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Análise dos dados

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4.2 Métodos

4.2.3 Análise dos dados

Os dados foram descritos em tabelas e gráficos pelos parâmetros de média e desvio padrão.

Para comparação entre T1 e T2 foi utilizado o teste “t” pareado e adotado nível de significância de 5% (p<0,05).

Todos os procedimentos estatísticos foram executados no programa Statistica for Windows v. 5.1 (StatSoft Inc., Tulsa, USA).

FIGURA 4.6 – Medição da coroa

4.2.3.1 Avaliação do erro de medição

Para verificar o erro sistemático, foi utilizado o teste “t” pareado adotando-se nível de significância de 5%. Na determinação do erro casual, utilizou-se o cálculo de erro proposto por Dahlberg (Houston, 1983): Erro = √Σd2/2n, onde d = diferença entre 1ª e 2ª medições e n = número de repetições.

4 RESULTADOS

Os resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste “t” pareado, e do erro casual medido pela fórmula de Dahlberg estão dispostos na tabela 1.

Tabela 1 – Média, desvio padrão das duas medições, e teste “t” pareado e erro de Dahlberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual.

dente

1a. Medição 2a. Medição

t p Erro média dp média dp 43 7,72 1,41 7,76 1,43 0,983 0,337ns 0,12 42 7,97 0,71 7,98 0,68 0,317 0,754ns 0,10 41 8,31 0,61 8,30 0,61 0,042 0,967ns 0,16 31 8,05 0,60 8,06 0,66 0,531 0,600ns 0,12 32 7,88 0,61 7,85 0,69 0,558 0,581ns 0,20 33 8,30 1,61 8,27 1,57 0,777 0,447ns 0,12 ns – diferença estatisticamente não significante

Grupo Experimental

A amostra foi constituída de 25 sujeitos sendo 14 (56%) do gênero masculino e 11 (44%) do gênero feminino. A idade média em T1 foi de 11 anos (dp = 9 meses), e em T2 foi de 12 anos e 7 meses (dp = 7 meses).

Tabela 2 – Média e desvio padrão em T1 e T2 e resultado da comparação pelo teste “t” pareado, no grupo Experimental.

Dente n T1 T2 T2 - T1 t p média dp média dp 43 18 7,77 1,25 8,91 1,04 1,14 5,619 <0,001* 42 25 7,32 0,83 8,06 0,68 0,74 8,427 <0,001* 41 25 7,70 0,76 8,21 0,73 0,51 6,403 <0,001* 31 25 7,83 0,74 8,09 0,70 0,26 4,445 <0,001* 32 25 7,34 0,77 8,15 0,58 0,81 6,949 <0,001* 33 17 7,66 1,34 8,91 0,85 1,25 5,458 <0,001* * - diferença estatisticamente significante (p<0,05)

Gráfico 1 – Média dos dentes avaliados em T1 e T2, no grupo Experimental.

Gráfico 2 – Média dos dentes avaliados em T1 e T2, no grupo Experimental. 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 T1 T2 Fase mm 43 42 41 31 32 33 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 43 42 41 31 32 33 Dente mm T1 T2

Grupo Controle

A amostra foi constituída de 25 sujeitos sendo 12 (48%) do gênero masculino e 13 (52%) do gênero feminino. A idade média em T1 foi de 10 anos e 3 meses (dp = 11 meses), e em T2 foi de 12 anos e 1 mês (dp = 11 meses).

Tabela 3 – Média e desvio padrão em T1 e T2 e resultado da comparação pelo teste “t” pareado, no grupo Controle.

Dente n T1 T2 T2 - T1 t p média dp média dp 43 17 6,82 1,67 7,88 0,70 1,06 3,001 0,010 * 42 17 7,54 0,63 7,78 0,51 0,23 3,711 0,001 * 41 17 8,02 0,68 8,07 0,52 0,05 0,607 0,549 ns 31 17 7,86 0,63 7,98 0,54 0,11 1,281 0,212 ns 32 17 7,46 0,62 7,60 0,59 0,13 1,513 0,143 ns 33 17 6,81 1,51 7,97 0,69 1,16 3,614 0,003 * ns – diferença estatisticamente não significante

Gráfico 3 – Média dos dentes avaliados em T1 e T2, no grupo Controle. 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 T1 T2 Fase mm 43 42 41 31 32 33 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 43 42 41 31 32 33 Dente mm T1 T2

Gráfico 4 – Média dos dentes avaliados em T1 e T2, no grupo Controle

Comparação Experimental x Controle

Tabela 4 – Comparação das medidas entre os grupos Experimental e Controle pelo teste “t” de Student no tempo T1.

