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Após então da análise do índice de Davies-Bouldin e da clusterização do mapa feito pelo k-means, tem-se a configuração de clusters apresentada na figura 4.3

Figura 4.3- Agrupamento obtido pelo k-means, definindo o Mapa Base.

A partir do momento em que já se tem o mapa definido com seus grupos formados, a etapa da investigação do conteúdo e das características de cada grupo se faz necessária. O objetivo passa então a ser o entendimento de que nível de gravidade da doença representa cada grupo.

A numeração dos clusters, apresentada na figura 4.3, foi adicionada após a análise, representando a ordem crescente de gravidade dos grupos. O processo que levou a especificação dos níveis dos grupos será descrito a seguir.

Primeiramente, identificou-se os pacientes presentes em cada cluster. Os pacientes de cada grupo, com sua respectiva identificação são apresentados na tabela 4.2:

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Tabela 4.2- Distribuição dos pacientes nos grupos do mapa com 30 variáveis. As identificações em vermelho representam os pacientes assintomáticos.

Os neurônios do grupo 1 foram ativados por 39 eventos, pacientes nesse caso, da base de dados de entrada. As identificações destacadas em vermelho na tabela, representam os pacientes assintomáticos. Sendo assim, essa quantidade de indivíduos pertence a esse grupo. Como já dito, a variável PND foi utilizada para investigar a situação dos pacientes de cada cluster. No grupo 1, 35 pacientes são assintomáticos, representando aproximadamente 90% do grupo. Apenas 4 pacientes são sintomáticos, e desses, somente 2 pontuam na escala PND, porém ainda no estágio inicial, apresentando nível I para essa escala. A tabela mostra a quantidade de pacientes sintomáticos e seus respectivos níveis na escala PND.

Grupo 1 (39 pacientes) Grupo 2 (14 pacientes) Grupo 3 (16 pacientes) Grupo 4 (19 pacientes) Grupo 5 (10 pacientes)

Paciente 1 Paciente 21 Paciente 40 Paciente 54 Paciente 70 Paciente 89

Paciente 2 Paciente 22 Paciente 41 Paciente 55 Paciente 71 Paciente 90

Paciente 3 Paciente 23 Paciente 42 Paciente 56 Paciente 72 Paciente 91

Paciente 4 Paciente 24 Paciente 43 Paciente 57 Paciente 73 Paciente 92

Paciente 5 Paciente 25 Paciente 44 Paciente 58 Paciente 74 Paciente 93

Paciente 6 Paciente 26 Paciente 45 Paciente 59 Paciente 75 Paciente 94

Paciente 7 Paciente 27 Paciente 46 Paciente 60 Paciente 76 Paciente 95

Paciente 8 Paciente 28 Paciente 47 Paciente 61 Paciente 77 Paciente 96

Paciente 9 Paciente 29 Paciente 48 Paciente 62 Paciente 78 Paciente 97

Paciente 10 Paciente 30 Paciente 49 Paciente 63 Paciente 79 Paciente 98

Paciente 11 Paciente 31 Paciente 50 Paciente 64 Paciente 80 ---

Paciente 12 Paciente 32 Paciente 51 Paciente 65 Paciente 81 ---

Paciente 13 Paciente 33 Paciente 52 Paciente 66 Paciente 82 ---

Paciente 14 Paciente 34 Paciente 53 Paciente 67 Paciente 83 ---

Paciente 15 Paciente 35 --- Paciente 68 Paciente 84 ---

Paciente 16 Paciente 36 --- Paciente 69 Paciente 85 ---

Paciente 17 Paciente 37 --- --- Paciente 86 ---

Paciente 18 Paciente 38 --- --- Paciente 87 ---

Paciente 19 Paciente 39 --- --- Paciente 88 ---

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Tabela 4.3- Quantidade de pacientes e índice PND no grupo 1

PND Quantidade de pacientes no grupo

Nível 0 2

Nível I 2

Parece então que os neurônios do grupo 1 foram ativados pelo padrão de entrada que representava os pacientes assintomáticos ou em um estágio muito leve da doença, dado a grande quantidade de pacientes que não apresentavam nenhum sintoma, e a presença de apenas 2 pacientes com o menor nível para a escala PND.

