• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO II: OBJECTIVOS E PLANO DE TRABALHO

3.1 Preditores da percepção da qualidade de vida relacionada com a saúde em doentes renais terminais em hemodiafiltração online

3.1.2 Material e Métodos

3.1.3.2 Análise multivariada

A análise multivariada mostra que o RDW, o género e diabetes são preditores independentes e significativos na pontuação total do SF-36 (tabela IV). Estes predictores explicam 12% da variação na pontuação total do SF-36. Satisfação do doente, RDW, IMC e género foram identificados como preditores da PCS, explicando 22% da variancia. Para além disso, encontrou- se como preditores da MCS, satisfação do doente e peso seco. Neste caso, os predictores explicam 28% da variancia da MCS (tabela IV).

Tabela IV – Modelos multivariádos de regressão linear para a pontuação total do SF-36, e

componentes sumárias física e mental.

RDW: red blood cell distribution width; IMC: índice de massa corporal.

Discussão

A percepção da QVRS percebida pelos doentes tem vindo a ser considerada importante na avaliação dos resultados dos cuidados médicos prestados aos doentes com DRCT, e também de

Modelos finais β S.E. R2 95% CI p-valor

Pontuação total Constante (β0) 80.46 16.42 0.12 (55.89 ; 105.02) p<0.001 RDW -2.15 0.83 (-3.78 ; -.51) p<0.01 Género (masculino) 6.39 2.52 (1.40 ; 11.37) p<0.05 Diabetes (sim) -6.02 2.53 (-11.04 ; -1.00) p<0.05

Componente sumária física

Constante (β0) 67.52 8.60 0.22 (50.91 ; 84.13) p<0.01 Satisfação do doente 0.1 0.03 (0.04 ; 0.16) p<0.01 RDW -1.17 0.47 (-2.10 ; -0.25) p<0.05 IMC -0.45 0.14 (-0.73 ; -0.16) p<0.05 Género (masculino) 3.60 1.47 (0.14 ; 5.77) p<0.05

Componente sumária mental

Constante (β0) 41.45 3.23

0.28

(35.09 ; 47.81) p<0.001 Satisfação do doente 0.05 0.02 (0.01 ; 0.10) p<0.05

ser um predictor de sobrevivência do doente e do risco de hospitalização. De fato, a diálise tem um impato considerável no estado funcional e na QVRS percebida pelo doente; no entanto, existe ainda falta de conhecimento sobre os fatores preditivos de QVRS nos doentes em diálise, particularmente naqueles que utilizam a técnica de OL-HDF.

Neste estudo, a melhor QVRS (a melhor pontuação total do SF-36) no doente com DRCT (4º quartil da pontuação total do SF-36) estava significativamente associada com aumento nos níveis séricos de ureia e creatinina, na CHCM e na satisfação do doente, e com menor pontuação com aumento da idade e do RDW (tabelas II e III). A análise multivariada demonstrou que a coexistência de diabetes, o género feminino e valores elevados de RDW, são variáveis independentes associadas com diminuição na pontuação total do SF-36.

Está descrito que tanto os doentes diabéticos, como os doentes com DRCT, apresentam, independentemente, diminuíção na QVRS percebida pelos doentes. Assim, será de esperar que doentes diabéticos com DRCT apresentem pontuação total de QVRS ainda mais baixa, o que está de acordo com resultados observados neste e em outros estudos (21). A nefropatia diabética tem sido considerada como a principal causa de doença renal, e os doentes diabéticos apresentam várias comorbilidades cardiovasculares, nomeadamente complicações macro e microvasculares. Mais ainda, estes doentes geralmente apresentam pressão sanguínea elevada, requerendo terapia com fármacos anti-hipertensivos. A co-existência de diferentes patologias e complicações associadas podem explicar a pior QVRS percebida pelos doentes (22).

