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Capítulo III – Análise do capacete e a exploração da cortiça como material

3.1 Análise de mercado

Antes de se definir o potencial utilizador da proposta a desenvolver, é necessário fazer uma análise alargada do mercado de capacetes das mais variadas áreas, uma vez que existe uma variedade imensa de materiais, estilos e propósitos de utilização. O quadro abaixo permite visualizar de forma simples e organizada a forma como os capacetes existentes no mercado se distribuem de acordo com os quatro grupos definidos, nomeadamente segurança e lazer na linha horizontal e estético- simbólico e desempenho na linha vertical.

Gráfico 6 - Análise do mercado segundo aspetos Estético-Simbólicos, de Lazer, Desempenho e Segurança

Da observação feita ao Gráfico 6, pode constatar-se que no segmento segurança/estética-simbolismo encontram-se capacetes de motocross, capacetes de skydive e ski. Desportos esses que, por serem dispendiosos, conferem algum estatuto aos seus utilizadores, ao mesmo tempo que se focam bastante no fator segurança, não deixando de parte a vertente estética.

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No setor estético-simbólico/lazer encontram-se capacetes para desportos que, devido à sua natureza, não têm requisitos de segurança tão elevados como os referidos anteriormente, mas que, pelo tipo de desporto em questão, também eles conferem algum estatuto ao utilizador. Neste segmento encontram-se capacetes de montanhismo, equitação e ciclismo. Nesta gama de produtos, muitos modelos são desenhados por marcas conceituadas, como por exemplo o capacete de equitação com assinatura Lacoste ou o capacete para utilizadores de bicicletas citadinas assinado por Philippe Starck.

Abaixo do eixo horizontal encontram-se capacetes que, pelas características que têm de cumprir, apresentam um perfil mais funcional do que estético, embora também o possam conferir. O segmento lazer/desempenho é dominado por capacetes para desportos como rugby, basebol e capacetes multidesportos (skate, patins, bicicleta, etc.), enquanto que o segmento desempenho/segurança é marcado por capacetes de trabalho onde a performance do equipamento está constantemente a ser avaliada e onde não podem existir falhas. São alguns exemplos os capacetes para forças militares/polícia/bombeiros, capacetes de competição para desportos motorizados, capacetes especificamente desenhados para mecânicos desses mesmos desportos motorizados e os denominados “capacetes de proteção”, utilizados na construção civil, fábricas, etc.

No Gráfico 7 podemos visualizar, destacados a azul, alguns mercados que poderão estar mais recetivos a um produto inovador e com um custo que poderá ser acima da concorrência direta. Estes mercados estão relacionados com a segurança, em profissões cuja performance é o mais importante, com desportos radicais, cuja prática é relativamente cara comparativamente com desportos mais “tradicionais”, e, também, com um nicho de mercado no segmento de lazer que está relacionado com pessoas que se importam com a estética e o estatuto que o produto lhes pode conferir. Estas últimas são pessoas que compram acessórios que reflitam a sua própria personalidade.

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Gráfico 7 - Identificação de mercados mais recetivos a produtos inovadores

Tendo em conta a análise feita ao vasto mercado de capacetes, esta mesma análise prosseguir-se-á, mas de uma forma mais detalhada. Para isso, de seguida, serão analisados dois dos mercados destacados, bem como produtos desses mesmos mercados, nomeadamente capacetes de motociclismo de alta performance e capacetes multidesportos de utilização quotidiana. Também será feita uma análise de acessórios que são possíveis de introduzir em capacetes.

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3.1.1 Análise de mercado de capacetes de motociclismo

Quando se pensa em capacetes, é inevitável não pensar em capacetes de motociclismo, pois dos capacetes mais comuns para o “utilizador do dia-a-dia”, estes são os que têm normas de homologação mais exigentes e, também, porque são bastante comuns.

A utilização destes equipamentos é, segundo o Código da Estrada Português, no Artigo 82º - Utilização de dispositivos de segurança, obrigatória por lei:

No sentido de fazer cumprir a lei, existe no mercado uma infinidade de opções das várias tipologias de capacetes, desde os citadinos, aos de off-road ou de competição. Estes capacetes são regidos por normas internacionais que servem de base para a homologação dos mesmos, garantindo ao consumidor que há um padrão de qualidade mínimo que foi ultrapassado.