Dente Experimental Controle Dif. t p média dp n média dp n 43 7,77 1,25 18 6,82 1,67 15 -0,95 1,875 0,070ns 42 7,32 0,83 25 7,54 0,63 25 0,22 -1,065 0,292ns 41 7,70 0,76 25 8,02 0,68 25 0,31 -1,537 0,131ns 31 7,83 0,74 25 7,86 0,63 25 0,03 -0,151 0,880ns 32 7,34 0,77 25 7,46 0,62 25 0,12 -0,616 0,541ns 33 7,66 1,34 17 6,81 1,51 14 -0,85 1,656 0,108ns ns – diferença estatisticamente não significante

Gráfico 5 – Média dos grupos Experimental e Controle no tempo T1.

Tabela 5 – Comparação entre os grupos Experimental e Controle pelo teste “t” de Student no tempo T2. Dente Experimental Controle Dif. t p média dp n média dp n 43 8,66 1,13 24 7,60 0,82 22 -1,07 3,633 0,001 * 42 8,06 0,68 25 7,78 0,51 25 -0,28 1,649 0,106ns 41 8,21 0,73 25 8,07 0,52 25 -0,14 0,782 0,438ns 31 8,09 0,70 25 7,98 0,54 25 -0,12 0,648 0,520ns 32 8,15 0,58 25 7,60 0,59 25 -0,55 3,349 0,002* 33 8,78 0,76 24 7,79 0,80 22 -0,98 4,294 <0,001* ns – diferença estatisticamente não significante

* - diferença estatisticamente significante (p<0,05) 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 43 42 41 31 32 33 Dente mm Experimental Controle

Gráfico 6 – Média dos grupos Experimental e Controle no tempo T2.

Tabela 6 – Comparação entre os grupos Experimental e Controle pelo teste “t” de Student da variação ocorrida entre T2 e T1..

Dente Experimental Controle Dif. t p média dp n média dp n 43 1,14 0,86 18 1,06 1,37 15 -0,08 0,192 0,849ns 42 0,74 0,44 25 0,23 0,31 25 -0,50 4,662 <0,001* 41 0,51 0,40 25 0,05 0,45 25 -0,46 3,799 <0,001* 31 0,26 0,29 25 0,11 0,44 25 -0,14 1,366 0,178ns 32 0,81 0,58 25 0,13 0,44 25 -0,67 4,610 <0,001* 33 1,25 0,95 17 1,16 1,20 14 -0,10 0,250 0,804ns 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 43 42 41 31 32 33 Dente mm Experimental Controle

ns – diferença estatisticamente não significante * - diferença estatisticamente significante (p<0,05)

Gráfico 7 – Média dos grupos Experimental e Controle da variação ocorrida entre T2 e T1. 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 43 42 41 31 32 33 Dente mm Experimental Controle

Tabela 7 – Comparação entre os gêneros masculino e feminino pelo teste “t” de Student, nos tempos T1 e T2.

Tempo Dente Masculino Feminino dif. t P média dp média dp T 1 43 8,20 1,53 7,43 0,91 0,77 1,321 0,205ns 42 7,48 0,91 7,12 0,70 0,36 1,088 0,288ns 41 8,04 0,72 7,27 0,60 0,77 2,837 0,009* 31 8,16 0,69 7,43 0,61 0,73 2,753 0,011* 32 7,55 0,84 7,08 0,62 0,47 1,560 0,132ns 33 7,70 1,87 7,64 0,93 0,06 0,090 0,930ns T2 43 8,79 1,38 8,52 0,78 0,27 0,574 0,571ns 42 8,19 0,70 7,89 0,64 0,30 1,079 0,292ns 41 8,49 0,69 7,86 0,65 0,63 2,306 0,030* 31 8,40 0,64 7,70 0,60 0,70 2,786 0,011* 32 8,17 0,59 8,11 0,58 0,06 0,255 0,801ns 33 8,87 0,94 8,67 0,47 0,20 0,638 0,530ns ns – diferença estatisticamente não significante

