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2 MATERIAL E MÉTODOS

2.5 Análise de dados

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade por meio do aplicativo estatístico SAS®. Também foram calculados contrastes de interesse para comparações entre genótipos e/ou grupo de genótipos com diferentes constituições genotípicas nos locos B, ogc, hp e t (Quadro 3).

Quadro 3 Contrastes de interesse usados para comparações entre genótipos e/ou grupo de genótipos com diferentes constituições genotípicas nos locos

B, ogc, hp e t. UFLA, Lavras

Contrastes Contrastes Estimados Descrição

C1 (T1+T2+T3+T5+T6+T7+T24 )/7 - (T8+T9+T10+T11+T12+T13 +T14+T15+T16+T17+T18+T 19+T20+T21+T22+T23)/16

Genótipos normais, ogc homozigóticos, VS Genótipos high-beta (homozigóticos e heterozigóticos);

C2 (T1+T2+T3+T5+T6+T7+T24

)/7 - T4

Genótipos normais, ogc homozigóticos, VS Genótipo tangerine; C3 (T1+T5+T24)/3 - (T8+T9+T10+T11+T12+T13 +T14+T15+T16+T17+T18+T 19+T20+T21+T22+T23)/16

Genótipos normais VS Genótipos high-beta (homozigóticos e heterozigóticos);

C4 (T1+T5+T24)/3 - (T8+T9)/2 Genótipos normais VS genótipos high-beta

homozigóticos; C5 (T1+T5+T24)/3 - (T10+T11+T12+T13+T14+T 15+T16+T17+T18+T19+T20 +T21+T22+T23)/14

Genótipos normais VS genótipos high-beta heterozigóticos;

C6 (T1+T5+T24)/3 - T4 Genótipos normais VS genótipo tangerine;

C7 (T1+T5+T24)/3 -

(T2+T3+T7)/3

Genótipos normais VS genótipos ogc

homozigotos, hp+hp+;

C8 (T1+T5+T24)/3 - T6 Genótipos normais VS genótipos og

c homozigotos, hp homozigóticos; C9 (T2+T3+T7)/3 - T6 Genótipos og c homozigóticos, hp+hp+ VS genótipo ogc homozigoto, hp hp; C10 (T8+T9)/2 - (T10+T13+T17+T20)/4

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal;

C11 (T8+T9)/2 - (T16+T23)/2

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine

heterozigóticos; C12

(T8+T9)/2 -

(T11+T12+T15+T18+T19+T 22)/6

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp+hp+;

C13 (T8+T9)/2 - (T14+T21)/2

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos;

C14 (T10+T13+T17+T20)/4 -

(T16+T23)/2

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine heterozigóticos; C15

(T10+T13+T17+T20)/4 - (T11+T12+T15+T18+T19+T 22)/6

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp+hp+;

C16 (T10+T13+T17+T20)/4 -

(T14+T21)/2

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram observadas diferenças entre os tratamentos (α=0.05) para todas as características avaliadas (epiderme, pericarpo, placenta e columela) tanto para os valores do ângulo cromaticidade como para o croma.

Ângulo de cromaticidade: os genótipos NC-2Y (homozigoto t), e TOM-499 e TOM-498 (homozigotos high-beta) apresentaram ângulos de cromaticidade mais próximos da cor amarela, com valores próximos ou superiores a 70o na epiderme, no pericarpo, na placenta e na columela (Tabela 1). Os híbridos F1(FLORADADE X TOM-499), F1(FLORIDA-7775 X TOM- 499), F1(FLORIDA-7781 X TOM-499), F1(NC-8276 X TOM-499), F1(TOM- 544 X TOM-499), F1(TOM-596 X TOM-499), F1(NC-2Y X TOM-499), F1(FLORADADE X TOM-498), F1(FLORIDA-7775 X TOM-498), F1(FLORIDA-7781 X TOM-498), F1(NC-8276 X TOM-498), F1(TOM-544 X TOM-498), F1(TOM-596 X TOM-498) e F1(NC-2Y X TOM-498) heterozigotos high-beta, apresentaram ângulos de cromaticidade em geral ligeiramente inferiores aos genótipos homozigotos high-beta, com valores em geral na faixa entre 60o e 70o, tanto na epiderme, como no pericarpo, na placenta e na columela. Todos os demais genótipos apresentaram valores de cromaticidade inferiores a 50o, e em geral inferiores a 40o, tanto na epiderme, como no pericarpo, na placenta e na columela (Tabela 1).

