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4 ANÁLISE DA INFLUENCIADORA

4.1 ANÁLISE METODOLÓGICA

Ao optarmos por analisar uma influenciadora digital através de suas criações de conteúdo dentro de uma rede social digital, encontramos na pesquisa exploratória os meios mais propícios para darmos início ao estudo conforme as teorias apresentadas. Como alega Mattar (2005), a pesquisa exploratória visa promover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Em se tratando de um fenômeno relativamente novo e que sofre mudanças constantes, a pesquisa exploratória ajuda no aprofundamento dos conhecimentos acerca do fenômeno e esclarece os melhores métodos para verificar os conceitos propostos durante a análise.

Mesmo quando já existam conhecimentos do pesquisador sobre o assunto, a pesquisa exploratória também se faz útil pois normalmente para um mesmo fato em marketing poderá haver inúmeras explicações alternativas, e a sua utilização permitirá ao pesquisador tomar conhecimento, senão de todas, da maioria delas (MATTAR, 2005, p. 85).

Dentre os métodos de pesquisa exploratória, a construção da análise desta monografia se debruça, primeiramente, no levantamento bibliográfico que nos dá embasamento teórico para entender o que definimos como marca e como se dá a gestão de marca pessoal por um determinado grupo de pessoas dentro de um

espaço virtual. Foram utilizados os conhecimentos de estudiosos da comunicação, economia e marketing para elucidar os conceitos básicos para melhor compreensão do tema. Foram considerados também dados obtidos de outros veículos de comunicação, citados neste trabalho através das entrevistas concedidas por Nah Cardoso a veículos comunicacionais, visto que “muitas pessoas, em função da posição privilegiada que ocupam cotidianamente, acumulam experiências e conhecimentos sobre um dado tema ou problema de estudo” (MATTAR, 2005, p. 87). Devido à peculiaridade do tema, a própria pessoa analisada se torna a fonte de conhecimento e experiência mais propícia, já que toda a sua estratégia está voltada para o conteúdo cria e executa.

Pela natureza da pesquisa se voltar a descobrir o “como” o fenômeno acontece, o estudo de caso é um dos métodos mais utilizados em pesquisas exploratórias e o usaremos para uma maior compreensão sobre o fenômeno de modo que possamos levantar dados que ilustrem as estratégias propostas neste trabalho. Segundo Yin (2001, p. 27), o “estudo de caso é a estratégia escolhida ao se examinarem acontecimentos contemporâneos, mas quando não se podem manipular comportamentos relevantes”. Para o autor, os estudos de caso têm capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências ‒ documentos, artefatos, entrevistas e observações ‒ além do que pode estar disponível no estudo histórico convencional. Para Mattar (2005), esse método pode envolver várias fontes de estudo como o exame de registros existentes, observação do objeto, entrevistas, entre outras, sem se limitar a um objeto apenas, podendo abranger grupos, organizações, situações e campanhas. “[...] a essência de um estudo de caso, a principal tendência em todos os tipos de estudo de caso, é que ela tenta esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados” (SCHRAMM, 1971 apud YIN, 2001, p. 31).

Entre tantos modelos de estudo de caso, optamos pela modalidade única frente ao conjunto de fatores que destacou a influenciadora nos ambientes e formatos propostos nos capítulos acima.

Encontra-se um fundamento lógico para um caso único quando ele representa o caso decisivo ao testar uma teoria bem-formulada (observe novamente a analogia a um experimento decisivo). A teoria especificou um conjunto claro de proposições, assim como as circunstâncias nas quais se acredita que as proposições sejam verdadeiras. Para confirmar, contestar

ou estender a teoria, deve existir um caso único, que satisfaça todas as condições para testar a teoria. O caso único pode, então, ser utilizado para se determinar se as proposições de uma teoria são corretas ou se algum outro conjunto alternativo de explanações possa ser mais relevante (YIN, 2001, p. 62)

Como neste estudo dedicamos tempo ao conteúdo, bem como às ações promovidas pela influenciadora que dão significado à sua imagem como marca, viu- se na abordagem de pesquisa qualitativa o meio mais pertinente de aferição de sua credibilidade perante seu público. Segundo André (1983), ela visa apreender o caráter multidimensional dos fenômenos em sua manifestação natural, bem como captar os diferentes significados de uma experiência vivida, auxiliando a compreensão do indivíduo no seu contexto, como no caso das atividades praticadas por criadores de conteúdo dentro de redes sociais. Gerhardt e Silveira (2009) citando Minayo (2001), acreditam que a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 2001 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 32).

No processo de descrever, compreender e explicar o fenômeno qualitativamente por informações coletadas de uma plataforma que utiliza de vários artifícios comunicacionais, trataremos as postagens com foco principal, como as interações e a linguagem utilizada reforça a imagem e o posicionamento de marca da influenciadora, incluindo os gatilhos que conversem com o seu público, sejam eles verbais, não verbais, simbólicos e imagéticos. Vimos também a necessidade de agregar a esta monografia a abordagem qualitativa, o método reforça numericamente a relevância do objeto de estudo, sendo possível, através da plataforma avaliada a visibilidade desses dados por meio do número de seguidores, número de comentários e visualizações em vídeos disponíveis no IGTV e em lives feitas pela pessoa analisada. Esses números foram levados em consideração também na hora de escolher a influenciadora Nah Cardoso para o estudo de caso.

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