6 DISCUSSÃO

Muitas considerações metodológicas podem ser feitas no planejamento do tratamento da má oclusão Classe II de Angle, o qual é apresentado como uns dos estudos mais realizados existindo ainda hoje muitas controvérsias. O aparelho regulador de função Fränkel foi preconizado em 1969 para ser utilizado na dentição decídua pela postura inadequada da mandíbula impedindo forças anormais provenientes da língua, lábios e bochechas, liberando assim o posicionamento e possibilitando liberdade mandibular35,34. O crescimento e desenvolvimento são Influenciados pela má oclusão esquelética de Classe II, 1a divisão, os quais podem ser tratados com aparelhos

ortopédicos funcionais, que direcionam o tratamento para alterações de relacionamento das bases ósseas, com a diminuição da ação muscular da região bucofacial periférica58,64,2. Porém, alguns autores preconizam a utilização de aparelhos fixos para pacientes portadores desta má oclusão de Angle o qual a comparação entre os aparelhos removíveis e fixos são vistos com muita freqüência40,53,58.

A ação dos escudos vestibulares influenciam realmente na posição dos dentes35,34,36. Este resultado é justificado, segundo FRÄNKEL32, pela ação, principalmente, dos escudos vestibulares que promovem uma expansão e remodelação dentoalveolar, devido à eliminação da pressão dos tecidos moles adjacentes e à aplicação de uma tensão no periósteo sobre o tecido ósseo, permitindo que os dentes irrompessem mais para vestibular.

Voltados para o tratamento ortopédico, os aparelhos removíveis para correção da má oclusão de Classe II de Angle, são relatados com várias formas e tipos para correção, além dos seus principais efeitos sagitais e longitudinais, mas absolutamente escassos em relação aos efeitos transversais de acordo com a literatura17,66,74,53. No período de tratamento precoce, é comum que a maioria dos pesquisadores relate resultados mais promissores na época de crescimento ativo e que ainda hoje é encontrada muita divergência e propuseram que o tratamento para inibir ou estimular o

crescimento mandibular no sentido ântero-posterior deveria ser realizado durante a época de crescimento e que o conhecimento do crescimento craniofacial na época ideal em jovens não tratados ortodonticamente pode proporcionar uma probabilidade das alterações em longo prazo, gerando subsídios para avaliação crítica das diversas terapias divulgadas na literatura melhorando o tratamento18,49,4.

HIME49 e OWEN63 não utilizaram grupo controle como neste trabalho que procurou avaliação dos dados comparados com outros estudos, e que a estabilidade durante o tratamento com a amostra teve variações em respostas individuais em expansão ou alinhamento do arco que permitem um estudo sobre indicação e contra-indicação no tratamento funcional. Além disso, não houve a possibilidade da utilização do grupo controle, em comparação com o grupo tratado no período pós-tratamento, inicialmente utilizado no estudo efetuado por FRANCO31. Seria relevante se tivesse ocorrido comparação entre a amostra tratada com o controle (não tratada), pois, assim, poderíamos diferenciar as alterações decorrentes do crescimento nos arcos dentários, em pacientes sem o tratamento prévio com o RF-2, daqueles que foram tratados com este aparelho no período pós-tratamento.

HOTZ50 e FRELLAND36 verificaram o sistema de ação do RF-2 nos tecidos musculares peribucais, para uma análise dos locais onde o aparelho tem ação, pelas caracteristicas do próprio aparelho, é notado a presença de escudos vestibulares que tracionam os músculos peribucais, principalmente pelo fato desses escudos estarem localizados na região de fundo de sulco inferior, onde exercem pressão de afastamento da mucosa bucal no sentido apical. Assim sendo, este deslocamento para apical poderia causar uma força de tensão, ou até mesmo, uma força sobre os freios labiais inferiores, o qual podem tracionar a margem gengival no sentido apical, causando recessão gengival e o aumento da coroa clinica dos dentes inferiores. Na presente pesquisa esse fato dificilmente é observado pelo fato da época de tratamento, indicação do aparelho RF-2, que é utilizado em uma época de crescimento e desenvolvimento dos tecidos gengival, deslocamento dos lábios e bochechas do sulco periostal em uma direção externa, seguida pelo desenvolvimento da

base apical e pela utilização de modelos de estudo, percebendo-se a possibilidade maior do processo de reparo e conseqüentemente, menor danos gengivais. Os aparelhos ortopédicos têm por função harmonizar a musculatura que influencia o relacionamento das bases apicais, transmitindo forças aos dentes, alterando as suas posições, bem como resultando em alterações ortopédicas e ortodônticas significativas. A variação de efeitos ortopédicos esta entre 30% a 40% e os efeitos dentoalveolares ou ortodônticos estão por volta de 60% a 70%, segundo BISHARA14.