Esses valores se refletem claramente na coloração tanto externa, como interna dos frutos maduros - alaranjada (ângulo de cromaticidade > 60o) nos genótipos NC-2Y (homozigoto tangerine), TOM-499 e TOM-498 (homozigotos

high-beta), e nos híbridos heterozigóticos high-beta, e avermelhada (ângulo de

cromaticidade < 50o) nos demais genótipos. As estimativas dos contrastes C1, C2, C3, C4, C5 e C6 indicaram que todos os tratamentos com frutos

avermelhados apresentaram ângulos de cromaticidade, significativamente, mais distantes da cor amarela do que os genótipos homozigotos t, homozigotos high-

beta e heterozigotos high-beta (Tabela 2), seja na epiderme, seja no pericarpo,

na placenta e na columela.

Por outro lado, os genótipos homozigóticos old-gold crimson (= ogc homozigóticos) não diferiram dos genótipos normais quanto aos ângulos de cromaticidade na epiderme e pericarpo, mas mostraram um desvio significativo em direção ao vermelho na placenta e na columela (contrastes C7 e C8, Tabela 2). Esse desvio em direção ao vermelho ocorreu nos genótipos ogc/ogc tanto na presença do alelo high-pigment em homozigose (hp/hp) (Contraste C8, Tabela 2) como em sua ausência (hp+/hp+) (Contraste C7, Tabela 2). Em genótipos ogc/ogc, a presença do alelo hp em homozigose (hp/hp) promoveu um ligeiro desvio adicional em direção ao vermelho, observável apenas na placenta (Contraste C9, Tabela 2).

Na ausência de outros alelos (t, ogc ou hp) que possam afetar a coloração dos frutos, os heterozigotos high-beta apresentaram desvios significativos do ângulo de cromaticidade em direção ao vermelho, relativamente aos genótipos

high-beta homozigotos (Contraste C10, Tabela 2) na epiderme, pericarpo,

placenta e columela, indicando que, embora dominante, o alelo high-beta não possui dominância completa. A maior tendência ao amarelo dos genótipos high-

beta homozigóticos relativamente aos high-beta heterozigóticos pode ser

observada quer esses últimos fossem também heterozigóticos para t (Contraste C11, Tabela 2), heterozigóticos para ogc (Contraste C12, Tabela 2) ou heterozigóticos tanto para ogc quanto para hp (Contraste C13, Tabela 2). A presença, em híbridos high-beta heterozigóticos, de alelos (t, ogc, hp) que possam afetar a coloração dos frutos, afetou apenas marginalmente a coloração destes híbridos: nos híbridos também portadores do alelo t em heterozigose, resultou em um desvio em direção ao amarelo em nível de epiderme (Contraste

C14, Tabela 2); nos portadores de ogc em heterozigose, em presença ou não de

hp em heterozigose, em desvios em direção ao vermelho no pericarpo

(Contrastes C15 e C16, Tabela 2).

Os resultados demonstram que o emprego do gene high-beta em homozigose leva a uma coloração alaranjada dos frutos, tanto interna quanto externamente, a qual é parcialmente atenuada com o emprego do gene high-beta em heterozigose. Mesmo nesse último caso, no entanto, a coloração básica continua a ser alaranjada, uma vez que os híbridos high-beta heterozigotos não chegam a igualar-se aos genótipos de coloração normal (vermelha), nem mesmo quando se empregam em heterozigose genes que pudessem promover síntese de licopeno (como ogc ou ogc+ hp) (Tabela 1).

Já o alelo ogc em homozigose promoveu a coloração vermelha da placenta em genótipos não portadores do gene high-beta, algo que foi potencializado com o emprego simultâneo do alelo hp também em homozigose. Esses efeitos na coloração já foram relatados por Araújo et al. (2002) e Faria (2000) e mostraram os mutantes ogc e hp, em background Floradade, isolados ou combinados entre si, tanto em homozigose quanto em heterozigose, proporcionaram incrementos significativos sobre a coloração interna e externa, bem como sobre os teores de betacaroteno e licopeno de frutos. Faria et al. (2003) também verificaram incrementos na coloração externa e no teor de licopeno em frutos maduros nor+/norA (genes mutantes de amadurecimento non

ripening (nor) e alcobaça (norA)), proporcionados pela combinação ogc+/ogc hp+/hp.

