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Análise dos dados e principais resultados

3.1 Diagnóstico da situação de saúde

3.1.5 Análise dos dados e principais resultados

Os dados foram analisados utilizando o programa informático Microsoft Excel versão 2007. A amostra recolhida na USF Sétima Colina foi de 144 utentes, cuja caraterização sociodemográfica, nos é apresentada no quadro2 (APÊNDICE VI) onde constam os dados referentes às primeiras cinco questões do questionário.

Pela análise do referido quadro, verifica-se que em relação à idade, o grupo etário dos 30-34 anos é constituído por 27 sujeitos (18,8%), seguido pelos grupos etários de 35-39 anos e 40-44 anos com 25 sujeitos, correspondentes a 17,4% respetivamente. O grupo etário dos 45-49 anos com 21 sujeitos (14,6%) encontra-se imediatamente a seguir, sendo que os grupos etários dos 25-29 anos com 14

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sujeitos (9,7%), 20-24 anos com 11 sujeitos (7,6%), 55-59 anos com 10 sujeitos (6,9%) e 50-54 anos com 6 sujeitos (4,2%) ocupam as posições seguintes. Por fim, aparece o grupo etário dos 60-64 anos com apenas 5 sujeitos (3,5%).

Observamos que em relação às habilitações literárias, 72 sujeitos têm o ensino secundário (50%), 34 sujeitos possuem uma licenciatura (23,6%), seguidos de 15 sujeitos com o 2º ciclo (10,4%), 12 com o 1º ciclo (8,3%), 8 com mestrado (5,6%), 2 com bacharelato (1,4% e 1 (0,7%) com doutoramento.

Relativamente à profissão conclui-se que a amostra apresenta uma grande diversidade, com destaque para os sujeitos desempregados com 15,3%, que corresponde a 22. Os sujeitos que referiram ter como profissão “doméstica” são 12 (8,3%), logo seguidos pelos administrativos que são 11 (7,6%), 10 professores (6,9%), 9 empregados de mesa/balcão (6,3%), 7 com a profissão de secretária (4,9%), 4 estudantes (2,8%). As profissões designadas por ajudante de ação direta, psicóloga, enfermeira e cabeleireira vêm a seguir com 3 sujeito cada (2,1%). Finalmente, temos um grupo que designámos por “Outras” com 57 sujeitos (39,6%) onde englobámos profissões diversas como gerente de loja, ama, entre outras.

Em relação ao estado civil constata-se que 59 sujeitos (41,0%) são casados, 47 (32,6%) são solteiros, 17 (11,8%) estão em união de fato, 16 (11,1%) são divorciados e 5 (3,5%) são viúvos.

Quanto ao número de filhos, verifica-se que 49 sujeitos (34,0%) têm 2 filhos, 48 sujeitos (33,3%) têm 1 filho, 34 sujeitos (23,6%) responderam que não têm filhos, 8 sujeitos (5,6%) têm 3 filhos e 5 sujeitos (3,5%) têm 4 filhos.

Analisando as restantes dimensões do questionário em relação aos conhecimentos e comportamentos, constata-se no gráfico 6 (APÊNDICE VII) que 138 sujeitos (95,8%) responderam já ter ouvido falar de CCU, 3 (2,1%) responderam nunca ter ouvido falar e 3 sujeitos (2,1%) não responderam a esta questão.

Em relação aos fatores de risco para o CCU, como se pode observar no gráfico 7 (APÊNDICE VIII), 88 sujeitos (52,1%) responderam que os múltiplos parceiros sexuais constituem um fator de risco, contudo 66 participantes (39,1%) responderam que é a idade, 6 utentes (3,6%) acham que a falta de exercício físico é

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fator de risco, 4 sujeitos (2,4%) responderam “ausência de atividade sexual” e 5 sujeitos (3,0%) não responderam. Relativamente aos sintomas que podem ser manifestados, verificamos pela análise do gráfico 8 (APÊNDICE IX) que 109 participantes (75,7%) responderam afirmativamente, enquanto 30 (20,8%) responderam “não” e 5 (3,5%) não responderam.