Existem várias complicações associadas à DRCT, incluindo disturbios eritropoieticos, nomeadamente à diminiução da produção da eritropoietina pelo rim, e a presença de processo inflamatório exarcebado que pode induzir alteração no metabolismo do ferro. O aumento no estímulo inflamatório tem um impato importante no metabolismo do ferro, pela mobilização do

ferro da medula óssea para os seus locais de armazenamento como o sistema retículo-endotelial, inibindo a proliferação e diferenciação dos eritroblastos (23). Esta alteração na mobilização do ferro leva a uma eritropoiese deficiente em ferro. Neste estudo, verificou-se que o RDW é um preditor independente da pontuação total do SF-36 e do PCS, e que valores aumentados de RDW predizem pior QVRS. O aumento no RDW pode ser associado a destruição aumentada dos eritrócitos, produção aumentada ou ineficaz de eritrócitos, malnutrição, supressão da produção de eritrócitos pela medula óssea ou presença de um processo inflamatório crónico, presentes em todos doentes em diálise (24). Verificou-se que os doentes com a pontuação total do SF-36 mais elevada (4º quartil) apresentam diminuição no RDW, aumento significativo nos valores de VCM e CHCM. Apresentam ainda, tendência para aumento nos níveis séricos de ferro e diminuição na PCR. Estes resultados sugerem que os doentes com DRCT, com melhor qualidade de vida apresentam menos alterações eritropoieticas, como pode ser observado pela diminuição na anisocitose e pela presença de eritrócitos mais hemoglobinizados, menos inflamação e melhor QVRS. De fato, tem sido descrito que doentes com RDW elevado tem significativamente menos tempo de sobrevivência (26,27). O RDW tem sido considerado como um marcador de prognóstico de mortalidade nos doentes em diálise, especialmente nos homens (28). Está descrito que um aumento de 1% valor do RDW, está associado a um aumento de 54% no risco de causa de mortalidade, considerando todas as causas (27).

Verificou-se que o género feminino parece também ter um impato negativo na pontuação total do SF-36 e na PCS. Esta diminuição na pontuação total do SF-36 foi descrita em outros estudos, em doentes em diálise (29) e na população em geral (30). O que é provavelmente explicado pela elevada prevalência de estados depressivos e distúrbios de ansiedade (31), baixo poder de adaptação e elevada dependência dos membros da família (32,33).

Também foi encontrado que o domínio satisfação do doente é um preditor independente de PCS e MCS, e que o IMC e o peso seco são fatores independentes associados com PCS e MCS, respectivamente.

Existe pouca informação na literatura sobre a satisfação do doente em diálise. No entanto, é esperado que o domínio satisfação do doente relativamente aos cuidados de saúde tenha grande influência na QVRS, particularmente na MCS. De fato, foi dado enfase ao papel dos fatores psicossociais, e à sua associação com a adesão à terapêutica e aos resultados de saúde (34,35,36). A depressão foi identificada como a alteração psiquiatrica mais comum nos doentes em diálise, apresentando elevada prevalência. Seria de esperar que a depressão pudesse influenciar a satisfação do doente; no entanto, não está descrita associação entre a satisfação do doente com os cuidados de saúde e o grau de depressão (37). A satisfação com os cuidados de saúde é frequentemente associada ao suporte médico e técnico associado com o atendimento ao doente, e menos à sua simpatia.

O IMC é um preditor de PCS e o peso seco um predictor de MCS. De acordo com outros estudos (38-40), verificamos que IMC aumentado está associado a pior avaliação no PCS, o que indica que doentes com DRCT com excesso de peso, percecionam pior QVRS, quando comparados com doentes com menos excesso de peso, especialmente na PCS. Adicionalmente, está descrito que aumento no IMC nos doentes com DRCT em diálise é paradoxalmente protetor e associado com sobrevivência aumentada, enquant que baixo IMC está associado com o aumento da mortalidade (41-44). Estes achados tem sido descritos como “epidemiologia reversa”. De fato, aumento no IMC é um fator de risco para DCV e para desenvolvimento e progressão da doença renal, o que, pode explicar a pior QVRS percecionada pelos doentes. No entanto, parecem existir alguns mecanismos que protegem os doentes com DRCT, com IMC elevado, quando

comparados com aqueles que apresentam diminuido no IMC (43,44). No entanto, também há evidência que associação entre o IMC e a mortalidade é semelhante entre os doentes com DRCT e a população em geral em idade mais avançada, considerando igual tempo de seguimento (45). Assim, não é claro se na prática clínica, deve ser recomendado a redução do peso corporal em doentes com DRCT, com excesso de peso e obesos. Os nossos dados sugerem que o excesso de peso não tem efeitos benéficos na QVRS, nos doentes com DRCT.