Saturação (Chroma): os genótipos NC-2Y (homozigoto t), e TOM-499 e TOM-498 (homozigotos high-beta), particularmente os dois primeiros, tenderam a apresentar os menores valores de saturação cromática dentre os tratamentos, principalmente no pericarpo e na columela (Tabela 3) - valores inferiores a 20. O efeito do homozigoto t no sentido de diminuir a saturação foi

maior do que o dos homozigotos high-beta, e foi bastante acentuado tanto na epiderme quanto no pericarpo, placenta e columela, com valores sempre inferiores a 13. Os híbridos high-beta heterozigotos em geral apresentaram para as saturações da epiderme, pericarpo, placenta e columela valores intermediários entre os dos homozigotos high-beta e os dos genótipos de coloração vermelha de frutos (vermelhos normais ou vermelhos portadores de ogc e hp) (Tabela 3).

Frutos de genótipos high-beta (homo ou heterozigóticos), bem como o genótipo tangerine homozigoto, tendem a produzir frutos com saturação cromática significativamente menor na epiderme, pericarpo e columela do que genótipos com frutos de coloração vermelha, sejam esses últimos portadores ou não dos alelos ogc ou hp (Contrastes C1, C2, C3, C4, C5, C6, Tabela 4). Na placenta, a saturação no genótipo tangerine homozigoto também foi significativamente menor do que nos genótipos com frutos de coloração vermelha (contrastes C2 e C6, Tabela 4), o que não aconteceu com a saturação dos genótipos high-beta (contrastes C3, C4, C5, Tabela 4) exceto quando os genótipos são normais e/ou homozigóticos para ogc (Contraste C1, Tabela 4).

Genótipos com alelo ogc em homozigose promoveram maior saturação cromática no pericarpo e na placenta, comparativamente com os genótipos de frutos vermelhos não portadores de ogc (Contraste C7, Tabela 4). Essa maior saturação cromática promovida por ogc mostrou-se potencializada pelo emprego simultâneo do alelo hp em homozigose, uma vez que o genótipo ogc/ogc hp/hp revelou saturação mais intensa do que os genótipos com frutos vermelhos normais não somente no pericarpo e placenta, mas também na epiderme e na columela (Contraste C8, Tabela 4). Essa potencialização do efeito de ogc por ação de hp pode também ser notada na significância dos contrastes C9 (Tabela 4) no pericarpo, placenta e columela.

Frutos de genótipos high-beta heterozigóticos, não portadores de t, ogc ou hp, tiveram saturações cromáticas em todo parecidas com frutos de genótipos

high-beta homozigóticos (Contraste C10, Tabela 4), quer seja na epiderme,

pericarpo, placenta ou columela. Também não se observaram diferenças de saturação entre os genótipos high-beta homozigóticos e o genótipo high-beta heterozigótico portador do alelo t em heterozigose (Contraste 11, Tabela 4). Por outro lado, híbridos high-beta heterozigóticos portadores de ogc em heterozigose mostraram-se com saturação significativamente maior, na epiderme e columela, do que genótipos high-beta homozigotos (Contraste C12, Tabela 4) - algo também observado, na epiderme, para híbridos high-beta heterozigóticos portadores de ogc e hp em heterozigose (Contraste 13, Tabela 4). As maiores saturações dos híbridos high-beta heterozigóticos mostradas pelos contrastes C12 e C13 (Tabela 4) parecem ser efeito apenas da ação do alelo ogc em heterozigose, e não do alelo hp em heterozigose - o qual não parece ter contribuído em nada para a maior saturação, uma vez que sua presença sequer contribuiu para melhoria na saturação cromática da columela (Contraste C13, Tabela 4) e parece mesmo ser antagônica à ação de ogc em heterozigose.

Essa ação do heterozigótico hp em reverter os efeitos favoráveis do heterozigóticos ogc na saturação dos heterozigóticos high-beta pode também ser constatada pela não significância do contraste C16 na placenta quando comparada à significância do contraste C15 (Tabela 4).

