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9. Estratégia de Negócios Proposta

9.1. Análise Externa

Na análise externa devem ser considerados dois níveis de profundidade, o enquadramento da envolvente global e o enquadramento a que a organização pertence.

9.1.1. PEST

A análise do Ambiente geral conhecida como análise PEST, cujas iniciais correspondem às primeiras letras das variáveis políticas-legais, económicas, Sócio-culturais e tecnológicas. Esta análise permite reconhecer que fatores podem influenciar as decisões de longo prazo e sobre os quais a organização não tem domínio.

Seguidamente faz-se o enquadramento desta análise no que diz respeito ao Negócio de Physalis:

Fatores Políticos-Legais

 Estabilidade política-governamental;

 Elevada carga fiscal e comercial;

 Legislação Laboral rígido:

 Cumprimento de Legislação da proteção ambiental;

 Cumprimento de Legislação do PRODER / PDR 2020.

Fatores Económicos

 Diminuição das taxas de inflação;

 Nível de desemprego elevado;

 Aumento dos spreads bancários;

 Maiores restrições de acesso ao crédito;

 Diminuição do consumo das famílias.

Fatores Sócio-culturais

Decréscimo da taxa de crescimento da população;

 Crescente preocupação dos consumidores com o bem-estar físico;

 Distribuição dos rendimentos díspares;

 Descentralização da população;

 Mobilidade social da população.

 Uso de novas tecnologias;

9.1.2. Cinco Forças d e Porter (1980)

Para que a empresa possa traçar uma estratégica, deve primeiramente compreender a influência do ambiente externo no mercado e como isso poderá afetar o seu negócio. Por esse motivo, Michael Porter elaborou em 1980 o modelo das “Cinco Forças” que ainda hoje é uma ferramenta utilizada quando se pretende analisar a estrutura externa envolvente ao setor de indústria onde o negócio está inserido. A análise consiste em verificar o poder que cada uma das cinco forças tem e a partir daí pensar-se a estratégia que melhor serve os interesses da empresa. O modelo das “Cinco Forças” de Porter está representado na Figura seguinte:

Figura 9.7 – As 5 Forças do modelo de Porter (1980) Fonte: Adaptado de Martins (2010)

Martins (2010: 32), argumenta que as forças influenciam as decisões estratégicas das empresas, que «quanto mais forte for cada uma das dessas forças, maior é a limitação das empresas relativamente à sua capacidade de elevar os preços e ganhar lucros avultados». Seguidamente faz-se uma análise dos elementos que na prática, pelo menos potencialmente, farão parte de cada uma dessas forças e certamente terão a capacidade de influenciar as decisões estratégicas deste Negócio concreto de Physalis peruviana. No entanto, convém salientar que, por se tratar de um novo negócio que ainda não se encontra implementado e o facto de ambicionar comercializar um produto “inovador” no mercado

Concorrência existente entre as empresas atuais no setor Ameaça de novos concorrentes Poder neocial dos clientes Ameaça de produtos Substitudos Poder negocial dos frornecedores

onde pretende inicialmente competir, limita muito a identificação prática de cada um desses elementos, e, por essas razões, na maioria dos casos que serão apresentados, convém referi-los como sendo potenciais e não reais.

 POTENCIAIS CLIENTES: - Engenheiro Luís Manso – Leiria

- Mercados de venda de produtos biológicos: Supermercados Brio existentes no Chiado, Campo de Ourique, Alcântara, Carnaxide e Estoril.

- Hipermercados e Supermercados da marca Continente, Pingo Doce, Minipreço, Lidl, Intermarché.

- Lojas Tradicionais. - Mercearias.

- Encomendas online.

- Mercado Municipal do Cartaxo. - Feira de Santarém.

- Vizinhos, amigos e conhecidos.

 POTENCIAIS FORNECEDORES:

Trata-se de um Negócio que depois da instalação inicial não necessita de ser abastecido uma grande diversidade de produtos. No entanto, sempre que houver necessidade de adquirir quaisquer alfaias agrícolas, existem diversos fornecedores no mercado:

- Lavricartaxo – Cooperativa Agro – Pecuária do Cartaxo, C.R.L.

- AKI com cerca de 27 lojas em Portugal, entre as quais uma delas em Santarém.

Por outro lado, como é um produto que será produzido em modo de produção biológico, haverá necessidade de recorrer a fertilizantes biológicos. Estes também podem ser encontrados em inúmeras lojas. Apresentam-se alguns exemplos:

- Horto do Rossio. - Adubos Deiba - Bosk.

 POTENCIAIS CONCORRENTES:

Todos os outros agricultores que estão recentemente instalados ou a instalar-se no mercado para produzirem physalis, seja eles associações ou produtores individuais, onde se poderão enumerar alguns:

- Associação APROFIS - Leiria.

- Fresh Fresh Portugal, Lda - Leiria.

- Real Garden - Faro.

- Mauro Bonito - Loulé - Produtor em fase de projeto

- Rui Serra - Anadia - Produtor em fase de projeto

- Paulo e Ana Sofia Carvalho - Anadia - Produtor em fase de projeto

- José castanheira - Santa Comba Dão - Produtor em fase de projeto

 PRODUTOS SUBSTITUTOS:

Mesmo sendo um produto diferente dos existentes e com características muito particulares, pode considerar-se que praticamente todos os outros frutos existentes no mercado nacional potencialmente, podem ser considerados como produtos substitutos. Enumeram-se alguns exemplos daqueles que mais facilmente poderão ser considerados como substitutos, pelo facto de possuírem características mais próximas:

- Mirtilo. - Framboesa. - Groselha. - Amora.

Seguidamente faz-se a análise das forças competitivas presentes no mercado onde a se pretende inserir o negócio de Physalis:

Poder negocial dos clientes - Intensidade Média

 As grandes superfícies na sua qualidade de intermediários para o acesso aos consumidores têm um poder elevado.

Inexistência do poder negocial dos consumidores finais.

 O clima favorável para a produção nacional e os apoios do PDR à instalação, justifica a entrada de novos concorrentes.

 Elevado potencial de existirem novas entradas, porque o mercado oferece boa rentabilidade e boas perspetivas de crescimento.

 O acesso ao mercado poderá ser facilitado devido à falta de barreiras existentes à entrada.

 Baixo poder de compra para se adquirirem os terrenos para a sua produção.

Poder negocial dos fornecedores - Intensidade Reduzida

 Os produtores de Physalis necessitam de fornecedores de equipamentos e ferramentas agrícolas adequadas que existem em grande abundância no mercado, logo os fornecedores como estão sujeitos a uma concorrência elevada, não têm eles mesmos grande poder negocial.

Ameaça de novos produtos (produtos substitutos) - Intensidade Média

 Podemos identificar como produtos substitutos praticamente todos os outros frutos existentes no mercado.

 Por ser um produto de qualidade diferenciada, com características diferentes dos existentes, logo, inovador no mercado nacional, tem elevada potencialidade de crescimento da procura à medida que vai sendo conhecido do consumidor, no entanto, está dependente do valor que o consumidor lhe venha a atribuir.

 Produto com preço elevado quando comparado com a maioria dos possíveis substitutos.

Rivalidade da Indústria - entre os concorrentes existentes - Intensidade Média

 O número de concorrentes existentes é insignificante quando se trata do mesmo produto.

 Relativamente aos produtos substitutos a concorrência é elevada.

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