O tempo mínimo utilizado para o tratamento com o RF-2 relatados, é em torno de 6 meses no mínimo a 2 anos no máximo de acordo com trabalhos na literatura, que também mostram a influência do aparelho nas estruturas de suporte do dente41,66,74,53,17. O RF-2 é instalado e utilizado de forma gradual, de 2 em 2 horas a cada semana até chegar a um período 24 horas diárias dentro da boca do paciente47. Entretanto, HIME49 e OWEN63 utilizaram o aparelho RF- 2 com uma média de 27 meses de tratamento. Na presente pesquisa, a utilização do aparelho foi de 22 horas ao dia, com a remoção somente durante as refeições e realizações da higienização, totalizando um período de tratamento ativo de 18 meses, em média.

Em trabalhos encontrados na literatura, pesquisadores utilizaram como período de tratamento a idade em que a criança se encontra em desenvolvimento: 6 anos e 6 meses com a troca do aparelho de 6 em 6 meses, como forma de manter a direção de crescimento sem alteração da face35, porém, com uma faixa etária muito baixa, não podemos perceber a ação do aparelho no período muito anterior ao pico de crescimento. Já HENRIQUES47 utilizou a idade de 8 anos e 4 meses pois acredita que nesta idade o processo de estabilidade ajuda na tonicidade muscular e função motora, restaurando o equilíbrio biomecânico, com uma faixa etária de 8 anos FREEMAN37 já que nesta faixa etária já existe a maturidade do esqueleto, com 9 anos e 1 mês. FREELAND36 acredita que nesta faixa etária, os pacientes estariam com aparelho ortodôntico interceptativo. Já no presente estudo, foram utilizados em T1 os modelos dos pacientes com uma média de idade de 11 anos no grupo experimental e 10 anos no grupo controle, que neste período é percebido um

pico maior no crescimento na adolescência. Entretanto, CEVIDANTES22 utilizou alguns critérios de inclusão em sua pesquisa tais como; brasileiros com idade entre 9 a 12 anos no final da dentição mista e com inicio de crescimento puberal sem a perda prematura de dentes decíduos e sem perda de dentes permanentes. McNamara58 utilizou um número de amostras, em torno de 41 indivíduos com uma média de idade de 11anos e 6 meses também utilizando a média de maior pico de crescimento.

A análise sobre o dimorfismo sexual em nosso trabalho, não demonstrou nenhuma relação da diferença de altura dos dentes anteriores entre o sexo masculino e feminino, isto poderia estar relacionado pela mesma faixa etária apresentada no trabalho, visto que em outras pesquisas, a diferença entre as idades não foram levadas em consideração, o que proporcionou uma diferença estatisticamente significante, em relação ao aumento da coroa clinica dos dentes 31 e 41 em ambos os sexos. Entretanto, na análise de cafalogramas e modelos de estudo que foram realizadas por alguns pesquisadores7,23 , percebeu-se que a proporção de dimorfismo sexual em pacientes, submetidos aos avanços pronunciado dos incisivos inferiores e pacientes sem avanços pronunciados dos incisivos inferiores, em uma média percentual de 67,7 do sexo feminino sem diferença de idade nos 3 tempos medidos e respectivamente á este estudo, foi encontrado 14 % dos pacientes com retrusão mandibular, associadas ao alinhamento do ramo (pacientes com uma mandíbula posteriorizada, embora com um tamanho normal) e 11% com reduções do ramo (Ar-Go) na sua dimensão vertical, como apresentando as maiores mudanças protusivas da mandíbula