Por outro lado, frutos de genótipos high-beta heterozigóticos, não portadores de t, ogc ou hp, tiveram saturações cromáticas na epiderme maiores do que a do híbrido high-beta heterozigótico portador do alelo t em heterozigose (Contraste 14, Tabela 4), mostrando que t, mesmo em heterozigose, pode contribuir para menor saturação cromática. Em sentido contrário, frutos de genótipos high-beta heterozigóticos, não portadores de t, ogc ou hp, tiveram saturações cromáticas na placenta menores do que as de híbridos high-beta heterozigóticos portadores do alelo ogc em heterozigose (Contraste 15, Tabela 4) - confirmando a tendência de o genótipo heterozigoto ogc+/ogc promover

incrementos na saturação cromática. Essa tendência de ogc+/ogc em promover incrementos na saturação parece ter sido revertida em genótipos heterozigotos tanto para ogc como para hp simultaneamente (genótipos ogc+/ogc hp+/hp) (Contraste 16, Tabela 4), confirmando a sugestão anterior de que as ações dos genótipos ogc+/ogc e hp+/hp na saturação cromática de híbridos high-beta heterozigóticos podem ser antagônicas.

Tabela 1 Valores médios do Ângulo de cromaticidade (°Graus) para epiderme, pericarpo, placenta e columela em frutos de tomate. UFLA, Lavras-MG

Tratamentos Epiderme Pericarpo Placenta Columela

T1 FLORADADE 42,87f 42,28fg 48,17efghi 38,26ef T2 FLORIDA-7775 39,51f 35,86g 41,31hij 43,22ef T3 FLORIDA-7781 45,24ef 37,39g 37,40ij 33,36ef T4 NC-2Y 75,84a 75,58a 75,82a 82,72a T5 NC-8276 43,04f 35,02g 41,93ghij 44,87e T6 TOM-544 41,09f 34,05g 32,25j 34,79ef T7 TOM-596 38,44f 31,07g 39,97ij 32,34f T8 Purdue 88-96-1 (=TOM- 498) 71,61 ab 71,05ab 66,08abc 74,61ab

T9 Purdue 88-100A-1 (=TOM-

499) 71,16 ab 75,83a 67,25ab 72,28abc T10 F1(FLORADADE X TOM- 499) 61,45 bcd 66,28abcd 58,82bcde 61,38cd T11 F1(FLORIDA-7775 X TOM-499) 64,02 bcd 64,47abcd 57,95bcde 66,71bcd T12 F1(FLORIDA-7781 X TOM-499) 66,57 abc 69,97abc 61,13bcd 70,49bcd

T13 F1(NC-8276 X TOM-499) 61,78bcd 60,51bcde 53,45defg 64,43bcd

T14 F1(TOM-544 X TOM-499) 60,24cd 60,02bcde 56,47bcde 64,28bcd

T15 F1(TOM-596 X TOM-499) 55,39d 50,62ef 50,05

defg

h 60,65cd

T16 F1(NC-2Y X TOM-499) 64,4bcd3 64,97abcd 59,70bcde 65,26bcd

T17 F1(FLORADADE X TOM- 498) 56,89 cd 66,64abcd 55,20cde 62,97bcd T18 F1(FLORIDA-7775 X TOM-498) 65,58 bcd 57,54cde 50,45defg h 59,69d T19 F1(FLORIDA-7781 X TOM-498) 60,31 cd 65,97abcd 59,60bcde 62,10cd T20 F1(NC-8276 X TOM-498) 64,09bcd 62,90bcd 54,95cdef 66,06bcd

T21 F1(TOM-544 X TOM-498) 62,53bcd 57,34cde 48,50efgih 63,03bcd

T22 F1(TOM-596 X TOM-498) 58,17cd 54,52de 43,47fghij 66,89bcd

T23 F1(NC-2Y X TOM-498) 70,52ab 66,66abcd 57,34bcde 67,56bcd

T24 Giselle F1 41,84f 30,77g 43,30fghij 38,10ef

Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferenciam pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 2 Estimativas de contrastes de interesse para ângulo de cromaticidade da epiderme, pericarpo, placenta e columela de frutos de tomate. UFLA, Lavras-MG