Os capacetes à venda em Portugal, e nos restantes países da Europa, regem-se pela Norma ECE 22-05 que, para além de explicar de forma detalhada todos os testes a serem realizados, indica o seguinte:

“3 - Os condutores e passageiros de ciclomotores, motociclos com ou sem carro lateral, triciclos e quadriciclos devem proteger a cabeça usando capacete de modelo oficialmente aprovado, devidamente ajustado e apertado.” [29]

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De acordo com a sua funcionalidade e tipo de utilização a dar, os capacetes de motociclismo, e os capacetes em geral, seguem uma certa estética e construção formal. De forma a poder contextualizar e organizar de forma mais fácil as diferentes tipologias, procedeu-se à criação de um quadro que, à semelhança dos anteriormente utilizados na análise de mercado, terá os seus eixos divididos entre segurança e lazer para o eixo horizontal e estético-simbólico e desempenho no eixo vertical.

A localização de cada tipologia de capacete no quadro facilitará a compreensão do contexto de utilização, por exemplo.

Gráfico 8 - Capacetes de motociclismo segundo Estética, Lazer, Simbolismo e Segurança

Como se pode verificar, na zona superior do quadro situam-se capacetes abertos, cujo nível de segurança e funcionalidade não é tão elevado, o que os torna relativamente baratos. Por sua vez, na parte inferior, estão capacetes fechados e off-road, uma vez que a sua

“7.3.6 – A capacidade de absorção será considerada satisfatória quando a aceleração resultante, medida no centro de gravidade da cabeça de ensaio, não exceda 275 g, e o critério de lesão na cabeça HIC (Head Injury Criterion) não exceda 2400.” [30]

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funcionalidade e desempenho são elevados. Estes divergem depois ao longo do eixo horizontal, uma vez que os capacetes fechados dão primazia à segurança, por serem utilizados normalmente a altas velocidades, enquanto que os off-road são utilizados, geralmente, em atividades de lazer e com velocidades mais moderadas.

Os modelos híbridos são uma mistura de aberto com fechado e, por isso, encontram-se ao centro relativamente ao estatuto e funcionalidade, porém, a forma como são desenhados transmite segurança ao utilizador.

Uma análise detalhada de vários produtos deste segmento pode ser encontrada no Anexo 1.

3.1.1.1 Conclusões

Para o benchmarking a estratégia utilizada foi dividir o capacete em partes e analisar cada uma delas separadamente, facilitando a interpretação dos resultados e uma comparação mais clara. Os tópicos analisados foram o material constituinte da camada exterior, o material constituinte da camada de absorção de impacto e camada interna de conforto, a ventilação do produto, fatores de segurança e inovação.

Esta recolha de informação serve de base para uma futura implementação, de sistemas com qualidade, no produto a desenvolver.

Alguns dos produtos analisados a destacar são:

• Nexx X.Vilitur (3): sistema X-Sensus Vision (ângulos da viseira 15% superiores aos requisitos mínimos);

• Airoh Aviator 2.3 (5): sistema AMS2 de duas camadas de EPS separadas por inserções em silicone;

• Schuberth C4 Pro Carbon (9): viseira extra larga e forro com têxteis COOLMAX®;

• Shoei VFX – EVO (11): Sistema de Distribuição de Energia de Movimento (MEDS) exclusivo da Shoei;

• AGV Pista GP R (13): sistema patenteado que impede a viseira de abrir em andamento.

Relativamente aos materiais de construção destacam-se o poliestireno expandido para a camada de absorção de impacto e o policarbonato, carbono ou materiais compostos para a camada exterior do capacete. Esses materiais compostos são normalmente formados por fibra de carbono e fibra de vidro juntamente com outro material, normalmente aramida, fibras orgânicas ou poliméricas.

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Apesar dos diferentes nomes atribuídos pelas marcas às tecnologias, a maior parte dos sistemas utilizados são transversais a quase todas elas, havendo poucas diferenças de produto para produto.

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3.1.2 Análise de mercado de capacetes multidesportos de utilização citadina

À semelhança dos capacetes de motociclismo, também os capacetes multidesportos estão sujeitos a testes de modo a poderem proporcionar aos seus utilizadores o maior conforto e segurança possíveis.