A associação positiva entre peso seco e a MCS é pouco clara, no entanto, pode estar associada ao estado de depressão, uma vez que o aumento no grau de depressão está associada com baixo peso (46). De fato, a depressão é um achado comum nos doentes DRCT com uma prevalência estimada entre 20% e os 44%, e representa uma comorbilidade importante nestes doentes (47). A depressão foi associada com a diminuição da qualidade de vida, diminuição da adesão aos tratamentos, aumento da prevalência de outras comorbilidade e diminuição da sobrevivência nestes doentes.

Em conclusão, os nossos resultados mostram que a co-existência de diabetes, género feminino, e alterações eritropoiéticas são predictores independentes da pontuação total do SF-36 em doentes em diálise pela técnica de OL-HDF. Adicionalmente, verificamos que a satisfação do doente com os cuidados de saúde prestados é um preditor importante de PCS e MCS, e que o género, as alterações eritropoiéticas e o IMC são preditores independentes de PCS, e que o peso seco é um preditor importante da MCS. O conhecimento dos preditores de QVRS nos doentes com DRCT, particularmente aqueles que podem ser modificáveis, pode ser util para desenhar novas intervenções para melhorar a QVRS, e para reduzir a morbilidade e mortalidade nos doentes com DRCT.

3.1.4 Referências

1. Bayoumi M, Al Harbi A, Al Suwaida A, Al Ghonaim M, Al Wakeel J, Mishkiry A. (2013). Predictors of Quality of Life in Hemodialysis Patients. Saudi J Kidney Dis Transpl, 24:254-259. 2. Mehrotra R, Peralta C, Chen S, LiS, Sachs M, Shah A, Norris K, Saab G, Whaley-Connell A, Kestenbaum B, McCullough PA. (2013). No independent association of serum phosphorus with risk for death or progression to end-stage renal disease in a large screen for chronic kidney disease. Kidney International, 84:989–97.

3. Held PJ, Brunner F, Odaka M, Garcia JR, Port FK, Gaylin DS. (1990). Five-year survival for end-stage renal disease patients in the United States, Europe, and Japan, 1982 to 1987. Am J Kidney Dis, 15: 451-7.

4. Jager KJ, Lindholm B, Goldsmith D, Fliser D, Wiecek A, Suleymanlar G, et al. (2011). Cardiovascular and non-cardiovascular mortality in dialysis patients: where is the link. Kidney Int Sup, 1: 21-3.

5. Foley RN, Parfrey PS, Sarnak MJ. (1998). Clinical epidemiology of cardiovascular disease in chronic renal disease. Am J Kidney Dis, 32(suppl 3): S112-9.

6. Vasilieva, I. (2006). Quality of life in chronic hemodialysis patients in Russia. Hemodialysis International, 10: 274–278.

7. Gunatillake ND, Jarvis EM, Johnson DW (2011). Hemodialysis Access Infections, Epidemiology, Pathogenesis and Prevention. In: Penido MG eds. Technical problems in patients on Hemodialysis. Janeza Trdine 9, 51000 Rijeka, Croatia. 87-106.

8. Hammes M. (2011). Hemodialysis Access: The Fistula. In: Penido MG eds. Technical problems in patients on Hemodialysis. Janeza Trdine 9, 51000 Rijeka, Croatia. 17-34

9. Mapes DL, Lopes AA, Satayathum S, et al. (2003). Health-related quality of life as a predictor of mortality and hospitalization: the Dialysis Outcomes and Practice Patterns Study (DOPPS). Kidney Int, 64:339–349.

10. Lowrie EG, Curtin RB, Lepain N, Schatell D. (2003). Medical outcomes study short form- 36: a consistent and powerful predictor of morbidity and mortality in dialysis patients. Am J Kidney Dis, 41: 1286–1292.