Na determinação as quantidades de tecido ósseo são levadas em consideração alguns fatores tais como: gênero, idade do paciente, método radiográfico para avaliação do osso e o tipo de má oclusão. Se encontrarmos fatores os quais os mesmos parâmetros são avaliados, em idades diferentes, os resultados podem ser significamente diferentes já que em outros trabalhos não houve a diferenciação de alguns fatores, mas somente a análise de alterações de tecido mole e ósseo13,38. O método do nosso trabalho já foi comprovado e utilizado por outros autores, havendo a necessidade de treinos e

calibragem como a medição do erro do método do examinador para realização7,79, porém não levaram em consideração o comprimento da coroa dos dentes, mas sim a medição da gengiva queratinizada e sua variação de tamanho por diversos fatores. Já essas medições foram realizadas por meio de um paquímetro, o qual poderia ser utilizado de forma errônea, como por exemplo: não ser zerado antes de cada medição, posicionamento sem seguir o longo eixo do dente e inclinação errada durante a medição. Outros fatores podem também ser motivos de alteração durante a coleta de dados sendo eles: a falta de um apoio para a realização das aferições como uma mesa plana para os modelos de gesso, assim como a calibração do pesquisador responsável pelas medidas.

CLOSS et al.25 avaliaram documentação de pacientes os quais foram compostos por fotos intrabucais, modelo de estudo e cefalogramas com o acompanhamento de alterações periodontais de acordo com a necessidade individual, o mesmo não foi realizado neste trabalho, que utilizou somente modelos em gesso. Os dentes eram considerados com presença de recessão quando havia exposição da junção amelocementaria, já no presente estudo, nenhum ponto de referencia foi utilizado como presença de recessão, pois poderia ter o aumento da coroa clinica dos dentes sem a exposição da junção amelocementaria, sendo considerada a ocorrência de alteração. O valor arredondado para o décimo de milímetro mais próximo também foi utilizado, isso não ocorreu em nosso trabalho já que os valores obtidos foram registrados sem o arrendondamento.

A medição no presente estudo foi realizada utilizando-se o ponto mais côncavo do arco gengival até a borda incisal dos dentes anteriores. Por meio de modelos de estudo, alguns autores7,8 estudaram as observações em pacientes antes do tratamento, que também mensuraram os modelos desde a margem gengival até a borda incisal de cada coroa dos incisivos inferiores. Nos quatro incisivos inferiores antes do inicio do tratamento, realizou-se mensurações, que após três anos outra mensuração foi calculada e avaliada recessões em cada paciente. O máximo de aumento encontrado na coroa de alguns pacientes foi imperceptível e manteve-se por volta e 1,98mm durante o

tratamento, apesar de muita proclinação dos incisivos inferiores, com uma média de aumento de 0,9mm após o tratamento com o aparelho e três anos após a remoção para controle. No presente estudo houve uma média de aumento de 1,24mm no tamanho da coroa69; também utilizou a analise de modelos em T3 durante o seu trabalho para a análise da cortical óssea.

Já para as medições em nosso estudo, foram utilizados também modelos de gesso com apoios em uma mesa com o paquímetro visando utilizar um plano de apoio para as medições, método este utilizado por autores como SANTOS JUNIOR71, que utilizou os modelos de gesso e acreditou-se que as medições são mais precisas, quando comparadas àquelas realizadas nas radiografias, uma vez que as medidas são obtidas diretamente no objeto de estudo e com uma metodologia totalmente desenvolvida para tal. Houve a necessidade do desenvolvimento de uma metodologia própria para a utilização de modelos para a medição manual. Todos os modelos foram medidos dentro de uma metodologia, com o nivelamento da base de operação em relação ao solo e o nivelamento do plano oclusal do modelo. Diante do exposto, concluiu- se que os erros foram praticamente inexistentes, tornando lícito afirmar que a precisão das medidas foi mantida dentro de parâmetros aceitáveis para a pesquisa, sem qualquer repercussão sobre os resultados e as conclusões desta investigação. CLOSS25 e HIME49 utilizaram modelos de estudos em T1 antes do tratamento, para verificar alterações na posição da gengiva marginal. Isto tudo para se evitar qualquer influencia de alteração das bases dos modelos, que poderia causar modificações em relação à inclinação dos dentes anteriores inferiores relatados por alguns estudos, não modificando assim a inclinação dos dentes anteriores inferiores causados pela utilização de aparelhos ortodônticos, as inclinações poderiam ser analisadas por meio de analise cefalométrica em que foram encontrados vestibularização por apinhamento, excesso de altura dos incisivos, incisivo indicado para extração e vestíbulo versão presente15,16. Poucos modelos foram encontrados em nosso trabalho com alteração de apinhamento ou até mesmo por mudança de posição no estudo realizado.

