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2.HIPÓTESE HIPÓTESE HIPÓTESE HIPÓTESE

2. HIPÓTESE DO ESTUDO

4.8 ANÁLISE DAS IMAGENS

A análise das imagens, tanto da face do neonato como do monitor que registrou a SatO2, quanto a frequência cardíaca foram

analisadas com dupla checagem, realizado pela pesquisadora e por uma das assistentes de pesquisa, após o término da coleta de dados. Para maior confiabilidade dos dados coletados, a pesquisadora e a assistente de pesquisa avaliam os vídeos conjuntamente, a fim de chegarem há um único resultado final. As imagens das filmadoras (A e B) foram inseridas em um Notebook da

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marca LG, modelo LGR41, configuração R410 e avaliadas através do programa RealPlayer.

Para a codificação dos vídeos referentes à face do neonato, os seguintes passos foram utilizados tanto pela pesquisadora, quanto pela assistente de pesquisa:

(i) visualização na íntegra dos vídeos, com som, a fim de verificar a qualidade da filmagem e avaliar as especificidades de cada neonato, além de identificar o início e término de cada período do estudo;

(ii) análise do estado comportamental nos últimos 30 segundos do período de adaptação e preparação, sendo as imagens assistidas em tempo real e sem som;

(iii) análise do estado comportamental nos 15 segundos prévios à punção venosa, em tempo real e sem som;

(iv) análise da mímica facial, nos 30 segundos pós-punção, em tempo real e sem som;

(v) análise da mímica facial, segundo a segundo nos 3 minutos da progressão do cateter. A análise dos indicadores de mímica facial (sobrancelha saliente, olhos espremidos e sulco nasolabial) foi realizada de modo independente. Para se atribuir a pontuação correspondente na escala PIPP, o período pós-punção e progressão do cateter foram analisados por três vezes, ou seja, cada indicador da mímica facial foi avaliado separadamente. As imagens foram assistidas repetidamente e utilizou-se recursos de pausas nas filmagens para registros de tempo de ocorrência das três diferentes mímicas. Os vídeos foram analisados sem som. (vi) ocorrência de choro foi verificada, nos últimos 30 segundos do período de adaptação e preparação, nos 15 segundos prévios à punção, 30 segundos pós-punção e nos 3 minutos durante a progressão do cateter. Os vídeos foram avaliados em tempo real e com som.

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Os registros obtidos por intermédio da análise das imagens foram realizados no Instrumento de Codificação da Mímica Facial e Choro (APÊNDICE V), elaborado com base no proposto por Bueno (2011).

O Instrumento de Codificação da Mímica Facial e Choro (APÊNDICE V), o período pós-procedimento, a mímica facial foi analisada em seis blocos de 30 segundos. A divisão foi realizada para que fosse possível calcular os escores do PIPP no período pós- punção e progressão do cateter.

Após a avaliação pelo instrumento de codificação, os dados foram transcritos para o Instrumento de Coleta de Dados (APÊNDICE II).

Posteriormente à análise das imagens da mímica facial, foram avaliados os registros dos parâmetros fisiológicos obtidos por filmagem do oxímetro de pulso. As imagens foram analisadas em tempo real e com som. Os valores frequência cardíaca (FC) máxima e saturação de oxigênio (SatO2) mínima foram avaliadas nos 15

segundos da pré-punção (T-15), 30 segundos pós- punção (T30) e 3 minutos durante a progressão (T30, T60, T90, T120, T150, T180) e os dados obtidos foram registrados no Instrumento de coleta de dados (APÊNDICE II).

Vale ressaltar que os 15 segundos pré-punção (T-15) foram avaliados diferentemente na fase da primeira punção e progressão do cateter em relação aos parâmetros fisiológicos. A progressão poderia ocorrer com sucesso através da primeira, segunda ou terceira punção, assim o (T-15) avaliado era verificado pela punção que garantiu o sucesso na progressão do cateter.

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4.8.1 Perdas dos dados

Para garantir o rigor metodológico e a qualidade dos dados, foi necessário excluir da análise alguns dados coletados considerados como “perda”.

As imagens dos neonatos que viraram o rosto em direção oposta à câmera ou cuja visualização ficou prejudicada pela própria dinâmica do procedimento de inserção do CCIP foram registradas pela pesquisadora como “não visualizadas” durante o período analisado, no Instrumento de Codificação da Mímica Facial e Choro (APÊNDICE V).

Os dados considerados como não visualizados representaram um tempo superior de 10% da análise da mímica facial, que correspondem a 3 segundos considerando intervalos de 30 segundos de filmagem. Vale ressaltar, que os três movimentos faciais foram avaliados separadamente, e a exclusão de um dos movimentos não significou, necessariamente, a dos demais.

Com relação aos indicadores fisiológicos, a perda dos dados ocorreu em função de falha no sinal do equipamento e, portanto, ausência de valores de frequência cardíaca máxima ou saturação de oxigênio mínima em determinados intervalos.

No caso de impossibilidade da verificação dos indicadores fisiológicos nos 15 segundos prévios ao procedimento, o período foi estendido para até 60 segundos, antecedente à punção venosa. Na ausência de valores de frequência cardíaca máxima e saturação de oxigênio mínima no minuto prévio à punção, os dados foram considerados como “perdas”.

Em relação à punção venosa, as medidas fisiológicas foram classificadas como “perdas” quando houve a ausência da frequência cardíaca e saturação de oxigênio por mais de 15 segundos. O mesmo raciocínio foi feito na avaliação da progressão do cateter, ou seja, ausência dos indicadores fisiológicos por mais de 15 segundos

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no (T-30, T-60, T-90, T-120, T-150, T-180) foram consideradas também como “perdas".

A avaliação dos três indicadores da mímica facial, além dos fisiológicos é necessária para a obtenção dos escores da dor. A perda de dados influência diretamente na PIPP.

A perda de um dos indicadores foi aceitável para se utilizar o escore da dor. Calculou-se, portanto, um valor proporcional para o escore. No caso de perda de dois ou mais indicadores, o PIPP não foi calculado para o intervalo específico.

Vale ressaltar que os recém-nascidos com prescrição de oxigênio inalatório foram pontuados com nota três para o escore PIPP.

4.8.2 Confiabilidade da codificação da mímica facial

Oito vídeos foram utilizados aleatoriamente para o treinamento da pesquisadora e assistente de pesquisa. As mesmas imagens foram analisadas por ambas e uma margem de 10% de erro de avaliação foi instituída para que houvesse uma concordância de opiniões quanto à avaliação do estado comportamental e mímica facial. Tanto a pesquisadora, quanto a assistente de pesquisa utilizaram o mesmo computador para avaliação dos vídeos.

Julgou-se suficiente a utilização de oito vídeos para a análise do coeficiente de confiabilidade entre observadores.

Vale ressaltar que a pesquisadora foi treinada pela Dra Mariana Bueno, que fez parte do grupo de treinamento da Dra Bonnie Stevens na Universidade de Toronto.

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4.9

TRATAMENTO

DOS

DADOS

E

ANÁLISE