No que concerne à sintomatologia do CCU, pode verificar-se pela análise do gráfico 8.1 (APÊNDICE X) que 93 sujeitos (60,0%) responderam corretamente a esta questão. Contrariamente, 24 sujeitos (15,5%) referem que a ausência de menstruação constitui um sintoma para esta doença, 20 participantes (12,9%) consideram a ardência, enquanto 17 sujeitos (11,0%) aceitam a infeção urinária como possível sintoma do CCU. Um dos utentes (0,6%) não respondeu.

Pela análise do gráfico 9 (APÊNDICE XI), correspondente à etiologia vírica do CCU, pode verificar-se que 103 sujeitos (71,5%) responderam corretamente, no entanto 35 (24,3%) desconhecem a etiologia viral do CCU e 6 participantes (4,2%) não responderam.

Pela análise do gráfico 9.1 (Apêndice XII), relativo à designação do vírus responsável pelo CCU, verifica-se que 92 dos sujeitos da amostra (80,7%) mencionaram o HPV como o vírus responsável, enquanto 8 sujeitos (7,0%) referem a Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA) como principal causador da doença. Para 7 participantes (6,1%) o herpes é o agente responsável e 3 sujeitos (2,6%) apontam a opção “ hepatite”. Quatro sujeitos (3,5%) não responderam.

Pela análise do gráfico 10 (APÊNDICE XIII) relativo ao diagnóstico do CCU, depreende-se que 102 sujeitos (55,4%) afirmam que o HPV é diagnosticado através da citologia. A ecografia pélvica é aceite por 40 sujeitos (21,7%) como meio de diagnóstico, bem como as análises ao sangue, consideradas por 22 sujeitos (12,0%). Relativamente às restantes opções, surgem as análises à urina como método possível de diagnóstico deste vírus com 9 participantes (4,9%), seguida pela opção “Radiografia” aceite por 5 sujeitos (2,7%). Não responderam a esta questão 6 sujeitos (3,3%). Os resultados obtidos nesta questão revelam haver grande desconhecimento em relação ao método de diagnóstico do vírus HPV.

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Quanto à prevenção do CCU, pode concluir-se pela análise do gráfico 11 (APÊNDICE XIV) que 125 (86,8%) dos sujeitos afirmaram que a vacinação é uma das formas de prevenir o seu aparecimento, 15 (10,4%) responderam negativamente e 4 (2,8%) não responderam.

Através da análise do gráfico 11.1 (APÊNDICE XV), relacionado com a altura recomendada para a realização da vacinação preventiva do CCU, os sujeitos, num total de 84 (60,9%) referem que a altura recomendada para a realização da vacinação é antes do início da atividade sexual, 35 sujeitos (25,4%) respondem que pode ser em qualquer idade e 11 (8,0%) acredita que se pode realizar após o início da atividade sexual. No entanto, a opção “Depois da menopausa” foi referida por 3 sujeitos (2,2%). Verificou-se também que 5 sujeitos (3,6%) não responderam.

Em relação à recomendação para iniciar o rastreio do CCU, verifica-se pela análise do gráfico 12 (APÊNDICE XVI) que 68 (44,2%) dos sujeitos da amostra, afirmaram que o rastreio do CCU deverá ser realizado após o início da atividade sexual. Por outro lado, 39 (25,3%) dos sujeitos acreditam que a melhor altura é antes do início da atividade sexual. Para 33 (21,4%) dos sujeitos da amostra, a altura recomendada é depois dos 18 anos, e finalmente, 7 (4,5%) dos sujeitos refere que o rastreio se pode realizar na menopausa. Verifica-se também que 7 (4,5%) dos sujeitos não respondeu.

Como mostra o gráfico 13 (APÊNDICE XVII) relativo à realização do exame preventivo do CCU, 105 (72,9%) dos sujeitos afirmam já ter realizado este exame, enquanto 39 (27,1%) dos sujeitos referem nunca o ter realizado.

