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2. OBJETIVOS

4.3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS GRUPOS DE RECIPIENTES POR STS

4.4.2 Análise espacial da distribuição sazonal dos grupos de criadouros por STS

Para verificar as diferenças na distribuição dos grupos de criadouros entre as STS, nas diferentes estações do ano, foram apresentados os mapas temáticos sazonais. Os mapas possibilitaram uma análise prévia, apenas perceptiva de possíveis relações de correspondência, mas não nos permitem fazer inferências.

Nas tabelas de 30A a 50A (apresentadas no Apêndice), é possível observar os valores dos IB, por grupo, ano e estação do ano, para cada STS no período de 2012 a 2016. Esses dados foram utilizados para a elaboração dos mapas temáticos apresentados.

Cada grupo de criadouros foi analisado separadamente, e os valores dos IB utilizados para separar as regiões por frequência. Quanto maior o índice para determinada STS, mais forte é o gradiente de cor apresentado no mapa. A confecção dos mapas segue conforme descrito na Seção 3.5.1.

Cores diferentes foram utilizadas para representar cada grupo de recipientes, sendo:

dlrede – gradiente vermelho dnlrede – gradiente azul planta – gradiente verde móveis – gradiente roxo fixos – gradiente rosa pneus – gradiente marrom

natural – gradientes na mistura de cores azul e verde

No conjunto dos criadouros (figuras 21 a 27) é possível verificar predominância dos altos valores de IB nas estações outono e verão para a maior parte das STS.

Quando observada a influência da sazonalidade na distribuição do grupo dlrede (figura 21) é possível verificar que na primavera apenas Campo Limpo teve maiores valores no IB comparado ao MSP.

No inverno, os índices foram mais evidentes em Campo Limpo, Santana / Jaçanã e Guaianases. No verão 14 STS apresentam altos valores de IB e no outono 17 STS apresentam esta condição.

Para este grupo de recipientes Sé, Vila Prudente / Sapopemba, Mooca / Aricanduva e Butantã apresentaram menores valores de índices do que as demais supervisões.

Figura 21 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB de depósitos ligados à rede, por STS, no período de 2012-2016.

Para os dnlrede (figura 22), é evidente um aumento nos valores dos IB para quase todas as supervisões no verão e outono.

Apenas Parelheiros manteve-se tendo altos valores do índice em todas as estações do ano, quando comparado com o restante do município.

Itaim Paulista também apresentou maiores valores na primavera, verão e outono.

Figura 22 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB de depósitos não ligados à rede, por STS, no período de 2012-2016.

No grupo planta é possível observar um aumento nos valores dos índices no verão que fica mais evidente no outono.

O inverno pareceu ser importante na redução dos valores dos índices, sendo que nenhuma região no Município apresentou altos valores nesta estação. Na primavera, apenas Casa Verde / Cachoeirinha e Ipiranga tiveram IB superiores ao restante da cidade.

Para este grupo nenhuma STS apresentou menores valores de IB em todas as estações.

Figura 23 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB do grupo planta, por STS, no período de 2012-2016.

Os IB para o grupo móveis aumentou no outono, com exceção de Vila Maria / Vila Guilherme;

Para o verão também ocorreu aumento para maior parte das STS, com exceção de M’Boi Mirim. Nesta estação 15 supervisões alcançaram os maiores valores da faixa de frequência.

No inverno e primavera os valores dos índices foram baixos para quase todas as regiões, com exceção de Campo Limpo na Primavera, e Parelheiros, Santana / Jaçanã e Butantã no inverno.

Figura 24 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB do grupo móveis, por STS, no período de 2012-2016.

Assim como os outros grupos de recipientes, houve evidências de influência de fatores sazonais no aumento do IB para o grupo fixos.

É possível verificar aumento do IB no outono em nove STS e 14 no verão. Os valores foram mais baixos para todas as regiões no inverno.

Na primavera apenas para Ipiranga, Vila Mariana / Jabaquara e Sé os valores foram mais altos do que no restante do município.

Figura 25 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB do grupo fixos, por STS, no período de 2012-2016.

Quando verificado o grupo pneus é possível observar diferença expressiva com aumento dos índices no verão (11 STS) e outono (12 STS) e valores mais baixos no inverno e primavera.

Nenhuma região apresentou menores valores de IB em todas as estações, mas quando comparado ao restante da cidade, de uma maneira geral, Vila Maria / Vila Guilherme foi a que teve menores valores de frequência.

Figura 26 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB do grupo pneus, por STS, no período de 2012-2016.

Para o grupo natural, assim como para todos os outros observados, é possível verificar um aumento dos IB no outono e verão.

Para o outono sete supervisões e no verão nove atingiram os maiores valores de frequência.

Lapa / Pinheiros e Butantã foram as regiões que apresentaram maiores valores de índice em todas as estações. Parelheiros, Santo Amaro / Cidade Ademar, Sé e Santana / Jaçanã apresentaram altos valores no inverno e se mantiveram no outono e verão.

Para este grupo somente Itaquera apresentou menores valores de IB em todas as estações.

Figura 27 – Análise da influência sazonal na frequência dos IB do grupo natural, por STS, no período de 2012-2016.

4.5 ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DOS GRUPOS DE RECIPIENTES NAS EPIDEMIAS DE DENGUE DE 2012 A 2016 E SUA RELAÇÃO COM A SAZONALIDADE

Após a análise espacial da distribuição dos grupos pelas estações do ano, pode-se observar que a condição que sugere sofrer maior influência dos fatores sazonais é a dos recipientes com larva.

Antes de verificar possível correspondência espacial entre a predominância de grupos de recipientes e as epidemias que ocorreram no período, foi confecccionado mapa temático dos casos de dengue ocorrentes no período de estudo.

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