Figura 33 - Capacetes multidesportos

A norma (Europeia) que rege a homologação deste tipo de equipamentos é diferente da que rege a homologação de capacetes para motociclos. No caso dos capacetes multidesportos denomina-se EN 1078 e apresenta algumas diferenças relativamente à norma usada em capacetes de motos. Embora existam muitas semelhanças, principalmente na forma como se realizam os testes, as velocidades de queda são diferentes e a exigência dos resultados é ligeiramente menor:

Um aspeto que varia dos capacetes multidesportos para os de motociclismo é o facto de estes não terem diferentes tipologias como as que existem nos capacetes de motociclismo. Os capacetes multidesportos, em termos estéticos e formais, giram todos à volta das mesmas formas, havendo muito poucas diferenças entre eles. Dá até a sensação que esta é uma tipologia que resulta de uma má junção entre capacetes de ciclismo com capacetes de ski.

Embora não existam grandes diferenças visuais de modelo para modelo, o utilizador deve, à semelhança de todos os tipos de capacetes,

“4.4 Shock absorbing capacity

The helmet shall give protection to the forehead, rear, sides, temples and crown of the head. When tested in accordance with 5.3 and 5.4 the peak acceleration shall not, for each impact, exceed 250 g for the velocity of 5,42+0,1 m/s on the flat anvil, and 4,57+0,1 m/s on the kerbstone anvil.” [31]

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dar primazia por um modelo que cumpra as normas internacionais e dentro desse leque optar pela melhor relação qualidade / conforto / custo.

Este é um mercado no qual existe muita variedade de produtos no que ao aspeto visual diz respeito, mas que, em termos de forma, é pouco rico. Os produtos não variam muito uns dos outros, justamente por se tratarem de equipamentos multiusos que não estão associados a uma modalidade desportiva específica.

Relativamente aos custos de aquisição, estes são relativamente baratos. As modalidades a que este tipo de produto se destina não são de custo elevado e, uma vez que este tipo de produto é muito utilizado por cidadãos comuns no seu quotidiano, os custos não podem ser altos. Essa questão orçamental tem implicação direta na qualidade dos produtos e é bastante visível nos acabamentos dos equipamentos mais baratos que se encontram no mercado – cerca de 7€ é o preço mais baixo, encontrado em Portugal, para um capacete certificado pela EN 1078. Uma análise detalhada de vários produtos deste segmento pode ser encontrada no Anexo 2.

3.1.2.1 Conclusões

Relativamente aos capacetes multidesporto, as semelhanças de modelo para modelo e de marca para marca são ainda mais acentuadas, contudo há alguns modelos que se destacam por pequenas particularidades.

Alguns desses modelos são:

• Suomy E-Cube (6): capacete ajustável, mais robusto a pensar nas e-bikes, com uma luz incorporada na traseira;

• Giro Quarter (8): o mais leve feito em ABS pela marca;

• Giro Timberwolf (9): pensado para os desportistas de inverno, possui protetores de ouvidos em lã escovada e tecnologias que permitem o manuseio com luvas;

• Bell Super 3R (15): capacete 2 em 1 com barra de queixo removível e sistema de aperto rápido;

• Cairbull Folding Bike Helmet (17): capacete bastante leve e dobrável.

Em relação aos materiais utilizados, para a camada exterior destacam-se o policarbonato e o ABS enquanto que, na camada interna, à semelhança dos capacetes de motociclismo, o material mais utilizado é o poliestireno expandido.

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3.1.3 Análise de mercado de acessórios para capacetes

Analisado o mercado de capacetes de motociclismo e multidesportos, torna-se também importante perceber o que existe no mercado de acessórios para os capacetes estudados. Desde inovadores sistemas de iluminação a sistemas de áudio, pequenos apetrechos para fixar óculos de proteção ou action-cams, estes acessórios poderão ser desenhados para um modelo específico ou serem produtos standard, adaptáveis aos modelos de capacetes que já se encontram no mercado.

Nesse sentido torna-se de extrema importância perceber o que já existe de modo a compreender quais os sistemas que poderão ser tidos em conta aquando do desenvolvimento do projeto, independentemente da tipologia de capacete escolhida.