11. Knight EL, Ofsthun N, Teng M, Lazarus JM, Curhan GC. (2003). The association between mental health, physical function, and hemodialysis mortality. Kidney Int, 63:1843–1851.

12. Germin-Petrović D, Mesaros-Devcić I, Lesac A, Mandić M, Soldatić M, Vezmar D, Petrić D, Vujicić B, Basić-Jukić N, Racki S. (2011). Health-related Quality of Life in the Patients on Maintenance Hemodialysis: The Analysis of Demographic and Clinical Factors. Coll Antropol, 35: 687–93.

13. Rebollo P, Ortega F, Baltar JM et al. (1998). Health-related quality of life HRQOL in end stage renal disease ESRD patients over 65 years. Geriatr Nephrol Urol, 8: 85–94.

14. Hays RD, Kallich JD, Mapes DL, Coons SJ, Carter WB. (1994). Development of the kidney disease quality of life (KDQOL) instrument. Qual Life Res, 3:329-338.

15. Mapes DL, Bragg-Gresham JL, Bommer J, et al. (2004). Health-related quality of life in the Dialysis Outcomes and Practice Patterns Study (DOPPS). Am J Kidney Dis, 44(suppl 2):54-60. 16. Anes EJ e Ferreira PL. (2010). Medição da qualidade de vida de insuficientes renais crónicos: criação da versão portuguesa do KDQOL-SF. Rev Port Sau Pub, 28: 31-39.

17. Lessan-Pezeshki M, Zohreh Rostami. (2009). Contributing Factors in Health-Related Quality of Life Assessment of ESRD Patients: A Single Center Study. Int J Nephrol Urol,1:129-36.

18. Hays RD, Kallich JD, Mapes DL, et al. (1997). Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SFtm), Version 1.3: A Manual for use and Scoring. RAND, CA, USA.

19. Ware JE, Snow KK, Kosinski M, Gandek B. (1993). SF-36 Health Survey Manual and Interpretation Guide. Boston, USA.

20. Ferreira PL, Ferreira LN, Pereira LN. (2012). Medidas sumário física e mental de estado de saúde para a população portuguesa. Rev Port Sau Pub, 30:163–71.

21. Ahola AJ, Saraheimo M, Forsblom C, et al. (2010). Health-related quality of life in patients with type 1 diabetes-association with diabetic complications (The FinDiane Study). Nephrol Dial Transplant, 25:1903-8.

22. Martinez-Castelao A, Gorriz JL, Garcia-Lopez F, Lopez-Revuelta K, De AF, Cruzado JM. (2004). Perceived health-related quality of life and comorbidity in diabetic patients starting dialysis (CALVIDIA study). J Nephrol, 17:544–551.

23. Jacober ML, Mamoni RL, Lima CS, et al. (2007). Anaemia in patients with cancer: role of inflammatory activity on iron metabolism and severity of anaemia. Med Oncol, 24:323-9.

24. Bowry SK, Gatti E. (2011). Impact of hemodialysis therapy on anemia of chronic kidney disease: the potential mechanisms. Blood Purif, 32:210-9.

25. Oh HJ, Park JT, Kim JK, Yoo DE, Kim SJ, Han SH, Kang SW, Choi KH, Yoo TH. (2012). Red blood cell distribution width is an independent predictor of mortality in acute kidney injury patients treated with continuous renal replacement therapy. Nephrol Dial Transplant, 14:589– 594.

26. Tekce H, Tekce BK, Aktas G, Tanrisev M, and Sit M. (2014). The Evaluation of Red Cell Distribution Width in Chronic Hemodialysis Patients. Int J Nephrol, Article ID 754370.

27. M. Sicaja, M. Pehar, L. Derek, et al. (2013). Red blood cell distribution width as a prognostic marker of mortality in patients on chronic dialysis: a single center, prospective longitudinal study. Croat Med J, 54: 25–32.

28. Zalawadiya SK, Veeranna V, Panaich SS, Afonso L, and Ghali KJ. (2012). Gender and ethnic differences in red cell distribution width and its association with mortality among low risk healthy United State adults. Am J Cardiol, 109:1664–70.