Condições periodontais foram analisadas e verificadas em relação à altura da gengiva marginal e pontos de referencia tais como borda incisal, junção cemento-esmalte e plano oclusal7. Medidas e classificações das recessões gengivais foram utilizadas em trabalhos para comparação em relação ao aumento da lesão gengival55. As mensurações dos dentes podem ser realizadas por meio de telerradiografias em norma laterais realizadas antes e depois do tratamento com avaliação também da espessura e altura dos tecidos adjacentes, em outros estudos também foram utilizados dispositivos metálicos para comparar a largura e espessura do tecido gengival e observadas alterações por meio de cefalogramas39,65.

O estudo mostrou uma prevalência maior de aumento da coroa clínica, em incisivos centrais inferiores, e que de acordo com o resultado de pesquisas, autores indicaram que a incidência de recessão gengival é maior em incisivos inferiores e que podem estar presentes em incisivos centrais inferiores pela vestibuloversão ou até mesmo por falta de espaço causando uma migração para vestibular, sendo necessário a realização da analise de Bolton para o planejamento de uma possível exodontia do dente, e um futuro alinhamento durante o tratamento ortodôntico para a diminuição de recessões16,61.

Já no presente estudo os resultados mostraram que os aumentos da coroas clínicas dos dentes inferiores anteriores, foram estatisticamente não significantes no grupo tratado, mas no grupo controle houve somente aumento estatisticamente significante nos dentes 33, 42 e 43 concordando então com pesquisas que mostram uma maior incidência em incisivos inferiores, já que no resultado do grupo controle do presente estudo 3 dos 4 incisivos não apresentaram alteração estatisticamente significante no tamanho da coroa clínica, porém temos que lembrar que a média de idade do grupo controle foi de 10 anos e 3 meses, já em outros estudos sobre recessão, a média de idade era de indivíduos com mais de 20 anos16,61,55,79.

A tendência para a vestibularização dos dentes anteriores inferiores durante o tratamento com o RF-2 é prevista, sendo assim, o pós tratamento leva a um aumento no comprimento da coroa clinica durante as análises em

modelos e por meio dos resultados estatísticos. O movimento para a posição lingual dos dentes com apinhamento a qual tem pré-disposição a recessão gengival permite uma reversão da lesão, e que os estudos revelaram que não existe relação em que qualquer dente movido para fora do alvéolo possui qualquer predisposição a fenestração óssea, seguido de recessão gengival e que os pacientes que tiverem uma cortical óssea menor, esta muito propenso ao aumento do risco de recessão gengival25,69,38. Já em relação à freqüência de pacientes que possui tendências de crescimento vertical, a redução do osso vestibular nos dentes anteriores inferiores é maior comparado com pacientes com tendências de crescimento horizontal, e que a quantidade óssea na região vestibular e lingual dos dentes anteriores superiores e inferiores são fatores limítrofes para o tratamento ortodôntico38. Em outros estudos, os resultados demonstraram maior aumento clinico na altura e significantemente maior no desenvolvimento da recessão gengival durante a utilização e o período de remoção do aparelho após 3 anos de tratamento com proclinação excessiva e que o tratamento promove um suave “estímulo” do crescimento mandibular, porém este mecanismo de crescimento não está totalmente esclarecido7,40.

Alguns autores relatam em seus trabalhos nenhuma relação dos incisivos inferiores em desenvolver recessão, no período pré ao pós- tratamento, entre grupos controles e grupo teste, e que a margem gengival acompanha o osso e, dessa forma, não geraria uma recessão e que a recessão das amostras foram maiores no período pós-retenção que o grupo controle25,69,65. Em nosso trabalho os resultados mostraram que em todos os dentes inferiores anteriores tiveram um aumento estatisticamente não significante no aumento da coroa clinica, e que no grupo controle apenas 3 dentes obtiveram valores estatisticamente significante em relação ao aumento da coroa clinica.

YARED et al.79, em uma revisão da literatura, analisaram a presença da correlação entre projeção e recessão periodontal em incisivos inferiores. Também foi observado a ausência de correlação entre projeção dos incisivos inferiores e recessão gengival. Inclinações maiores de 95º com espessura da gengiva de 0,5mm apresentaram a maior recessão e o mais grave dos

problemas em incisivos centrais inferiores. No entanto, a espessura da gengiva marginal após a inclinação, teve uma relevância maior na causa das recessões. Como considerações finais, foram verificadas controvérsias comparadas com o presente estudo devido às diferenças metodológicas tais como: heterogenicidade, ausência de referências em relação à inclinação dos

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