Estimativas1

EP PE PL CO Descrição do Contraste

C1 -21,70** -28,19** -16,08** -27,67**

Genótipos normais, ogc homozigóticos, VS Genótipos high-beta (homozigóticos e heterozigóticos);

C2 -34,12** -40,37** -35,63** -44,86** Genótipos normais, og

c homozigóticos, VS

Genótipo tangerine;

C3 -20,84** -27,38** -11,81** -25,11** Genótipos normais VS Genótipos high-beta (homozigóticos e heterozigóticos); C4 -28,80** -37,42** -22,20** -33,03** Genótipos normais VS genótipos high-beta

homozigóticos;

C5 -19,70** -25,95** -10,32** -23,98** Genótipos normais VS genótipos high-beta heterozigóticos;

C6 -33,25** -39,55** -31,35** -42,30** Genótipos normais VS genótipo tangerine;

C7 1,51ns 1,24ns 5,90** 4,10* Genótipos normais VS genótipos og

c

homozigotos, hp+hp+;

C8 1,49ns 1,97ns 12,21** 5,61* Genótipos normais VS genótipos og

c homozigotos, hp homozigóticos; C9 -0,02ns 0,72ns 6,31** 1,51ns Genótipos og c homozigóticos, hp+hp+ VS genótipo ogc homozigoto, hp hp; C10 10,33** 9,36** 11,06** 9,73**

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal;

C11 3,90* 7,62** 8,14** 7,03**

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine heterozigóticos;

C12 9,71** 13,07** 12,89** 9,03**

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc

heterozigóticos, hp+hp+;

C13 10,01** 14,76** 14,18** 9,79**

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos;

C14 -6,43** -1,73ns -2,91ns -2,71ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine heterozigóticos;

C15 -0,62ns 3,71** 1,82ns -0,71ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp+hp+;

C16 -0,33ns 5,41** 3,11ns 0,06ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos. 1EP: epiderme; PE: pericarpo; PL: placenta e CO: columela; **; * Significância a 1% e 5% pelo teste de t, respectivamente. ns; não significância.

Tabela 3 Valores médios do Croma para epiderme, pericarpo, placenta e columela em frutos de tomate. UFLA, Lavras- MG

TRATAMENTOS EP PE PL CO

T1 FLORADADE 24,47abcd 19,52abc 20,66c 28,08ab

T2 FLORIDA-7775 25,02abcd 20,66abc 21,55c 21,31cde

T3 FLORIDA-7781 25,32abc 23,90ab 30,60ab 26,80abc

T4 NC-2Y 12,72f 9,85d 12,66d 7,98f

T5 NC-8276 24,63abcd 18,89bc 23,38c 20,55def

T6 TOM-544 26,73ª 25,96ª 31,82ª 32,01ª

T7 TOM-596 24,82abcd 24,54ab 24,46bc 28,89ª

T8 Purdue 88-96-1 (=TOM-498) 17,09ef 14,25cd 19,34cd 15,04f T9 Purdue 88-100A-1 (=TOM-499) 21,63abcde 19,69abc 22,41c 17,26def

T10 F1(FLORADADE X TOM-499) 21,11abcde 15,35cd 20,77c 18,20def

T11 F1(FLORIDA-7775 X TOM-499) 19,74bcde 18,37bc 19,93c 20,01def

T12 F1(FLORIDA-7781 X TOM-499) 19,34de 15,43cd 21,62c 17,48def

T13 F1(NC-8276 X TOM-499) 20,29bcde 17,98bc 23,75bc 18,42def

T14 F1(TOM-544 X TOM-499) 21,42abcde 16,73cd 21,55c 15,35ef

T15 F1(TOM-596 X TOM-499) 25,40ab 19,89abc 23,45c 17,25def

T16 F1(NC-2Y X TOM-499) 20,31bcde 15,36cd 21,06c 16,87def

T17 F1(FLORADADE X TOM-498) 21,78abcde 17,86bc 19,23cd 15,69def

T18 F1(FLORIDA-7775 X TOM-498) 22,45abcde 16,85cd 23,58bc 18,15def

T19 F1(FLORIDA-7781 X TOM-498) 20,55bcde 19,31abc 22,93c 16,64def

T20 F1(NC-8276 X TOM-498) 19,59cde 18,81bc 20,33c 17,56def

T21 F1(TOM-544 X TOM-498) 21,81abcde 17,96bc 23,07c 18,61bcd

T22 F1(TOM-596 X TOM-498) 22,60abcde 20,36abc 24,39bc 21,88bcd

T23 F1(NC-2Y X TOM-498) 17,39ef 15,57cd 21,15c 18,33edf

T24 Giselle F1 22,59abcde 20,63abc 24,46bc 26,99abc

1EP: epiderme; PE: pericarpo; PL: placenta e CO: columela;

Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferenciam pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 4 Estimativas de contrastes de interesse para Croma da epiderme, pericarpo, placenta e columela de frutos de tomate. UFLA, Lavras-MG

Estimativas

EP PE PL CO

Descrição do contraste

C1 4,02** 4,53** 3,48** 8,70**

Genótipos normais, ogc homozigóticos, VS Genótipos high-beta (homozigóticos e heterozigóticos);

C2 12,08** 12,16** 12,61** 18,39** Genótipos normais, og

c

homozigóticos, VS Genótipo tangerine;

C3 3,11** 2,19** -1,04ns 7,53** Genótipos normais VS Genótipos high-

beta (homozigóticos e heterozigóticos);

C4 4,53** 2,71* 1,95ns 9,05** Genótipos normais VS genótipos high-

beta homozigóticos;

C5 2,91** 2,11** 0,91ns 7,32** Genótipos normais VS genótipos high-

beta heterozigóticos;

C6 11,18** 9,83** 10,16** 17,22** Genótipos normais VS genótipo

tangerine;

C7 -1,17ns -3,35** -2,70** -0,46ns Genótipos normais VS genótipos og

c

homozigotos, hp+hp+;

C8 -2,82* -6,28** -8,98** -6,78** Genótipos normais VS genótipos og

c homozigotos, hp homozigóticos; C9 -1,67ns -2,92* -6,28** -6,33** Genótipos og c homozigóticos, hp+hp + VS genótipo ogc homozigoto, hp hp; C10 -1,33ns -0,52ns -0,14ns -1,31ns

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal;

C11 0,51ns 1,50ns -0,23ns -1,45ns

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine heterozigóticos;

C12 -2,31** -1,39ns -1,77ns -2,41**

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp+hp+;

C13 -2,25* -0,37ns -1,43ns -0,83ns

Genótipos high-beta homozigóticos VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos;

C14 1,84* 2,03ns -0,09ns -0,13ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS

genótipos high-beta heterozigóticos, tangerine heterozigóticos;

C15 -0,99ns -0,87ns -1,63* -1,11ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp+hp+;

C16 -0,91ns 0,15ns -1,29ns 0,48ns

Genótipos high-beta heterozigotos, t+normal ogc+normal, hp+normal VS

genótipos high-beta heterozigóticos, ogc heterozigóticos, hp heterozigóticos. 1

EP: epiderme; PE: pericarpo; PL: placenta e CO: columela; **; * Significância a 1% e 5% pelo teste de t, respectivamente. ns; não significância.

4 CONCLUSÕES

Os híbridos F1(TOM-596 x TOM-499), F1(FLORADADE x TOM-498) e F1(TOM-596 x TOM-499) foram os que mais se aproximaram da coloração externa vermelha (ângulo de cromaticidade < 60°).

Mesmo o emprego em heterozigose de genes que pudessem promover síntese de licopeno (ogc ou ogc + hp) a coloração básica dos híbridos continua sendo alaranjada, uma vez que não chegam a igualar-se aos genótipos de coloração normal (vermelha).

A melhor combinação de B em heterozigose é com o gene mutante ogc tanto para a coloração em geral (menor ângulo de cromaticidade) quanto para o croma (maior saturação cromática), já com uso simultâneo com mutante de B e

ogc e hp, houve uma ação antagônica do hp ao efeito de ogc na melhoria da saturação cromática.

5 AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem às seguintes instituições brasileiras que fornecem apoio para este projeto de pesquisa: FAPEMIG-Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, CNPq-Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FINEP / MCT-Ministério de Ciência e Tecnologia / FNDCT, CAPES / MEC-Ministério da Educação brasileiro, UFLA- Universidade Federal de Lavras, HortiAgro Sementes S.A., FUNDECC- Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FAEPE-Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão.

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