29. Braga S, Peixoto S, Gomes I, Acúrcio F, Andrade E, Cherchiglia M. (2011). Fatores associados com a qualidade de vida relacionada à saúde de idosos em hemodiálise. Rev Saúde Pública, 45:1127-36.

30. Vazquez I, Valderrabano F, Fort I, Jofre R, Lopez-Gomez JM, Moreno F. (2004). Differences in health-related quality of life between male and female haemodialysis patients. Nefrologia, 24:167–178.

31. Morsch CM, Gonçalves LF, Barros E. (2006). Health-related quality of life among haemodialysis patients-relationship with clinical indicators, morbidity and mortality. J Clin Nurs, 15:498-504.

32. Tovbin D, Gidron Y, Jean T, Granovsky R, & Shneider A. (2003). Relative importance and interrelations between psychosocial factors and individualized quality of life of hemodialysis patients. Quality of Life Research, 12: 709-17.

33. Wu AW, Fink N E, Marsh-Manzi JU, Meyer KB, Finkelstein FO, Chapman MM, & Powe NR. (2004). Changes in quality of life during hemodialysis treatment: generic and disease specific measures. Quality of Life Research, 22:1002-6.

34. Kimmel PL. (2000). Psychosocial factors in adult end-stage renal disease patients treated with hemodialysis: correlates and outcomes. Am J Kidney Dis, 35(Suppl 1):S132–S140.

35. Kimmel PL. (2001). Psychosocial factors in dialysis patients. Kidney Int, 59:1599-613. 36. Peterson RA, Kimmel PL, Weihs LK. (1995). Behavioural compliance in hemodialysis patients. J Am Soc Nephrol, 5:1826-34.

37. Kovac JA, Patel SS, Peterson RA, Kimmel PL. (2002). Patient satisfaction with care and behavioral compliance in end-stage renal disease patients treated with hemodialysis. Am J Kidney Dis, 39:1236–44.

38. Kalantar-Zadeh K, Kopple JD, Block G, Humphreys MH. (2001). Association among SF36 quality of life measures and nutrition, hospitalization, and mortality in hemodialysis. J Am Soc Nephrol,12:2797-806.

39. Johansen KL, Kutner NG, Young B, Chertow GM. (20069. Association of body size with health status in patients beginning dialysis. Am J Clin Nutr,83:543-549.

40. Goller JL, McMahon JM, Rutledge C, Walker RG, Wood SE. (1997). Dialysis adequacy and self-reported health status in a group of CAPD patients. Adv Perit Dial,13:128-33.

41. Yen TH, Lin JL, Lin-Tan DT, Hsu CW. (2010). Association between body mass and mortality in maintenance hemodialysis patients. Ther Apher Dial, 14:400-8.

42. Tanner RM, Brown TM, Muntner P. (2012). Epidemiology of Obesity, the Metabolic Syndrome, and Chronic Kidney Disease. Curr Hypertens Rep, 14:152-9.

43. Kalantar-Zadeh K, Abbott KC, Salahudeen AK, Kilpatrick RD, Horwich TB. (2005). Survival advantages of obesity in dialysis patients. Am J Clin Nutr, 81:543-54.

44. Kalender B, Ozdemir AC, Dervisoglu E, Ozdemir O. (2007). Quality of life in chronic kidney disease: effects of treatment modality, depression, malnutrition and inflammation. Int J Clin Pract, 61:569-76.

45. de Mutsert R, Snijder MB, van der Sman-de Beer F, et al. (2007). Association between body mass index and mortality is similar in the hemodialysis population and the general population at high age and equal duration of follow-up. J Am Soc Nephrol,18:967-74.

46. Taskapan H, Ates F, Kaya B, Emul M, Kaya M, Taskapan C, Sahin I. (2005). Psychiatric disorders and large interdialytic weight gain in patients on chronic haemodialysis. Nephrology (Carlton),10:15-20.

47. Cukor D, Halen NV, Asher DR, Coplan JD, et al. (2014). Psychosocial intervention improves depression, quality of life, and fluid adherence in hemodialysis. J Am Soc Nephrol,25:196-206.

3.2 Tipo e localização do acesso vascular, e sua associação com a percepção da qualidade de

Documentos relacionados