Analisando o gráfico 13.1 (APÊNDICE XVIII) que pretende avaliar a regularidade com que os sujeitos da amostra realizam o exame preventivo do CCU, pode ver-se que 54 (50,5%) dos sujeitos afirmam realizá-lo uma vez por ano, enquanto 35 (32,7%) o fazem de 2 em 2 anos. Inversamente, 8 (7,5%) dos sujeitos da amostra fazem-no com intervalos de 3 anos, sendo que 4 (3,7%) dos participantes responderam fazê-lo com intervalo de 5 a 10 anos. Não responderam a esta questão 6 (5,6%) dos sujeitos.

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Analisando o gráfico 14 (APÊNDICE XIX) referente à designação do exame de rastreio do CCU, depreende-se que grande parte dos sujeitos da amostra, 118 (80,8%) conhece a sua designação, ao contrário de 19 (13,0%) dos sujeitos que referem ser a cistoscopia o nome dado ao mesmo. A prova de Mantoux é referida por 4 (2,7%) sujeitos enquanto 5 (3,4%) não respondem.

Em relação à regularidade recomendada para a realização do exame de rastreio do CCU, pode ver-se pela análise do gráfico 15 (APÊNDICE XX) que 69,2% da amostra, correspondentes a 101 sujeitos, referem a realização anual deste exame como recomendada. Para 26,0%, ou seja, 38 sujeitos, a realização a intervalos de 2 anos é a mais apropriada. A opção “Não necessita de repetição” é referida por 1 sujeito da amostra enquanto a opção “De 5 a 10 anos” não obtém qualquer resposta. Há a referir que 6 sujeitos (4,1%) não assinalaram qualquer opção.

Relativo à opinião dos sujeitos sobre a obtenção de informações acerca do CCU, verifica-se pelos dados obtidos no gráfico 16 (APÊNDICE XXI) que 74,8% que corresponde a 104 sujeitos, considera ser fácil obter informação. No entanto, 25,2% correspondente a 35 sujeitos da amostra, considera não ser fácil a obtenção dessa mesma informação e 3,6% referente a 5 sujeitos não manifesta opinião.

Relacionado com a forma de obtenção de informação sobre o CCU podemos ver que o gráfico 17 (APÊNDICE XXII) revela que 37,2% que corresponde a 68 sujeitos da amostra, obtiveram informação através dos meios de comunicação, seguida de 31,1%, ou seja, 57 sujeitos que mencionam o Centro de Saúde/Planeamento Familiar como fonte de aquisição de informação acerca desta doença. Para 30,1% correspondente a 55 sujeitos foi através do ginecologista que se fez a obtenção da informação enquanto 1,6% que representa 3 sujeitos não manifestaram opinião.

Pela análise do gráfico 18 (APÊNDICE XXIII) relacionado com as consequências da deteção tardia do CCU, verifica-se que 97,2% referente a 140 sujeitos da amostra concorda com a possibilidade desta doença poder provocar a morte. Para 1 sujeito (0,7%) o desconforto passageiro pode ser a consequência da

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deteção em fase avançada desta patologia. A opção “É inofensivo” não é considerada enquanto 3 sujeitos (2,1%) não assinalam nenhuma das opções.

Em relação ao gráfico 19 (APÊNDICE XXIV) relativo à atitude da mulher perante uma infeção vaginal, denota-se que 84,0% representativo de 131 sujeitos recorre a um profissional de saúde, 11,5% referente a 18 sujeitos procura resposta na medicina natural e 1,9%, ou seja, 3 sujeitos mencionam a opção “Aguardo que a infeção se resolva espontaneamente”. Houve 4 sujeitos (2,6%) que não responderam a esta questão.

Relativamente às dúvidas que os sujeitos da amostra gostariam de ver esclarecidas sobre o CCU, observa-se pela análise do gráfico 20 (APÊNDICE XXV) que 108 sujeitos (33,2%) evidenciam gostar de ser esclarecidos sobre os sinais e sintomas desta doença. Além destes, 92 sujeitos (28,3%) referem gostar de ver esclarecidas as dúvidas sobre as formas de prevenção, as causas desta doença surgem imediatamente a seguir com 70 sujeitos (21,5%). Os exames de diagnóstico são identificados como possíveis dúvidas a necessitar de esclarecimento por 55 sujeitos, ou seja, 16,9% da amostra.

3.1.6 Identificação dos problemas e formulação dos diagnósticos de enfermagem

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