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CAPÍTULO IV – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

4.5 Análise dos dados

Para procedermos à análise dos dados adquiridos numa entrevista é elementar o recurso à análise de conteúdo que, segundo Fortin (2009, p.379), consiste em “(…) medir a frequência, a ordem, a intensidade de certas palavras, de certas frases ou expressões ou de certos factos e acontecimentos”. Por sua vez, Bardin (2016, p. 33-34), refere que a análise de conteúdo é “um conjunto de técnicas de análise de comunicações (…) qualquer veículo de significados de um emissor para um recetor controlado ou não por este, deveria ser escrito, decifrado pelas técnicas de análise de conteúdo”.

Azevedo (2017, p. 160) afirma que “a investigação qualitativa afirma-se no campo da descrição e compreensão, completa e profunda, dos significados e processos subjetivos atribuídos às experiências e práticas quotidianas, numa lógica da descoberta, tendo como foco as perspetivas dos atores/sujeitos, atendendo aos seus contextos de vida”.

Neste sentido, e visto que os dados do estudo em causa resultam do testemunho das perceções pessoais obtidas através da aplicação de entrevistas semiestruturadas, consideramos que a análise de conteúdo constitui o método mais adequado para o tratamento desses dados.

Após transcrição das entrevistas, a qual teve uma demora média de 295 minutos por entrevista o que perfez um total de 2360 minutos (Quadro 5) procedemos à análise dos dados com o auxílio do computador e com recurso ao software NVivo® que como refere Hernández Sampieri [et. al.] “é um excelente programa de análise que é útil para criar bases de dados estruturadas hierarquicamente (…) codifica unidades de conteúdo (…)

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utilizando como base o esquema elaborado pelo pesquisador (…) um dos seus pontos fortes é criar matrizes”. (Hernández Sampieri [et.al.], 2013, p. 477)

O NVivo® é um programa para análise de informação qualitativa que incorpora as principais ferramentas para o trabalho com documentos de texto, multimédia e dados bibliográficos, facilita a organização de entrevistas, imagens, áudios, discussões em grupo, leis, categorização dos dados e análises.

Na parte de dados qualitativos é possível realizar transcrição de vídeos e áudios, codificar texto, análises de redes sociais e/ou páginas da web, entre outros.

Apesar das vantagens e facilidades proporcionadas pelo programa, este apresenta algumas limitações pois o processo de introdução e codificação dos dados é demorado e mesmo usando o software, a maior parte do trabalho é desenvolvido pelo próprio pesquisador e não pelo programa.

É importante entender que o NVivo® é uma ferramenta que auxilia nas pesquisas, mas não vai resolver todos os problemas.

As categorias de análise foram elaboradas, de acordo com as regras do Quadro 6 e com base nos autores Hernandez Sampieri [et. al.], (2013).

Quadro 6 – Regras aplicadas na elaboração de categorias

Categorias de análise Regra Aplicada Motivação para a mesma

Ter em consideração qualquer motivação para o uso de técnicas osteopáticas no desempenho profissional, assim como para a frequência de formação na área da osteopatia e que seja explicitamente referida.

Tipo de situações clínicas

Ter em consideração todo o tipo de situações clínicas em que os participantes utilizam técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de EEER.

Tipo de Práticas osteopáticas utilizadas

Ter em consideração qualquer tipo de práticas e/ou técnicas osteopáticas utilizadas pelos participantes no seu desempenho profissional de EEER e que sejam explicitamente referidas.

Princípios subjacentes à sua utilização

Ter em consideração qualquer princípio subjacente à utilização de técnicas osteopáticas e que sejam explicitamente referidas.

Local de utilização

Ter em consideração qualquer local, público ou privado, onde os EEER utilizam técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de EEER e que sejam explicitamente referidas.

Frequência de utilização

Ter em consideração a frequência com que os participantes utilizam técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Sem Constrangimentos

Ter em consideração a menção à ausência de qualquer constrangimento na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de EEER.

Complementaridade

Ter em consideração a "complementaridade" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

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Efetividade dos cuidados

Ter em consideração a "efetividade de cuidados" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Encurtamento do tempo de recuperação

Ter em consideração o "encurtamento do tempo de recuperação" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Ganhos económicos

Ter em consideração os "ganhos económicos" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Nova filosofia de cuidar

Ter em consideração a "nova filosofia de cuidar" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Satisfação do utente

Ter em consideração a "reação do utente" (sentimentos) como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Rentabilização de recursos

Ter em consideração a "rentabilização de recursos" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

Resultados no utente

Ter em consideração os "resultados no utente" como vantagem percecionada pelos participantes, na utilização de técnicas osteopáticas no seu desempenho profissional de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação.

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