Para além de sistemas úteis, cuja finalidade é proporcionar maior conforto e segurança aos utilizadores, existem também acessórios meramente decorativos, como é o caso de orelhas de super-heróis, que se colam ao capacete com ventosas, ou chifres e espigões que se fixam da mesma forma.

Alguns dos acessórios mais relevantes poderão ser vistos de seguida.

Acessórios para capacetes de motociclismo • Light Mode

É um acessório de iluminação, que tem como grande finalidade sinalizar a presença do motociclista. Este sistema funciona a pilhas, num transformador que se cola ao capacete, e ao qual estão conectados 2 fios tipo “EL Wire”. Estes fios são resistentes à água, estão disponíveis em

várias cores e têm extensão suficiente para que o utilizador possa criar os seus próprios padrões no seu capacete.

O sistema de fixação é com uma cola especifica, que não danifica a pintura do capacete, que já vem incluída no kit.

Este sistema tem um custo que varia entre os 129 e os 229 dólares. Figura 34 – Light Mode

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• Brake Free

À semelhança do acessório anterior, também o Brake Free é um sistema de iluminação cuja função principal é sinalizar a presença do motociclista.

Este sistema, com luzes LED, tem uma autonomia de 8h e é recarregável por USB.

Assume-se como a primeira luz sinalizadora de travagem autónoma uma vez que, no seu interior, possui um acelerómetro e um giroscópio que detetam o abrandamento da velocidade, emitindo uma luz mais forte (à semelhança do que acontece nos automóveis).

O Brake Free é acoplado na traseira do capacete, não necessita de cabos, é resistente à água e pesa apenas 170 gramas.

Este sistema tem um custo estimado de 150 dólares por unidade. A aceitação do produto foi tão boa que, na campanha de crowdfunding para obter fundos para produção, os criadores “pediam” cerca de 87 mil dólares e angariaram cerca de 216 mil dólares.

• Fusar

Figura 36 - Fusar

É um produto que arrecadou aproximadamente 285 mil dólares numa campanha de crowdfunding em 2015. O produto assumia-se como “o primeiro sistema universal e inteligente do mundo” e era composto por três produtos físicos e um digital: uma câmara de ação, um sistema de auriculares Bluetooth, o controlador remoto e uma app para smartphone.

Começando pela app, esta funciona quase como se de uma rede social se trate, na qual os pilotos podem partilhar fotos e vídeos das suas viagens, partilharem a rota que fizeram ou os dados de altimetria e desempenho que obtiveram durante o trajeto. Para além disso, em caso de necessidade, permite enviar uma mensagem de emergência para três contactos previamente gravados e tem uma função Walkie-Talkie que permite reunir até 12 contactos da app na mesma conversação.

Muitos dos dados recolhidos pela app funcionam com base na câmara que faz parte do conjunto. Para além de filmar em FullHD a 60fps, esta também recolhe dados de altimetria em tempo real e deteta quedas

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devido aos sensores colocados na mesma. Para além disso, a câmara tem uma função de caixa negra, semelhante ao sistema utilizado nos aviões, que, neste caso, guarda os dados dos últimos 2 minutos de viagem – som, vídeo, velocidade e outras informações de altimetria.

• Headwave Tag

Este produto dá um passo gigante no que aos sistemas de comunicações Bluetooth diz respeito. É um produto relativamente simples que apenas permite ouvir música e ouvir as indicações dadas pelo GPS.

É à prova de poeiras, água e lama, e a sua característica diferenciadora é o facto de não utilizar fios para fazer chegar o som aos ouvidos do

utilizador. Enquanto que os sistemas comuns têm um recetor colocado no exterior do capacete e transmitem o som por cabo para uns auriculares no interior do capacete, o Headwave Tag transmite diretamente do recetor (colocado no exterior) para o interior utilizando o capacete como corpo ressonante que se torna ele próprio o altifalante. Isto permite que o som esteja 360º em redor do utilizador, um pouco à semelhança do que se passa quando ouvimos música num carro. Contudo, a marca afirma que o utilizador será capaz de ouvir todos os sons exteriores necessários para que a sua segurança não seja colocada em causa.

O Headwave Tag é acoplado ao capacete por um adesivo que, diz a marca, não descola até aos 300Km/h. Tem uma autonomia de 4-6h e um custo de 300 dólares.

