de alterações. Já para o armazenamento móvel (galões), devem ser previstos galões suficiente para suprir a demanda supracitada.

Documentos relacionados