No grupo 2, 11 dos 14 pacientes apresentaram nível 1 na escala PND, aproximadamente 79%, e apenas 1 não apresentou dificuldade de marcha, não possuindo nenhum nível na escala PND. Há ainda um paciente com o nível II e um com o nível IIIb. A tabela a seguir apresenta o índice PND para os pacientes desse grupo.

Tabela 4.4- Quantidade de pacientes e índice PND no grupo 2

PND Quantidade de pacientes no grupo

Nível 0 1

Nível I 11

Nível II 1

Nível IIIb 1

Essa distribuição de pacientes nesse grupo indica que o mesmo foi ativado por pacientes em uma pior situação que os do grupo 1, mas ainda assim, dado a alta incidência do nível I da escala PND, pode-se inferir que esse cluster representa um estágio inicial da doença.

Para o grupo 3, os pacientes estão distribuídos em vários níveis de PND, mas é importante ressaltar, como mostrado na tabela, que não há mais pacientes com PND nível 0, nem pacientes com PND nível IV.

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Tabela 4.5- Quantidade de pacientes e índice PND no grupo 3

PND Quantidade de pacientes no grupo

Nível I 7

Nível II 4

Nível IIIa 2

Nível IIIb 3

Dado o aumento da quantidade de pacientes com nível mais alto para o índice PND, quando comparado com o grupo 2, além da ausência de pacientes sem dificuldade de marcha, é possível caracterizar o grupo 3 como representativo para pacientes com um nível de gravidade intermediário para a doença.

O grupo 4 apresenta pacientes com diversos níveis de PND e é o primeiro a apresentar pacientes que pontuaram com o nível IV, o mais alto da escala.

Tabela 4.6- Quantidade de pacientes e índice PND no grupo 4

PND Quantidade de pacientes no grupo

Nível I 6

Nível II 5

Nível IIIa 3

Nível IIIb 1

Nível IV 4

O grupo 5 também apresenta pacientes com diversos níveis de PND e assim como o grupo 4, apresenta também pacientes com nível IV para essa escala.

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Tabela 4.7- Quantidade de pacientes e índice PND no grupo 5

PND Quantidade de pacientes no grupo

Nível I 3

Nível II 2

Nível IIIa 2

Nível IIIb 1

Nível IV 2

A distinção entre os grupos 4 e 5 não ocorreu de maneira tão imediata, como para os outros grupos que possuíam fortes indicadores para seu nível de gravidade. Decidiu-se então analisar a incidência dos parâmetros clínicos para os pacientes de cada classe. O grupo 5 possuía pelo menos 13 sintomas com maior frequência do que na grupo 4. Essa predominância da presença de dados clínicos nos pacientes do grupo 5 influenciou na conclusão de que esse representava o grupo mais grave da doença.

A análise comparativa entre os clusters, levando-se em consideração a escala PND, sustenta a ideia da ordem crescente de gravidade apresentada pelos grupos. A tabela 4.8 contém essa informação.

Tabela 4.8- Presença de cada grau da escala PND nos grupos do mapa.

PND Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

0 95% 7% 0% 0% 0% I 5% 79% 44% 32% 30% II 0% 7% 25% 26% 20% IIIa 0% 0% 12% 16% 20% IIIb 0% 7% 19% 5% 10% IV 0% 0% 0% 21% 20%

Percebe-se que há uma presença maior de níveis mais severos da escala PND na ordem crescente de numeração dos grupos. Com esse resultado é possível concluir

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que houve a separação dos pacientes em cinco diferentes níveis de gravidade. O grupo 1 representa então os pacientes assintomáticos ou com uma manifestação muito leve da doença. O grupo 2 representa aqueles com um estágio leve. O grupo 3 representa os pacientes com um nível moderado da doença. O grupo 4 já representa pacientes com um estágio moderado-grave. O grupo 5 representa os pacientes mais severos. Esse foi então fixado como mapa base para a escala de gravidade proposta.

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