• Nuviz

É o primeiro sistema Head-Up Display desenhado especificamente par as necessidades dos motociclistas. O sistema está desenhado de forma a que o olhar do utilizador não seja desviado da estrada e possui um controlador remoto (para ser colocado no punho do guiador) para um mais fácil manuseio por parte do utilizador.

Para além do Head-Up Display que permite visualizar direções GPS (integrado no próprio produto), velocidade, entre outras informações, o sistema integra uma câmara de 8MP que filma em FullHD a 30fps e pode ser ativada pelo controlador remoto e também permite ouvir música e informações provenientes do telemóvel do utilizador.

Figura 37 - Headwave Tag

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Nuviz tem uma autonomia de cerca de 8h e um preço de venda ao público de 699€.

• Skully

Skully é, de forma simples, um capacete inteligente.

Este capacete integra vários sistemas que normalmente são comprados avulso pelos motociclistas para os colocarem, de forma mais ou menos personalizada, nos seus capacetes.

É um produto caro, com preço de venda ao público de 1899 dólares, mas que contem vários sistemas capazes de proporcionar uma viagem mais confortável e segura aos seus utilizadores. Este capacete possui altifalantes e microfone e quando emparelhado com o telemóvel, permite fazer chamadas, alterar o volume da música ou pedir indicações ao GPS, tudo através da voz, sem necessidade de utilização das mãos. Para além disso, o capacete possui uma câmara de filmar traseira que transmite a imagem, em tempo real, para um Head-Up Display colocado na frente do capacete. O acesso a estas imagens do que se passa nas costas do motociclista permitem que este tenha maior conhecimento do ambiente que o rodeia e possa tomar precauções para certos acontecimentos no seu redor.

O Head-Up Display para além das imagens captadas pela câmara, mostra outro tipo de informações como as indicações dadas pelo sistema GPS.

Acessórios para capacetes multidesportos • T2 Helmet

É um capacete que promete ajudar na segurança do ciclista. Este produto possui um sistema de iluminação embutida no casco, com 5 LEDs à frente e 5 à retaguarda. Este sistema de luz tem uma autonomia que varia entre as 6h e as 36h, dependendo do modo escolhido e tem um custo de 110 Libras.

Todo o produto pesa apenas 360g.

Figura 39 - Skully

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• MIPS Protection

Não sendo um acessório, trata-se de uma tecnologia cuja capacidade de prevenir lesões no ciclista está cientificamente provada. Consiste numa “camada de baixa fricção”, cuja tarefa é

reduzir tensões em caso de quedas que envolvam movimentos de rotação (quase todas as quedas). Esta camada permite que a camada externa do capacete se possa mover até 15mm sem provocar tensões na cabeça do utilizador.

Várias são as marcas que já incluem esta tecnologia nos seus produtos, incluindo algumas das destacadas no ponto anterior, nomeadamente a Scott, Giro e Bell.

• Lumos

Trata-se de um capacete inteligente, pensado para melhorar as condições de conforto e segurança do ciclista.

Possui um total de 48 LEDs que ajudam a ser visto pelos outros ocupantes da via pública. Este sistema de luz possui um controlo remoto

(para ser colocado no guiador) que permite acionar luzes indicadoras de mudança de direção – à semelhança dos automóveis – e esta indicação é dada pelas luzes do capacete.

Para além disso, o Lumos possui a tecnologia referida anteriormente, MIPS, que aumenta o desempenho do produto, reduzindo as lesões do utilizador em caso de queda. A bateria tem uma autonomia de 3h a 6h e demora cerca de 2h a carregar.

O custo é de cerca de 180€ e o produto pode ser emparelhado com uma aplicação no smartphone para se tirar maior partido do mesmo.

• BH51

À semelhança do produto anterior, também este é um capacete inteligente, porém, um pouco mais completo.

À semelhança de outros produtos da marca Livall, o BH51 é um capacete que possui um sistema de iluminação na sua traseira com 270º de

abrangência. O modo de funcionamento é bastante intuitivo e pode conectar-se ao smartphone por Bluetooth.

Figura 41 - MIPS

Figura 42 - Lumos

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Foi desenhado para melhorar a experiência do utilizador e, desse modo, possui um altifalante de cada lado, para que possam ser ouvidas chamadas, música ou indicações GPS. Para além disso, em caso de

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